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* * Controlando a dor STRAUB, R. O. Psicologia da saúde. Porto Alegre, Artmed. Criado por: Cíntia Castro. * * Resumo Neste texto o autor aborda os componentes da dor, as maneiras como ela é experimentada; como é mensurada; e os fatores biológicos, psicológicos e sociais que influenciam a sua experiência. * * O que é a dor? A dor é uma sensação física, psicológica, sendo desagradável ou agradável. O texto se concentra na dor clínica que é aquela que requer alguma forma de tratamento médico. * * Os componentes da dor O modelo biopsicossocial (mente – corpo) distingue entre os fatores biológicos pelos quais estímulos dolorosos são processados pelo corpo: a experiência emocional e subjetiva da dor; e os fatores sociais e comportamentais que ajudam a moldar a nossa resposta. A dor envolve a experiência em reagir ao evento desagradável, a experiência moldada por forças biológicas, psicológicas e sociocomportamentais, que por sua vez reflete o legado genético, as experiências anteriores, a personalidade e os recursos de enfrentamento . * * Importância A dor dispara um alarme de que há algo errado e alerta você para tentar prevenir possíveis danos físicos. Não sentir dor é perigoso para a saúde de pessoas que nascem com o transtorno genético da insensibilidade congênita da dor. * * Tipos de dor A dor aguda é cruciante e pungente e normalmente se localiza em uma área ferida do corpo e geralmente está relacionada com lesões a tecidos. Ex.: queimadura, fratura, fadiga muscular ou dor após cirurgia. Dor aguda recorrente: episódios de desconforto são intercalados com períodos relativamente sem dor. Quando a dor persiste as pessoas entram no estágio pré-crônico, logo a dor não tem mais uma função biológica útil como um sinal de advertência e se torna um problema e uma força prejudicial a saúde. * * Tipos de dor A dor crônica pode ser contínua ou intermitente, moderada ou grave em intensidade e sentida em quase todos os tecidos do corpo. A dor cônica pode ser: associada a causas que não que não o câncer e associada a processos malignos. Dor associada a causas que não que não o câncer está sempre presente, mas não responde ao tratamento e não é fatal. Dor associada a processos malignos que torna-se mais grave à medida que a condição médica subjacente piora. A dor crônica reduz a qualidade de vida da pessoa e aumenta a vulnerabilidade a infecção, causa problema físicos, desencadeia baixa auto-estima, insônia, raiva, sensação de abandono, depressão, transtorno de personalidade, beber em excesso e consumir drogas. * * Mensurando a dor Medidas psicofisiológicas: Não existem medidas objetivas da dor, apenas medidas subjetivas (SKEVINGTON, 1995). Uma forma de avaliar a dor é mensurar as mudanças fisiológicas específicas que a acompanham. Medidas comportamentais: Uma forma de mensurara a dor é procurar por seus sinais no comportamento do paciente. Isso pode ser feito por parentes e amigos ou por profissionais que prestam atendimento de saúde. Medidas de auto-avaliação assumem 3 formas: Entrevistas estruturadas; Escalas de avaliação da dor; Inventários da dor. * * Mensurando a dor Entrevistas estruturadas que são centradas em temas: Quando a dor começou e quais eventos a precipitaram. Como a dor progrediu e quais tratamentos foram tentados, incluindo medicações, cirugias, quiropraxia e acupuntura. Que atividades aumentam ou diminuem a dor. Mudanças em atividade devido à dor, incluindo atividades recreativas, atividades sociais, emprego e responsabilidades familiares. Como o paciente responde às outras pessoas quando a dor atinge seu nível máximo. Como outras pessoas e familiares reagem quando o paciente demonstra estar com dor. * * Mensurando a dor Escalas de avaliação da dor que podem ser em forma de um questionário em que um paciente atribui um valor numérico o seu desconforto, mas também podem se basear em relatos verbais, nos quais uma pessoa escolhe em uma lista de palavras a palavra que descreve a dor de forma mais precisa, ou um diário da dor, no qual avaliam episódios de dor durante um período de tempo. Inventário de dor: sistema de categorizar a dor a partir de 3 dimensões MELZACK & TORGERSON): Qualidade sensorial – pode ser do tipo punhalada, em queimação, pulsante ou latejante. Qualidade afetiva – concentra-se nas reações emocionais como irritação, medo ou raiva. Qualidade avaliativa – se refere ao julgamento da gravidade da por parte da pessoa. * * Mensurando a dor