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Hipoglicemiantes Disciplina: Farmacologia Docente: Ticiana Aragão Discentes: Flávia Lins, Gemima Souza, Jhenyf Araújo, Maiane Rodrigues, Miriela Vítor, Raíssa Madureira O Pâncreas Fonte: Google Imagens Mecanismo de liberação de Insulina • A glicose, absorvida no intestino delgado, chega as células beta do pâncreas, onde é captada pelo transportador GLUT 2. Fonte: Google Imagens Mecanismo de liberação de Insulina • Fígado, músculo esquelético e tecido adiposo Principais alvos teciduais da insulina. • Falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue. Hiperglicemia X Diabetes Hiperglicemia • Causas: - Excesso de alimentação - Falta de exercícios - Falta de insulina • Sintomas: - Micção, sede e fome Diabetes Mellitus Tipos • Tipo 1: acomete crianças e adolescentes, fazendo com que o pâncreas não produza insulina ou produza insuficientemente; • Tipo 2: ocorre mais em pessoas obesas, acima dos 30 anos ou idosos, e a insulina é produzida mas não faz efeito no organismo; Tipos • Pré-diabetes: níveis de açúcar (glicemia) e insulina estão começando a ficar elevados. O pâncreas passa a produzir insulina em excesso na tentativa de controlar os níveis de açúcar. • Diabetes gestacional: Altos níveis de açúcar no sangue, disfunção na produção e ação da insulina no corpo. Insulina - Farmacocinética •A insulina não é efetiva quando tomada por via oral, pois TGI decompõe a molécula proteica antes que chegue ao sangue. •Deve ser aplicada por injeção subcutânea, onde a absorção varia de acordo com o local da injeção e o suprimento sanguíneo. Insulina - Farmacocinética • Pode ser dada via intravenosa ou no líquido dialisado em pacientes de terapia de diálise. • Após a absorção da insulina à corrente sanguínea, é distribuída pelo corpo e metabolizada primeiramente pelo fígado e em menor efeito pelos rins e músculos, sendo excretada pela urina e fezes. Fonte: Google Imagens Insulina - Farmacodinâmica • É um hormônio anabólico e promove o armazenamento de glicose como glicogênio, aumento da síntese de proteínas e lipídeos, e o equilíbrio de líquidos e eletrólitos. Fonte: Google Imagens Insulina - Farmacoterapêutica •A insulina é indicada na DM do tipo 1 e 2 quando outros métodos não funcionam. •Usada também para tratar complicações da diabete: a cetoacidose diabética (CAD); e a síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não cetótica. Mecanismo de ação Ações Farmacológicas • Aumenta o transporte de glicose através de membrana das células musculares e adiposas, reduzindo os níveis sanguíneos da glicose; • Promove conversão de glicose à sua forma de armazenamento (glicogênio); • Desencadeia a captação de aminoácidos e sua conversão a proteínas nas células musculares e inibe a degradação de proteínas; Efeitos Adversos • Hipoglicemia glicose abaixo do normal; • Efeito Somogyi hipoglicemia seguido de hiperglicemia; • Reações de hipersensibilidade; • Lipodistrofia distúrbio do depósito de lípidios; • Resistência a insulina. Drogas Antidiabéticas Orais Farmacocinética • Bem absorvidas pelo TGI e distribuídas pela corrente sanguínea por todo corpo. • Metabolizadas pelo fígado e excretadas na urina, com parte excretada na bile. Farmacodinâmica • Produzem ações extra pancreáticas para regular a glicose sanguínea. • Estimulam as células beta pancreáticas a liberar insulina num paciente com pâncreas funcionando minimamente. Farmacoterapêutica • Indicadas a pacientes com diabetes do tipo 2 caso outras opções não consigam controlar os níveis sanguíneos de glicose. • Não são eficazes para diabetes tipo 1. Sulfoniluréias Mecanismo de Ação Farmacocinética • 1. Absorção: • Boa absorção oral; • 2. Excreção: • Renal - secreção tubular • Biliar – metade dos metabólicos da glibenclamida Clorpropramida – Diabinese >> Ação longa Tolazamida – Tolinase Tolbutamida – Rastion >> Ação curta 1ª geração: Glibenclamida – Daonil Glipezida – Minidiab Glimepirida –Amaryl 2ª geração: Ação intermediária Efeitos Adversos • Hipoglicemia; • Erupção cutânea; • Aumento do apetite - peso • Retenção hídrica e hiponatremia (clorpropramida); • Fotossensibilidade