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Capítulo 1 Prof. Alberdan Silva Santos MECANISMO DAS REAÇÕES ORGANICAS BELÉM-2016 Classificação periódica do Elementos Químicos Use este sitio para acessar uma tabela periódica que dar todas as informações dos elementos http://www.ptable.com/?lang=pt A Representação de Fórmulas Podemos escreves as fórmulas moleculares como apresentadas abaixo: Observe os exemplos abaixo: Quando houver centro quiral deverá haver uma representação que mostra os átomos que estão atrás do plano, na frente do plano e no plano: Em cunha (frente do plano), tracejada (para trás do plano), em linha (no plano). Teoria de repulsão dos Pares de Elétrons da Camada de Valencia: RPECV FORÇAS INTERMOLECULARES, conhecidas como forças de Van der Waals e ocorrem em todas as moléculas polares e apolares. Em moléculas apolares ocorre apenas dipolo momentâneo. Essas forças podem ser divididas em dois tipos: forças de Van der Waals e Ligação de Hidrogênio. Tipos de Interações: 1. Dipolo Instantâneo-dipolo induzido (Forças de London); 2. Dipolo permanente-dipolo permanente; 3. Ligações de hidrgênio. As moléculas sofrem uma deformação momentanea de suas nuvenseletronicas, em razão do movimento natural os eletrons que podem aparecer mais perto de um átomo do que do outro e das colisõesdas molécuças, permitindo aparecer polos. A estas interacções (por vezes, designadas restritivamente ligações intermoleculares) foi atribuído o nome de van der Waals em homenagem ao físico e termodinâmico holandês Johannes Diderik van der Waals, que foi o primeiro a propor a existência de forças intermoleculares aquando do seu trabalho de doutoramento, na segunda metade do século XIX. As diferentes forças que constituem as interacções de van der Waals são descritas em seguida. Forças de Keesom ou interacções dipolo permanente–dipolo permanente: foi em 1921 que o físico holandês Willem Keesom desenvolveu o primeiro modelo matemático das interacções dipolo permanente-dipolo permanente, pelo que esta interacção foi assim denominada em sua homenagem. Esta interacção faz-se sentir entre moléculas polares, dada a existência de zonas com excesso de densidade electrónica e outras com deficiência de densidade electrónica. Assim, a interacção entre moléculas polares dá-se por atracção electrostática da parte positiva do dipolo de uma molécula com a parte negativa do dipolo de outra molécula. As ligações de hidrogénio são um caso particular deste tipo de interacções.(†) As forças de Keesom são as mais fortes dos três tipos de forças que constituem as interacções de van der Waals, sendo as ligações de hidrogénio as mais fortes de todas. Forças de Debye ou interacções dipolo permanente–dipolo induzido: estas interacções foram denominadas forças de Debye em homenagem ao químico e físico holandês Peter Debye, devido aos seus estudos, descobertas e descrição matemática do fenómeno da formação de dipolos. Esta interacção dá-se quando uma molécula polar se aproxima de uma molécula apolar. Uma extremidade com excesso de carga da molécula polar pode fazer deslocar electrões da molécula apolar para uma das extremidades, conduzindo à formação de um dipolo momentâneo (induzido), resultando assim uma atracção entre os dois dipolos. As forças de Debye são normalmente mais fracas que as forças de Keesom mas mais fortes que as forças de dispersão de London. Forças de dispersão de London ou interacções dipolo induzido–dipolo induzido: esta interacção foi descoberta pelo físico teórico alemão naturalizado norte-americano Fritz London, durante os seus estudos sobre a atracção entre dois átomos de um gás nobre, a curta distância um do outro. As forças de London estão presentes em todas as interacções moleculares, sendo as moléculas polares ou não. No caso das moléculas apolares, é a única força presente. Existe uma elevada probabilidade da carga eléctrica estar momentaneamente distribuída de um modo assimétrico na molécula. Tal facto cria zonas com densidade