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UNICE – ENSINO SUPERIOR
IESF – INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE FORTALEZA
GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
DISCIPLINA: ECONOMIA
 TEORIA NEOCLÁSSICA
MACROECONOMIA
MICROECONOMIA
ANTONIO MARCOS ROCHA VIEIRA
CÍNTIA VALÉRIO
GERLANE AMARO
RAFAELA ROCHA
RAQUEL MIGUEL DO NASCIMENTO
Fortaleza – CE
2018
INTRODUÇÃO
A administração é uma ciência abrangente que funciona a partir de mudanças e inovações, geralmente, necessárias para a melhoria do ramo empresarial do país e do mundo. As diversas escolas que já habitaram o contexto administrativo no decorrer da história ilustram essas mudanças e constantes evoluções.
Desde a Teoria Clássica e Científica, com Taylor e Fayol, a administração se faz presente no tocante à busca por melhorias e inovações a fim de trazer melhores resultados, desde a indústria, comércio, assim como em qualquer outra instituição que vise o lucro.
A Teoria Neoclássica, não poderia ser diferente, surgiu no decorrer dos anos cinquenta diante de um novo contexto de crescimento exacerbado das organizações e problemas administrativos decorrentes da época. Enfatiza a preocupação dos seus administradores em dar organização a uma série de modelos e técnicas administrativas. 
No passado a proposta era homogênea quanto à linha de pensamento, enquanto que agora o novo enfoque adota uma linha mais heterogênea, ou seja, mescla a formalidade e a rigidez com uma postura mais liberal e humanista. 
A Teoria Neoclássica, tratada por Chiavenato (autor renomado na área administrativa no Brasil) retoma os aspectos discutidos na Teoria Clássica, os quais são revistos e atualizados dentro de um conceito moderno de Administração, conciliando esta abordagem com contribuições importantes de Teorias subseqüentes.
Apesar de toda influência das ciências do comportamento sobre a teoria administrativa, os pontos de vista dos autores clássicos nunca deixaram de subsistir. Malgrado toda a crítica aos postulados clássicos e aos novos enfoques da organização, verifica-se que os princípios de administração, a departamentalização, a racionalização do trabalho, a estruturação linear ou funcional, enfim, a abordagem clássica, nunca fora totalmente substituída por outra abordagem, sem que alguma coisa fosse mantida. 
Todas as teorias administrativas se assentaram na Teoria Clássica, seja como ponto de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela relacionada intimamente.
Assim, na busca constante por melhorias, a administração encontra na economia uma forte aliada às inovações necessárias aos avanços no contexto do processo administrativo, trazendo também as suas renovações e especializações, como no caso da Teoria Econômica, que é um braço da economia moderna, dividida em mais outros dois braços, a Economia Descritiva e a Economia Aplicada. 
Conforme a necessidade das organizações, outros caminhos surgiram para auxiliar o processo econômico e, consequentemente, o administrativo também, trazendo a divisão da Teoria Econômica em Microeconomia e Macroeconomia. Isso facilita a abordagem das decisões relativas ao contexto atual em que as organizações vivem inseridas, trazendo a parceria entre a administração e a economia como um mecanismo importante para a sua sobrevivência. 
1. DESENVOLVIMENTO
A Teoria Neoclássica da administração surgiu na década de 1950, baseada nos princípios da teoria clássica estudada por Taylor e Fayol, porém, repaginados para atender as necessidades administrativas da atualidade. A Teoria Neoclássica tem como princípios o fato de que as ações administrativas devem ser planejadas, organizadas, direcionadas e controladas. 
A principal referência da Teoria Neoclássica é Peter Drucker, mas também fazem parte dessa corrente outros autores como Willian Newman, Ernest Dale, Ralph Davis, Louis Allen e George Terry.
De forma geral, os autores que estudaram a Teoria Neoclássica formularam conceitos bastante heterogêneos, mas para facilitar o entendimento e a apresentação, esses conceitos foram condensados em uma única teoria sob a denominação “Teoria Neoclássica da Administração”.
No entanto, essa denominação é utilizada apenas no Brasil e foi popularizada no livro texto de Chiavenato, que é utilizado no ensino da administração de empresas no país. 
