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CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA AULA 04: FUNDAMENTOS DE MACROECONOMIA: 3. AGEGADOS MONETÁRIOS. PAPEL DA POLÍTICA MONETÁRIA: RELAÇÃO ENTRE TAXA DE JUROS, INFLAÇÃO, RESULTADO FISCAL E NÍVEL DE ATIVIDADE. AS CONTAS DO SISTEMA MONETÁRIO. RELAÇÃO ENTRE SALÁRIOS (MERCADO DE TRABALHO), INFLAÇÃO E DESEMPREGO. INFLAÇÃO E DESEMPREGO. INFLAÇÃO: CONCEITO, COMPORTAMENTO NOS ÚLTIMOS ANOS, TAXAS MAIS USUAIS, INDEXAÇÃO. POLÍTICAS ANTIINFLACIONÁRIAS RECENTES. 01- (NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) Sobre a demanda e a oferta de moeda, NÃO é correto afirmar que: (A) segundo o modelo de Tobin-Baumol, a demanda por moeda aumenta quando há aumento do nível de gasto; (B) segundo o modelo de Tobin-Baumol, a demanda por moeda se reduz quando há aumento da taxa de juros; (C) segundo o modelo de Tobin-Baumol, a demanda por moeda se reduz quando há aumento do custo de ida ao banco; (D) se a base monetária for triplicada e as razões reservas/ depósito e papel moeda em poder do publico/depósitos forem mantidas constantes, a oferta de moeda também irá triplicar; (E) sendo a razão reservas/depósitos igual a 0,1 e a razão papel moeda em poder do público/depósitos, 0,2, o multiplicador da base monetária será igual a 4. 02- (ANPEC-Economista) Considere as seguintes operações: (1) Uma empresa do setor têxtil liquida um empréstimo junto ao BNDES. (2) Uma empresa desconta uma duplicata em um banco comercial, recebendo a inscrição de um depósito à vista. (3) Um banco comercial adquire um imóvel junto a uma construtora, pagando à vista. (4) A União faz uma remessa emergencial de recursos ao estado de Alagoas, sacando sobre seus depósitos no Banco Central. Classifique as seguintes afirmações, sobre meios de pagamento, como verdadeiras ou falsas: a) Em (1) há criação de meios de pagamento. b) Em (2) há expansão nos meios de pagamento. c) O estoque de meios de pagamento fica inalterado em (3). www.pontodosconcursos.com.br 1 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA d) O estoque de meios de pagamento fica inalterado em (4). 03- (ANPEC-Economista) Sobre moeda, assinale as afirmativas abaixo como falsas ou verdadeiras: a) Aumento na oferta monetária produz baixa na taxa de juros se for acompanhada por aumento na preferência pela liquidez. b) O financiamento do déficit público por meio da emissão de títulos do Tesouro adquiridos pelo Banco Central, que os retém em carteira, constitui fator de expansão da base. c) O temor quanto à solvência do sistema bancário pode induzir à substituição de depósitos à vista por papel moeda, o que levaria a um aumento da taxa de juros. d) O temor quanto à solvência do sistema bancário pode induzir a um aumento das reservas voluntárias dos bancos comerciais junto ao Banco Central, o que levaria a um aumento da taxa de juros. e) O multiplicador será tanto maior quanto maior for a velocidade de circulação da moeda. 04- (ANPEC-Economista) Julgue as proposições a seguir: a) A redução no custo de transação entre moeda e outras aplicações remuneradas aumenta a demanda por moeda. b) A elevação da renda reduz a demanda por moeda. c) A redução da inflação, tudo o mais constante, eleva a demanda por moeda. 05- (FCC-TCE-MG-2007) A demanda de moeda de uma economia: a) é função inversa da renda per capita. b) depende da proporção entre a moeda manual e a moeda escritural. c) independe da velocidade-renda da moeda. d) é constante e fixada pelo Banco Central. e) aumenta quando a taxa de juros diminui. 06- (NCE/UFRJ-AUDITOR-TCE/MG-2007) No segundo semestre de 2004, o Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros Selic. É provável que a autoridade monetária tenha feito o seguinte diagnóstico: a) O país experimentava uma inflação de demanda que poderia ser contida por meio da redução do consumo das famílias. b) O país precisava expandir seu nível de atividade e reverter os déficits na balança comercial. c) O nível da oferta monetária estava muito elevado e os agentes econômicos deveriam retirar seus recursos do sistema bancário. d) O país enfrentava uma inflação de custos decorrente da elevação de preços do petróleo. e) A elevação das taxas de juros promoveria a redistribuição de renda em favor dos assalariados de menor renda. www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 07- (CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) Com relação aos salários e à inflação, assinale a opção correta. a) Se a produtividade da mão-de-obra empregada aumenta na mesma proporção dos salários reais médios, o custo unitário da produção não é afetado. b) O aumento do custo de produção, resultante de reajustes salariais para recomposição de seu poder aquisitivo, constitui fator causal autônomo da inflação. c) Quando uma empresa monopolista não repassa aos seus preços os aumentos salariais dos empregados, reduzindo uma parcela de seus lucros, ela gera inflação reprimida, retardando seus efeitos. d) O lucro de uma empresa será reduzido quando a produtividade da mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários da empresa. 08- (NCE/UFRJ- AGU-Economista – 2006) Em relação à Curva de Phillips, é INCORRETO afirmar que: (A) o custo da redução do desemprego, medido em aumento de taxa de inflação, será tanto menor quanto maior for a capacidade ociosa da economia; (B) de acordo com os monetaristas, a Curva de Phillips, a curto prazo, seria vertical; (C) uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma redução da tributação expandiria a demanda agregada, reduzindo o desemprego, mas elevando a taxa de inflação; (D) se as expectativas dos agentes econômicos forem racionais, a Curva de Phillips será, tanto a longo quanto a curto prazo, vertical; (E) a versão aceleracionista da Curva de Phillips foi desenvolvida por autores monetaristas. 09- (NCE/UFRJ-Eletronorte-Economista-2006) A Curva de Phillips, que relaciona a taxa de inflação (Y) à taxa de desemprego (X) pode ser representada, no curto prazo, por uma função do tipo: (A) Y = aX, onde a > 0 e X > 0; (B) Y = aX1/2, onde a > 0 e X > 0; (C) Y = aX + b, onde a > 0, b > 0 e X > 0; (D) Y = a(1/X) , onde a > 0 e X > 0; (E) Y = aX2, onde a > 0 e X > 0. www.pontodosconcursos.com.br 3 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 10 – (ANPEC-Economista) Sobre curva de Phillips, analise as proposições: a) A curva de Phillips indica que a opção de inflação baixa é preferível à de inflação alta devido à hipótese de neutralidade da moeda no curto prazo. b) Na curva de Phillips expandida pelas expectativas poderá haver inflação positiva mesmo quando o produto corrente for menor que o produto potencial. 11- (VUNESP/CMSP-2007) Se os preços e os salários forem flexíveis, a curva de Phillips com expectativas racionais será: a) vertical. b) horizontal. c) positivamente inclinada. d) negativamente inclinada. e) elíptica. 12- (CESGRANRIO/INEA/2008) Na figura abaixo, as linhas AB e CD mostram, respectivamente, as Curvas de Phillips de curto prazo e de longo prazo de uma determinada economia. A respeito dessa figura, pode-seafirmar que a) AB é a curva de demanda agregada da economia. b) BD é o excesso de demanda agregada da economia. c) CD se desloca para a posição AB à medida que as expectativas de inflação se ajustam. d) OD é a taxa natural de desemprego. e) OE é a taxa natural de inflação. 13- (CESGRANRIO/INEA/2008) Uma política monetária expansiva leva normalmente ao(a): a) aumento da taxa de juros. b) desvalorização da moeda doméstica se o regime for de câmbio fixo. c) redução da taxa de inflação. d) acumulação de reservas internacionais se o regime for de câmbio flutuante. e) expansão da produção. www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 14- (CESGRANRIO/INEA/2008) O aumento do percentual da reserva compulsória que o Banco Central exige dos bancos reduz a(o) a) oferta de moeda. b) demanda por bens públicos. c) taxa de juros vigente na economia. d) spread cobrado pelos bancos. e) gasto do governo. 15- (CESGRANRIO/BNDES/2008) A Curva de Phillips de curto prazo, representada por AB no gráfico abaixo, não é estável, tornando-se, a longo prazo, vertical, como CD. Assim, pode-se afirmar que a) a taxa natural de inflação é representada por E no gráfico. b) a taxa natural de desemprego é representada por B no gráfico. c) a inflação tende a desacelerar caso se mantenha continuamente a taxa de desemprego em C. d) AB altera sua posição na medida em que as expectativas de inflação se ajustam. e) AB altera sua posição na medida em que CD se desloca para a direita. 