Mensurando o medo da dor – a dor crônica é aquela que os pacientes mais relatam sentir em relação a uma doença, e é tão controladora que o medo de sofrer é mais estressante para alguns indivíduos do que a perspectiva de perder um membro ou morrer. Para alguns pacientes, o medo avassalador é um grande obstáculo ao tratamento e a recuperação. Os pesquisadores desenvolveram o Pain Anxiety Symptoms Scale (PASS) que é um questionário de 40 itens que mensura o medo da dor em vez da própria dor (MACCRACKEN, ZAIFERT E GROSS, 1992). * * A fisiologia da dor Todas as informações sensoriais incluindo a dor começam quando os receptores individuais sobre ou próximo da superfície do corpo convertem um estímulo físico em impulsos neuronais. As vias da dor: a dor é desencadeada por vários tipos de estímulos. Ex.: grão de poeira no olho, pressão no olho ao colocar lente de contato. Os receptores da dor: Terminais nervosos livres – receptores sensoriais distribuídos pelo corpo que respondem a temperatura, pressão e estímulos dolorosos. Nociceptor – neurônio especializado que responde a estímulos dolorosos. * * A fisiologia da dor Fibras rápidas e lentas: O processo de dor começa quando sinais neurais dos terminais nervosos livres são enviados para o sistema nervoso central pelas fibras nervosas rápidas e pela fibras nervosas lentas. As fibras nervosas rápidas: são fibras nervosas grandes e mielinizadas que transmitem dores penetrantes e agudas. As fibras nervosas lentas: são fibras nervosas pequenas e amielinalizadas que conduzem dor forte e latejante. A dor visceral (interna) se torna dor referida por que parece se originar na superfície do corpo e não na parte do corpo em que está situada a causa que a produziu. Dor referida manifestada em uma área do corpo sensível à dor, mas causada por doença ou ferimento em uma área do corpo que tem poucos receptores de dor. * * A fisiologia da dor A bioquímica da dor: Os neurônios que carregam mensagens de dor dependem de diversos tipos de neurotransmissores químicos para transmitir informações através das sinapses. A analgesia induzida pelo estresse refere-se ao alívio da dor que resulta da produção de endorfinas pelo corpo em resposta ao estresse. A teoria de comporta da dor: é que a experiência da dor não é resultado de um canal sensorial direto que começa com a estimulação de um receptor na pele e termina com a percepção de dor pelo cérebro. Em vez disso, as sensações da dor são moduladas na medula espinal à medida que são conduzidas ao cérebro e estão sujeitas as influências de vias descendentes do cérebro. * * Fatores Psicossociais na experiência da dor Idade e gênero: As pessoas mais velhas normalmente são mais vigilantes do que as mais jovens em monitorar o estado de saúde. A idade: Certas dores tendem a aumentar com a idade. Ex.: dores de cabeça, faciais e abdominais. Gênero: as mulheres parecem sofrer mais do que os homens de enxaquecas e dores de cabeças, pélvicas, faciais e na coluna. Síndrome do colo irritável (dor abdominal, diarreia e intumescimento) tanto em homens como em mulheres. Fatores socioculturais: O contexto sociocultural influencia a maneira como a dor é conceitualizada. Em Porto Rico tanto profissionais quanto pacientes consideravam a dor crônica uma experiência biopsicossocial. Na Africa membros de gruposculturais caminham sobre brasas e perfuram a pele, sem evidências visíveis de dor. A dor é encorajada e aprovada em certos povos do Mediterrâneo * * Fatores Psicossociais na experiência da dor Aprendizagem social: Se os fatores sociais e cultural afetam a experiência, como eles afetam esta experiência? Muitos psicólogos de saúde acreditam que a aprendizagem social e a comparação social desempenham papel social A idade: Certas dores tendem a aumentar com a idade. Ex.: dores de cabeça, faciais e abdominais. Gênero: as mulheres parecem sofrer mais do que os homens de enxaquecas e dores de cabeças, pélvicas, faciais e na coluna. Síndrome do colo irritável (dor abdominal, diarreia e intumescimento) tanto em homens como em mulheres. Fatores socioculturais: O contexto sociocultural influencia a maneira como a dor é conceitualizada. Em Porto Rico tanto profissionais quanto pacientes consideravam a dor crônica uma experiência biopsicossocial. Na Africa membros de grupos culturais caminham sobre brasas e perfuram a pele, sem evidências visíveis de dor. A dor é encorajada e aprovada em certos povos do Mediterrâneo
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