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NA_03 - ECA - Materiais 2013

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UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 1 - 
 
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EESSTTRRUUTTUURRAASS 
 
 
DDEE CCOONNCCRREETTOO AARRMMAADDOO 
 
 
EECCAA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- 0033 
PP RR OO PP RR II EE DD AA DD EE SS DD OO SS MM AA TT EE RR II AA II SS 
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 2 - 
NA_03/2013A 
EESSTTRRUUTTUURRAASS 
NNOOTTAASS DDEE AAUULLAA -- PPAARRTTEE 33 
PPRROOPPRRIIEEDDAADDEESS DDOOSS MMAATTEERRIIAAIISS 
 
1. PROPRIEDADES DOS AÇOS 
 
1.1. Diagrama Tensão-Deformação 
 
 
 
A - Limite de proporcionalidade 
B - Limite de escoamento 
BC - Patamar de escoamento 
D - Limite de resistência. 
E - Ruptura do material 
 
 
 
NB 6118 (item 8.3.6) : Simplificação do Diagrama 
 
 
 
fyk: tensão característica do aço à tração * 
fyd: resistência de cálculo do aço à tração 
fyck: tensão característica do aço à compressão 
fycd: resistência de cálculo do aço à compressão 
yd: deformação específica de escoamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notações: S: steel (aço) d: cálculo (design) k: característica y: escoamento (yield) 
 
Quando estivermos referindo ao aço na tração a letra correspondente (t) pode ser suprimida. Porém, 
quando for compressão, coloca-se a letra (c) 
 
Valores de s para combinações de ações: 
Normais s = 1,15 (grande maioria dos casos) 
Especiais ou de Construção s = 1,15 
Excepcionais s = 1,0 
 x
 
f
f
s
yk
yd  s
yck
ycd
f
f  yd
yd
s ε
f
E 
 
 
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 3 - 
TIPOS DE AÇO DISPONÍVEIS NO MERCADO BRASILEIRO 
 
CA-25 fyk = 2500 kgf / cm2 (fyk = 250 MPa) - Barras lisas 
CA-50 fyk = 5000 kgf / cm2 (fyk = 500 MPa) - Barras de alta aderência (ver figura) 
CA-60 fyk = 6000 kgf / cm2 (fyk = 600 MPa) - Barras entalhadas / Fios lisos 
 
Valores Usuais (combinações normais) 
CA-25 fyd = 2500/1,15 =2174kgf/cm2 = 217MPa 
CA-50 fyd = 5000/1,15 = 4350kgf/cm2 = 435MPa 
CA-60 fyd = 6000/1,15 = 5217kgf/cm2 = 522MPa 
 
 
 
Barras de Alta Aderência 
 
 
1.2. Alongamento de Ruptura/ de Escoamento 
 
 LO = Comprimento Inicial 
 L = Comprimento de Ruptura / de Escoamento 
 
 
1.3. Fluência e Relaxação 
 
São fenômenos que dependem do tempo e estão relacionados às cargas e às 
deformações. 
 
Fluência: É o aumento de uma deformação com tempo sob a ação de cargas ou 
tensões permanentes. 
 
 
Relaxação: É a diminuição da tensão inicial ao longo do tempo em um comprimento 
mantido constante. 
 
x100%
L
LLλ
0
0 
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ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 4 - 
1.4. Barras utilizadas em Concreto Armado (NBR 7480) 
 
Barras: Produtos obtidos por laminação 
Fios: São os de bitola  10 mm obtidos por trefilação 
 
BITOLA Ø (mm) VALOR NOMINAL PARA CÁLCULO ÁREA 
DA 
SEÇÃO 
(cm2) FIOS BARRAS 
DIÂMETRO 
(cm) 
PESO LINEAR
(kg /m) 
PERÍMETRO 
(cm) 
5 5 0,50 0,16 1,60 0,20 
6,3 6,3 0,63 0,25 2,00 0,315 
8 8 0,80 0,40 2,50 0,50 
10 10 1,00 0,63 3,15 0,80 
 12,5 1,25 1,00 4,00 1,25 
 16 1,60 1,60 5,00 2,00 
 20 2,00 2,50 6,30 3,15 
 25 2,50 4,00 8,00 5,00 
 
