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FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO HOMEM AULAS 1 A 10

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FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO HOMEM 
AULA 01
A personalidade masculina
Desde pequenos, aos meninos são ensinadas brincadeiras masculinas, até mesmo brutas. Frases são ditas e incessantemente repetidas, como: "Homem não chora”; “Homem tem que ser durão”; “Você é cabra-macho”; “O homem é o sexo forte”.
Ele cresce acreditando nisso, e é aí que mora o perigo!
O que é ser homem?
Várias são as definições para o gênero masculino. O modelo de masculinidade estabelece características que os homens devem ter, como: ser forte, protetor, corajoso, resistente, invulnerável, dominador, poderoso etc.
A palavra homem costuma ser usada para descrever a pessoa que possui características sexuais e se comporta de acordo com certos padrões culturais da sociedade em que vive.
 Quanto mais características consideradas masculinas apresentar, mais facilidade ele terá para ser aceito.
“Homem é o sexo forte.” Será?
MACHISMO NÃO COMBINA COM SAÚDE: Embora este seja um fato comprovado, os homens não buscam os serviços de atenção primária, tendo como consequência o agravamento das doenças, pela demora e negligência na atenção básica à saúde.
 Ao analisar a personalidade masculina e a forma como os meninos são criados, podemos concluir que, por se considerarem fortes, os homens negligenciam os cuidados básicos com a saúde.
O QUE É SAÚDE?
É muito difícil separar a palavra saúde da palavra doença. O fato é que se pode não ter uma doença, mas ao mesmo tempo não ser uma pessoa necessariamente saudável.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência subordinada à ONU, fundada com o objetivo de desenvolver e melhorar o nível de saúde de todo o ser humano, define saúde como “estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consistindo somente da ausência de uma doença ou enfermidade”.
Para Romeu Gomes (2010, p. 29) essa definição da OMS também é importante porque revela que atender às necessidades de saúde é algo tão complexo quanto são as pessoas.
 
A questão da saúde é muita mais ampla do que se pensa.
 
É importante ter consciência dos limites do ser humano e igualmente promover mais ações que busquem o tão complexo bem-estar.
O que é saúde pública?
O fato é que, de cada três pessoas que morrem de doenças no Brasil, duas são homens. Este não é um caso de polícia, mas sim de saúde pública.
Uma das mais citadas definições foi apresentada nos EUA, em 1920, por Edward Amory: 
 
A arte e a ciência de prevenir a doença, prolongar a vida, promover a saúde e a eficiência física e mental mediante um esforço organizado da comunidade.
 
Abrange o saneamento do meio, o controle das infecções, a educação do indivíduo, o pronto tratamento das doenças e o desenvolvimento de uma estrutura social que assegure a cada indivíduo na sociedade um padrão de vida adequado à manutenção da saúde.
 
O uso dessa definição nos dias atuais é reforçado pela OMS.
ATIVIDADE PROPOSTA:
Vamos testar nossos conhecimentos nesta primeira aula?
Como vimos, o machismo e a saúde são uma combinação perigosa.
Vejo o vídeo ao lado e com suas palavras descreva os perigos e motivos desta relação ser tão frequente.
R- Embora este seja um fato comprovado, os homens não buscam os serviços de atenção primária, tendo como consequência o agravamento das doenças, pela demora e negligência na atenção básica à saúde.
 
Ao analisar a personalidade masculina e a forma como os meninos são criados, podemos concluir que, por se considerarem fortes, os homens negligenciam os cuidados básicos com a saúde.
AULA 02
CAUSAS DE MORBIDADE E MORTALIDADE DE HOMENS NO BRASIL
O que é morbidade?
Antes de começarmos nossa aula, vamos traduzir um conceito.
Morbidade é a taxa de indivíduos que adquirem determinadas doenças em um dado intervalo de tempo em uma determinada população.
 É a incidência (mede os novos casos da doença” X”) e a prevalência ( mede quantas pessoas são portadoras dessa doença “X”)de uma doença sobre uma população estudada.
Como o caso de dengue no Rio de Janeiro que você vê ao lado.
População determinada: Rio de Janeiro: 
Doença determinada: Dengue
Intervalo de tempo determinado:
Janeiro de 2013 à Agosto de 2013
Principais causas de morte
Você sabe quais são as principais causas de morte na população brasileira?
- Em primeiro lugar com 32,3% do total de óbitos temos:
- Infarto do miocárdio; Derrames; Homicídios; Diabetes.
Em segundo lugar com 16,7% do total dos óbitos temos:
- Câncer de pulmão; Câncer de pele; Câncer de útero; Câncer de garganta.
Atenção: As mulheres são maioria na população brasileira, mas mesmo assim, os homens morrem mais do que elas.
Mais dados sobre a morbidade masculina
Na aula passada, destacamos de que forma o modelo cultural de masculinidade influencia o fato de os homens serem mais vulneráveis a algumas doenças e a um estilo de vida que compromete sua saúde.
Vamos examinar agora alguns dados.
Segundo o Ministério da Saúde, de todos os óbitos que ocorreram em 2010, 57,12% eram de pessoas do sexo masculino. Ou seja, a maioria.
 Ainda de acordo com o Ministério, as doenças do aparelho circulatório são as que mais matam no Brasil.
Mais dados sobre a morbidade masculina
Este fato se explica por uma “receita” infalível: Má alimentação; Tabagismo + Consumo de álcool; Falta de atividade física = Morte por doenças do aparelho circulatório.
Diferenças na mortalidade masculina e feminina
Nesta tela vamos analisar e comparar as principais causas de morte entre homens e mulheres.
As cinco principais causas de morte entre homens: Doenças isquêmicas do coração; Doenças crônicas das vias respiratórias inferiores; Homicídios; Doenças cerebrovasculares; Acidentes em transportes terrestres.
As cinco principais causas de morte entre mulheres:
Doenças cerebrovasculares; Doenças isquêmicas do coração; Diabetes melittus; Doenças hipertensivas; Influenza e pneumonia.
COMPARAÇÃO
Na tela anterior observamos as principais causas de morte entre homens e mulheres.
Comparando essas causas, vimos que:
- Tanto homens como mulheres sofrem de causas cardiovasculares e cerebrovasculares;
- As doenças do coração atacam mais os homens do que as doenças cerebrovasculares, enquanto nas mulheres ocorre o contrário;
- Os homens são as maiores vítimas de homicídios e de acidentes em transportes terrestres.
PECULIARIDES
Vejamos abaixo, algumas peculiaridades desta comparação abordada durante nossa aula.
- A maioria dos indicadores do Ministério da Saúde nos mostra que, além de a mortalidade masculina ser maior, ela está também presente em praticamente todas as idades e para quase todas as causas;
- A esperança de vida ao nascer e em outras idades são sempre menores entre os homens;
- Em 2001, as mulheres tinham uma sobrevida maior que oito anos em relação à expectativa masculina.
- Na região Sudeste, mais especificamente no Rio de Janeiro, a diferença de expectativa de vida é de 12 anos.
Mas a questão não se restringe a esta região: a vida média masculina é comparativamente menor em todo o Brasil.
- De 1980 a 2005, a proporção de mortes por câncer em homens aumentou em 76%, as causas violentas em 41%, segundo o Ministério da Saúde.
AULA 03
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO HOMEM
Atenção especial
Desde a segunda metade do século XIX, quando a saúde se tornou questão do Estado, determinados sujeitos passaram a merecer atenção especial.
- Criminosos e loucos receberam atenção pelo perigo social que supostamente representavam;
- As mulheres, durante o século XX, pela responsabilidade que tinham na reprodução e manutenção de pessoas saudáveis;
- Crianças e idosos, por serem considerados frágeis frente a doenças e outros infortúnios
Por que uma política de saúde voltada para o homem?
Porque o estereótipo de masculinidade compromete a procura pelos serviços de saúde e a adesão ao tratamento, pela crença na invulnerabilidade;
Pelos altos índices de morbimortalidade masculina, principalmente quando em comparação com a feminina;
Porque 10,4% dasmortes masculinas da região Nordeste ocorrem antes de os meninos completarem um ano de vida, enquanto na região Sul este número é de 3,3%;
Pelo reconhecimento de que, quando os homens buscam o sistema de saúde, já é através da atenção especializada, ficando clara a necessidade da qualificação e fortalecimento da atenção primária;
Porque a atenção especializada à saúde tem como consequência o aumento da morbidade e maior custo para o SUS;
Pela necessidade de se estabelecerem princípios, diretrizes e ações para diminuir os problemas de saúde e melhorar a qualidade de vida da população masculina;
Porque em 2005, do total de mortes na faixa etária de 15 a 59 anos, 68% ocorreram em homens.
Clique aqui e veja um outro importante motivo para uma política de saúde voltada para o homem.
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem
Pensando em todos esses fatos que acabamos de enumerar, o SUS criou em 2008, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, alinhada com a Política Nacional de Atenção Básica, que é a porta de entrada do SUS.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Essa política representa um conjunto de ideias discutidas entre sociedades médicas, profissionais de saúde, pesquisadores, acadêmicos e entidades governamentais e civis.
Um de seus eixos principais é o Pacto pela Vida – um compromisso entre gestores do SUS em torno das prioridades que apresentam impacto sobre a saúde da população brasileira.
Proposta: Estimular o reconhecimento de que saúde é um direito social básico e de cidadania de todos os homens brasileiros.
Objetivos: A política em questão criada pelo SUS, tem os seguintes objetivos:
- Identificar os principais fenômenos que comprometem a saúde do homem;
- Conscientizar o público em questão;
 - Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade, enfrentando os fatores de risco e facilitando o acesso às ações e aos serviços de assistência à saúde;
 - Promover, prevenir, assistir e recuperar a saúde da população masculina.
 Foco: Qual é o foco?
 