16- (CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) De acordo com a teoria quantitativa da moeda M.V = P.Y, em que M= quantidade de moeda na economia; V= velocidade-renda da moeda;P = nível de preços; e Y = www.pontodosconcursos.com.br 5 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA nível de renda nacional real (PIB real). Com base nessa equação, que relaciona os fluxos monetário e real da economia, assinale a opção correta. a) Na hipótese de o PIB nominal ter sido igual a R$ 2 bilhões no período e o saldo médio dos meios de pagamento, R$ 400 milhões, o estoque de moeda terá girado cinco vezes no referido período. b) O aumento da taxa de compulsório poderá ser adotado para aumentar o volume de moeda em circulação. c) O aumento das emissões, ainda que na proporção das necessidades dos agentes econômicos, provoca inflação. d) Na hipótese de a velocidade-renda e o nível de preços não se alterarem a curto prazo, uma redução de 5% na oferta monetária permite esperar uma queda de 10% na renda e no emprego. 17- (FGV/ECONOMISTA/COMPANHIA DE GÁS/RN-2006) Assinale a alternativa que especifica medida que o Banco Central pode implementar para diminuir a liquidez do sistema: a) aumento da taxa de redesconto. b) aumento do montante de redesconto. c) redução da taxa de recolhimento compulsório. d) aumento do prazo de pagamento do redesconto. e) redução da taxa de redesconto. 18- (FGV/ECONOMISTA/COMPANHIA DE GÁS/RN-2006) O governo pode financiar suas despesas de diversas formas. Uma dessas formas, denominada senhoriagem, conceitua o financiamento das despesas do governo por meio de: a) aumento de tributos. b) emissão de moeda. c) lançamento de títulos da dívida pública. d) contratação de empréstimos. e) alienação de bens imóveis. 19. (CESPE/UNB/ FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/ICMS/AC – 2006) As empresas podem reagir a um aumento da demanda agregada de várias maneiras. Em consonância com a reação a ser adotada pelas empresas, a hipótese mais plausível consiste em: a) diminuir a produção física, aumentando os preços, ampliando a capacidade ociosa. b) aumentar os preços sem aumentar a produção física, se os recursos estiverem plenamente empregados. c) aumentar a produção, diminuindo os preços, até atingir a capacidade plena. www.pontodosconcursos.com.br 6 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA d) reduzir preços e produção, se as empresas estiverem operando a plena capacidade. 20- (CESPE/UNB-TCE-AC/2006) O estudo da economia brasileira, incluindo-se aí o fenômeno inflacionário que a caracterizou durante um longo período, é importante para a compreensão da situação econômica atual. Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes. a) O caráter concentrador, em termos de renda, do processo de substituição de importações deveu-se, em parte, ao uso intensivo do capital na industrialização brasileira, que limitava a expansão do emprego no setor urbano. b) A partir de 1991, iniciou-se um processo de substituição da dívida interna por dívida externa, com o aumento da dívida externa líquida viabilizada em razão da acumulação de reservas. c) A valorização da taxa de câmbio, adotada no âmbito do Plano Real, ao baratear as importações, constitui um fator importante para limitar a alta dos preços domésticos e controlar a inflação. 21- (CESPE/UNB- Analista Legislativo CÂMARA DOS DEPUTADOS -2002) Durante longo tempo, o Brasil conviveu com taxas de inflação elevadíssimas. Tal situação afetou por demais o mecanismo tributário, gerando problemas e demandando providências dos administradores públicos. No que se refere a esse assunto, julgue os itens que se seguem. a) A inflação atua como um tributo sobre os encaixes reais, afetando relativamente mais as classes de maior poder aquisitivo. O resultado é um aumento da progressividade do sistema, uma vez que os segmentos de menor renda, geralmente assalariados, são os menos atingidos. b) Em uma situação de hiperinflação, a arrecadação tende a zero porque ninguém desejará reter moeda. c) A inflação é tratada como um imposto não apenas porque corrói os encaixes monetários, mas porque a contrapartida disso é a receita do governo, que arrecada o imposto inflacionário com a moeda que emite para comprar bens e serviços do setor privado. Infere-se disso que o financiamento do déficit público só pode ser feito por tributação ou endividamento, visto que a emissão de moeda para esse fim pode ser considerada forma alternativa de tributação. www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA d) Em uma situação de descontrole inflacionário, os três mecanismos mais conhecidos de proteção do valor real da arrecadação são a indexação do imposto a pagar, a redução do período de apuração do imposto e a redução do período de recolhimento do imposto. 22- (ESAF/MPOG-2000) De acordo com a “Curva de Phillips” de curto prazo, para um dado estado de expectativa dos agentes econômicos e na ausência de choques de oferta, uma redução da taxa de inflação deverá ser acompanhada por uma: a) elevação da taxa real de juros b) elevação da taxa de emprego c) elevação da taxa nominal de juros d) redução dos salários reais e) elevação da taxa de desemprego 23 – (ESAF/ENAP – 2006) Considere o conceito de M1 e base monetária: c = papel moeda em poder do público/M1 d = depósitos à vista /M1 R = encaixes totais dos bancos comerciais/depósitos à vista m = valor do multiplicador da base monetáriaem relação aos meios de pagamentos. Com base nesses conceitos, é incorreto afirmar que: a) B = c.M + R.M b) M1 = c.M + d.M c) c = 1 - d d) se m > 1 então M1 > B e) considerando B constante, um aumento de m implica um aumento de M1. 24- (ESAF/Analista – SUSEP – 2002/MODIFICADA) Considere os seguintes coeficientes: c = papel-moeda em poder do público/M1 d = depósitos à vista nos bancos comerciais/M1 R = encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais É correto afirmar que: a) se c=d e R = 0,5, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,333 aproximadamente. b) se c=d e R = 0,5, então o valor do multiplicador bancário será igual a 1,538, aproximadamente. c) se c = 0,7 e R = 0,3, então o valor do multiplicador bancário será de 3,961, aproximadamente. www.pontodosconcursos.com.br 8 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA d) se d > c e R = 0,2, então o valor do multiplicador bancário será necessariamente maior que 10. e) se d=0, o valor do multiplicador bancário será sempre negativo, independente do valor de R. 25- (Analista de Controle Externo/TCU – 2002) Faz(em) parte do ativo do balancete do Banco Central a) o papel-moeda emitido. b) as reservas internacionais. c) os depósitos do Tesouro Nacional. d) a Base Monetária. e) os depósitos dos bancos comerciais 26- (ESAF/ AFPS-2002/) Considerando o balancete consolidado do sistema monetário, são considerados (as) como itens do passivo não monetário do Banco Central: a) reservas internacionais e aplicações em títulos públicos. b) empréstimos ao Tesouro Nacional e reservas internacionais. c) depósitos do Tesouro Nacional e recursos externos. d) base monetária e papel-moeda em poder do público. e) encaixes compulsórios dos bancos comerciais e depósitos a prazo. 27 - Suponha que o sistema monetário tenha apresentado, em dezembro de 2006, os seguintes dados ( em R$ milhões): - papel moeda emitido = 600 - moeda escritural ou depósitos à vista = 600 - encaixe em moeda dos bancos comerciais (r) = 100 - demais encaixes ou reservas dos bancos comerciais = 240 - moeda em caixa das autoridades monetárias = 80 Considerando estes dados, o papel-moeda em circulação e o papel-moeda em poder do público são, respectivamente: a) 600 e 240; b) 520 e 420; c) 400 e 420; d) 250 e 280; e) 520 e 240. www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 28- (ESAF/ALTERADA) Sobre o fenômeno inflacionário e seus tipos, podemos assinalar como opção correta: a) Aumento do gasto público em um contexto de pleno emprego bem como redução dos impostos sobre as pessoas físicas não podem originar inflação de demanda. b) Redução do nível de investimento privado sempre acarreta inflação preocupante. c) A elevação das taxas de juros internas bem como o encarecimento de insumos importados são motivações para a inflação de oferta. d) Mecanismos de indexação garantem a convivência com a inflação inercial. e) Aumento de juros garante o fim da inflação inercial. www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA GABARITO E COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES PROPOSTAS 01- “C” Comentários: As assertivas “A” e “B” estão corretas porque o modelo de Baumol pode ser interpretado como