Observações: 
1 Os fios são fornecidos em rolos. 
2 Existem fios de diâmetros inferiores a 5mm, que dificilmente são utilizados para armações, apenas em 
armações secundárias ou de distribuição. 
3 O comprimento de fornecimento normal das barras é de 12 metros. 
4 A bitola mínima do CA-50 é 6,3mm 
 
 
1.5. RESUMO: PROPRIEDADES DO AÇO (NBR-6118) 
 
DIAGRAMA DE CÁLCULO UTILIZADO 
 
PESO ESPECÍFICO 
 aço = 7,85 tf/m3 
 
ou seja: 
 aço = 78,5 kN/m3 
 
 
MÓDULO DE ELASTICIDADE 
 kgf/cm 2.100.000ε
f
E 2
yd
yd
s  
ou seja: 
 
Es = 210 GPa 
 
 
COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA 
s= 10 –5 oC -1 
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Fernando de Moraes Mihalik 
 - 5 - 
2. PROPRIEDADES DO CONCRETO 
 
2.1. Conceito de Pseudo-Sólido 
 
Pode-se considerar o concreto como um material constituído de 3 fases: sólido, água e ar 
(estrutura semelhante aos solos  poroso). 
 
Nos poros existentes no concreto se formam meniscos de água que 
produzem esforços de compressão devido aos fenômenos capilares, durante 
sua secagem. 
 
Esta estrutura confere ao concreto características especiais, que diferenciam 
de um corpo sólido não poroso, razão pela qual o classificamos como 
PSEUDO-SÓLIDO, ou seja, suas características físicas se alteram o longo 
de sua vida, em especial nos primeiros meses, onde o concreto apresenta 
grandes alterações de funcionamento, com ganho de resistência e aumento 
de rigidez. 
 
 
2.2. Deformações Próprias ou Intrínsecas 
 
- RETRAÇÃO: deformação do concreto sem atuação de cargas externas, produzida pelas forças 
capilares, devidas às tensões superficiais provocadas pelos meniscos de água nas 
paredes do concreto. 
 
Ou seja, durante o período de secagem, existem forças capilares internas que provocam a 
retração do concreto, fenômeno que é forte nos primeiros dias e vai diminuindo de intensidade, 
cessando após a eliminação dos meniscos, com a secagem total do elemento. 
 
 
VARIAÇÃO DA DEFORMAÇÃO DO CONCRETO 
POR RETRAÇÃO AO LONGO DO TEMPO 
. 
 
cs: Deformação do concreto devido à retração 
 
NBR 6118: cs = -15 x 10 -5(caso geral) 
 
 
 
 
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 - 6 - 
Nas peças em concreto armado, como as barras da armadura estão aderidas ao concreto, e o aço não 
apresenta retração, a deformação final da peça será menor: 
 
Ilustração do Efeito: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isto é, há uma tensão de tração no concreto devido à inclusão de armadura, causada pelo efeito de 
retração. 
 
Esse é um dos motivos para nos ajudar a entender dois aspectos considerados no cálculo desestrutras 
de concreto, que são: 
 
 A não consideração da resistência do concreto à tração. 
 Porque se adota uma “armadura mínima” ao se armar uma peça. 
 
 
- DEFORMAÇÃO DEVIDO À VARIAÇÃO DA TEMPERATURA: 
 
 
 
 
Assim como todo material, o concreto sofre a influência do efeito da variação da temperatura, se dilatando 
quando a temperatura do meio ambiente sobe, e se retraindo quando a temperatura diminui. 
 
Portanto, se a estrutura apresenta grandes dimensões ou está sujeita a grande variação de temperatura, 
ocorrerão esforços adicionais provocados pelo efeito da dilatação. 
 
A variação da temperatura a ser considerada nos cálculos, de acordo com a NBR6118, no caso geral é de 
10ºC a 15ºC em torno da temperatura média – ver quadro adiante. 
 