O foco é na prevenção de doenças, já que a maior parte dos homens espera ficar doente para procurar ajuda médica.
 Na nossa aula anterior, observamos que em todas as faixas etárias os homens morrem mais.
Desafios:
- Mobilizar a população masculina pela luta e garantia de seu direito à saúde talvez seja o maior dos desafios;
Exterminar a dificuldade do homem em reconhecer suas necessidades ao rejeitar a possibilidade de adoecer. 
Uma justificativa apontada pelos homens para a não procura pelos serviços de saúde é a sua posição de “provedor”, alegando que o horário do funcionamento dos serviços de saúde coincide com a carga horária de trabalho (o que é um pretexto, uma vez que as mulheres trabalham em jornada tripla e encontram tempo para se cuidar);
Diminuir a dificuldade de acesso aos serviços assistenciais e às filas intermináveis, que causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho;
Vencer as barreiras socioculturais e institucionais;
Identificar as principais enfermidades e agravos à saúde do homem;
Vencer o preconceito com determinados exames, como o que detecta câncer de próstata, outra das principais causas de morte.
Alguns direitos
Na política nacional de atenção integral à saúde do homem, existem alguns direitos  determinados pela justiça  que facilitam a prevenção contra doenças.
Exame e tratamento de câncer de próstata (SUS): Todo homem com mais de 40 anos de idade tem direito a realizar gratuitamente na rede do SUS exames para diagnóstico de câncer da próstata.
 Amparo legal: Lei nº 10.289, de 20 de setembro de 2001, Artigo 4º Inciso II; - Portaria nº 467 MS/SAS, de 20 de agosto de 2007.
Câncer de pênis: O plano/seguro de saúde deve cobrir exames de controle da evolução da doença e fornecer medicamentos, anestésicos e outros materiais, assim como sessões de quimioterapia e radioterapia, durante todo o período de internação da pessoa com câncer.
Amparo legal: Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, Artigo 3º, Parágrafo Único, Inciso V.
Vasectomia (SUS): O homem tem o direito à cirurgia para esterilização voluntária, contanto que seja maior de 25 anos ou com pelo menos dois filhos vivos e, caso seja casado, com o consentimento da esposa.
Amparo legal: Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996, Artigo 10º, Inciso I e Inciso I, Parágrafos 4º e 5º.
ATIVIDADE PROPOSTA
Depois de ter analisado as ações para implantação da Política nacional de atenção integral do homem, correlacione alguns conceitos.
Avaliação do Projeto Piloto
Promoção de Saíde
Implatação e expansão do sistema de atenção à saúde do homem
Implantação da política
( 3 ) Fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e a resolutividade dos serviços de saúde.
( 4 )Inserir estratégias e ações voltadas para a saúde do homem nos planos de saúde estaduais e municipais.
( 2 ) Elaborar estratégias para aumentar a demanda dos homens aos serviços de saúde.
( 1 )Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações, por meio do monitoramento da política.
AULA 04
PREVENÇÃO, A PALAVRA DE ORDEM
Salvando o homem de si mesmo
Desde a pré-história, o homem entendeu que precisava de proteína para sobreviver.
A grande diferença é que, na “era pré-histórica”, ele corria e caçava para obter o alimento. 
Está aí a importância da prevenção.
Hoje, ele compra seu alimento, ou seja, tornou-se sedentário.
Autoavaliação
Agora, vamos fazer uma rápida auto avaliação. Para isso, responda com sinceridade:
ESTUDO DE CASO:
Você está atrasado para uma entrevista de trabalho e só tem 30 minutos para almoçar antes desse compromisso. 
Entra na lanchonete e a atendente te garante que o tempo de preparo das duas opções é o mesmo: dois minutos.
Qual das alternativas você escolhe? SANDUICHE OU PRATO DE SALADA?
Depois de passar em uma entrevista difícil e conseguir o emprego e o salário desejados, você vai comemorar suas merecidas férias em Fernando de Noronha, após um ano de trabalho intenso e muita pressão do chefe.
 
Céu azul sem nuvens, areia branca, dia lindo e o sol quente do verão. Qual a primeira coisa que você faz nesta situação? TOMAR UMA CAIPIRINHA OU CORRER NA PRAIA?
Você sai da praia às 17 horas, ainda não almoçou e está naturalmente com muita fome. 
No restaurante de frente para o mar, o garçom traz essa picanha, com um cheirinho irresistível.
- Você come este pedaço de picanha do jeito que está ou Retira o excesso de gordura e de sal antes da primeira garfada?
 Gabarito:
 Se você escolheu todas as opções número 1, provavelmente em breve terá problemas.
 Se você escolheu duas opções número 1, está na hora de rever seus conceitos.
 Se você escolheu apenas uma opção número 1, está em um bom caminho, mas ainda pode melhorar.
 Se você escolheu todas as opções número 2, ainda deverá aproveitar muito a vida. Parabéns!
Conceito de prevenção
Em linhas gerais, prevenção significa ação antecipada. 
No contexto geral, pode ser definida como: “o ato ou efeito de prevenir-se; precaução, cautela; preconceito; disposição prévia” (Morais, 1995).
Em saúde, é o ato de evitar o aparecimento ou a evolução de uma doença.
Infelizmente, para muitos, pensar em prevenção é uma utopia, uma vez que a formação do profissional da área de saúde é muito mais voltada para a doença do que para a saúde.
No que diz respeito à saúde, intercalamos períodos:
-“Ótimos”, de completo bem-estar físico, mental e social;
- “Intermediários”, quando não podemos dizer que estamos 100%;
- “Enfermos”, com ausência real de saúde.
Direito do cidadão e dever do Estado
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece que a saúde é um direito do cidadão e um dever do Estado.
 Entretanto, isso não nos dá o direito de adotar um estilo de vida ruim e esperar que o Estado assuma a responsabilidade pela nossa saúde.
 A promoção de um estilo de vida saudável envolve uma ação em duas frentes:
PREVENÇÃO DA DOENÇA: Poupando indivíduos e suas famíliasdo sofrimento, incapacidade prolongada, prejuízo financeiro ou morte prematura;
PROMOÇÃO DE SAÚDE: Envolve comprometimento individual, familiar e de políticas públicas que promovam um senso geral de responsabilidade.
NÍVEIS DE PREVENÇÃO: Não existe unanimidade em relação ao número de níveis de prevenção. Sendo assim, vamos abordar todos eles.
 
Níveis “clássicos” de ações preventivas:
PREVENÇÃO PRIMORDIAL: Evitar a emergência e o estabelecimento de padrões de vida que aumentam o risco de desenvolver doenças;
PREVENÇÃO PRIMÁRIA: Ações aplicáveis quando nos encontramos em um estado de saúde ótima. 
Em geral, os programas de promoção de saúde estão no nível de prevenção primária;
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA: Ações aplicáveis quando o organismo já se encontra em enfermidade real, com alterações na sua forma ou função. 
Envolve detecção e intervenção precoce, antes que a doença se desenvolva completamente;
PREVENÇÃO TERCIÁRIA: Ocorre depois que uma doença ou lesão ocorreu, permanecendo com uma sequela residual ou uma incapacidade que necessita ser minimizada para se evitar a invalidez total.
PREVENÇÃO QUATETNÁRIA: Nível “recente” de ação preventiva, análise das decisões clínicas e ações junto aos profissionais de saúde.
O triângulo epidemiológico
O primeiro desafio para identificar a disseminação de uma doença é entender como ela se comporta.
 Vamos ver quem é quem nessa história?
 
	AGENTE É a “causa” de uma doença. Exemplos: o agente infeccioso; parasitário; toxinas; poluição; estresse; calorias excessivas; fome; deficiência de ferro; de iodo; carência de cuidados maternos; desemprego etc.
 AMBIENTE: Os aspectos referentes são: fatores físicos; socioeconômicos; culturais; fatores políticos; biológicos etc.
 HOSPEDEIRO: Pode ser o alvo da doença, mas também a causa. Os aspectos referentes ao hospedeiro são: idade; sexo; constituição corporal; genética; sistema imunológico; hábitos e costumes; estado psicológico; nível educacional etc.
O “x” da questão
É fato que todos queremos evitar e prevenir as doenças. Mas vários são os desafios e enigmas da prevenção:
Que fatores contribuem para o número excessivo de doenças e incapacidades?
 Como esses fatores podem ser modificados?
 Em que população o trabalho deve ser realizado?
 Que estratégias vão apresentar melhores resultados?
 O que precisa ser feito para alcançar os objetivos?
Talvez a melhor resposta para todas essas perguntas jamais seja encontrada, e talvez aí esteja o grande desafio. 
Com todas as respostas ou não, é certo que não podemos mais negligenciar a importância do papel preventivo.
ATIVIDADE PROPOSTA
ONG luta pelo acesso de deficientes às praias do Rio
Quem depende de cadeira de rodas sabe como é difícil aproveitar um dia de sol, como o que fez no domingo (17), na praia. Faltam rampas e esteiras na areia, que são fundamentais para facilitar a passagem dos deficientes físicos. A ONG Praia para Todos disponibilizou esteiras para dar acesso ao cadeirante.
 Uma escada, no posto 3, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, parece simples. Mas um enorme obstáculo atrapalha o deficiente que precisa usá-la. No local existe até uma rampa, mas de areia.
Carlos Silva tentou ir à praia um ano e oito meses depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), mas não conseguiu ir além do calçadão. Fabio Fernandes e Ricardo Gonzales não se conformaram com este limite e criaram o projeto Praia para Todos.
 A ONG fornece a esteira, para a passagem da cadeira de rodas, profissionais especializados e acaba de ganhar a ajuda de voluntários do corpo de Bombeiros.
 “Para nós que somos cadeirantes, a acessibilidade é fundamental”, disse Fabio Fernandes.
Agora, com a mudança, Jorge da Silva, de 11 anos, conseguiu finalmente chegar até a beira da água e disse que este foi o seu melhor dia de praia. “Eu pude entrar na água. Porque essa praia aqui a gente curte muito”, disse.
 Em uma cidade com tantas praias e que vai sediar os Jogos Paralímpicos, essas são oportunidades raras: duas vezes por semana, até junho. No resto do ano, as praias não são para todos.
Após a leitura dessa reportagem, publicada em 18/02/2013 no G1 Rio de Janeiro, podemos afirmar que a iniciativa da ONG Praia para Todos atua em que nível de ação preventiva e com que objetivo?
R- Prevenção terciária, com o objetivo de reabilitar e reinserir o paciente o mais próximo possível de sua função física, mental e social anterior.
AULA 05
DOENÇAS DO APARELHO CARDIOVASCULAR (DAC)
Fundamentalmente aeróbicos
Até que se prove o contrário, somos seres fundamentalmente aeróbicos. 
Isto quer dizer que dependemos do oxigênio (O2) para viver.
Não somos capazes de realizar nenhuma tarefa, por mais simples que seja, se nossos órgãos e tecidos não receberem uma oferta adequada de oxigênio. 
E o encarregado de distribuir esse sangue oxigenado para todo o corpo é o coração.
Função cardíaca
O coração recebe, através do seu lado direito, o sangue rico em dióxido de carbono (CO2) e envia aos pulmões para ser feita a troca gasosa.
 Após essa troca, ele recebe de novo o sangue agora rico em O2 através do seu lado esquerdo, para distribuir a todo o corpo, mas também a si mesmo, para ter condições de continuar executando todo o seu trabalho (que, como sabemos, não é pouco).
Assista o vídeo abaixo que ilustra muito bem a função cardíaca.
A capacidade de trabalho do coração.
Vamos conhecer algumas informações sobre o trabalho do coração.
Em repouso o coração:
A cada contração, bombeia 80 ml de sangue;
Bate 80 vezes por minuto;
A cada minuto bombeia 6 litros de sangue;
A cada dia bombeia 8.640 litros, o mesmo que um caminhão pipa;
Em 80 anos bombeia 252.228.000 L, o mesmo que 100 piscinas olímpicas.
Analisando essa capacidade de trabalho, precisamos nos ater a um detalhe: o “caminhão pipa” é bombeado a cada dia se passarmos 24 horas em repouso. 
Como isto não acontece, então o coração bombeia muito mais que um caminhão pipa por dia.
 Sem nenhum exagero, podemos concluir que é o músculo mais fantástico do corpo. Mas para trabalhar com tanta eficiência, é preciso que ele seja bem cuidado. 
O problema é quando se instalam as DAC.
Principal característica das DAC
A principal característica é a presença da placa aterosclerótica, formada pelo acúmulo de gorduras nas artérias ao longo dos anos, impedindo a passagem do sangue (perfusão) oxigenado aos tecidos para suprir suas necessidades fisiológicas.
Por que se desenvolvem as placas ateroscleróticas?
As causas da aterosclerose podem ser de origem genética, mas o principal motivo para o acúmulo de gordura nas artérias é comportamental, ou seja, a forma como nos conduzimos frente aos cuidados com o corpo. 
Esses são os chamados “fatores de risco”:
 