de carga mais acentuada do que noutras, o que pode originar um ou mais dipolos. Ao aproximar-se de uma outra molécula, estes dipolos “auto-induzidos” podem induzir dipolos nessa molécula, dando origem a forças atractivas entre as moléculas. Este tipo de interacção é a mais fraca de todas as forças de van der Waals. Ligação de Hidrogênio: Força dipolo-dipolo Grupos Alquila e o símbolo R Grupos Fenila ou Benzila Resumo das Cargas Formais Exercício Homólise e Heterólise de ligações covalentes Homólise de ligações covalentes: Heterólise de ligações covalentes: Obs: A heterólise de uma ligação covalente normalmente requer que a ligação esteja polarizada. A polarização de uma ligação geralmente resulta de eletronegatividades diferentes dos átomos unidos pela ligação. Quanto maior a diferença na eletronegatividade, maior a polarização. No exemplo dado, o átomo B é mais eletronegativo do que o A. Mesmo com uma ligação altamente polarizada, heterólise raramente ocorre sem ajuda! A heterólise necessita de separação de íons com cargas opostas! Freqüentemente, a heterólise é ajudada por uma molécula com um par de elétrons não-compartilhado que pode formar uma ligação com um dos átomos. Mecanismo de Reação Química: É a descrição dos caminhos que os elétrons seguem (ataques nucleofílicos), ao se transferirem de uma espécie química para outra, modificando as estruturas química (dos reagentes e substratos) ao longo de suas etapas reacionais para realizar a conversão química. Conversões Químicas: Ocorrem em uma ou mais etapas reacionais para descrever a transformação de uma substância química. Reações químicas: Ocorrem em uma única etapa reacional para descrever a transformação de uma substancia química. Reagente: Substâncias química que promove o ataque Substrato: Substância química que é atacada, a qual se quer sua modificação estrutural. Etapa ou passo reacional: É a representação de uma reação química Reação global: é a representação de uma conversão química. Mecanismo de Reações Radicalares Em uma conversão radicalar ocorre a presença de três etapas reacionais: Iniciação (I): É a etapa que gera o radical do reagente; Propagação (P): É a etapa que gera o radical do substrato orgânico; Terminação (T):É a etapa que extingue todos os radicais através de sua interações. Mecanismo de reação do Metano com 1 mol de cloro molecular para formar o clorometano. Mecanismo de reação do Metano com 2 mol de cloro molecular para formar o diclorometano. Mecanismo de reação do Metano com 3 mol de cloro molecular para formar o triclorometano (clroformio). Mecanismo de reaçãodo Metano com 4 mol de cloro molecular para formar o tetraclorometano. Mecanismo de reação do butano com 1 mol de bromo molecular para formar o 2-bromobutano. Mecanismo de reação do propano com 1 mol de Iodo molecular para formar o 2-iodopropano. Mecanismo de reação do etano com 1 mol de Fluor molecular para formar o 2-fluoretano. Importancial da halogenação e dos organos halogenados: Sus aplicações Exemplos de Organos halogenados Ressonância Para o íon carbonato (CO3 2-), podemos escrever 3 estruturas de Lewis diferentes mas equivalentes. Obs: CO (1,43 Å), C=O (1,20 Å), no íon carbonato o comprimento é de 1,28 Å. Tipos de Reações de Compostos Orgânicos Virtualmente todas as reações orgânicas se enquadram em uma das quatro categorias: substituições, adições, eliminações ou rearranjos. Substituições são reações características de compostos saturados, tais como alcanos e haletos de alquila, e de compostos aromáticos (ainda que sejam insaturados). Por exemplo: Adições são reações características de compostos com ligações múltiplas. Duas moléculas tornam-se uma. Por exemplo: Eliminações são o oposto de adições. Em uma reação de eliminação uma molécula perde os elementos de uma molécula pequena. Reações de eliminação nos fornecem um método para preparação de compostos com ligações duplas e triplas. Por exemplo: Em um rearranjo uma molécula sofre uma reorganização de suas partes