grave. • Ações que poderiam melhorar a tolerância aos carboidratos: • da destruição de insulina pela insulinase hepática; • do número ou da sensibilidade dos receptores da insulina na periferia; • Liberação de hormônios insulinotrópicos do tubo digestivo que estimulam as células beta. Efeitos Extras Pancreáticos Contra indicação Porque há contra indicação para gestantes ? O que ocorre caso aconteça ingestão acidental ou intencional em indivíduos não diabéticos ? Meglitinidas • Grupo de substâncias derivadas do ácido benzóico; • Função: aumenta a secreção de insulina; • Possui ação semelhante à da Sulfoniluréia; • Existem dois compostos disponíveis dessa classe: • Repaglinida • Nateglinida Fonte: Google Imagens • Secretagogo oral de insulina; • Derivada do ácido benzóico; • É rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal; • Sua ação inicia dentro de 4 minutos; • Deve ser administrada imediatamente antes ou com a refeição; Fonte:Google imagens Mecanismo de ação • Metabolizada por isoenzimas do citocroma P450 pela CYP3A4 e conjugação direta com o ácido glicurônico; • Metabolizado primariamente no fígado 90%; • Cerca de 10% metabolizado pelos rins; • Possui meia vida de cerca de 1 hora; • Eliminação via biliar-fecal; Vantagens • Início de ação rápida; • Efeito estimulatório da insulina de curta duração, o que produz vantagens aos pacientes diabéticos com impossibilidade de programar seus horários alimentares, minimizando os episódios de hipoglicemias Contra-indicações: • Gravidez • Lactação • insuficiência renal e hepática grave; Efeitos indesejáveis: • Hipoglicemia • Leve ganho de peso • Sintomas de rinite e sinusite • Cefaléia, diarréia e artralgias. Nateglinida Nateglinida • É um secretagogo de insulina eficaz oralmente • Derivada de um aminoácido, a D-fenilalanina; • Age restaurando a fase de liberação rápida da insulina; • Tem início de ação rápido • Tem o pico da insulina um pouco mais rápido do que a repaglinida com menor duração de ação. • É metabolizada por isoenzimas do citocroma P450, através da CYP3A4 e CXP2C0; •O principal efeito terapêutico consiste na redução das elevações pós-prandiais da glicemia; • É metabolizado primariamente pelo fígado; • Cerca de 16% da dose é excretada pelos rins na forma inalterada; • Recomenda-se ser administrada imediatamente antes da alimentação; • A via de eliminação é predominantemente urinária Vantagens • A nateglinida pode ser utilizada em indivíduos: • com >75 anos e • com doenças concomitantes, inclusive nefropatia. Contra-indicação • Recomenda-se evitar seu uso em DM1 • Cetoacidose • Gravidez e no período de amamentação. Tiazolidinedionas (glitazonas) Histórico • Há pouco mais de quinze anos foi introduzido no mercado uma nova classe terapêutica para tratar do DM; • Foram consideradas bastante promissoras, pois atuavam, através de novos mecanismo, na resistência insulínica, área menos favorecida na terapêutica clínica do que os secretagogos; Histórico • Eram muitos aguardados pelos especialistas. • 2 fármacos foram introduzidos: rosiglitazona (proíbida em 2010: alta probabilidade de doenças isquêmicas) e pioglitazona; • Troglitazona foi retirada do mercado em virtuda a sua hepatotoxicidade. Mecanismo de açãoEfeitos • Indesejáveis: Edema, ganho de peso, aumento do risco cardiovascular das classes III e IV, anemia e aumento do risco de fraturas. Sendo portanto contra indicado para pacientes com histórico de doença cardíaca e doença hepática; • Desejáveis: Melhora do perfil lipídico e redução da gordura hepática, através da preservação da função beta pela inibição da lipotoxicidade e glicotoxicidade. Fármacos Biguanidinas Sensibilizadores de insulina • Segunda classe entre os hipoglicemiantes mais importantes, que, diferentemente das sulfoniluréias, não atua diretamente na secreção de insulina. • As biguanidas são compostos hipoglicemiantes formados por duas cadeias de guanidina ligadas por radicais metílicos. • Alguns representantes dessa classe de medicamentos hipoglicemiantes são a Metformina, Fenformina e a Buformina. RISCO DE ACIDOSE LÁCTICA Mecanismo de Ação • Melhora a ação