De origem genética  Fatores de risco não modificáveis; (HISTÓRICO FAMILIAR; SEXO (MAIOR RISCO NO MASCULINO); IDADE
Comportamentais  Fatores de risco modificáveis.
Dislipidemia (aumento do LDL “mau colesterol” no sangue)
Tabagismo
Hipertensão Arterial Sistêmica
Diabetes Melittus
Obesidade; Sedentarismo; Estresse; Fatores alimentares.
As DAC que mais matam:
Entre as Dac que mais matam estão as doenças isquêmicas do coração e doença cerebrovascular.
Vamos conhecer melhor cada uma delas.
Doenças isquêmicas do coração : Das isquemias do coração se destacam as três abaixo.
Angina pectoris; Infarto do miocárdio; Morte súbita
Doença cerebrovascular
O acidente vascular cerebral (acrônimo: AVC), ou acidente vascular encefálico (acrônimo: AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais.
É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte docampo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
O que é isquemia?
Isquemia é a restrição de aporte sanguíneo a um órgão ou tecido.
Um estudo do Hospital do Coração (HCor), de São Paulo, apontou que jovens entre 20 e 40 anos estão tendo mais problemas cardiovasculares, como infartos. As razões são estresse associado ao fumo e peso acima do ideal.
 O Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo, realizou o maior estudo no país, em que foram entrevistados 3.550 pacientes de 51 cidades brasileiras entre 1997 e 2000.
 O homem fumante, segundo o estudo, tem cinco vezes mais chance de ter um infarto que o não fumante.
 Ainda segundo o estudo, os fatores de riscos modificáveis superam inclusive o fator de risco não modificável de história familiar de doença cardiovascular, ou seja, a herança genética.
“Copa das Américas” em mortalidade cardiovascular
Vejamos o ranking dos países participantes da “Copa das Américas” em mortalidade por doenças cardiovasculares:
 GRÁFICO
As coronariopatias nos homens
“Das doenças isquêmicas do coração, as coronariopatias (angina, infarto e morte súbita) são responsáveis por mais de 26% das mortes até os 59 anos e 72% das mortes após os 60 anos entre os homens” (fonte: Ministério da Saúde/ SUS 20 anos).
Principais sintomas:
Dor ou desconforto torácico; Dispneia; Palpitações; Tontura; Síncope; Fadiga;Fraqueza
FATORES DE RISCO
Combater os adversários é a palavra de ordem, no caso das DAC. O importante é saber que as doenças cardiovasculares podem ser prevenidas. Vamos ver quem são esses adversários a serem combatidos:
TABAGISMO: Não há níveis seguros para o consumo de cigarro.
 Porém, se compararmos com a maioria dos outros fatores de risco (diabetes, hipertensão), o tabagismo pode ser totalmente eliminado, bastando para isso parar de fumar.
 
Além disso, a incidência de DAC em ex-tabagistas cai, em apenas dois anos, para níveis semelhantes aos não tabagistas.
HIPERTENSÃO: Aumenta o risco de doença cardíaca isquêmica;
Aumenta o risco de AVC (doença grave e incapacitante);
 Causa danos estruturais ao coração (aumento do ventrículo esquerdo, afetando seu bombeamento), com futuro desenvolvimento de insuficiência cardíaca;
Causa dano renal.
Pacientes com diabetes do tipo I ou tipo II encontram-se sob risco aumentado de DAC, sendo considerados de alto risco para as doenças do aparelho cardiovascular. 
Novos agentes orais que reduzem a glicose, associados à dieta e exercícios, têm papel fundamental no combate ao problema.’
DIABETES MELITTUS: Pacientes com diabetes do tipo I ou tipo II encontram-se sob risco aumentado de DAC, sendo considerados de alto risco para as doenças do aparelho cardiovascular. 
Novos agentes orais que reduzem a glicose, associados à dieta e exercícios, têm papel fundamental no combate ao problema.
ESTRESSE: Fatores como a raiva, ansiedade e depressão estão associados à ocorrência de DAC.
DISLIPIDEMIA: A adoção de uma alimentação balanceada eleva o chamado “bom colesterol” HDL, poderoso no combate às DAC, com comprovada ação protetora das artérias para varrer o LDL, o chamado “mau colesterol”, que entope as artérias.
SEDENTARISMO: Evidências mostram alterações significativas em vários fatores de risco com a prática de exercícios, como melhora no controle da glicemia na diabetes mellitus, pressão arterial, dislipidemia e estresse.
OBESIDADE: Nos últimos anos, a obesidade passou a ser encarada como uma epidemia, graças a fatores com: carro, TV, internet, inatividade, fast-food etc.
 A obesidade aumenta a pressão sanguínea drasticamente. 
Vamos entender por que, de uma forma bem simples? 
 Cada grama de gordura é preenchido com metros e mais metros de capilares, que exigem pressão para que o sangue se movimente por eles. 
Quanto mais gordura, mais duramente o coração trabalha.
FATORES ALIMENTARES: Como no tabagismo, basta ter disciplina e perseverança para melhorar este fator.
O que depende de nós?
O tratamento das DAC é muito caro e coloca uma carga importante sobre o Sistema de Atenção à Saúde. Essa frase é clichê, mas verdadeira: prevenir é sempre melhor que remediar.
DIETA BALENCEADA: Diminuir o sal e o consumo de álcool;
Fazer uso de azeite extra virgem (ótimo para o HDL);
Aumentar a ingestão de peixes, eles são fontes de ômega 3, que diminui a tendência do sangue coagular e obstruir as artérias (o HDL agradece!);
Aumentar a ingestão dos “protetores do coração” – fibras solúveis, frutas, verduras e legumes de cores fortes, licopeno (pimentão, tomate), potássio (banana) e soja.
TAMANHO DA CINTURA: A medida da gordura abdominal, como também da circunferência da cintura, é um método simples e fácil para alertar o risco de DAC:
Um centímetro a mais na cintura = 2% mais chances de problemas.
 Cintura ideal para homens – até 94 cm;
Cintura ideal para mulheres – até 80 cm;
ATIVIDADE FÍSICA: Desde a década de 1960 está provada a associação inversa
da atividade física com a ocorrência das enfermidades
cardíacas (NAHAS, 2001).
O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) sugere
em linhas gerais, para a prevenção das DAC: exercícios físicos
realizados três ou mais vezes por semana, preferencialmente de forma supervisionada, com duração mínima de 30 minutos diários, de modo intermitente ou contínuo.
 Essas atividades são suficientes para consumir aproximadamente 200 calorias diárias.
O que depende da equipe de saúde?
Existem uma série de exames que devemos fazer regularmente visando evitar problemas futuros.
Vamos conhece-los?
LIPIDOGRAMA
Exame laboratorial do sangue para determinar a dosagem dos vários tipos de gorduras no sangue (o colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos, lipídeos totais).
ELETROCARDIOGRAMA (ECG)
Registro da atividade elétrica produzida pelo tecido cardíaco. 
 Instrumento diagnóstico valioso nas arritmias, isquemias e infarto do miocárdio.
ECOCARDIOGRAMA
Avalia, através do ultrassom, a anatomia e a função cardíaca, sendo hoje tridimensional. 
 Tem papel importante na avaliação da estrutura e desempenho do ventrículo esquerdo e na avaliação do infarto do miocárdio.
TESTE ERGOMERICO
Registro da atividade elétrica do coração e avaliação do funcionamento cardiovascular durante o esforço físico gradualmente crescente.
CINTILOGRAFIA
Exame por imagem da medicina nuclear realizado em duas etapas: esforço e repouso para avaliação do fluxo coronariano nos momentos de maior e menor exigência ao músculo cardíaco.
ANGIOGRAFIA CORONARIANA OU CINECORONARIOGRAFIA
Mais conhecido como cateterismo cardíaco, é um exame invasivo para confirmar a presença e a exata localização da obstrução das artérias coronárias que estão causando a isquemia.
TRATMENTO MEDICAMENTOSO
Antiagregantes plaquetários (inibição da formação de trombos obstrutivos); trombolíticos (fármacos usados para dissolver os trombos formados pela placa aterosclerótica); estatinas (controle da dislipidemia); anti-hipertensivos (controle da hipertensão arterial); hipoglicemiantes (controle da diabetes).
ANGIOPLASTIA
Recurso terapêutico minimamente invasivo. Um pequeno balão, integrado a um cateter, é guiado até a artéria comprometida, e então é inflado e desinflado para comprimir a placa aterosclerótica contra a parede arterial, desobstruindo o vaso
COLOCAÇÃO DE “STENT”
Em alguns casos, após a desobstrução da artéria, um pequeno tubo feito de uma malha de metal, chamado de “stent”, é posicionado na artéria para mantê-la aberta, garantindo o fluxo de sangue.
REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO
São as famosas “pontes” de safena, mamárias, radiais. Proporcionam maior aporte de sangue às áreas do coração em que há aterosclerose nas coronárias.
 Melhor não chegarmos a esses extremos, certo? Que tal rever conceitos? Que tal começar mudando pequenos hábitos? Por que não usar a escada em vez do elevador? 
Este já é um bom começo.
TRANSPLANTE CARDÍACO
Técnica cirúrgica que implanta um coração saudável para substituir o coraçãodoente. Indicado quando os recursos terapêuticos clínicos e cirúrgicos se esgotaram e a expectativa de vida do paciente não ultrapassa de seis meses a dois anos.
Fisioterapia e reabilitação cardíaca nas DAC
Vamos trabalhar com duas definições de reabilitação cardíaca.
A Organização Mundial da Saúde define reabilitação cardíaca (RC) da seguinte forma:
 O conjunto das intervenções necessárias para fornecer ao doente cardíaco uma condição física, psicológica e social tão elevada quanto possível, de forma que os doentes com patologia crônica ou pós-aguda possam, pelos seu próprios meios, preservar ou retomar o seu lugar na sociedade.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) define a RC como “um programa multidisciplinar, que envolve médico, psicólogo, nutricionista, educador físico, enfermeiro e fisioterapeuta”.
Fases da reabilitação cardíaca
A RC está tradicionalmente dividida em quatro fases:
FASE I- Fase hospitalar. O objetivo é de reduzir o tempo de permanência hospitalar, prevenir os efeitos da síndrome da imobilidade, da atrofia muscular, hipotensão postural, deterioração circulatória e respiratória geral;
FASE II- Fase ambulatorial, de adaptação às atividades de vida diária. 
Exercícios supervisionados em uma prescrição individualizada em intensidade, duração, frequência e estilo de atividade;
FASE III- Fase supervisionada de condicionamento aeróbico e treinamento de força. 
Programa a longo prazo, com o objetivo de melhorar o condicionamento físico e a manutenção do ganho funcional, reduzir fatores de risco e mudar o estilo de vida;
FASE IV- É considerado um programa de manutenção, quando a maioria dos parâmetros físicos e fisiológicos está estagnada. 
Esta fase pode ser não supervisionada. Representa um compromisso com a prática regular da atividade física e controle do estilo de vida, construindo hábitos que necessitam ser levados para toda a vida.
ATIVIDADE PROPOSTA
Humorista Bussunda, do Casseta & Planeta, morre na Alemanha.
(7/06/2006 – 07h31 da Folha de São Paulo Online)
 
