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Entrevista clínica

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REFERÊNCIA: TAVARES, M. Entrevista clínica in Cunha, J. A, [et al] Psicodiagnóstico V. 5. ed. rev., e ampl. Porto Alegre: Artmed, 2007.
	 
O autor vai discorrer nesse texto sobre a entrevista clínica e suas diferentes formas de abordagem que ocorrem de acordo com o objetivo e que orientação escolhida pelo o entrevistador. Os objetivos escolhidos para serem trabalhados na entrevista vai determinar que estratégias, alcances e limites serão necessários. 
Podemos definir que a entrevista clínica utiliza de várias técnicas de investigação, que possui um tempo delimitado, onde um entrevistador treinado irá dirigir e fazer utilizações de conhecimentos psicológicos numa relação profissional que tem como objetivo descrever e avaliar os aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, se utilizando desse processo para fazer encaminhamentos ou intervenções que beneficiem os entrevistados.
 Ao falar de técnica discorremos sobre diversos procedimentos que auxiliam na investigação dos temas pré-definidos, onde nos leva a alcançar os objetivos principais da entrevista, que são o de descrever e avaliar informações podendo usá-las para contextualizar a fala do entrevistado. A entrevista deve ser dirigida por um psicólogo, esse que deve ter a responsabilidade de aplicar da melhor maneira seus conhecimentos psicológicos em pró das necessidades do cliente. Isso implica que todo o processo deva ser estruturado de acordo com a demanda que o entrevistado necessite, esse que por sua vez deve colaborar apresentando informações que forem solicitadas. Podemos pensar a entrevista como parte de um processo de avaliação que pode ocorrer dentro de uma sessão e já realizar um encaminhamento, ou para definir um processo terapêutico; delimitar o tempo em que esse processo ocorre é essencial para o planejamento e para o estabelecimento de um setting com o entrevistado.
Num momento seguinte o texto passa a falar de modelos classificatórios da entrevista. A classificação quanto ao aspecto formal seria quando definimos se utilizaremos de entrevistas estruturadas, semiestruturadas ou de livre estruturação, onde a primeira não demonstra ter muita utilidade no contexto clínico, pois no contexto clínico, buscamos conhecer o íntimo do sujeito para melhor compreender o quê o levou a buscar a entrevista. Apesar da nomenclatura que é utilizada para se referir a entrevistas não-estruturadas isso não impede que esta ocorra de forma mais planejada, com objetivos, com noções de que tipo de informação seria necessária; quais e quando seriam as formas de obtê-las, como deve ser contextualizada e papéis pré-definidos de atuação do entrevistador e do entrevistado, O modelo de psicologia clínica utiliza de técnicas de entrevistas que foram percursoras e atualmente passam por modificações em sua estrutura para melhor atender as demandas contemporâneas.
A classificação quanto aos objetivos vem se mostrando ter caráter mais complexo, pois essa possui interdependência da abordagem e dos objetivos dessa, o texto cita um exemplo se baseando em duas vertentes distintas que apesar de abordarem o mesmo objetivo a forma de atuação difere muito.
Dentro do contexto de entrevista clínica podemos nos deparar com demandas de objetivos instrumentais que necessitem de uma intersecção ou especificação de algum pormenor modelo de entrevista. Tavares então apresenta diferentes formas de se fazer entrevista. A entrevista de triagem é aquela utilizada para avaliar a queixa do indivíduo e fazer um encaminhamento que melhor atende a necessidade; geralmente vemos esse procedimento ocorrer no sistema público de atendimento. A entrevista de anamnese é uma das mais importantes, nela é levantado a história de vida, priorizando o que aconteceu na infância do sujeito; essa técnica é bastante utilizada no atendimento infantil. A entrevista diagnóstica leva em consideração aspectos sindrômicos, que seria a descrição de sinais, ou os psicodinâmicos, que seria a descrição dos sintomas, aspectos que auxiliam na classificação de uma patologia. O diagnóstico psicodinâmico tende a descrever e compreender do funcionamento do indivíduo se baseando em uma abordagem teórica e com isso vemos atualmente um movimento de integração das abordagens, possibilitando assim o psicólogo utilizar de técnicas, referenciais teóricos que