Fora do Brasil, pode-se associar essa escola de pensamento à abordagem teórica proposta por Peter Drucker, que é considerada uma ruptura com a abordagem vigente. As teorias que surgiram depois de Drucker são chamadas de “modernas” por ele ser reconhecido como “pai da administração moderna”.
Temos por características da Teoria Neoclássica:
 
Reafirmação dos postulados clássicos: tentaram reformular os conceitos da teoria Clássica sobre influência da Teoria Comportamental;
Ênfase nos princípios gerais da Administração: afirmavam que os problemas administrativos eram semelhantes mesmo que as organizações fossem diferentes e por isso era necessário buscar soluções administrativas mais práticas;
Ênfase na prática Administrativa: os autores neoclássicos desenvolveram conceitos visando à prática administrativa, pois atribuíram ser necessária à aplicação prática da teoria para que a mesma fizesse sentido;
Ênfase nos objetivos e resultados: afirmavam que todas as funções da organização devem funcionar na busca pelos resultados para que a mesma seja considerada eficiente;
Ecletismo, a teoria Neoclássica absorveu conteúdos de teorias administrativas mais recentes.
Para os neoclássicos administrar significa coordenar os esforços de um grupo de pessoas para o alcance dos objetivos comuns de forma que os dispêndios sejam mínimos. Afirmavam ainda que todas as organizações possuem dimensões administrativas comuns. Drucker as classifica quanto aos:
Objetivos: precisam ser bem claros de acordo com as escalas de prioridades de cada organização e é através deles que os resultados são avaliados;
Administração: as empresas podem ser diferentes quanto aos seus objetivos, mas são semelhantes na área administrativa, pois precisam equilibrar seus objetivos com as necessidades de flexibilidade e liberdade individual;
Desempenho Individual: buscam a eficácia individual entre os indivíduos.
Os Neoclássicos trouxeram também os conceitos de eficiência e eficácia. Peter Drucker, por exemplo, definiu os termos da seguinte forma:
Eficiência: consiste em fazer certo as coisas. Geralmente está ligada ao nível operacional, como realizar as operações com menos recursos – menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima;
Eficácia: consiste em fazer as coisas certas. Geralmente está relacionada ao nível gerencial;
Desempenho Individual: buscam a eficácia individual entre os indivíduos.
Esses dois conceitos usam a hierarquia e a divisão do trabalho como método de busca da produtividade (eficiência + eficácia).
Como resultado da divisão do trabalho surge o conceito de especialização, onde cada órgão passou a ter funções específicas e especializadas. 
A hierarquia, além de determinar a autoridade e responsabilidades, especifica também as funções de comando, e possibilita delegar as funções de cada colaborador partindo de uma avaliação prévia das condições individuais. A hierarquia possibilita também a manutenção do controle sobre o processo de comunicação com os responsáveis pelas funções que foram delegadas. Avaliação e recompensas também fazem parte do processo.
Outro conceito introduzido pelos autores neoclássicos na prática administrativa foi a Amplitude Administrativa, que consiste na determinação do número de subordinados que um administrador pode supervisionar. 
O antagonismo existente entre a centralização e a descentralização também foi discutido pelos autores neoclássicos. A centralização trás vantagens como, por exemplo, facilidade no processo de tomada de decisão, porém dificulta a comunicação. Já a descentralização possibilita uma maior participação dos membrosda organização, mas pode gerar competição entre os mesmos, além de não trazer uma uniformidade na tomada de decisão.
Por último, os autores neoclássicos estabeleceram funções para o administrador, onde o ciclo administrativo é regido pelo ciclo PDCA, sigla em Inglês que significa Planejar (Plan), Executar (Do), Controlar (Check) e Agir (Act), ou PODC em português que significa Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar.
Assim como na ciência administrativa, com suas teorias administrativas, outras ciências tiveram e têm seu papel importante no funcionamento das organizações, onde uma ciência sempre funcionou com o apoio de outras ciências, atuando como parceiras nas execuções dos trabalhos, sendo que para a administração uma grande parceria existe com a Economia e suas ramificações.
Assim, a palavra Economia origina-se das palavras gregas oikos e nomos que significam administração da casa, estado. Economia é a ciência social aplicada que estuda como o indivíduo e a sociedade alocam os recursos escassos para melhor atender as necessidades humanas. 