O humorista Cláudio Besserman Vianna, o Bussunda, 43, do programa Casseta & Planeta, morreu hoje, na cidade de Parsdorf (16 Km de Munique), vítima de um ataque cardíaco.
 
Bussunda estava na Alemanha desde o início da Copa acompanhando a seleção brasileira junto de parte da equipe do programa humorístico.
ando situações como essa ocorrem, ficamos chocados. 
Ao analisarmos atentamente a pessoa em questão, podemos identificar pelo menos dois fatores de risco não modificáveis e um modificável para as doenças cardiovasculares, mesmo sem uma avaliação mais profunda. 
Quais são eles?
R- Não modificáveis = Sexo masculino, idade.
 Modificável = obesidade.
AULA 06
AS DOENÇAS CRÔNICAS MAIS FREQUENTES
GRANDES TRANSFORMAÇÕES
Não modificáveis = Sexo masculino, idade.
Modificável = obesidade.
SECULOS XIX, XX, XXI: Uma delas se deu, principalmente, nos países desenvolvidos com o aumento na expectativa de vida de sua população em aproximadamente 40 anos.
No século XX, as doenças infectocontagiosas foram um grande desafio, exigindo grandes esforços e dedicação para o seu controle.
Já no século XXI, o desafio são as doenças crônicas.
O QUE É UMA DOENÇA CRÔNICA?
Vamos aprender agora uma definição essencial para o andamento de nossa aula.
É aquela doença geralmente de desenvolvimento lento e de longa duração e, por isso, leva um tempo mais longo para ser curada ou, em muitos casos, não tem cura.
 Crônico não significa ficar estacionado, e a maioria das doenças crônicas tem comportamento progressivo.
Os tipos de doenças crônicas
As doenças crônicas são separadas em dois tipos: Doenças crônicas não transmissíveis; Doenças crônicas não transmissíveis
Doenças crônicas não transmissíveis
Hipertensão arterial sistêmica; Doenças cardiovasculares; Osteoartrose; Diabetes mellitus
Doenças crônicas transmissíveis:
Hepatite C; HIV/AIDS
Podemos dizer que o crescimento das doenças crônicas é vertiginoso. Nos dias de hoje, essas doenças são responsáveis pelo mais alto ônus de todas as doenças no mundo.
 
Essas doenças causam danos individuais, sociais e econômicos, gerados pelos altos custos com o tratamento multidisciplinar, pela diminuição ou perda da capacidade de trabalho, grande prejuízo nas atividades de vida diária, aumento da dependência de terceiros, incapacidade e perda de produtividade, além dos óbitos precoces.
QUEM SÃO OS MAIS ACOMETIDOS?
Os idosos são os que mais sofrem de doenças crônicas. Isso se dá pela conjugação entre a predisposição genética, pelas mudanças fisiológicas do envelhecimento e pelos fatores de risco modificáveis como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e obesidade,
que vimos tão bem na aula anterior.
Envelhecer é um processo natural,
progressivo, irreversível e comum a todos nós.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES BIOLÓGICAS CAUSADAS PELO ENVELHECIMENTO
Diminuição da massa muscular e densidade óssea;
Perda de força muscular;
Deficiência de agilidade e coordenação motora;
Deficiência de equilíbrio e da mobilidade articular;
Maior rigidez das cartilagens, tendões e dos ligamentos;
Deficiência das funções hepática e renal;
Maior trabalho ventilatório aos esforços;
Menor número e tamanho dos neurônios.
AS DOENÇAS CRÔNICAS MAIS FREQUENTES
Já conhecemos a definição de doenças crônicas, tipos, os mais acometidos  e agora veremos as doenças crônicas mais frequentes.
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Tumores malignos
Osteoartrose
Osteoporose
Diabetes melittus
Doenças cerebrovasculares
Cardiopatias
Depressão
Hipertensão arterial
DOENÇAS CRÔNICAS EM DESTAQUE
Nesta tela vamos conhecer as doenças crônicas em destaque.
No primeiro caso temos a depressão.
É a segunda doença crônica mais comum, perdendo apenas para a hipertensão arterial sistêmica.
O não diagnóstico da depressão, muitas vezes confundida com a perda de vitalidade natural do envelhecimento, ou ainda quando diagnosticada, mas não tratada corretamente, exerce forte prejuízo na capacidade funcional, qualidade de vida e aumento na mortalidade
No segundo caso temos a osteoartrose.
A doença reumática, extremamente comum e frequente, é responsável por grande perda da capacidade funcional, por acometer não só o aparelho locomotor como articulações, cartilagens, músculos e tendões, mas também órgãos internos como o coração.
 Além de crônica, é degenerativa, e sua incidência aumenta com a idade. Tem evolução não letal, sendo causa de dor intensa e constante, além de incapacidade.
 Pode ser classificada como:
 
Primária – Não possui fatores predisponentes (idade, hereditariedade, obesidade);
 
Secundária – Decorre de um problema genético, metabólico, inflamatório ou traumático.
No terceiro caso temos a osteoporose.
Condição metabólica caracterizada pela diminuição progressiva da densidade óssea e aumento do risco de fraturas.
 É uma doença silenciosa, e é aí que está seu perigo! A melhor forma de diagnóstico é através da Densitometria Óssea, que possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna e no fêmur.
 
Classificação da densidade decrescente óssea:
• Normal;
• Osteopenia;
• Osteoporose.
No quarto caso temos a Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
A American Thoracic Society (ATS) define DPOC como:
 
“Uma doença caracterizada pela presença de limitação do fluxo aéreo devido à bronquite crônica ou enfisema. 
A obstrução ao fluxo aéreo é geralmente progressiva, pode ser acompanhada de hipereatividade das vias aéreas, e pode ser parcialmente reversível”.
 
A Iniciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (GOLD) classifica como “uma doença caracterizada pela limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. 
A limitação ao fluxo aéreo é geralmente progressiva e associada tanto com uma resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas como a gases nocivos”.
Índice DALY
DALY é a sigla em inglês para Disability Adjusted Life Years (ou anos de vida perdidos ajustadospor incapacidade).
 
O índice DALY mede o impacto de uma doença sobre a população acometida por ela, os dias perdidos de trabalho, os anos de aposentadoria precoce, os anos perdidos por mortalidade precoce, além da qualidade de vida.
Analisando, pelo Índice DALY, o impacto que a DPOC provoca, podemos constatar a capacidade destrutiva dessa doença na população acometida por ela e sua progressão vertiginosa.
 