complementar ao modelo de demanda de moeda desenvolvido por Tobin, na medida em que acrescenta os custos de transação envolvidos na demanda de moeda (custo de ir ao banco e converter títulos em moeda) além de determinar o número ótimo de conversões de títulos em moeda que determina o saldo médio de encaixes reais que os agentes manterão sob forma de plena liquidez. Dessa forma, já sabíamos via modelo de Tobin que a demanda por moeda se divide praticamente em demanda por moeda – motivo transação (depende diretamente da renda) – e demanda por moeda – motivo especulação ( depende inversamente da taxa de juros). Quanto maior a renda, maior a demanda por moeda e quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda. As assertiva “C” está incorreta porque segundo o modelo de Baumol, quando se aumentam os custos de transação envolvidos na demanda de moeda (custo de ir ao banco e converter títulos em moeda), aumenta-se a demanda por moeda. A assertiva “D” está correta porque o multiplicador da base monetária é extraído de: m = M/B Considerando que a base monetária (B) está sendo triplicada, mas mantendo constante o multiplicador monetário (m), isto é, mantendo inalterados os fatores que poderiam modificá-lo como as razões reservas/depósitos (r) e papel moeda em poder do público/depósitos (c), a oferta de moeda (M) irá também triplicar. A assertiva “E” está correta porque o multiplicador da base monetária é dado por: Km = 1_____B 1 – d(1 – R) Sabemos que R = 0,1 e que a razão papel moeda em poder do público(PMP)/depósitos à vista (dv) é igual a 0,2. Todavia, não temos, em princípio, os valores de c ( papel moeda em poder do público/meios de pagamento (M1) ou d ( depósitos à vista/meios de pagamento). Como PMP = 0,2 vem que PMP = 0,2dv (1). dv Sabemos também que M1 = PPP + dv. Daí vem que: d= dv = __dv____ (2) M1 PPP + dv Substituindo (1) em (2) vem: d = dv____ = 1/1,2 = 0,8333... 1,2 dv Retornando à fórmula matriz: www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA Km = 1_____B 1 – 0,833(1 – 0,1) Km = 1_____B 1 – 0,833(0,9) Km = 1_____B 1 – 0,75 Km = 1_____B 0,25 Km = 4B 02- “FVFF” Comentários: a) Em (1) há criação de meios de pagamento. A assertiva “A” está incorreta porque tanto a empresa do setor têxtil quanto o BNDES são componentes do segmento não-bancário da economia, não ocorrendo criação nem destruição dos meios de pagamentos, quando for efetivada a operação de liquidação do empréstimo. Só ocorrerá monetização da economia (criação de meios de pagamentos) quando o segmento bancário da economia (bancos comerciais e BC) adquirir haver não- monetário do segmento não-bancário da economia ( famílias, empresas, BNDES, etc), pagando em moeda manual ou escritural. b) Em (2) há expansão nos meios de pagamento. A assertiva “B” está correta porque a empresa que pertence ao setor não- bancário da economia realiza a operação de desconto de duplicata (haver não- monetário) junto ao setor bancário da economia (banco comercial), monetizando a economia ao receber a inscrição de um depósito à vista (moeda escritural). c) O estoque de meios de pagamento fica inalterado em (3). A assertiva “C” está incorreta porque haverá criação de moeda em razão do banco comercial adquirir um imóvel (haver não-monetário) junto a uma construtora (setor não-bancário), pagando à vista (moeda manual). d) O estoque de meios de pagamento fica inalterado em (4). A assertiva “D” está incorreta porque um incremento nas operações ativas ou uma queda do passivo não-monetário do BancoCentral ocasionam aumento da base monetária (monetização da economia ou criação de meios de pagamentos). Sabemos que ocorre redução do passivo não-monetário toda vez que o Tesouro Nacional (União) saca seus depósitos no BC, a fim de promover a transferência de recursos emergenciais para o estado de Alagoas. www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 03-“FVVVF” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque uma situação de equilibro no mercado monetário sinaliza uma equalização entre o aporte de títulos e moedas na economia. São mercados espelhos de forma que o desequilíbrio em um acarreta ônus para o outro. Um incremento na oferta de moeda produziria um desequilíbrio no mercado de títulos, pois provocaria a demanda maior por títulos de forma a se desfazer do excesso monetário observado. A maior demanda por títulos provocaria ascensão sobre o preço dos títulos (redução da taxa de juros) e queda do custo de oportunidade de retenção de moeda, que é dada pela taxa de juros nominal. Até esse ponto a questão restaria correta. Todavia, a elevação da taxa de juros proveniente da elevação da preferência pela liquidez restabelece o equilíbrio no mercado monetário, retornando a taxa de juros para o patamar inicial. A assertiva “B” está correta porque o aumento das operações ativas do Banco Central gera elevação da base monetária (monetização da economia) quando não acompanhada de uma elevação de seu passivo não-monetário. A assertiva “C” está correta porque o sistema bancário-financeiro está ligado aos interesses de toda a coletividade. O BC, por ser a autoridade monetária, atua no parâmetro regulador do sistema via instrumentos de política monetária, a saber: redesconto de liquidez, operações no mercado aberto e recolhimento de compulsórios. Os bancos comerciais através de suas políticas de encaixes (reservas) são também atuantes no cenário regulador. E as famílias e empresas do segmento não bancário via parâmetro comportamental decidem o quanto vão reter de moeda em detrimento dos depósitos nas instituições financeiras afetando o multiplicador monetário e a conseqüente base monetária. Posto esse contexto, o temor de uma crise bancária e os efeitos em cadeia induzem as famílias a substituírem os depósitos à vista por papel-moeda, ocasionando uma redução do multiplicador monetário sem uma intervenção do sistema bancário ( BC e bancos comerciais). A queda nos meios de pagamentos provoca ascensão da taxa de juros. Relembremos da fórmula do multiplicador monetário: Km = 1_____ onde: 1 – d(1 – R) Km – multiplicador monetário d – público disposto a reter meios de pagamentos em forma de depósitos à vista R – encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais R = r1 + r2 + r3 r1- praxe bancária quanto à fração dos depósitos à vista que é mantida em encaixes voluntários em moeda corrente www.pontodosconcursos.com.br 13 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA r2- praxe bancária quanto à fração dos depósitos à vista que é mantida em encaixes voluntários em depósitos para compensação r3- depósitos compulsórios dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos à vista nos bancos comerciais, sendo de determinação do BC. A assertiva “D” está correta porque a diminuição na razão depósitos à vista/meios de pagamentos (d) e um incremento na razão reservas/depósitos à vista nos bancos comerciais (R) reduzem o multiplicador monetário, gerando queda dos meios de pagamentos, pressionado por maior taxa de juros. A assertiva “E” está incorreta. Vou reproduzir aqui a fórmula do multiplicador monetário e, consoante a mesma, a velocidade de circulação da moeda não explica a expansão dos meios de pagamentos. Km = 1_____ onde: 1 – d(1 – R) Km – multiplicador monetário d – depósitos à vista nos bancos comerciais/meios de pagamentos R – encaixe total dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais r1- encaixe em moeda corrente dos bancos comerciais/depósitos à vista nos bancos comerciais r2- depósito voluntário dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos à vista nos bancos comerciais r3- depósitos compulsórios dos bancos comerciais no Banco Central/depósitos à vista nos bancos comerciais. 04-“FFV” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque caso outras aplicações remuneradas passem a apresentar alto grau de liquidez, agilizando a conversão das mesmas em moeda, observar-se-á uma queda nos custos de transação da operação dos mercados moeda versus títulos. As famílias, empresas e consumidores (setor não bancário da economia) passarão a demandar menos moeda, privilegiando o mercado de aplicações, já que a primeira não produz rendimento (ganho) algum. A assertiva “B” está incorreta porque a demanda por moeda está dividida em motivos transação e especulação. O efeito precaução não vale ser mencionado, mas de qualquer maneira ilustra a situação de poupança para algum gasto emergencial ou decisão de longo prazo como uma viagem ao exterior para estudos. A demanda por moeda transacional está diretamente vinculada à renda. Quanto maior a renda, maior a demanda por moeda e responde a assertiva conclusivamente. A demanda por moeda especulação está inversamente ligada aos juros da economia. Quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda, pois será mais atraente a aplicação dos recursos em títulos, que são remunerados com os juros. www.pontodosconcursos.com.br 14 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA A assertiva “C” está correta porque, em consonância com a equação de Fisher, a redução da inflação esperada produz uma queda da taxa de juros nominal. A demanda por moeda será maior em função da redução do custo de oportunidade de retenção de moeda. A demanda por moeda é função decrescente da taxa de juros nominal. A equação de Fisher é traduzida por i = r + πe onde: I= taxa de juros nominal; r= taxa de juros real; πe = taxa de inflação esperada. 