Já para as estruturas de pequenas dimensões ou que estão sujeitas a pequenas variações de 
temperatura, os esforços adicionais provocados pelo efeito da dilatação podem ser desprezados. 
 
Portanto, se uma estrutura possui grandes dimensões em planta, um recurso muito utilizado para evitar 
esses esforços é o de se criar juntas de dilatação, dividindo a estrutura em trechos menores. Dessa forma,cada trecho trabalha de forma isolada, se a influência da variação da temperatura. 
1-5
ttc Cº10=t

   .t
DDeevviiddoo àà pprreesseennççaa ddaa aarrmmaadduurraa aa 
ddeeffoorrmmaaççããoo ddoo ccoonnccrreettoo ppoorr rreettrraaççããoo sseerráá 
mmeennoorr.. 
 
((aa aarrmmaadduurraa nnããoo ssee rreettrraaii,, ee ooppõõee--ssee àà 
rreettrraaççããoo ddoo ccoonnccrreettoo ddeevviiddoo àà aaddeerrêênncciiaa)) 
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 - 7 - 
Assim sendo, como orientação usual, recomenda-se a colocação de juntas de dilatação em estruturas que 
tenham dimensões em planta superiores a 30 metros. 
 
Essa recomendação toma como base o texto da NB1 de 1978 (NBR-6118), já substituída pela versão de 
2003, mas que serve de orientação, para que os esforços na estrutura não sofram a ação dos efeitos da 
variação de temperatura, muito embora isso deva ser adotado com cautela. 
 
 
 
RReeccoommeennddaaççõõeess ddaass vveerrssõõeess aanntteerriioorreess ddaa NNBB66111188:: 
-- EEmm ppeeççaass ppeerrmmaanneenntteemmeennttee eennvvoollvviiddaass ppoorr tteerrrraa oouu áágguuaa ee eemm eeddiiffíícciiooss qquuee 
nnããoo tteennhhaamm,, eemm ppllaannttaa,, ddiimmeennssããoo mmaaiioorr ddee 3300mm..,, nnããoo iinntteerrrroommppiiddaa ppoorr jjuunnttaa 
ddee ddiillaattaaççããoo,, ÉÉ DDIISSPPEENNSSAADDOO OO CCÁÁLLCCUULLOO DDAA IINNFFLLUUÊÊNNCCIIAA DDEE tt 
 
VVaarriiaaççããoo ddaa tteemmppeerraattuurraa aa ssee ccoonnssiiddeerraarr nnooss ccáállccuullooss ((NNBBRR66111188 aattuuaall)):: 
 
ppaarraa eelleemmeennttooss eessttrruuttuurraaiiss ccoomm mmeennoorr ddiimmeennssããoo nnããoo ssuuppeerriioorr aa 5500ccmm:: tt 
eennttrree 1100ººCC ee 1155ººCC eemm ttoorrnnoo ddaa mmééddiiaa.. 
 
ppaarraa ppeeççaass mmaacciiççaass oouu ooccaass ccoomm mmeennoorr ddiimmeennssããoo mmaaiioorr ddee 7700ccmm,, ddeessddee qquuee 
ooss eessppaaççooss vvaazziiooss eesstteejjaamm ffeecchhaaddooss:: tt eennttrree  55ººCC ee 1100ººCC 
 
ppaarraa ccaassooss iinntteerrmmeeddiiáárriiooss,, iinntteerrppoollaarr.. 
 
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 - 8 - 
2.3. Deformações Provocadas por Cargas Externas 
 
- IMEDIATAS: curva  x  
 
 
 
 
 
 
- FLUÊNCIA: Deformação que sofre um sólido quando submetido a uma carga 
constante 
 
 
 DEFORMAÇÃO IMEDIATA: é a que se verifica ao se aplicar a carga. 
 