constituintes. Por exemplo, aquecer o seguinte alceno com um ácido forte leva à formação de outro alceno isomérico. Reações Ácido-Base Brönsted-Lowry: ácido é uma substância que pode doar (ou perder) um próton, e base é uma substância que pode aceitar (ou remover) um próton. Quando uma solução aquosa de hidróxido de sódio é misturada com uma solução aquosa de cloreto de hidrogênio (ácido hidroclórico), a reação que ocorre é entre os íons hidrônio e hidróxido. Lewis: ácidos são substâncias aceptoras de pares de elétrons e bases são substâncias doadoras de pares de elétrons. Ex: Obs: Qualquer átomo deficiente de elétrons pode atuar como um ácido de Lewis. Muitos compostos contendo elementos do grupo 3A, como boro e alumínio, são ácidos de Lewis porque átomos deste grupo têm apenas um sexteto de elétrons em sua camada mais externa. Haletos de zinco e ferro (III) são freqüentemente usados como ácidos de Lewis em reações orgânicas. Por exemplo: Carbocátions, com seis elétrons no nível de valência são ácidos de Lewis. Como são reagentes que procuram elétrons, os químicos os chamam eletrófilos. Carbânions são bases de Lewis. Em suas reações eles procuram um próton ou algum outro centro positivo ao qual possam doar seus pares de elétrons e assim neutralizar sua carga negativa. São chamados de nucleófilos. A Força dos Ácidos e Bases: Ka e pKa Em contraste com os ácidos fortes, tais como HCl e H2SO4, o ácido acético é um ácido muito fraco. Quando o ácido acético se dissolve em água, a seguinte reação não se processa por completo. Experimentos mostram que em uma solução de ácido acético 0,1 M a 25 C somente cerca de 1% das moléculas de ácido acético ionizam pela transferência de seus prótons para a água. Como esta equação é um equilíbrio, a expressão para a constante de equilíbrio (Keq) pode ser escrita como segue: Para soluções aquosas diluídas, a concentração da água é essencialmente constante ( 55,5 M). Deste modo, a equação acima pode ser reescrita em termos de uma nova constante denominada constante de acidez (Ka). A 25 C a constante de acidez do ácido acético é 1,76 x 10-5. Este ácido é fraco quando comparado com HCl (Ka = 10 7 ) e H2SO4 ( Ka = 10 9 ). CH3 C O OH + H2O CH3 C O O - + H3O + Keq = [H3O + ].[CH3CO2 - ] [CH3CO2H].[H2O] [CH3CO2H] [H3O + ].[CH3CO2 - ] Ka = Keq . [H2O] = [CH3CO2H] [H3O + ].[CH3CO2 - ] Ka = Keq . [H2O] = Podemos escrever expressões semelhantes para qualquer ácido fraco dissolvido em água. Acidez e pKa Os químicos normalmente expressam a constante de acidez (Ka), em termos de pKa. pKa = - log Ka. Para o ácido acético o pKa = 4,75: pKa = -log (1,76 x 10 -5) = - (- 4,75) = 4,75 Quanto maior o valor de pKa, mais fraco é o ácido. Quamto menor for o pKa maior será a força do ácido HA + H2O H3O + A - + Ka = [HA] [H3O + ].[A - ] Quanto maior o valor de Ka, mais forte é o ácido. Se Ka for maior do que 10, o ácido será, para efeitos práticos, completamente dis- sociado em água. Prevendo a Força das Bases Como conseqüência natural do que foi visto anteriormente, o seguinte princípio pode ser estabelecido: Quanto mais forte o ácido, mais fraca será sua base conjugada! TABELA 1. Força relativa de alguns ácidos e suas bases conjugadas * Ácidos mais fortes que o íon hidrônio e bases mais fortes que o íon hidróxido reagem completamente com a água. Podemos, então, relacionar a força de uma base ao pKa do seu ácido conjugado. Quanto maior o pKa do ácido conjugado, mais forte é a base. Por exemplo: Podemos prever o resultado de uma reação ácido-base. O princípio geral a ser aplicado é o seguinte: Reações ácido-base sempre favorecem a formação do ácido mais fraco e da base mais fraca. A razão para isto é que o resultado de uma reação ácido-base é determinado pela posição de um equilíbrio. Estas reações são, portanto, controladas por equilíbrio, e reações controladas por equilíbrio sempre favorecem a formação das espécies mais estáveis (energia potencial mais baixa).Usando este princípio, podemos prever que um ácido