05- “E” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque a demanda de moeda de uma economia é função direta da renda do indivíduo. Ou seja, L = Ky onde: L = demanda por moeda Ky = consumo induzido pela renda. A assertiva “B” está incorreta porque a demanda de moeda depende da renda e da taxa de juros. A proporção entre moeda manual (papel moeda em poder do público) e moeda escritural (depósitos à vista) não afeta a demanda por moeda, uma vez que ambos os meios de pagamentos representam demanda por moeda e afetam o multiplicador monetário. A assertiva “C” está incorreta porque a demanda de moeda depende da velocidade renda da moeda. A TQM ( M.V = P.Q) roga que, no curto prazo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível do produto (Q) são constantes e que qualquer variação na quantidade de moeda (M) repercute em variação idêntica no nível de preços (P). Em resumo: o nível de preços é função da quantidade de moeda da economia. É a teoria monetarista da inflação. A versão clássica roga crescimento dos preços e nenhum efeito sobre a produção, pois o salário nominal ajusta-se à variação do preço, mantendo constantes o salárioreal, o emprego e a produção. Isso vale para a oferta monetária e não para a demanda de moeda. A assertiva “D” está incorreta porque a oferta de moeda é que é constante e fixada pelo Banco Central. Assim, a oferta de moeda é dada, sendo totalmente inelástica em relação aos juros. A política monetária é controlada e manuseada pela autoridade monetária, o BACEN, sendo expressa graficamente por uma reta vertical, paralela ao eixo da taxa de juros. www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA A assertiva “E” está correta porque a demanda de moeda é função direta da renda (Ky) e inversa da taxa de juros (hi). Logo: L = Ky – hi. 06- “A” Comentários: A assertiva “A” está correta porque o processo inflacionário, tenha a origem que tiver, será sempre uma luta pela redistribuição de renda, o que não se faz sem o aumento de atritos e sem o aumento das distâncias entre os indivíduos. Quando a demanda global cresce mais depressa do que a oferta global e a economia chega perto do "pleno emprego", os trabalhadores aumentam sua capacidade de organização e passam a exigir aumentos reais de salários acima dos ganhos de produtividade (inflação de demanda). É considerada o caso mais tradicional de inflação. A política usada comumente em situações desse tipo tem sido aquela ancorada em instrumentos que reduzam o apetite da demanda agregada por bens e serviços. O setor público tem à disposição a redução dos gastos do governo (despesas correntes e despesas de capital), que tem um efeito multiplicador ferrenho na economia, desencorajando o consumo e o investimento privado. Além disso, pode-se utilizar do aumento da carga tributária sobre o consumo e a produção de sorte a reduzir a renda disponível da coletividade. Sem mencionar o manejo monetário com o instrumento sempre ativo da taxa de juros, reduzindo as possibilidades de giro creditício e expansão da renda. 07- “A” Comentários: A assertiva “A” está correta porque o custo de produção depende basicamente dos fatores de produção capital ($) e mão-de-obra, dado o padrão de tecnologia constante. Dessa forma, se ocorre um aumento salarial dos trabalhadores fruto de greves ou atuações firmes dos sindicatos nas mesas de negociação com os patrões, mas, em mesma proporção, observa-se ganhos de produtividade da mão- www.pontodosconcursos.com.br 16 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA de-obra (maior eficiência da produção, maior capitalização do trabalho), pode-se concluir que o custo unitário de produção não sofre alteração. O que o empresário ainda pode fazer, dependendo da estrutura de mercado em que atua, é aumentar os preços dos bens transacionados, aumentando seus lucros. A assertiva “B” está incorreta porque o aumento do custo de produção originado de reajustes salariais de seu poder aquisitivo determina o que se convencionou chamar de inflação de custos ou de oferta, pois é um fator determinado pelo lado dos produtores, ofertantes, não sendo, portanto, autônomo, independente da inflação. A assertiva “C” está incorreta porque inflação reprimida é o processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte do governo. O não repasse do aumento de custos da empresa monopolista não é proveniente necessariamente da determinação governamental. Muito provavelmente se dá em função de estratégia corporativa. A assertiva “D” está incorreta porque quando a produtividade da mão-de-obra aumentar em proporção maior que os salários dos trabalhadores, a eficiência do processo produtivo é ampliada e o lucro da empresa será maior. 08-“B” Comentários: A assertiva “A” está correta. Conforme sugerido pela curva de Phillips, o país poderia conviver com uma inflação mais alta e uma taxa de desemprego mais baixa ou com uma inflação em ascensão às custas de um desemprego mais acentuado. Seria uma questão de preferência do condutor de política econômica escolher qual o mix de inflação-desemprego. A assertiva “B”está incorreta porque a versão original da curva de Phillips – que deu origem ao menu de escolha entre desemprego e inflação – sinaliza que, no curto prazo, há uma relação inversa entre inflação e desemprego. O condutor de política econômica escolhe a combinação de inflação e desemprego ao longo de uma curva de Phillips de curto prazo. π nu u A assertiva “C” está correta porque uma curva de Phillips negativamente inclinada significa que uma redução da tributação (redução do desemprego) requer uma cota de sacrifício em termos de maiores patamares de inflação. A curva de Phillips no curto prazo depende da expectativa inflacionária. Se a www.pontodosconcursos.com.br 17 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA expectativa inflacionária aumenta, a curva se desloca para a direita e a opção enfrentada pelo formulador da política econômica piora: a inflação é mais alta para qualquer nível de desemprego. A assertiva “D” está correta porque a moderna curva de Phillips originada com a teoria das expectativas demonstra que não há trade-off entre inflação e desemprego. Como as pessoas ajustam suas expectativas sobre a inflação permanentemente, a opção conflitiva entre inflação e desemprego desaparece. π un u A assertiva “E” está correta porque a versão contemporânea da curva de Phillips nada mais é do que a versão aceleracionista que incorpora a questão das expectativas trazidas por autores monetaristas como Friedman. 09-“D” Comentários: A curva de Phillips advoga uma relação inversa (negativa) entre a taxa de inflação e a taxa de desemprego. O trade-off entre inflação e desemprego conduz a um sacrifício em que a sociedade convive com uma inflação mais alta como remédio para uma política de combate ao desemprego ou vice-versa. Na formulação original da curva de Phillips, temos: π = -β(u - un) π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo A única alternativa que garante uma relação inversa entre as variáveis X e Y é a assertiva d. π nu u A assertiva “D” está correta. www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 10-“FV” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque a opção conflitiva (trade-off inflação- desemprego) se deve justamente pelo fato da moeda não ser neutra no curto prazo. A versão original da curva de Phillips indica que o gestor de política econômica pode optar por expandir a demanda agregada, reduzindo o nível de desemprego, às custas de um processo inflacionário ou reduzir as taxas de inflação sob o risco de uma elevação de desemprego e queda do produto, com um cenário recessivo da economia. A assertiva “B” está correta. A curva de Phillips π = πe -β(u - un) + w π = taxa de inflação πe = taxa esperada de inflação u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) β = parâmetro positivo w = choque deoferta Quando o produto corrente é menor que o potencial, a taxa de desemprego estará maior que a taxa natural e, portanto, β(u - un) tem sinal positivo, ocasionando pressão pela redução da taxa de inflação de - β(u - un). A pressão para redução da inflação ainda poderá ser positiva em razão da expectativa inflacionária (πe) e dos choques aleatórios (w). 