A economia moderna pode ser dividida em: Economia Descritiva, Teoria Econômica e Economia Aplicada. Já a Teoria Econômica, por sua vez, se divide em: Macroeconomia e Microeconomia.
A macroeconomia estuda o funcionamento da economia de um país de uma forma mais abrangente, ou seja, a economia em geral analisando a determinação e o comportamento dos grandes agregados como renda e produtos, níveis de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda, taxa de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.
O enfoque macroeconômico pode omitir fatores importantes, mas estabelece relações entre grandes agregados e permite compreender algumas interações relevantes.
A macroeconomia se preocupa com aspectos em curto prazo como desemprego, por exemplo. Ela possui algumas metas como aumentar o nível de empregos, estabilizar os preços, distribuir renda, crescer a economia, solucionar conflitos de objetivos. Assim, a estrutura macroeconômica se compõe de cinco mercados:
Mercado de Bens e Serviços: determina o nível de produção agregada bem como o nível de preços;
Mercado de Trabalho: admite a existência de um tipo de mão-de-obra independente de características, determinando a taxa de salários e o nível de emprego;
Mercado Monetário: analisa a demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central que determina a taxa de juros;
Mercado de Títulos: analisa os agentes econômicos superavitários que possuem um nível de gastos inferior a sua renda e deficitários que possuem gastos superiores ao seu nível de renda;
Mercado de Divisas: depende das exportações e de entradas de capitais financeiros determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro.
Já a microeconomia, ou teoria dos preços, trata do comportamento das empresas, famílias, indivíduos. Lida com a oferta de um determinado bem ou serviço em relação às preferências dos consumidores (demanda). Estuda os monopólios, oligopólios, monopsônios e concorrência perfeita. Ou seja, ela analisa a formação de preços no mercado, isto é, como a empresa e o consumidor se interagem e decidem o preço e a quantidade de um produto ou serviço.
A microeconomia se preocupa em explicar como é fixado o preço e seus fatores de produção. Ela divide-se em:
Teoria do Consumidor: Estuda a preferência do consumidor analisando seu comportamento, suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado;
Teoria de Empresa: Estuda a reunião do capital e do trabalho de uma empresa a fim de produzir produtos conforme a demanda do mercado e a oferta dos consumidores dispostos a consumi-los;
Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação da matéria-prima adquirida pela empresa em produtos específicos para a venda no mercado. A teoria da produção se refere aos serviços como transportes, atividades financeiras, comércio e outros.
A parceria entre a Administração e a Economia, principalmente em suas ramificações de Macro e Microeconomia, é de suma importância para o desenvolvimento de uma organização, assim como todo o contexto do processo administrativo e da busca por atingir os objetivos propostos pela organização, refletindo diretamente na população consumidora dos bens produzidos e na economia do país como um todo.
2. CONCLUSÃO
Com base nas informações expressas nesse trabalho, vê-se que a Administração e a Economia andam juntas no tocante ao desenvolvimento não só das organizações, mas de um país. 
Por meio dessas duas ciências, as empresas podem analisar o contexto do mercado e funcionar de forma a atingir seus objetivos de crescimento, além de influenciar no crescimento da economia do país, pois se as empresas produzem, elas precisam sentir o mercado para saber o que produzir, quanto produzir e como produzir, além de saber quais são as necessidades demandadas pela população que é o seu mercado consumidor, assim como o mercado consumidor internacional, influenciando mais uma vez a economia, mas desta vez a economia mundial.
A Teoria Neoclássica permite que as organizações tomem por base conceitos modernos, apesar de sua base teórica residir na Teoria Clássica, as inovações se fizeram necessárias para se adaptar conceitos antigos à nova realidade de mercado, de tecnologia, de público consumidor, ou seja, a modernização se fez necessária para que as ciências continuassem a aprimorar seus ensinamentos.
BIBLIOGRAFIA
ANUATTI NETO, Francisco. Competição e complementaridade dos centros de pós-graduação em Economia. In: M.R. Loureiro, 50 anos de Ciência Econômica no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1997. 
CÂNEDO, Letícia Bicalho. A Revolução Industrial: tradição e ruptura: adaptação economia e sociedade: rumo a um mundo industrializado. São Paulo: Atual, 1985.
CHIAVENATO, Idalberto, Introdução à teoria geral da administração, 4ª ed. São Paulo: Makron Books, 1993.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.