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ASCARIS LARVA L4, L5
Os ovos são eliminados através das fezes no meio ambiente e no solo, ao atingir um ambiente com temperatura entre 15 a 35°C e umidade mínima de 70%, em duas a oito semanas os ovos férteis originam larvas que sofrem mudas dentro da casca, requerendo a presença de oxigênio. Forma-se inicialmente uma primeira larva, L1, dentro do ovo. Essa apresenta um esôfago com duas dilatações, sendo do tipo rabditóide. Uma semana após, a larva L1 sofre muda, transformando-se em L2 e em seguida outra muda, transformando-se em L3, a qual apresenta um esôfago retilíneo ou filarióide. Essa larva L3, ou de terceiro estágio, é a forma infectante e pode permanecer viável por vários meses. Os ovos contendo a forma infectante, ao serem ingeridos, têm sua casca amolecida no estômago e sofrem ação dos sulcos digestivos no duodeno, onde liberam suas larvas. Essa eclosão deve-se a fatores como temperatura, Ph, presença de agentes redutores e concentração de CO2 no intestino do próprio hospedeiro. Ao serem liberadas, as larvas atravessam a parede intestina, ao nível do ceco, e por meio dos vasos linfáticos ou veias do sistema porta, alcançam o fígado em cerca de quatro a cinco dias. A partir daí, atingem o coração direito e os pulmões (ciclo de LOSS), nos quais realizam o ciclo pulmonar, cerca de quatro a cinco dias após a ingestão dos ovos. Nos pulmões, após cerca de oito ou nove dias, as larvas L3 continuam sua evolução e sofrem uma terceira muda, originando larvas L4, as quais atravessam as paredes dos capilares alveolares e atingem os alvéolos. Já nos alvéolos, ocorre uma quarta muda, originado L5. Após duas semanas, as larvas sobem pelos bronquíolos, brônquios, traquéia e laringe, quando são expelidas ou deglutidas com as secreções brônquicas até atingir o estômago e o intestino. A última muda ocorre no intestino, jejuno geralmente, e origina larvas nas formas juvenis, as quais crescem e se desenvolvem sexualmente em aproximadamente dois meses.
ENTAMOEBA HISTOLYTICA
Seu ciclo evolutivo é monoxênico, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo em apenas um hospedeiro, e o modo de infecção é fecal-oral, ou seja, o homem se infecta ao ingerir cistos presentes na água ou nos alimentos contaminados. O desencistamento ocorre na porção final do intestino delgado, desprendendo os trofozoítos que passam a viver como comensais e a reproduzir-se por divisão binária. Através de mecanismos ainda desconhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, lesões de mucosa, etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal, alimentando-se de células da mucosa e de hemácias. Em casos de infecção crônica podem invadir outros órgãos através da circulação sanguínea, especialmente ao fígado. Os trofozoítos que permanecem no intestino sob a forma comensal reduzem o seu metabolismo, armazenam reservas energéticas e secretam uma parede cística ao seu redor, formando os cistos, que são eliminados através das fezes. Dentro do cisto o parasito realiza divisão binária formando quatro novos indivíduos que desencistam quando chegam ao intestino de um novo hospedeiro. Os cistos podem permanecer viáveis fora do hospedeiro por cerca de 20 dias caso as condições de temperatura e umidade sejam adequadas, logo eles são as formas de resistência do parasito no meio ambiente. Os trofozoítos, entretanto, são lábeis no ambiente. De acordo com sua morfologia, apresentam 4 fases: trofozoíto (ou forma vegetativa), cisto (ou forma de resistência), pré-cisto (forma entre trofozoíto e cisto) e metacisto (forma que dá origem ao trofozoíto).