 
 DEFORMAÇÃO LENTA (ou FLUÊNCIA): é o acréscimo de deformação que se dá com o tempo, se 
a solicitação continuar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
cc: Deformação lenta no concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 - 9 - 
A Deformação Lenta Depende: 
- da idade do concreto no momento da aplicação da carga (diminui com a idade do 
carregamento). 
- das condições ambientes: é maior em ambientes mais secos e em lugares mais quentes. 
- da constituição do concreto: menor quanto mais rico em cimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESUMO: DEFORMAÇÕES TOTAIS NO CONCRETO AO LONGO DO TEMPO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ocorrência do efeito da deformação lenta tem como consequência o fato de um carregamento aplicado 
no concreto em uma idade baixa provocar, além da deformação imediata, um acréscimo de deformação 
crescente ao longo do tempo. 
 
Caso a carga seja aplicada em uma baixa idade, a estrutura irá apresentar deformação inicial muito maior 
do que apresentaria caso essa carga fosse aplicada a uma idade avançada. Além disso, o acréscimo de 
deformação devido à fluência (ou deformação lenta) será muito maior, podendo chegar até 4 vezes a 
deformação inicial. 
 
Esse é um dos principais motivos de se evitar a retirada do cimbramento em idade baixa; recorre-se 
muitas vezes à retirada parcial de cimbramento, deixando pontaletes para serem retirados em uma idade 
mais avançada, no sentido de diminuir os efeitos de elevadas deformações na estrutura. 
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 - 10 - 
2.4. A Resistência do Concreto 
 
2.4.1. Determinação da Resistência - Ensaios 
 
a) Ruptura por Compressão 
 
A tensão por ruptura à compressão do concreto é o principal parâmetro 
definidor de sua qualidade 
 
Ensaio de ruptura por compressão: (MB3) 
 
 Corpo de prova cilíndrico (d = 15cm ; h = 30 cm) 
 Idade padrão para ruptura: 28 dias 
 
 
b) Resistência à Tração Simples 
 
 
Procedimentos para determinação 
da resistência do concreto à tração 
axial. 
 
(muito susceptíveis ao tipo de 
aplicação da carga) 
 
 
 
c) Ensaio da tração por compressão diametral (mais confiável) 
 
 
A tensão de ruptura por tração 
é dada por: 
 
 
 
como L = 30cm e d = 15cm na 
maioria dos corpos de prova , temos: 
 
 
 
 
 
 
 rupt
2F
dL
 
 rupt 2
F
d

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 - 11 - 
 
d) Resistência a Tração por Flexão (ensaio dos dois cutelos) 
 
 
 
 Corpos de prova prismáticos 
 
 A ruptura se dará entre B e C. 
 
 Empregam-se 2 cargas: 
 Para eliminar o efeito da força cortante 
 Para se criar várias seções mais solicitadas 
 
 
 
 
 
2.4.2. Diagrama Tensão - deformação 
 
a) Diagrama do 1º Carregamento 
 
(obtido com carga crescente 
de zero até a ruptura, aplicada 
a concreto não solicitado 
anteriormente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Diagrama de Repetição de Carga 
 
Carregando e descarregando 
sucessivamente um corpo de 
prova o diagrama  x  terá o 
aspecto ao lado; a curva OABC 
corresponde ao caso do concreto 
carregado pela primeira vez 
(carregamento crescente) 
 
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 - 12 - 
 
2.4.3. Diagrama da Resistência Mínima Característica 
 
Diagrama de Frequência 
 
Se i for a tensão de ruptura de cada 
corpo de prova, a tensão média será para 
n corpos de prova: 
 
 
 
Sendo j a idade em dias do concreto no 
momento do ensaio. 
 