carboxílico reagirá com NaOH aquoso do seguinte modo: Como existe uma grande diferença nos valores de pKa dos dois ácidos, a posição de equilíbrio irá favorecer enormemente a formação dos produtos. Também podemos prever que uma amina reagirá com HCl aquoso da seguinte maneira: RELAÇÃO ENTRE ESTRUTURA E ACIDEZ A força de um ácido depende da magnitude na qual o próton pode ser removido e transferido para a base. A remoção do próton envolve a quebra da ligação do próton. Na tabela periódica, quando comparamos átomos em uma coluna vertical a força da ligação do próton no átomo é o fator dominante. A acidez aumenta de cima para baixo em uma coluna vertical. Quanto mais fácil o próton sai do átomo mais ácida é a substância. Quando comparamos átomos ao longo de um período na tabela periódica (horizontal), o fator dominante é a eletronegatividade do átomo ligado ao hidrogênio, pois a força da ligação é aproximadamente a mesma. Portanto, a eletronegatividade do átomo afeta a acidez, pois quanto menor for a eletronegtividade de um átomo menor será sua acidicidade. Aumento da Eletrofilicidade Aumento da acidicidade O Efeito da Hibridização Quanto maior o caráter s de um orbital híbrido significa que os elétrons do ânion terão, em média, energia mais baixa, e o ânion será mais estável. Efeitos Indutivos A polarização de uma ligação carbono-carbono resulta da habilidade eletroatratora de certos átomos (devidosua eletronegatividade) que é transmitida através do espaço e através das ligações das moléculas. Efeitos indutivos enfraquecem à medida que a distância do substituinte aumenta. ACIDEZ DOS ÁCIDOS CARBOXÍLICOS Os ácidos carboxílicos e os álcoois são ácidos fracos. Entretanto, a maioria dos ácidos carboxílicos é mais ácida do que os álcoois correspondentes. * Qualquer fator que faça com que a variação de energia livre para a ionização do ácido seja menos positiva (ou mais negativa) torna o ácido mais forte. Como podemos explicar a grande acidez dos ácidos carboxílicos em comparação com os álcoois? Duas explicações podem ser dadas em função do grupo carbonila: (1) baseada em efeitos de ressonância e a segunda (2) em efeitos indutivos. (1) Efeitos de ressonância Obs: Não é possível escrever estruturas de ressonância para um álcool ou para o seu ânion. (2) Efeitos indutivos: o fator mais importante para explicar a acidez dos ácidos carboxílicos é o efeito indutivo do grupo carbonila. Em ambos os compostos a ligação OH é altamente polarizada pela grande eletronegatividade do átomo de oxigênio. A explicação para a maior acidez do ácido acético é o poderoso efeito indutivo eletroatrator do grupo carbonila (C=O) quando comparado com o grupo CH2 na posição correspondente do etanol. Esses efeitos combinados tornam o próton hidroxílico do ácido acético mais positivo do que o próton hidroxílico do álcool. O efeito indutivo aletroatrator do grupo carbonila também estabiliza o íon acetato que se forma a partir do ácido acético e, portanto, o íon acetato é uma base mais fraca do que o íon etóxido. Efeitos Indutivos de Outros Grupos Obs: Qualquer fator que estabilize a base conjugada de um ácido aumenta a força do ácido. Compostos Orgânicos como Bases Se um composto orgânico contém um átomo com um par de elétrons não-compartilhados, ele é uma base em potencial. A dissolução de HCl gasoso em metanol provoca uma reação ácido- base muito parecida com a que ocorre com a água. Álcoois e éteres, em geral, sofrem esta mesma reação quando são tratados com soluções de ácidos fortes como HCl, HBr, HI e H2SO4. Compostos contendo um grupo carbonila também atuam como bases em presença de um ácido forte. Obs: Reações de transferência de prótons como estas são freqüentemente a primeira etapa em muitas reações que álcoois, éteres, aldeídos, cetonas, ésteres, amidas e ácidos carboxílicos sofrem. Um átomo com um par de elétrons não-compartilhado não é o único sítio que confere basicidade a um composto orgânico. A ligação de um alceno pode ter o mesmo efeito.