Ela sai da 12ª para a 5ª posição das doenças que mais causam “estragos” em dias de trabalho perdido, aposentadoria precoce, perda da qualidade de vida e mortalidade precoce.
Estudos mostram um risco duas vezes maior no sexo masculino para a bronquite crônica.
A associação do tabagismo com a poluição ambiental e o envelhecimento da população deverá culminar com o aumento significativo de DPOC nos próximos anos.
FATORES DESENCADEADORES DA DPOC
Fatores socioeconômicos
Fatores individuais (deficiência de alfa-1-antitripsina)
Tabagismo
Presença de hiper-responsividade brônquica
Desnutrição
Prematuridade
Poeira ocupacional
Poluição intra e extradomiciliar
ATIVIDADE PROPOSTA
PARA FINALIZAR,OS NOSSA AULA 6, TESTE SEUS CONHECIMENTOS NESSA ATICVIDADE PROPOSTA
Aprendemos que as doenças crônicas são separadas em dois tipos, não transmissíveis e transmissíveis.
Abaixo você encontra uma lista de doenças crônicas. A partir dessa lista, relacione as doenças dizendo de que tipo são:
Inclua a sigla NT nos espaços que correspondem a doenças não transmissíveis e a sigla T nos que correspondem a doenças Transmissíveis.
( NT ) Osteoartrose ( T ) Transmissíveis
( NT ) Diabetes Melittus ( NT) Não transmissíveis
( T ) Hepatite C
( NT ) Doenças Cardiovasculares
AULA 07 – CMORTIS CAUSAS – VIOLÊNCJA
FATO COMPROVADO
O homem é comprovadamente mais vulnerável à violência, seja como autor, seja como vítima.
Também é fato que os homens vivem em média 7,6 anos a menos do que as mulheres.
Então, para discutirmos esse problema, precisamos analisar a sobremortalidade masculina.
O QUE É SOBREMORTALIDADE MASCULINA?
É a relação entre as probabilidades de morte de homens e mulheres, por idade ou faixa etária.
Em 2010, a chance de um homem falecer aos 22 anos de idade era 4,5 vezes maior que a de uma mulher. 
De cada cinco pessoas que morrem na faixa etária de 20 a 30 anos, quatro são homens. 
O que causa maior impacto é o fato de que essa sobremortalidade masculina é maior em todas as idades. E o que é pior: aumentou de 2000 para 2010.
Clique na aba ao lado e observe o gráfico. 
Ao estudarmos essa publicação de forma mais aprofundada, constatamos que a elevação da curva está estreitamente associada às mortes por causas externas, em particular as violentas, que aumentam assustadoramente na população masculina jovem e adulta.
AS CAUSAS MAIS INCIDENTES DE MORTE ENTRE OS HOMENS
Conforme tabela publicada pelo Ministério da Saúde e já vista nas aulas anteriores, fica evidente que, entre as cinco principais causas de morte entre os homens, a violência ocupa o 3º e 4º lugares.
 As maiores causas de todas essas mortes por violência são os homicídios e os acidentes em transportes terrestres.
As cinco principais causas de morte entre homens são:
Doenças isquêmicas do coração
Doenças cerebrovasculares
Homicídios
Acidentes em transportes terrestres
Doenças crônicas das vias respiratórias inferiores
Por que a violência causa mais mortes nos homens?
Que a violência causa mais mortes nos homens já sabemos, vamos descobrir agora o por que desse fato.
• Pelo estilo de vida que adotam e que compromete sua saúde;
• Porque utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade;
• Por acreditarem ser invulneráveis e isentos a acidentes;
• Porque costumam ser mais violentos e estão envolvidos na maioria das situações violentas e de risco;
• Porque estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho.
ANALISANDO
As principais causas de morte violenta entre os homens são as agressões (40,6%), especialmente as provocadas por armas de fogo.
 A publicação do Ministério da Saúde ainda destaca que os homens morrem 11,6 vezes mais por homicídio do que as mulheres. 
Os homicídios são concentrados nos adolescentes e adultos jovens, negros e residentes em grandes centros urbanos.
 Dos 15 aos 19 anos, o risco de morrer por homicídios aumenta expressivamente, atingindo seu pico na faixa dos 20 aos 39 anos.
Já o risco de suicídio aumentou progressivamente com a idade, atingindo o maior valor acima dos 60 anos. Vamos ver alguns dados.
AS CINCO CAPITAIS COM MAIOR COEFICIENTE DE HOMICÍDIOS
 
	ORDEM
	CAPITAIS
	1
	MACEIÓ
	2
	RECIFE
	3
	VITÓRIA
	4
	SALVADOR
	5
	BELÉM
Os acidentes de trânsito representam 26,9% das mortes violentas, especialmente com motocicletas. A maioria dos homens mortos por acidente de trânsito está na faixa dos 20 aos 39 anos, assim como no caso dos homicídios.
O trabalho de prevenção nos acidentes de trânsito deve ser intensificado nas regiões Norte e Centro-oeste, que concentram o maior número de casos.
AS CAPITAIS COM RISCO MAIS ALTO DE MORTES POR ACIDENTE DE TRÂNSITO
	ORDEM
	CAPITAIS
	1
	PORTO VELHO
	2
	BOA VISTA
	3
	PALMAS
	4
	CAMPO GRANDE
	5
	CUIABÁ
LESÕES POR VEÍCULOS MOTORIZADOS
No mundo, o trânsito mata 1,3 milhão de pessoas e deixa aproximadamente 50 milhões de feridos por ano. 
A incapacidade e a invalidez estão aumentando mais rapidamente nas nações em desenvolvimento.
Vejamos agora as principais causas de acidentes de trânsito.
Velocidade excessiva  Altas velocidades diminuem a chance de evitar a colisão e aumentam a chance do impacto ser fatal, tanto para quem está fora como dentro do veículo;
Falta de infraestrutura nas rodovias;
Motocicletas  Nos últimos três anos, o aumento dos acidentes causados por motocicletas aumentou em 113%;
Desatenção;
Álcool e outras drogas.
Clique aqui e conheça as lesões mais frequentes nos acidentes de trânsito.
As lesões mais frequentes
A gravidade das sequelas causadas pelos acidentes terrestres aumentou de 2005 a 2010, e o número de vítimas de invalidez permanente cresceu cinco vezes. Uma vez que os acidentes de trânsito são mais incidentes em motos do que em carros, estamos criando uma geração de indivíduos que perdem a funcionalidade da perna ou tiveram que amputá-la, como se vivêssemos em um país de campos minados por guerras. As lesões mais frequentes - Nos acidentes de moto: 1ª Fraturas de pernas – principalmente a tíbia; 2ª Traumatismos de face e crânio; 3ª Lesões de braços e plexo braquial; 4ª Traumatismos de coluna. - Nos acidentes com veículos de quatro rodas: fraturas da coluna cervical. 90% das fraturas da coluna cervical atingem apenas estruturas ósseas, mas não podemos deixar de pensar nas estruturas nobres da região cervical, como a carótida, por exemplo, altamente letal em caso de lesão. Mecanismos de trauma nas lesões da coluna cervical Flexão Decorre da flexão forçada da coluna quando o indivíduo está despreparado. Se o ligamento posterior permanecer intacto, a força é transmitida aos corpos vertebrais, provocando seu deslocamento para dentro da sua própria substância – deformidade cuneiforme. Flexão e rotação A cervical é flexionada e torcida no impacto, causada geralmente por batida na parte traseira ou lateral da cabeça, como ocorre nos acidentes automobilísticos, porque a cabeça atinge o teto ou a lateral do veículo. Compressão vertical Força aplicada de cima ou de baixo, como nos capotamentos. A vértebra é fragmentada em todas as direções.
Hiperextensão Resultante da associação da desaceleração brusca do corpo para a frente, promovendo a hiperextensão do pescoço com o choque. Ocorre o estiramento do ligamento longitudinal anterior. As lesões mais comuns na região cervical Fratura de C1 (atlas) – lesão instável, também denominada de fratura deJefferson. Ocorre a explosão do anel por compressão axial. Está associada à fratura de C2 em 1/3 dos casos. Subluxação de C1 por rotação – lesão diagnosticada pela radiografia transoral. É mais observada em crianças. Luxação de C2 – É difícil de ser identificada nas radiografias de rotina, sendo ideal a tomografia computadorizada (TC). São três tipos básicos de fraturas envolvendo o odontoide: A) A fratura ocorre acima da base; B) A fratura ocorre na base; C) A fratura se estende aos corpos vertebrais. Fraturas dos elementos posteriores de C2 – fratura instável, denominada “fratura dos enforcados”. Apresenta como mecanismo de lesão a extensão e a tração axial. Fraturas e fraturas-luxações de C3 a C7 – várias combinações dessas lesões podem ser vistas de C3 a C7. Outras lesões Trauma de laringe – muito comum pela falta de uso de cinto de segurança. A gravidade do trauma é estimada pelo grau de obstrução respiratória provocada. Os sinais são estridor, encurtamento da respiração, alteração de voz, enfisema subcutâneo, dor, disfagia e hemoptoicos
Trauma de traqueia – o quadro clínico é caracterizado por enfisema subcutâneo, dispneia, cornagem, rouquidão, hemoptise, tosse seca, cianose, pneumotórax e pneumomediastino. Trauma de esôfago – o mecanismo da lesão consiste na expulsão forçada do conteúdo gástrico para o esôfago por aumento súbito da pressão abdominal. É causada por golpe do volante no abdome superior, por exemplo. Pacientes com pneumotórax ou hemotórax à esquerda, sem a presença de fratura de costelas, vítimas de golpe em região esternal inferior ou epigástrico, apresentando dor devem ser considerados como portadores de lesão esofágica. Esse problema só pode ser excluído após exames minuciosos, já que essas lesões resultam em complicações graves. 
Exame neurológico da lesão medular – exame motor rápido 
C4 - Deltóide - Abdução dos ombros;
 C5 - Bíceps Braquial - Flexão cotovelo; 
C6 - Extensores do punho;
 C7 - Tríceps braquial - Extensores cotovelo
 C8 - Flexores dos dedos; 
T1 - Abdutor do quinto dedo; 
L2 - Iliopsoas - Flexão do quadril;
 L3 - Quadríceps - Extensão de joelho;
 L4 - Tibial Anterior - Flexão dorsal do tornozelo 
L5 - Extensores do Hálux;
 S1 - Tríceps sural - Flexão do tornozelo
ABUSO DE ÁCOOL E OUTRAS DROGAS
O álcool é a droga mais consumida no mundo (OMS). Quando esses índices são analisados em relação à América Latina, ele assume uma importância ainda maior.
 Diante disso, o governo brasileiro fez o “I Levantamento Nacional Sobre os Padrões de Consumo do Álcool”. Essa realidade levou o governo a iniciar a construção de sua política pública para o álcool.
DROGAS? DIGA NÃO : CONAD – Conselho Nacional Antidrogas
ÁLCOOL: CONAD – Conselho Nacional Antidrogas
ATENÇÃO: Um dos dados positivos da pesquisa é que, depois de a Lei Seca entrar em vigor, caiu em 21% o número de pessoas que relataram ter bebido e dirigido no último ano.
Mas o álcool não é o único vilão, infelizmente. Dentre as drogas mais frequentes, vamos ver as dez mais utilizadas:
MACONHA; CRACK; COCAÍNA; ECSTASY; ANFETAMINAS; BARBITÚRICOS; LSD; ÓPIO; COGUMELOS ALUCINÓGENOS; SOLVENTES.
ATIVIDADE PROPOSTA
Após ter assistido nossa aula e o vídeo ao lado, chegamos a conclusão que os homens morrem mais que as mulheres. 
Mas isso já não é mais uma novidade para gente, certo?
Sabendo desse fato, diga pelo menos três motivos que expliquem a mortalidade maior nos homens do que nas mulheres.
R- Que a violência causa mais mortes nos homens já sabemos, veja cinco motivos que explicam essa estatística:
• Pelo estilo de vida que adotam e que compromete sua saúde;
• Porque utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade;
• Por acreditarem ser invulneráveis e isentos a acidentes;
• Porque costumam ser mais violentos e estão envolvidos na maioria das situações violentas e de risco;
• Porque estão mais expostos aos acidentes de trânsito e de trabalho.
AULA 08 – DOENÇAS UROLÓGICAS MASCULINAS E DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS.
Primeiro Congresso de prevenção das doenças urológicas e DST
Boa tarde! Sejam bem vindos ao nosso primeiro congresso de prevenção das doenças urológicas e DST.
Neste congresso vamos debater alguns tabus e condutas que têm papel prejudicial  no comportamento quanto aos cuidados da saúde.
Vamos discutir e diferenciar as doenças urológicas e as doenças sexuais, suas formas de prevenção, tratamentos e consequências.
Visite cada stand para aprender e esclarecer suas dúvidas. 
Não perca esta oportunidade!
COMO ESTÁ A SAÚDE DO SEU PAI?
É com essa pergunta que a Sociedade Brasileira de Urologia iniciou, na semana do Dia dos Pais de 2012, uma campanha de conscientização na internet, principalmente nas redes sociais.
O objetivo da campanha era de orientar os filhos a cobrarem de seus pais um cuidado maior com a saúde. 
Ela mostrou a importância de o homem visitar um médico ao longo de todas as fases da vida, e não apenas quando se sente mal.
 Em recente pesquisa elaborada pela entidade, com cinco mil homens acima de 40 anos em nove capitais brasileiras, constatou-se, por exemplo, que 64% nunca fizeram um exame para medir os níveis de testosterona.
DOENÇAS UROLÓGICAS E SEXULAMENTE TRANSMISSÍVEIS
Toda doença sexualmente transmissível é uma doença urológica, mas nem toda doença urológica é uma doença sexualmente transmissível.
 