A idade padrão adotada é de 28 dias 
(quando j não estiver indicada, implica 
em j = 28 dias) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resistência à compressão do concreto: 
 
 Resistência à tração do concreto: 
 
 
Os valores dos desvios padrões de dosagem a serem utilizados estão indicados na NBR-12655 – 
Concreto – Preparo, controle e recebimento – Procedimento. 
 
fcm
nj
ij 
RReessiissttêênncciiaa ccaarraacctteerrííssttiiccaa == tteennssããoo mmíínniimmaa ddee rruuppttuurraa ppaarraa uummaa pprroobbaabbiilliiddaaddee 
ddee ooccoorrrrêênncciiaa eemm 9955%% ddooss ccaassooss.. 
c1,65s-fcm=fck 
t1,65s-fctm=fctk 
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 - 13 - 
2.4.4. Fatores que Influenciam a Resistência 
 
a) Formato e dimensões do corpo de prova 
 
b) Qualidade dos materiais 
 água sem substâncias orgânicas ou impurezas 
 agregado - livre de impurezas e com resistência maior que a pasta 
 qualidade (composiçãoquímica e finura) do cimento 
 idade do cimento - a resistência diminui com a idade do cimento 
 
c) Relação água - cimento 
A partir de um determinado valor do 
fator água - cimento a resistência é 
inversamente proporcional ao fator 
água - cimento. 
 
d) Idade do concreto 
A resistência do concreto aumenta com a idade; rapidamente à princípio e 
mais lenta depois. 
 
e) Forma e aplicação da carga 
A resistência diminui em função da duração da carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Efeito da duração da carga sobre a resistência do concreto - ENSAIOS DE RÜSCH 
 
t = tempo de aplicação da carga 
idade do concreto na época da aplicação da carga: 28 dias 
 
Os estudos de Rüsch mostraram que uma carga aplicada de forma constante e por um longo tempo 
provoca a ruptura do concreto a uma tensão inferior àquela observada quando se aplica a carga de uma 
forma rápida, que é o caso dos ensaios de ruptura dos corpos de prova. 
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 - 14 - 
 
2.4.5. Variação da Resistência com a 
idade 
 
A resistência do concreto deve ser 
referida à idade do corpo de prova. 
Quando não houver referência, a 
resistência é a correspondente aos 
28 dias. 
 
 
A tabela abaixo ilustra a evolução da resistência de um 
concreto com determinada composição ao longo do tempo: 
 
IDADE j (dias) 3 7 28 90 360 
Concreto Comum 0,40 0,65 1,00 1,15 1,35 
Concreto com cimento 
inicial de alta resistência 0,55 0,75 1,00 1,20 1,20 
 
 
2.5. Módulo de Elasticidade do Concreto (módulo de deformação longitudinal = E) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Variação do 
módulo de 
elasticidade 
do concreto 
com o 
instante de 
aplicação da 
carga: 
 
 
 
 
Ec cresce com a idade 
do concreto; quanto 
mais velho o concreto 
maior o módulo de 
elasticidade ao aplicar 
uma carga. 
 
Porém ao aplicarmos 
uma carga, constante, o 
valor de Ec diminui 
devido à deformação 
lenta 
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2.6. RESUMO: PROPRIEDADES DO CONCRETO – NBR-6118 
 
DIAGRAMA TENSÃO / DEFORMAÇÃO DE CÁLCULO UTILIZADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO: fck 
 
RESISTÊNCIA DE CÁLCULO À COMPRESSÃO: fcd 
c
ck
cd
ff 
 onde c = Coeficiente de minoração da resistência do concreto 
 
RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À TRAÇÃO: fctk 
 
CORRELAÇÃO APROXIMADA ENTRE A RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E A RESISTÊNCIA À 
COMPRESSÃO: 
Pode-se adotar, como valor médio: 
 
Valores de c para combinações de ações: 
Normal c = 1,4 
Especiais ou de Construção c = 1,2 
Excepcionais c = 1,2 
 
OBSERVAÇÃO SOBRE O COEFICIENTE 0,85 APLICADO NO DIAGRAMA TENSÃO DEFORMAÇÃO 
O coeficiente 0,85 aplicado no diagrama tensão-deformação de cálculo leva em conta a superposição de 3 
fatores: 
- perda da resistência sob a ação de carga constante (efeito Rusch) = 0,72 
- ganho de resistência com o tempo entre 28 dias e o final da vida da estrutura (para cimento tipo CP1) = 1,23 
- coeficiente de correção da forma do corpo de prova padrão (cilindro 15x30) = 0,96 
 f 0,3 f 3 ckmct, 2 (valores em MPa) 
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 - 16 - 
 