11- “A” Comentários: A curva de Phillips com expectativas racionais será vertical no longo prazo em função dos agentes econômicos não se equivocam quanto ao valor efetivo da taxa de inflação relativamente ao seu valor esperado. Elimina-se, assim, o trade-off entre inflação e desemprego, situando-se este último no nível da taxa de desemprego natural. A curva de Phillips demonstrada na equação abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): π = πe - β(u - un) + ε onde: π = taxa de inflação (πe = taxa esperada de inflação) u = taxa de desemprego (un = taxa natural de desemprego) ε = choque aleatório de oferta . CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA β = parâmetro que mede a sensibilidade da taxa de inflação aos desvios da taxa de desemprego efetivo em relação à taxa natural. π un u 12- “D” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque AB representa a curva de Phillips de curto prazo em que se observa uma relação inversa (negativa) entre os fenômenos inflação e desemprego. Menor taxa de inflação implica maior nível de desemprego ou, alternativamente, menor taxa de desemprego acarreta, invariavelmente, maior repique inflacionário. É o custo de oportunidade inflação/desemprego. A assertiva “B” está incorreta porque BD não representa excesso de demanda agregada. Pontos abaixo da curva de demanda agregada (que não está desenhada no gráfico em pauta) sinalizam contextos de EDA (excesso de demanda agregada) em função do nível de produto agora ser inferior à demanda agregada correspondente à taxa de juros estipulada. A assertiva “C” está incorreta porque CD (curva de Phillips de longo prazo) já embute a questão do processo de formação de expectativas racionais em que os agentes possuem todas as informações disponíveis e compreendem o pleno funcionamento do modelo que governa a economia. As expectativas de inflação se ajustam e a taxa de desemprego permanece em seu ponto natural. A assertiva “E” está incorreta porque não se presencia taxa natural de inflação. A assertiva “D” está correta porque OD mede a taxa natural de desemprego que é aquela em que o nível de preços está igual ao nível de preços esperado, que nesse caso é igual ao nível de preços do período anterior. De maneira equivalente, dizemos que a taxa natural de desemprego é a taxa onde a inflação corrente é igual à inflação esperada. 13- “E” Comentários: As assertivas “A” e “C” estão incorretas porque uma política monetária expansionista (expansão da liquidez da economia/aumento da oferta de meios de pagamento) reduz a taxa de juros, aumenta as oportunidades de emprego e renda em função de maiores empréstimos ao setor privado, maiores disponibilidades de crédito e reaquecimento da atividade econômica, isto, expansão da produção e www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA renda nacionais, o que gabarita a assertiva “E”. Em contrapartida, existe a possível volta do processo inflacionário em razão de um suposto excesso de meios de pagamento na economia. A assertiva “B” está incorreta porque, em regime cambial fixo, os investidores demandam uma quantidade maior de moeda estrangeira que terá de ser atendida pelo Banco Central, devido ao seu compromisso com a manutenção da taxa de câmbio fixa, se desfazendo das reservas cambiais, o que compromete a oferta de moeda até que a curva LM retorne à posição original, cessando a fuga de capitais. Essa operação torna-se inevitável, pois, caso contrário, a moeda nacional sofreria uma desvalorização em virtude da maior demanda por moeda estrangeira. Para manter constante a taxa de câmbio, a oferta de moeda e a curva LM devem voltar às suas posições iniciais. A assertiva “D” está incorreta porque um aumento na oferta de moeda exerce pressão, no sentido da baixa, sobre a taxa de juros interna, aumenta a demanda por moeda estrangeira para remeter capital ao exterior. É a famosa fuga de capitais rumo a praças mais convidativas. Em se tratando de câmbio flutuante, enquanto as taxas de juros locais estiverem abaixo das internacionais, a compra dos títulos internacionais requer a troca de moeda doméstica por moeda internacional, o que provoca uma desvalorização da moeda local. O novo equilíbrio é atingido e a curva IS move-se endogenamente via depreciação do câmbio até a sua interceptação com a curva LM a o nível da taxa de juros internacional. A demanda agregada aumentou como decorrência de uma elevação nas exportações líquidas orientadas pela depreciação da moeda. 14- “A” Comentários: O BACEN determina o percentual das reservas compulsórias que os bancos comerciais devem manter depositadas em seus cofres, definindo a proporção dos depósitos que pode ser facilmente convertida em empréstimos, os chamados encaixes excedentes, ponto crucial para a expansão do quantitativo monetário. A fixação de um quantitativo de reservas/depósitos mínimo é um instrumento mais conservador, muito ancorado na experiência, feeling e prudência dos diretores do BACEN acostumados a períodos de turbulência e crise anunciadas. Quando o BACEN eleva a taxa de compulsórios com receio de uma explosão do consumo e repique inflacionário, por exemplo, os encaixes excedentes são menores, reduzindo o efeito multiplicador dos meios de pagamento, fator determinante para a queda nas disponibilidades de crédito. A oferta de meios de pagamento (M1= PMP + DV) é reduzida. www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 15- “D” Comentários: Aqui encontramos as duas versões da Curva de Phillips: a curva de Phillips em sua versão original em que se tem um trade-off inflação-desemprego, como retratado na curva AB. Ela funciona apenas enquanto os agentes econômicos não se apercebem que a inflação está se movendo permanentemente para patamares mais elevados. Figura 1. Curva de Phillips versão original. π A un B u A constatação de que a curva de Phillips original não mais funcionava deu origem ao nascimento de uma segunda versão, que é a contemporaneamente aceita em macroeconomia. A curva de Phillips demonstrada abaixo é ampliada e com expectativas racionais (versão contemporânea da curva de Phillips): Figura 2. Curva de Phillips versão contemporânea. π D un u C Na versão contemporânea da curva de Phillips, a possibilidade de choques de oferta pode fazer a inflação sofrer forte repique, embora a taxa de desemprego da www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA economia se mantenha estável. Um choque negativo de oferta provocaráum deslocamento para cima da curva de Phillips, implicando maior taxa de inflação, para uma mesma taxa de desemprego. A assertiva “A” está incorreta porque não existe uma taxa natural de inflação. A assertiva “B” está incorreta porque a taxa natural de desemprego está retratada por C no gráfico. A assertiva “C” está incorreta porque a inflação tende a acelerar caso se mantenha continuamente a taxa de desemprego em C. A assertiva “D” está correta porque aqui se tem o que se prega pela curva de Phillips versão contemporânea. A assertiva “E” está incorreta porque AB se refere à curva de Phillips de curto prazo, sem expectativas inflacionárias e sem correspondência com movimentos inflacionários ou de inflação esperada da curva de Phillips ampliada ou curva de Phillips versão moderna. 