Vamos entender essa diferença?
Doenças urológicas x Doenças sexualmente transmissíveis (DST).
DOENÇAS UROLÓGICAS
São aquelas que acometem o trato urinário de homens e mulheres e o sistema reprodutivo dos homens.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST)
Também chamadas de doenças venéreas, são causadas por diferentes tipos de germes, incluindo bactérias, vírus, parasitas e protozoários, transmitidas por contato sexual, acometendo os órgãos do aparelho reprodutor.
	ÓRGÃOS DO TRATO URINÁRIO
	ÓRGÃOS DO APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
	Rins
	Vesículas seminais
	Ureteres
	Próstata
	Bexiga
	Testículos
	Uretra
	Epidídimo
	
	Canal deferente/ uretra
	
	Pênis
Vejamos o papel de cada um desses órgãos, no trato urinário e no aparelho reprodutor.
TRATO URINÁRIO
Rim
Excreção de substâncias tóxicas, manutenção do equilíbrio de eletrólitos, regulação do equilíbrio ácido-básico, excreção de substâncias exógenas como medicações, produção de hormônios e produção de urina para exercer sua função excretória.
Ureter
Propulsão da urina do rim até a bexiga por contração peristáltica da sua camada de musculatura lisa.
Bexiga
Armazenamento da urina produzida pelos rins.
Uretra
Canal comum aos sistemas urinário e reprodutor que transporta a urina ou o esperma para o exterior. Seu esfíncter permite o controle consciente por parte do indivíduo.
APARELHO REPRODUTOR
Vesículas seminais 
Produção de líquido seminal.
Próstata
Produção de líquido prostático.
Canais deferentes 
Conduzem os espermatozoides desde os testículos até a uretra.
Epidídimo
Coleta e armazena os espermatozoides produzidos pelos testículos.
Pênis
Permite o ato sexual.
AS DOENÇAS UROLÓGICAS MAIS FREQUENTES
Bem vindos ao nosso stand!
Aqui vamos apresentar as doenças urológicas mais frequentes, mostrando as causas, sintomas e tratamentos.
Acomode-se e vamos começar!
CÁLCULOS DAS VIAS URINÁRIAS (LITÍASE)
Formações endurecidas nos rins ou nas vias urinárias por causa do acúmulo de cristais de sais na urina como cálcio, fosfatos e oxalatos.
CAUSAS: Infecções urinárias, volume insuficiente de urina, distúrbios relacionados à eliminação de sais e vitamina D em excesso, pouca ingestão de água.
SINTOMAS: Dor intensa, com irritação e obstrução do canal urinário. 
Pode haver náuseas e vômitos.
TRATAMENTO: Medicamentoso e/ou cirúrgico.
INFECÇÕES URINÁRIAS: Inflamação e infecção da uretra e ou bexiga.
CAUSAS: Presença de microrganismos como bactérias, fungos e vírus no interior da uretra.
SINTOMAS: Vontade frequente e intensa de urinar, dificuldade e dor ao urinar, febre (mais comum em crianças), cor anormal e odorforte da urina, podendo haver presença de sangue.
TRATAMENTO: Medicamentoso.
Bactérias implicadas na infecção urinária: P. mirabilis, E.coli, K.pneumonise.
NEFRITE: Processo inflamatório dos glomérulos renais, sendo responsável por 50% das doenças renais. Pode ser crônica ou aguda.
CASUAS: Infecções provocadas por microrganismos, que formam um complexo conhecido como antígeno-anticorpo, que acaba indo parar no rim; malária, tifo, salmonela, toxoplasmose, herpes e outros vírus e bactérias, além de uso inadequado de antibióticos e anti-inflamatórios.
SINTOMAS: Diminuição da urina e cor sanguinolenta. Pode ocorrer edema nos olhos e nos membros inferiores e hipertensão arterial, como também perda de apetite, náuseas, vômitos, fadiga, insônia, pruridos e câimbras nas nefrites crônicas.
TRATAMENTO: Medicamentoso e nutricional, com restrição de proteína, sódio e potássio.
HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA: Condição clínica frequente, que acomete mais de 50% dos homens a partir dos 60 anos.
CAUSAS: Combinação de envelhecimento e de androgênios testiculares.
SINTOMAS: Sintomas urinários, força para iniciar a micção, jato fraco e/ou intermitente, micção prolongada, sensação de esvaziamento incompleto, gotejamento terminal, obstrução do fluxo urinário.
Em fase tardia, leva a complicações como retenção urinária aguda, insuficiência renal aguda e litíase vesical (cálculos na bexiga).
TRATAMENTO: Medicamentoso e/ou cirúrgico (incisão transuretral da próstata; ressecção transuretral da próstata; prostatectomia aberta).
Próstata normal: urina sai normal
Próstata crescida: urina sai esprimida
VARICOCELE: Dilatação, alongamento e tortuosidade da veia espermática interna, mais comum à esquerda. Incide em cerca de 20% dos homens. Surge mais na puberdade, e as evidências indicam que a varicocele pode alterar a produção de espermatozoides, muitas vezes resultando em infertilidade.
CAUSAS: Estase ou refluxo de sangue para as veias gonadais, transmitindo-se para os testículos.
SINTOMAS: A maioria dos portadores é assintomática. Alguns ocasionalmente apresentam sensação de peso e dor intermitente, que pioram com a abstinência sexual, aumento do volume escrotal e alteração da posição de um dos testículos.
TRATAMENTO: Cirúrgico, com rápida recuperação e baixo custo.
FIMOSE: Cirúrgico, com rápida recuperação e baixo custo.
TRATAMENTO: Estudos recentes têm demonstrado a eficácia do uso de esteroides tópicos ou tratamento cirúrgico.
Fimose grau 1; Fimose grau 2; Parafimose.
CRIPTORQUIDIA: Anomalia genital mais comum no sexo masculino. É a ausência de testículo na bolsa escrotal, por falha da migração normal a partir da sua posição intra-abdominal. Em prematuros, chega a 30% dos casos.
TRATAMENTO: Antes dos dois anos de idade. O tratamento clínico se baseia na estimulação hormonal (hormônio liberador da gonadotrofina – GnRH) ou tratamento cirúrgico, na ausência de resposta clínica.
DISFUNÇÃO ERÉTIL: Incapacidade de ter ou manter ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. Outras disfunções sexuais podem estar correlacionadas à disfunção erétil, como a ejaculação precoce, diminuição da libido e até mesmo doença de Peyronie.
TRATAMENTO: Orientação sexual, psicoterapia do casal, tratamento medicamentoso. Na ausência de resultados, há indicação de colocação de prótese peniana maleável ou inflável.
EJACULAÇÃO RÁPIDA: É a mais frequente das disfunções sexuais e é definida pela Sociedade Internacional de Medicina Sexual como disfunção caracterizada pela ejaculação que ocorre sempre ou quase sempre antes de um minuto da penetração vaginal ou incapacidade de retardar a ejaculação em todas ou quase todas as penetrações vaginais.
TRATAMENTO: Terapia psicológica, medicamentosa e técnicas específicas para reconhecer os sinais iniciais da emissão espermática e do orgasmo para aprender a retardá-los.
Por exemplo: a reabilitação do assoalho pélvico, com a realização de exercícios semelhantes aos usados para tratamento da incontinência urinária e fecal (fisioterapia urológica).
Distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM ou andropausa)
Declínio gradual e progressivo de testosterona sérica plasmática.
SINTOMAS: Diminuição da libido, disfunção erétil, diminuição da densidade mineral óssea, aumento da gordura visceral, diminuição da vitalidade e alterações humorais e cognitivas.
TRATAMENTO: Reposição de testosterona.
Vertigem; Perda de cabelo; Perda de memória; Cardiopatia; Cirrose hepática ; Pele escura; Diabetes; Atrofia Testicular.
AS DST´S MAIS FREQUENTES
Bem vindos ao nosso stand.
Aqui vamos apresentar as doenças sexualmente transmissíveis mais frequentes e meios de prevenção.
	