CLASSES DE CONCRETO – DEFINIÇÃO EM FUNÇÃO DA RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À 
COMPRESSÃO: 
C20 – fck = 20 MPa (200 kgf/cm²) 
C25 – fck = 25 MPa (250 kgf/cm²) 
C30 – fck = 30 MPa (300 kgf/cm²) 
C35 – fck = 35 MPa (350 kgf/cm²) 
C40 – fck = 40 MPa (400 kgf/cm²) 
C45 – fck = 45 MPa (450 kgf/cm²) 
C50 – fck = 50 MPa (500 kgf/cm²) ** 
 
** - Os concretos com fck igual ou superiores a 50 MPa são considerados “Concretos de Alta 
Resistência”, também denominados “Concretos de Alto Desempenho (CAD)”, e seu cálculo, análise e 
detalhamento não é normatizado pela NBR-6118 na versão atual. 
 
Observações: 
a. Concretos com resistências inferiores às apresentadas 
C15 – fck = 15 MPa (150 kgf/cm²) – só para fundações 
Concreto magro – para lastro, sem função estrutural. 
 
b. Concretos com valores intermediários: não estão considerados pelas normas brasileiras. 
 
 
PESO ESPECÍFICO – CONCRETO ARMADO 
 CONCRETO ARMADO = 2,50 tf/m3 = 25 kN/m3 
 
MÓDULO DE ELASTICIDADE 
Módulo de Elasticidade Inicial: 
 
ckci f5600E  
 
Módulo de Elasticidade Secante – Utilização em Projeto: 
 
cics E85,0E  
 
COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA 
s= 10 –5 oC -1 
 
DEFORMAÇÃO DO CONCRETO NA RUPTURA 
 
- NA FLEXÃO - NA COMPRESSÃO 
 
 
 
COEFICIENTE DE POISSON (deformação transversal) 
C 0 00 = 3,5 C 0 00= 2 



 
0,2
G Ec
2(1 )
 (Eci e fck em MPa) 
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 17 - 
3. COBRIMENTOS DE ARMADURA – NBR-6118 
 
3.1. CLASSES DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL 
 
Tabela 1 
Classes de 
agressividade ambiental Agressividade
Classificação geral do tipo de 
ambiente para efeito de projeto
Risco de deterioração da 
estrutura
Rural
Submersa
Marinha(1)
Industrial(1,2)
Industrial(1,3)
Com respingos de maré
I Fraca Insignificante
II Moderada PequenoUrbana (1,2)
III Forte Grande
IV Muito Forte Elevado
 
 
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para 
ambientes internos secos(salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos 
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura). 
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de clima 
seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes de estrutura protegidas de chuva em 
ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente. 
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em industrias de 
celulose e papel, armazéns de fertilizantes, industrias químicas. 
 
 
 
3.2. CORRESPONDÊNCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE E QUALIDADE DO 
CONCRETO 
 
Tabela 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UUNNIIPP -- UUnniivveerrssiiddaaddee PPaauulliissttaa 
ECA – ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
Fernando de Moraes Mihalik 
 - 18 - 
 
3.3. COBRIMENTOS DE ARMADURA 
 
O cobrimento nominal das armaduras para cada tipo de elemento está apresentado na Tabela 3, 
abaixo. Para garantir o cobrimento mínimo, (cmin), o projeto e a execução devem considerar o 
cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido de uma tolerância de execução, c. 
 
Nas obras usuais, deve-se adotar c = 10 mm. 
 
Porém, quando houver rígido controle e rígidos limites de tolerância das variabilidades das medidas 
durante a execução pode-se adotar o valor de c = 5mm, desde que o controle rigoroso seja 
explicitado nos desenhos de projeto. 
 
 
CORRESPONDÊNCIA ENTRE CLASSE DE AGRESSIVIDADE E COBRIMENTO NOMINAL 
PARA c = 10mm 
Tabela 3

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