16- “A” Comentários: O primeiro sustentáculo da corrente acima é a aceitação da teoria quantitativista, na qual a moeda é neutra. Alterações no quantitativo de moeda só produzem resultados nas variáveis nominais, não interferindo nas variáveis reais. A relação entre o aumento na quantidade de moeda e a elevação dos preços está contida na chamada teoria quantitativa da moeda (TQM). A TQM ( M.V = P.Y) roga que, no curto prazo, tanto a velocidade da moeda (V) como o nível do produto (Y) são constantes e que qualquer variação na quantidade de moeda (M) repercute em variação idêntica no nível de preços (P). Em resumo: o nível de preços é função da quantidade de moeda da economia. É a teoria monetarista da inflação. A versão clássica roga crescimento dos preços e nenhum efeito sobre a produção, pois o salário nominal ajusta-se à variação do preço, mantendo constantes o salário real, o emprego e a produção. A assertiva “A” está correta porque com a suposição de que o Y seja R$ 2 bilhões no período e o M seja R$ 400 milhões, para que o nível de preços se mantenha inerte, faz-se necessário que a velocidade de circulação da moeda (giro do estoque de moeda) seja igual a 5. Daí, temos: 400x5 = 2000 . A assertiva “B” está incorreta porque o aumento da taxa de compulsório significa que o BACEN está determinando que uma maior parcela dos depósitos dos bancos comerciais fiquem “guardados” nos cofres do BC sem qualquer remuneração, reduzindo abruptamente a capacidade de empréstimo da economia, retirando moeda de circulação. Da mesma forma, aumento da taxa de redesconto e operações de venda de títulos públicos no mercado aberto (open market) www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA sinalizam política monetária contracionista, reduzindo e não aumentando o volume de moeda em circulação. A assertiva “C” está incorreta porque o governo financia parte de seu déficit com a emissão monetária ancorado na suposição de que o valor nominal do produto cresce e os indivíduos necessitam de mais moda para atenderem à demanda transacional por moeda. O valor nominal do PIB pode sofrer incremento através de um crescimento real do PIB ou via crescimento do nível de preços (inflação). Quando o crescimento se dá via aumento real do produto, o setor público satisfaz à demanda por moeda emitindo moeda necessária e suficiente para atender essa demanda monetária. Não se tem qualquer conotação inflacionária. Então, veja que o aumento das emissões, quando na proporção das necessidades dos agentes econômicos, não provoca inflação. Já quando o crescimento ocorre via processo inflacionário, o governo também emite moeda para atender à demanda por transações dos agentes e essa emissão monetária “forçada” é conhecida no campo das finanças públicas como senhoriagem. A senhoriagem é tida como a receita do governo oriunda do processo inflacionário de emissão de moeda, da seguinte forma: %B = M + nM onde: B = base monetária; M= demanda por saldos monetários; n=taxa de inflação. O termo nM corresponde ao imposto inflacionário da literatura de economia. Daí, resultamos em duas hipóteses: i) se a senhoriagem corresponde apenas ao aumento da base monetária em função do crescimento real da produção de bens e serviços; ii) se a senhoriagem corresponde ao imposto inflacionário sem crescimento da produção de bens e serviços. A assertiva “D” está incorreta porque em consonância com a opção a, na hipótese da velocidade de circulação da moeda (giro da moeda) (V) e o nível de preços (P) não se alterarem, uma redução de 5% na oferta monetária (M) corresponderá, segundo a versão clássica da TQM, a uma queda igual de 5% na renda e no emprego (Y), para que se mantenha a igualdade (M.V = P.Y). 17- “A” Comentários: São instrumentos de retração de política monetária (diminuição de liquidez do sistema) ou elementos de redução da base monetária: i) operações de venda de títulos públicos; ii) aumento da taxa de recolhimento dos compulsórios; iii) aumento da taxa de redesconto; www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA iv) aumento da proporção do papel-moeda em poder do público face aos meios de pagamento; v) queda da proporção dos depósitos à vista face aos meios de pagamento; vi) aumento da relação encaixes/depósitos à vista dos bancos comerciais. Acompanhem pelo quadro abaixo todas as possibilidades de expansão/retração da base monetária (elevação e contração da liquidez do sistema) Expansão da oferta monetária Compra/resgate de títulos públicos Instrumento de Política Monetária/ componente da base monetária Operações de mercado aberto Retração da oferta monetária Venda de títulos públicos Queda compulsórios Recolhimento compulsórios Elevação compulsórios Queda redesconto Redesconto Elevação redesconto Queda da razão Papel moeda/meios de pagamento Elevação da razão Depósitos à vista/meios de pagamento Elevação da razão Queda da razão Queda da razão Encaixes/depósitos à vista Elevação da razão A assertiva “A” está correta. 18- “B” Comentários: A assertiva “B” está correta porque o governo financia parte de seu déficit com a emissão monetária ancorado na suposição de que o valor nominal do produto cresce e os indivíduos necessitam de mais moda para atenderem à demanda transacional por moeda. O valor nominal do PIB pode sofrer incremento através de um crescimento real do PIB ou via crescimento do nível de preços (inflação). Quando o crescimento se dá via aumento real do produto, o setor público satisfaz à demanda por moeda emitindo moeda necessária e suficiente para atender essa demanda monetária. Não se tem qualquer conotação inflacionária. Então, veja que o aumento das emissões, quando na proporção das necessidades dos agentes econômicos, não provoca inflação. Já quando o crescimento ocorre via processo inflacionário, o governo também emite moeda para atender à demanda por transações dos agentes e essa emissão monetária “forçada” é conhecida no campo das finanças públicas como senhoriagem. A senhoriagem é tida como a receita do governo oriunda do processo inflacionário de emissão de moeda, da seguinte forma: %B = M + nM onde: B = base monetária; M= demanda por saldos monetários; n=taxa de inflação. O termo nM corresponde ao imposto inflacionário da literatura de economia. www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EMEXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA Daí, resultamos em duas hipóteses: i) se a senhoriagem corresponde apenas ao aumento da base monetária em função do crescimento real da produção de bens e serviços; ii) se a senhoriagem corresponde ao imposto inflacionário sem crescimento da produção de bens e serviços. 19- “B” Comentários: A assertiva “A” está incorreta porque um aumento de demanda agregada não pode ser compatibilizado com uma queda de produção (oferta). Tem-se dois cenários para a compatibilização desse maior esforço de demanda. O primeiro consiste em aumentar a produção até que se tenha alcançado a capacidade plena, sem comprometer o nível de preços (a assertiva “C” está incorreta). Corresponde à situação em que existe desemprego de fatores de produção, ou seja, existem terra, capital e trabalho que não estão sendo empregados pelas unidades produtivas e que podem ser acionados a qualquer momento para aumentar a produção física de bens e serviços, em resposta aos aumentos da demanda sem, todavia, variar o nível de preços da economia. E o segundo consiste em manter a oferta constante (já que se tem capacidade plena dos fatores de produção), mas aumentar os preços para reduzir a demanda agregada e alcançar o nível de equilíbrio (a assertiva “B” está correta). Corresponde a uma situação de pleno emprego dos fatores de produção, isto é, não existe capacidade ociosa na economia. Como estamos diante de um emprego eficiente de todos os recursos disponíveis, o produto não pode mais crescer em resposta aos estímulos da demanda. Apenas o nível de preços tende a subir, caracterizando o fenômeno inflacionário. A assertiva “D” está incorreta porque se a economia estiver operando a plena capacidade ( não há capacidade ociosa) é natural que haja espaço para redução da produção, abrindo mais espaço ainda para a demanda reprimida o que aumentaria extraordinariamente os preços. 