HERPES: Causada pelo vírus do herpes simples, apresenta-se em dois locais distintos: região oro-labial e região genital.
SINTOMAS: Pequenas bolhas que surgem sobre superfície avermelhada e que espontaneamente se rompem, formando pequenas feridas, com presença de ardência local.
 Quando não infectadas, tendem a desaparecer em 4 a 10 dias, o que não significa que o paciente está curado. De acordo com o estado imunológico do indivíduo, ocorre o ressurgimento da doença.
TRATAMENTO: Medicamentoso, porém não existe vacina específica para o combate a esse tipo de vírus.
HPV: Verrugas que acometem o genital são causadas pelo vírus HPV e são as DST mais frequentes atualmente.
 
A importância maior para o homem, independentemente da presença de lesões de aspecto repugnante, é a relação direta entre o HPV e o câncer de colo de útero e a vagina das respectivas parceiras sexuais.
TRATAMENTO: Cauterização e imunoterapia. 
A vacina contra o HPV no homem deverá ser rotineira no futuro, de acordo com estudo.
GONORRÉIA: Infecção da uretra, causada por bactéria gonococo, com alta incidência.
SINTOMAS: Dor e ardência uretral durante a micção, presença de secreção espessa e mal cheirosa, com aspecto de pus geralmente 3 a 5 dias após o contato sexual com parceira contaminada.
 Se não tratada, pode evoluir para inflamação crônica da próstata e infertilidade.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia.
URETRITE CHALAMIDIANA: Infecção da uretra causada pela bactéria chlamydia tracomatis.
SINTOMAS: Aparece de 7 a 10 dias após o contato sexual, com a presença de secreção esbranquiçada, inodora e um tanto fluida, quase sempre sem sintomas de ardência ou prurido uretral.
 Pode levar à infertilidade se o tratamento for postergado.
(INCHAÇO E VERMELIDÃO, SECREÇÃO PURULENTA).
TRATAMENTO: Antibioticoterapia.
SÍFLIS: Doença perigosa que, se não tratada adequadamente, pode levar a problemas cardiovasculares, podendo contribuir para a loucura e morte.
SINTOMAS: Presença de ferida na genital, com bordas endurecidas e sem dor (por isso também chamada de “cancro duro”), associada ao aumento de tamanho de gânglios na virilha.
 Se não for tratada inicialmente, poderá aparentemente desaparecer e ressurgir meses após, com as complicações já relatadas.
TRATAMENTO: Penicilina.
CANCRO MOLE: Transmitida exclusivamente por contato sexual; está relacionada à falta de higiene íntima.
SINTOMAS: 2 a 3 dias após o contato com parceira contaminada, surgem pequenas feridas no pênis dolorosas, com odor característico e que sangram facilmente.
 Considerada “a mais venérea de todas as doenças sexualmente transmissíveis”.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia.
LINFOGRANULOMA VENÉREO: Popularmente conhecida como “mula”.
SINTOMAS: Duas semanas após o contato sexual, surgem gânglios aumentados na virilha, dolorosos e com tendência à formação de abcessos. A febre costuma surgir nas fases mais tardias da doença.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia.
CANDIDÍASE PENIANA: Diabéticos e homens que possuem prepúcio alongado são os mais acometidos. Não é obrigatoriamente transmitida pelo ato sexual. Causada por fungos, sendo o mais frequente a candida albicans.
SINTOMAS: Surgem 24 a 48 horas após a relação, com presença de inflamação da glande e da mucosa do prepúcio, além de intenso prurido.
TRATAMENTO: Antibioticoterapia e muitas vezestratamento cirúrgico, com remoção da área da mucosa.
HIV: É a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. O HIV é causador da AIDS e ataca o sistema imunológico. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Há muitos soropositivos que não desenvolvem a doença, mas podem transmitir o vírus pela relação sexual.
SINTOMAS: O tempo de exposição ao vírus e aparecimento dos primeiros sinais varia de 3 a 6 semanas. 
Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre, mal-estar, diarreia, suores noturnos, emagrecimento e redução dos linfócitos T CD4. Permite o aparecimento de doenças oportunistas.
TRATAMENTO: Terapia antirretroviral, boa alimentação, prática de exercícios físicos e vacinação para a prevenção de doenças como pneumonia, hepatite B, meningite, tétano-difteria, poliomielite e a gripe A H1N1 (gripe suína)
ENCERRANDO O CONGRESSO
Durante nosso congresso aprendemos bastante sobre as doenças urológicas masculinas e DST.
Para não ir embora de mãos vazias, leia nosso flyer com algumas últimas informações.
QUEM SÃO OS MAIS VULNERÁVEIS AS DST´S?
• Jovens entre 13 e 24 anos – Com o objetivo de informar e diminuir essa vulnerabilidade às DST, ao HIV e à gravidez não planejada, foi criado em 2003 o projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE);
 
• População carcerária – Privada de liberdade, essa população não tem acesso a informações de qualidade sobre prevenção e saúde sexual. Em 2003, o governo federal lançou o Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário;
 