seria mais adequado à demanda com que esta trabalhando. As entrevistas sistêmicas são utilizadas na hora de se trabalhar com casais e famílias por meio de avaliação estrutural ou da história familiar, além de poder avaliar aspectos da rede social de pessoas e famílias, isso é algo que a Psicologia contemporânea tem dado uma maior atenção, principalmente por se tratar de uma demanda que necessita de atendimento psicológico às crianças e adolescentes. A entrevista de devolução é aquela que irá fazer o fechamento e conclusão do processo psicológico comunicando os resultados obtidos desse processo, deixando que os interessados nesses resultados reflitam e discorram sobre o que acharam do processo como um todo e dos resultados.
Para se realizar uma entrevista são necessários mais do que técnicas e referenciais teóricos, o autor do texto nos esclarece que habilidades interpessoais sãos aspectos que devem ser considerados, já que a entrevista é um encontro, um contato social entre duas ou mais pessoas. A forma de utilizar as técnicas e o pressuposto teórico esta correlacionado com os aspectos interpessoais do psicólogo, aspectos esses que devem ser o de se fazer presente, disponível para o outro; auxiliar o cliente a se sentir mais confortável e isso pode levar a uma transferência, processo necessário para o atendimento psicológico; facilitar na expressão dos motivos que levaram o indivíduo a procurar atendimento psicológico, buscando esclarecimentos de falas incompletas ou vagas e delicadamente fazer confrontos com o cliente acerca de suas esquivas e contradições; relevar qualquer ansiedade que se mostre estar relacionada aos assuntos tratados na entrevista; reconhecer quais são as defesas e os modos de estruturação do indivíduo, principalmente se essas acabam impedindo da transferência com o psicólogo ocorrer; compreender como a contratransferência te afeta; tomar a iniciativas em momentos que se mostrem um impasse; e claro, ter domínio de todas as técnicas que utiliza.
Como futuros profissionais psicólogos devemos começar a cuidar de nossas necessidades para que essas não se confundam com as necessidades daqueles que iremos atender, para aprendermos reconhecer quando essa confusão possa estar ocorrendo. Podendo assim nos fazer presentes e inteiros no encontro com o outro, utilizando da escuta diferenciada, uma ferramenta de nossa profissão. Essa escuta diferenciada ajuda a estabelecer uma aliança terapêutica, a partir do momento em que o indivíduo percebe que suas falas estão sendo reconhecidas e acolhidas pelo psicólogo, esse acaba por compreender que para o atendimento funcionar um trabalho em conjunto deve ser realizado.
Nem sempre a se realizar uma entrevista iremos nos deparar com sujeitos dispostos a ajudar, pode ser pelo fato de eles estarem se deparando com um atendimento psicológico pela primeira vez, que acabam por demonstrar bastante resistência. Devemos então desmistificar o que é esse processo, auxiliar no processo de expressão desses sujeitos, a segurança que essas pessoas procuram advém da escuta e atenção que eles entendem estar recebendo. O autor fala de como esse momento chega a ser difícil para algumas pessoas pelo fato de elas terem que entrar em contato com ideias diferentes, abandonar tantas outras, refazer a autoimagem, perceber as suas conectividades com o meio social em que vive. 
 Devemos usar de confrontos e esclarecimentos para assuntos que, respectivamente, achamos que há mais informações do que nos está sendo dita e quando não conseguimos compreender inteiramente o que aquilo significa ao sujeito, onde um ambiente de apoio deve ser contextualizado ao sujeito para que esse se sinta mais confortável e consiga enfrentar tais questões.O autor denomina a confrontação de insight.
Tavares ao final de seu texto diz acerca da atuação ética que um profissional psicólogo deve ter e aqui cito: 
“Segundo um dito popular, “nada mais prático do que uma boa teoria”. Gostaríamos de poder dizer “nada mais ético do que um bom treinamento” (teórico e técnico). Infelizmente, isso não é suficiente. Uma prática ética depende desse treinamento, mas também dos valores e da formação pessoal do profissional, que desenvolvem nele o respeito e a consideração pelo outro (...)” TAVARES, M. Entrevista clínica in Cunha, J. A, [et al] Psicodiagnóstico V. 5. p. 55. ed. rev., e ampl. Porto Alegre: Artmed, 2007.

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