20- ” VFV” Comentários: www.pontodosconcursos.com.br 26 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA A assertiva “A” está correta porque a partir dos anos 30 e notadamente após a Segunda Guerra Mundial, a expansão do PIB se ancora no setor industrial via dinamização do setor exportador cafeeiro que se tornou a principal fonte de capitais. A partir de meados dos anos 50, foi criado o Plano de Metas (1956/61) na imponente figura de JK, com a intensificação do processo de substituição de importações. O próprio tamanho e crescimento do mercado brasileiro permitiu às estatais intensivas em capital obter economias de escala que não seriam obtidas em países em desenvolvimento. Países como o Brasil que apresentam mercados consumidores extraordinários por serem continentais geram economias de escala, o que facilitou e muito o modelo de substituição de importações em benefício das estatais intensivas em capital. A assertiva “B” está incorreta porque no início da década de 90, um fato que merece ser ressalvado é o aumento da importância relativa da dívida de estados e municípios. Esta, que representava apenas 17% da dívida líquida total do setor público em 1990, passou a ser de 38% em 1994 e chegou a 42% do total em 1997. Entretanto, o maior problema da dívida pública brasileira na época não era tanto o seu montante e sim o seu prazo de maturação, que era relativamente curto, já que a maior parte dos títulos eram emitidos com prazos de alguns meses ou, no máximo, um ou dois anos de vencimento. Por outro lado, o desejável alongamento da dívida só tenderia a ocorrer, voluntariamente, à medida que os credores do setor público tivessem confiança de que este iria gerar no futuro um resultado primário que lhe permitisse, se não pagar a dívida, pelo menos evitar que a relação dívida/PIB continuasse aumentando. A definição da meta adequada de resultado primário que deve ser perseguida depende do nível esperado da taxa de juros. O desequilíbrio externo e a conseqüente necessidade de ter uma remuneração em dólares suficientemente atrativa para os investidores internacionais, a ponto destes ingressarem recursos no país através da conta de capitais, de modo a compensar o déficit na conta corrente do balanço de pagamentos, passa a ter seu cenário a partir do final da década de 90 e não do início como colocado na questão. A assertiva “C” está correta porque a valorização do Real frente ao dólar permite que os reais comprem mais mercadorias estrangeiras já que a moeda nacional está temporariamente “forte”. Com Reais mais fortes, a aquisição de similares estrangeiros é estimulada e, dessa forma, a oferta (disponibilidade) de produtos cresce de forma exponencial. Quem ganha com esse cenário de abundância (produtos nacionais + produtos estrangeiros) é o consumidor nacional, com produtos mais baratos e maior leque de escolhas, e a inflação nacional, que se encontra em nível controlado. 21- “FVVV” Comentários: www.pontodosconcursos.com.br 27 ,CPF:03156573329 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA A assertiva “A” está incorreta porque a inflação atua sobre os encaixes reais, afetando relativamente mais as classes de menor poder aquisitivo, ou seja, os efeitos perversos perpassam indistintamente todos os estratos da sociedade, atingindo de maneira muito mais nefasta as camadas mais pobres. O resultado é um aumento da regressividade do sistema, uma vez que os segmentos de menor renda são os mais atingidos. É o pedreiro que paga a mesma parcela de imposto na compra de um pão que o empresário rentista! Para os contribuintes que auferem ganhos de capitais (situação bastante comum nos segmentos de maior poder aquisitivo) que não são corrigidos pela inflação, uma correção monetária uniforme acaba por beneficiá-los através da isenção do pagamento do imposto devido em função dos ganhos reais. A carga tributária para esse grupo já seria mais benevolente, assumindo o sistema tributário uma característica bastante regressiva. O fenômeno inflacionário no Brasil foi crônico, gravoso e causou uma série de danos à economia e à sociedade brasileira ao longo do tempo. A assertiva “B” está correta porque em um cenário de inflação galopante (hiperinflação), a arrecadação real tende a ser nula em razão de nenhum agente querer reter moeda, já que esse ativo mais líquido tem seu poder de compra depreciado diariamente a cada momento em uma velocidade galopante. Somente aqueles mais aquinhoados que conseguem se proteger da corrosão inflacionária via operações bem sucedidas no mercado financeiro obtêm êxito na proteção de seus ganhos, ou melhor, na redução de suas perdas provenientes dos efeitos perversos da inflação. A assertiva “C” está correta porque existem quatro caminhos mais utilizados para a obtenção de receitas tributárias sendo que cada um deles apresenta efeitos distintos sobre a atividade econômica: a) emissão monetária; b) empréstimos bancários; c) venda de títulos públicos via operações do mercado aberto; d) arrecadação de impostos, taxas e contribuições. No que concerne à emissão pura de moeda, vale o registro da vedação imposta pela Constituição Federal. Contudo, já foi excessivamente utilizada pelos governos anteriores e era a opção menos custosa, prática e objetiva para os cofres e objetivos públicos. O governo financiava parte de seu déficit com a emissão monetária ancoradona suposição de que o valor nominal do produto cresce e os indivíduos necessitam de mais moda para atenderem à demanda transacional por moeda. O valor nominal do PIB pode sofrer incremento através de um crescimento real do PIB ou via crescimento do nível de preços (inflação). Quando o crescimento se dá via aumento real do produto, o setor público satisfaz à demanda por moeda emitindo moeda necessária e suficiente para atender essa demanda monetária. Não se tem qualquer conotação inflacionária. Já quando o crescimento ocorre via processo inflacionário, o governo também emite moeda para atender à demanda por transações dos agentes e essa emissão monetária “forçada” é conhecida no campo das finanças públicas como senhoriagem. www.pontodosconcursos.com.br 28 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA A senhoriagem é tida como a receita do governo oriunda do processo inflacionário de emissão de moeda, da seguinte forma: %B = M + nM onde: B = base monetária; M= demanda por saldos monetários; n=taxa de inflação. Temos que a variação da base monetária pode ser provocada pela expansão dos saldos monetários para a demanda transacional e pelo incremento do quantitativo de moeda para compensar o processo inflacionário, de sorte a manter constante o contexto de saldos monetários reais. O termo nM corresponde ao imposto inflacionário da literatura de economia emprestada aqui às finanças públicas. Daí, resultamos em duas hipóteses: i) se a senhoriagem corresponde apenas ao aumento da base monetária em função do crescimento real da produção de bens e serviços; ii) se a senhoriagem corresponde ao imposto inflacionário sem crescimento da produção de bens e serviços. No que tange aos empréstimos junto aos bancos, inúmeras disposições legais impedem que o setor público contraia empréstimos como forma de financiamento dos gastos. Já as operações de mercado aberto em que se registram as vendas de títulos públicos como forma de arrecadação são um instrumento muito utilizado e complementar à tributação O endividamento interno retira recursos da economia e reduz as possibilidades de crédito bancário, elevando a taxa de juros, com todas as conseqüências de desestímulo a novos empreendimentos, quedas nas contratações e redução do nível de atividade. Contudo, sabemos que quanto maior o endividamento público, maior a necessidade de incrementar a taxa de remuneração dos títulos públicos para torná-los mais atraentes ao público comprador. Esse aumento na remuneração dos títulos provoca invariavelmente novas elevações nos juros, o que leva a maiores despesas do setor público com os pagamentos dos encargos financeiros da dívida pública. A situação nada satisfatória do déficit redunda em novas emissões de moeda, representando mais inflação no presente. Além disso, prazos de vencimentos dos títulos e desembolso de juros são fatores relevantes para o firme entendimento da questão. Títulos com prazos maiores tendem a pagar maiores juros, mas, por outro lado, adiam a necessidade de desembolso imediato ou de refinanciamento. Já os títulos de curto prazo, tendem a ser colocados a juros menores, mas implicam em custos administrativos substanciais na colocação do papel. E, finalmente, a tributação a partir do aumento das alíquotas dos tributos já existentes e da criação de novos representa a maior parte da arrecadação dos cofres públicos. A assertiva “D” está correta porque o governo aplicou formas de indexação de suas receitas tributárias como a UFIR ( unidade fiscal de referência) bem como www.pontodosconcursos.com.br 29 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA tributos e contribuições sobre o faturamento das empresas, gerando o efeito cascata e tornando o sistema tributário ainda mais perverso e de qualidade técnica pior. Com a aceleração da taxa de inflação a partir dos anos 80, os governos passaram também a reduzir os prazos para o recolhimento de impostos, contribuições e encargos sociais. Visavam impedir a corrosão dos valores recebidos, que os economistas chamam de "efeito Tanzi". Não se preocuparam os governantes com as dificuldades que essa medida provocou para as empresas não apenas do ponto de vista financeiro, em decorrência da acumulação dos compromissos, mas, também, para a apuração dos valores e para a elaboração dos procedimentos burocráticos necessários ao pagamento dos tributos. 22- ”E” Comentários: Novamente questão sobre Curva de Phillips versão tradicional em que se tem um trade-off inflação/desemprego. Dessa forma, como exposto na questão, uma redução da taxa de inflação deve ser acompanhada por uma elevação da taxa de desemprego. 