da insulina no fígado • Aumenta a captação de glicose no músculo • Estimula a glicogênese • Diminui produção hepática de glicose Mecanismo de Ação • Diminui a lipólise nos adipócitos • Aumenta e melhora a afinidade dos receptores de insulina • Estimula a translocação da GLUT4 • Aumenta a atividade da glicogênio-sintase. • O efeito anorexiante e a redução ponderal conseguida com as biguanidas nos diabéticos e obesos, está em parte ligado à diminuição do hiperinsulinismo mas também a uma redução espontânea dos aportes alimentares. Metformina • Droga de escolha para tto inicial do DM2 • Iniciar tto com dose baixa e realizar aumento progressivo (500 mg/dia a cada 1-2 semanas) • Comprimidos de 500mg a 1000mg • Apresentação XR tem absorção lentificada: dose única redução dos efeitos gastrointestinais Opção para intolerantes a metformina original. Farmacocinética • Sua biodisponibilidade por via oral é de cerca de 50%. • A absorção tem lugar ao nível do conjunto do trato digestivo - sendo mais significativa no íleo. • O pico da concentração plasmática surge entre a lª e 2ª hora após a ingestão do medicamento e prolonga-se até à 5ª hora se for a metformina XR. • A molécula liga-se muito pouco às proteínas plasmáticas, representando a fracção livre do medicamento mais de 90% da concentração plasmática • A concentração tecidular da metformina é mais ele vada ao nível do tubo digestivo, das glândulas salivares e do rim. Benefícios • Prevenção de DM tipo 2 (em 31%) • Diminuição de eventos cardiovasculares • Diminuição do peso • Melhora o perfil lipídico • Auxilia no controle pressórico • Reduz marcadores inflamatórios e do estresse oxidativo. Efeitos Adversos • Mais comuns: • Náuseas • Desconforto abdominal • Diarreia • Acidose láctica raro • Hipoglicemia raro • Intolerância à medicação em 5 % dos pacientes É melhor tolerada quando utilizada após as refeições. Acidose Láctica • A acidose láctica é uma perigosa complicação do tratamento da diabetes com as biguanidas e é o resultado da superprodução de lactato (acelerada glicólise) e a sua reduzida eliminação (inibição da neoglucogénese). A enorme maioria dos casos de acidose láctica surgidos durante a terapêutica com as biguanidas resultou da inobservância das contraindicações ao seu uso . Inibidores alfa glicosidase • Os inibidores da alfa-glicosidase são inibidores competitivos da ligação dos oligossacarídeos com essas enzimas. • A redução da absorção dos monossacarídeos levará à fermentação e assim aos efeitos adversos de flatulência e meteorismo. • A intensidade do controle glicêmico é pequena comparada com outros agentes anti-diabetes. • Incluem: arcabose (Brasil), coglibose e miglitol • Interferem com a digestão de carboidratos complexos e retardam a velocidade de absorção dos monossacarídeos. • Essa diminuição da velocidade de absorção resulta em uma diminuição da elevação da glicemia após as refeições. Obrigada! • Capítulo 01 - Visão geral dos antidiabéticos orais tradicionais: Secretagogos, Inibidores da Alfa-glicosidase e Sensibilizadores de Insulina http://www.diabetes.org.br/ebook/component/k2/item/87-capitulo-01-visao- geral-dos-antidiabeticos-orais-tradicionais-secretagogos-inibidores-da-alfa-glicosidase-e-sensibilizadores- de-insulina • Hipoglicemiantes Orais. http://jvascbras.com.br/revistas-antigas/1987/2/01- HIPOGLICEMIANTES- ORAIS/a3_n2.pdf • http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=2174&fase=imprime • http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0004-27302000000600011&script=sci_arttext • Farmacologia-Goodman &Gilman • http://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes • Farmacologia para enfermagem- Incrivelmente Fácil • Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia.Tratamento do Diabetes Mellitus do Tipo 2. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s000427302000000600011&script=sci_arttext> • KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica e Clínica. 10. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2010. 1046p • David E. Golan, Princípios da Farmacologia. 2. ed
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