• Gays, travestis e bissexuais – Na tentativa de reduzir os casos de infecção, em 2008, foi lançado o Plano de Enfrentamento da Epidemia de AIDS e DST entre População de Gays, HSH e Travestis.
PREVENÇÃO
• Uso de preservativo - meio mais seguro para evitar o HIV/AIDS e DST;
• Autoexame;
• Não compartilhar seringas e agulhas;
• Vacinação, como no caso do HPV, por exemplo;
• Higiene íntima e vida saudável
COMO SE PREVENIR?
COMO USAR A CAMISINHA MASCULINA:
Ponha a camisinha quando o pênis estiver duro.
Aperte a ponta para sair o ar (é na ponta que o esperma vai ficar)
Desenrole a camisinha até a base do pênis cuidadosamente
Use lubrificante somente a base de água
Tire a camisinha após a relação sexual com o pênis ainda duro
Depois dê um nó e jogue-a no lixo com cuidado.
COMO USAR A CAMISINHA FEMININA:
Encontre uma posição confortável
Segure a camisinha pela argola interna (é a que está solta dentro da camisinha).
Aperte a argola com o dedo até sentir o colo do útero (fundo da vagina).
A camisinha deve cobrir o colo do útero e recobrir a vagina.
Após a relação sexual, torça a argola externa e puxe a camisinha com cuidado. Jogue-a no lixo e nunca no vaso sanitário.
ATIVIDADE PROPOSTA
Vamos testar nossos conhecimentos sobre a aula 8?
Nesta atividade vamos descrever as duas últimas consultas do dia no consultório do Dr. Julio.
Se baseando na descrição dos sintomas ditos pelos pacientes, você terá que diagnosticar dizendo a doença e o tratamento.
Nesta consulta o paciente relata que na semana passada teve relações sexuais com uma desconhecida e não usou preservativo. Esta semana vem sentido uma ardência no pênis , junto com uma secreção e um cheiro ruim.
Analisando o relato do paciente somado ao que aprendemos nessa aula, faça o diagnóstico dizendo a doença e o tratamento que se encaixa.
De que doença o paciente está se queixando?
R- Gonorréia
Qual tratamento deve ser indicado?
R- Antibioticoterpia
Nesta consulta o paciente relata que existem pequenas bolhas avermelhadas que estão se transformando em feridas, com uma ardência muito desconfortável. Disse também que vai fazer 15 dias aproximadamente que está com esses sintomas.
De que doença o paciente está se queixando?
R- Herpes
Qual tratamento deve ser indicado?
R- 4- Medicamentoso, porém não existe vacina específica para o combate a esse tipo de vírus.
AULA 09 - CÂNCER E AS DISFUNÇÕES UROLÓGIAS MASCULINAS
TIPOS DE CÂNCER
Embora o câncer não esteja entre as cinco doenças que mais matam a população masculina, não podemos deixar de abordar um assunto tão sério. Afinal, esta doença está em segundo lugar entre as principais causas de óbito da população brasileira em geral.
 De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), 90% dos casos de câncer estão relacionados ao fumo.
 Vamos ver alguns tipos de câncer, seus sinais e sintomas, diagnóstico e tratamentos.
CÂNCER DE PULMÃO: A maioria dos fumantes ignora o tumor que mais mata no país: o câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos.
 No caso, 90% dos casos dessa doença estão associados a derivados de tabaco, e os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver esse câncer. 
Outros fatores relacionados são alguns agentes químicos (arsênico, asbesto, níquel encontrados em ambiente ocupacional), baixo consumo de frutas e verduras, DPOC, fatores genéticos e história familiar.
Sinais e sintomas: os tumores de localização central provocam tosse, sibilos, estridor (ronco), dor no tórax, hemoptoicos (secreção com raias de sangue), dispneia e pneumonite.
 Os tumores de localização periférica são geralmente assintomáticos, causando dor apenas quando invadem a pleura e a parede torácica, causando dispneia do tipo restritiva (pela pouca expansibilidade pulmonar).
 Tratamento: cirurgia, radioterapia, quimioterapia e fisioterapia.
CARCINOMA RENAL: uas vezes mais frequente em homens e mais prevalente entre os 50 e 70 anos de idade.
 Causas: apesar de ser objeto de controvérsias, suas causas incluem hereditariedade, tabagismo e obesidade.
 Sinais e sintomas: embora a apresentação seja variável, os mais comuns são hematúria (sangue na urina), dor lombar e massa palpável, associados a outros menos específicos como emagrecimento, febre, anemia e varicocele, como vimos na aula 8.
Diagnóstico: é feito por exames por imagens, e se destacam a ultrassonografia (US) e a tomografia computadorizada (TC) de abdome. Este é o exame de escolha, pois detecta tumores menores que 2 cm. A ressonância magnética (RM) raramente fornece informações adicionais.
 Tratamento: baseia-se no estágio em que o tumor se encontra e nas condições clínicas do paciente. O principal recurso é a cirurgia para a remoção completa da neoplasia.
CÂNCER NA BEXIGA: É a segunda neoplasia maligna mais frequente do trato geniturinário, mais prevalente na raça branca, mais comum em homens que em mulheres, na proporção 3:1, e apresenta maior taxa de incidência na sexta década de vida.
 Causas: o tabagismo é o fator etiológico mais importante, responsável por quase 50% dos casos. Também são fatores de risco: trabalho em indústria de tintas, corantes, solventes, tecidos e papéis, além do uso abusivo de analgésicos.
Diagnóstico: radiografia (RX), tomografia computadorizada e investigação histopatológica.
 Tratamento: ressecção transuretral (RTU), quimioterapia.
CÂNCER DA PRÓSTATA: Recomenda-se a detecção precoce da neoplasia de próstata com exame de PSA e toque retal anualmente nos homens de 45 a 80 anos de idade.
 ATENÇÃO: nos casos em que houver parentes de primeiro grau com diagnóstico de câncer de próstata, o PSA e o toque retal devem iniciar aos 40 anos.
Tratamento: observação/ seguimento vigiado, com PSA total trimestral e biópsia anual em pacientes com câncer de próstata de baixo risco.
 Cirurgia de prostatectomia radical para tumores com prognóstico de vida superior a 10 anos ou em pacientes jovens com tumores avançados.
 A radioterapia é uma alternativa, principalmente nos pacientes mais idosos com doença de maior risco, já que a cirurgia raramente é indicada para homens acima dos 75 anos.
ENVELHECIMENTO POLPULACIONAL
O envelhecimento populacional é um fenômeno universal.
Segundo o IBGE, em 2020, os idosos no Brasil chegarão a 25 milhões em uma população de aproximadamente 219 milhões de brasileiros. 
Isso significa que 11,4% da população brasileira será de idosos.
PERCENTUAL DE HOMENS COM DECLÍNIO DE TESTOSTERONA POR FAIXA ETÁRIA
	8%40 a 49 anos
	12%
	50 a 59 anos
	19%
	60 a 69 anos
	26%
	70 a 79 anos
	49%
	Acima de 80 anos
Durante o envelhecimento, funções fisiológicas declinam, e parte desse processo está relacionada a modificações hormonais, incluindo a diminuição progressiva da testosterona plasmática.
Distúrbio androgênico do envelhecimento masculino (DAEM)
Tem início insidioso e progressão lenta e, muitas vezes, as manifestações clínicas são atribuídas ao processo natural do envelhecimento.
 O que é hipogonadismo? 
Este termo médico indica a disfunção no sistema reprodutor, resultando na diminuição das gônadas (ovário ou testículos). O hipogonadismo masculino é a secreção inadequada de testosterona.
 Os sinais e sintomas do hipogonadismo são considerados inespecíficos e podem estar presentes em outras condições clínicas, como depressão e algumas doenças neurológicas.
Sinais e sintomas: diminuição da libido, disfunção erétil, diminuição da densidade mineral óssea, aumento da gordura visceral, diminuição da vitalidade e alterações humorais e cognitivas. Raramente é encontrado diminuição do volume testicular.
 Diagnóstico: presença de sinais e/ou sintomas acompanhados por diminuição da testosterona sérica total.
 Tratamento: reposição de testosterona dentro dos limites de normalidade para pacientes com quadro clínico e laboratorial sugestivo de DAEM.
 Contraindicação absoluta para a reposição com testosterona: câncer de próstata.
 Contraindicação relativa para a reposição com testosterona: policitemia, apneia obstrutiva do sono não tratada, insuficiência cardíaca grave e sintomas severos do trato urinário inferior.
DISFUNÇÃO ERÉTIL
Disfunção erétil é a incapacidade de ter e ou manter ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória.
 Cerca de 50% dos homens acima dos 40 anos apresentam disfunção erétil de intensidade leve a severa.
 Outras disfunções sexuais podem estar correlacionadas à disfunção erétil, como:
- Ejaculação precoce;
- Doença de Peyronie (formação de placas fibrosas no pênis).
De forma geral, o paciente desconhece sua própria sexualidade e confunde as disfunções sexuais,rotulando todas elas como “impotência”.
Tratamento: orientação sexual, psicoterapia e medicamentos por via oral. Atualmente existem quatro fármacos no mercado:
Sildenafil; Tadalafil; Vardenafil; Lodenafila.
Não havendo ereção com o uso destes medicamentos, ou havendo contraindicação, as injeções intracavernosas devem ser utilizadas. 
No caso de intolerância às injeções intracavernosas, ou não havendo resposta a este método, indica-se a colocação de próteses penianas.
 As próteses maleáveis são mais simples e baratas. As infláveis são mais complexas e caras. No entanto, são muito eficazes. A maioria de próteses colocadas no Brasil é maleável.
ATENÇÃO: Doenças e condições que são fatores de risco para a doença coronariana também são fatores para a disfunção erétil. 
Alguns exemplos são: diabetes mellitus tipo 1 e 2, dislipidemias, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, sedentarismo e tabagismo.
ATIVIDADE PROPOSTA
Carlos ultimamente vem tendo problemas em manter uma ereção para uma relação sexual satisfatória.
O Dr. Julio além de indicar uma orientação sexual e a psicoterapia, receitou medicamentos por via oral.
Infelizmente o tratamento indicado pelo Dr. Julio não surtiu efeito e Carlos voltou novamente para se consultar.
Quais são as outras alternativas que o Dr. Julio deve apresentar para Carlos?
R- Não havendo ereção com o uso destes medicamentos, ou havendo contraindicação, as injeções intracavernosas devem ser utilizadas. 
No caso de intolerância às injeções intracavernosas, ou não havendo resposta a este método, indica-se a colocação de próteses penianas.
AULA 10- FISIOTERAPIA PREVENTIVA
DEFINIÇÃO DE FISIOTERAPIA
Atividade regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei 6.316/75, Resoluções do COFFITO, Decreto 90.640/84, Lei 8.856/94 e Portarias do Ministério da Saúde.
 É a ciência da saúde que estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios do movimento humano. Seu objetivo é preservar, manter, desenvolver, restaurar, reabilitar a integridade do órgão, do sistema ou da função.
QUAIS AS ATRIBUIÇÕES DO FISIOTERAPEUTA?
Para interromper o declínio das condições de saúde do paciente, é essencial que o fisioterapeuta:
- Possua visão e formação prevencionista;
-Conheça os processos fisiopatológicos;
-Saiba agir tanto no reconhecimento dos fatores envolvidos como na resolução dos problemas.
A IMPORRTÊNCIA DO MOVIMENTO HUMANO
Saiba agir tanto no reconhecimento dos fatores envolvidos como na resolução dos problemas.
Um exemplo disso é o fato de que a imobilização de um segmento possui ação benéfica sobre a cicatrização óssea após uma fratura. Ocorre que esse benefício é apenas de parte do corpo, e não do corpo todo.
-VIDEO https://www.youtube.com/watch?v=gHiSM0TT2hU
 Isso significa que, quanto antes trouxermos o corpo de volta às suas atividades normais, melhor.
IMOBLISMO
A imobilização ou a restrição no leito desencadeia efeitos negativos graves à saúde. Estudos têm demonstrado que esses efeitos negativos podem até mesmo superar os benefícios terapêuticos do imobilismo, sendo mais prejudiciais à saúde do paciente do que o próprio distúrbio.
MÚSCULO ESQUELÉTICO
EFEITOS ADVERSOS: Retrações e contraturas dos tecidos moles, diminuição da força e da resistência muscular, diminuição do trofismo, osteoporose;
CARDIOVASCULAR
EFEITOS ADVEROS: Hipotensão ortostática, diminuição 
do volume plasmático, distúrbios tromboembólicos, descondicionamento cardiovascular;
TEGUMENTAR
EFEITOS ADVERSOS: Alterações cutâneas como desidratação e atrofia, úlceras de decúbito;
RESPITATÓRIO
EFEITOS ADVERSOS: Diminuição do mecanismo de tosse reflexa, diminuição da atividade ciliar brônquica, diminuição do volume corrente e do volume minuto, pneumonia hipostática, embolia pulmonar;
GENITURINÁRIO
EFEITOS ADVERSOS: Cálculos renais, infecções do trato urinário e estase urinária;
NERVOSO
EFEITOS ADVERSOS: Privação sensorial, ansiedade e depressão, diminuição do equilíbrio e da coordenação motora, confusão mental, desorientação, diminuição da capacidade intelectual;
GASTRINTESTINAL
EFEITOS ADVERSOS: Diminuição do apetite e constipação;
METABÓLICO E HORMONAL
EFEITOS ADVERSOS: Diminuição da espermatogênese, alteração dos níveis do hormônio de crescimento, balanço negativo dos níveis de cálcio, potássio, magnésio, fósforo e sódio.
O QUE É ESCARA?
Escara é a denominação utilizada para definir a complicação clínica que afeta pessoas com movimentação ativa restrita ou ausente, também chamada de “úlcera de decúbito”.
 São áreas de necrose celular causadas por aumento de pressão em uma pequena área de tecido mole, localizada próxima a proeminências ósseas.
FATORES PREDISPONENTES: Fatores fisiopatológicos como desnutrição, anemia, infecção, hipertonia, contraturas severas, edema etc;
FATORES DESENCADEANTES: O mecanismo determinante é a presença de fatores biomecânicos (pressão externa aplicada). 
Ocorre interação da força de compressão, que age de fora para dentro, com a força de reação, que age de dentro para fora, gerando uma terceira força denominada cisalhamento ou atrito, responsável final pela perda de continuidade estrutural do tecido;
RESULTADO: Isquemia vascular, resultando privação de oxigênio e nutrientes para o tecido da área afetada. (Clique aqui) e conheça algumas condutas preventivas.
Condutas preventivas: 
 Para evitarmos que ocorra a necrose celular causando escaras, temos algumas condutas preventivas que podem ajudar o paciente. 
CONDUTAS PREVENTIVAS 
Alinhamento corporal satisfatório, facilitando a respiração;
 Evitar a pressão sobre o sistema nervoso e vascular, permitindo a circulação adequada; Distribuição do peso corporal, evitando concentração sobre proeminências ósseas; 
Mudança de decúbito de duas em duas horas; Mobilização precoce; Estimulação da movimentação ativa; 
Inspeção frequente da pele; Cuidados higiênicos

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