23- “A” Comentários: Sabemos de antemão que o M1 é composto do somatório do papel moeda em poder do público com os depósitos à vista. Dessa forma, chegamos à identidade c + d = 1 (1), visto que PPP/M1 + dvbc/M1 = M1/M1 = 1. A equação c + d = 1 sinaliza que a proporção do papel moeda em poder do público em relação ao total dos meios de pagamento é complementar à proporção dos depósitos à vista nos meios de pagamento. Isto é, os meios de pagamento estão parte como papel moeda em circulação e parte depositada nos bancos comerciais. Isolando c na equação 1, vem: c = 1- d, conforme a assertiva c da questão. Aproveitando o mesmo contexto, validamos a assertiva b também como correta. Reconhecemos também que o multiplicador da base monetária é dado por m = M1/B. Sendo o total de meios de pagamento um múltiplo da base monetária (B), fruto do processo multiplicativo dos empréstimos bancários, deduz-se que o multiplicador (m) dos meios de pagamento é dado pela relação entre o total de M e a base monetária B. Assim, as assertivas d e e estão rigorosamente corretas, dado que uma elevação no lado direito da equação provoca invariavelmente acréscimo no lado esquerdo da equação. Já a assertiva a está incorreta porque o saldo da base monetária corresponde ao somatório do saldo da moeda em poder do público com o total das reservas bancárias, ou seja, B = c + R. A assertiva “A” está incorreta. www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA 24- “A” Comentários: Não acreditamos que apareçam nos próximos certames, principalmente, quando elaborados pela ESAF, questões desse corte. Contudo, caso tal assunto (multiplicador monetário) venha a ser cobrado, julgamos que se dará em cima da literalidade das relações entre base monetária, meios de pagamento e multiplicador. De qualquer maneira, vamos à resolução dessa questão. Km = 1/ 1 – d(1 –r) Km = 1/ 1 – 0,5( 1 – 0,5) Km = 1 / 1 – 0,5.0,5 Km = 1/ 1 – 0,25 Km = 1/ 0,75 Km = 1,333 A assertiva “A” está correta. 25- “B” Comentários: Sempre é bom se utilizar de algum quadro/tabela como subsídio para algum tópico do edital que, em regra, não tem sido preferencial para os examinadores. Contudo, quando o é utilizado pelas bancas, as mesmas elaboram rigorosamente nos mesmos moldes. Dessa forma, o quadro abaixo explicita bem aquilo que é necessário: BALANCETE DO BANCO CENTRAL ATIVO PASSIVO Caixa em moeda corrente Papel moeda emitido Empréstimosao Tesouro Nacional Depósitos dos bancos comerciais ( voluntários /compulsórios) Títulos Públicos Federais Depósitos do Tesouro ( União) Redescontos Recursos próprios Reservas internacionais Base Monetária Empréstimos ao setor privado Demais recursos Outras aplicações Como advém da Contabilidade do sistema financeiro, os balancetes apresentam do lado do passivo as origens dos recursos (instrumentos através dos quais o BC pode realizar os empréstimos aos bancos comerciais e ao Tesouro Nacional) www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA enquanto do lado do ativo permanecem as respectivas aplicações ( usos dos recursos). Segue abaixo uma tabela mais pormenorizada, incluindo os balancetes dos bancos comerciais e do Banco Central conjuntamente. Esses quadros são exaustivos para a resolução das prováveis questões em eventuais certames. BALANCETE CONSOLIDADO DO SISTEMA MONETÁRIO ATIVO PASSIVO Aplicações do Banco Central Meios de Pagamento Reservas internacionais Papel moeda em poder do público Empréstimos ao Tesouro Nacional Depósitos à vista do público junto aos bancos comerciais Empréstimos a outros órgãos públicos Passivo não monetário do Banco Central Empréstimos ao setor privado Depósitos do Tesouro Nacional Títulos públicos federais Recursos externos Aplicações dos bancos comerciais Passivo não monetário dos bancos comerciais Empréstimos aos setores público e privado Depósitos a prazo Títulos públicos e privados Recursos externos A assertiva “B” está correta. 26- “C” Gabarito: Já sabemos das questões anteriores que as origens dos recursos estão no passivo enquanto o ativo identifica as aplicações correspondentes. A novidade surge na possibilidade de divisão das contas do passivo da autoridade monetária em monetárias, isto é, que podem ser utilizadas como meios de pagamento, e não monetárias, que não são meios de pagamento. As assertivas a e b são aplicações de recursos, logo, pertencem ao ativo do BC. Na assertiva d, os itens compõem o passivo monetário. Na assertiva e, os encaixes compulsórios são recursos recebidos pelo Banco Central, mas os depósitos a prazo não o são. A assertiva “C” está correta. 27- “B” Comentários: Notem: O papel moeda emitido (PME) é rigorosamente todo o quantitativo de moeda observado na economia. www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA Já o papel moeda em circulação (PMC) representa o papel moeda emitido menos o quantitativo depositado no Banco Central, a autoridade monetária. E, finalmente, o papel moeda em poder do público corresponde ao papel moeda em circulação menos o dinheiro depositado nos bancos comerciais. Daí, segue, que, em regra, PME > PMC >PMP. Vamos às contas: Papel moeda em circulação (PMC) = Papel moeda emitido (PME) menos o dinheiro em caixa do Banco Central. Logo, PMC = 600 – 80 = 520. Papel moeda em poder do público (PMP) = PMC menos encaixe em moeda dos bancos comerciais (r). Logo, PMP = 520 – 100 = 420. A assertiva “B” está correta. 28- “D” Comentários: A assertivas “A” e “B” estão incorretas porque, em pleno emprego, aumentos de demanda agregada (aumentos dos gastos governamentais ou queda da carga tributária) produzem aumentos de preços dos bens e serviços. Ao mesmo tempo, redução de demanda agregada (como, por exemplo, redução do investimento privado) não traz repique inflacionário. A assertiva “C” está incorreta porque quando as perspectivas de crescimento econômico são muito fortes, os empresários, ajudados pelo sistema financeiro, ampliam seus investimentos e mobilizam os recursos disponíveis até que eles se tornem escassos e seus preços se elevem juntamente com o aumento de suas margens (inflação de custos ou de oferta). Desvios da inflação com relação à meta podem ser explicados fundamentalmente por choques de custos, via de regra relacionados com mudanças abruptas nos custos de produção de bens e serviços, os chamados, na literatura econômica, choques de oferta. O nível de demanda permanece praticamente o mesmo, mas os custos de matérias primas primordiais sofrem impacto e serão repassados para toda a cadeia produtiva. Algumas empresas com considerável poder de fixação de preços (monopolizadas ou oligopolizadas) aumentam seus preços bem acima da elevação observada nos custos de produção, o que caracteriza a inflação também conhecida de inflação de lucros. Estas firmas nada concorrenciais conseguem manter seus lucros abusivos, mesmo com queda do nível do produto e do emprego, caracterizando o poder de mark up das estruturas oligopolizadas. Logo, somente o encarecimento de insumos importados é motivação para a inflação de custos. Obviamente, o aumento da taxa de juros não. A assertiva “D” está correta e assertiva “E” está incorreta porque a inflação inercial tem sua origem no conflito redistributivo entre os diversos agentes econômicos, via mecanismos de indexação de preços pela inflação anterior, com o www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ON-LINE - ECONOMIA EM EXERCÍCIOS PARA ESPECIALISTA DO MPOG PROFESSOR MARLOS FERREIRA fito de manutenção da participação relativa no bolo da renda da economia. A parte inercial da nossa inflação reside nos preços administrados. Esta possui uma malha contratual que utiliza indexadores de preços, como os IGPs, por exemplo. Os empresários aumentam os preços dos bens e serviços oferecidos à coletividade, os exportadores e os investidores forçam a taxa de câmbio, o setor público não fica atrás da corrente de transmissão: atrela os impostos à variação ascendente de preços. Quando os agentes da economia passam a incorporar em suas atitudes e expectativas mecanismos de indexação ou de proteção ao valor real de suas rendas futuras, o resultado em termos macroeconômicos será a inflação em patamares preocupantes e crescentes. O mecanismo de combate à inflação aqui reside na desindexação plena de preços e salários da economia. Aumento de taxa de juros ou queda nos elementos de demanda agregada reduzem o apetite da inflação tradicional ou de demanda. www.pontodosconcursos.com.br 34
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