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Casos Concretos Processo Penal II

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Processo Penal II
Caso Concreto 01.
1. Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após alguns solavancos e tortura físicopsicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais pertinentes.
 São inadmissíveis as provas obtidas por meios ilícitos, como dispõe o artigo 5º, LVI, CF/88 e a policia ao praticar uma conduta de tortura, em tese produziu elementos informativos, que não serviam de base, se quer, para o oferecimento da ação penal. 
2. Letra A.
Caso Concreto 02.
1. O Padre José Roberto ouviu, em confissão, Maria admitir que mantém por conta própria estabelecimento onde ocorre exploração sexual, com intuito de lucro. No local, admitiu Maria ao Vigário que garotas de programa atendem clientes para satisfazer seus diversos desejos sexuais mediante o pagamento de entrada no valor de R$100,00 no estabelecimento, e o valor de R$500,00 para a atendente. Maria, efetivamente, responde a processo crime onde lhe foi imputada a conduta descrita no art. 229 do CP. O Ministério Público arrolou o Padre José Roberto como testemunha da acusação e pretende ouvi-lo na AIJ, já que trata-se de testemunha com alto grau de idoneidade. Pergunta-se: Pode o magistrado obrigar o Padre a depor em juízo, sob pena de cometer o crime do art. 342 do CP? A prova produzida em juízo nesse caso seria considerada válida?
 A regra é todas as pessoas são obrigadas a depor, porem existem pessoas que são dispensadas (artigo 206, CPP) ou proibida (artigo 207, CPP), no caso concreto, o padre descobriu essa informação por meio do exercício do seu ministério e consequentemente ele se enquadraria nas hipóteses de proibição de prestar o seu depoimento. Entretanto se ele fosse desobrigado pela parte e quisesse depor, ele poderia depor e inclusive firmar o compromisso de dizer a verdade.
2. Letra E.
Caso Concreto 03.
1. O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4 anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP. Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos cabíveis ao caso.
 No caso em tela, não agiu corretamente o magistrado, mediante o fato novo, que surgiu durante a instrução probatória (grave ameaça), o juiz deveria ter dado prazo para o MP para modificar a denuncia. De modo que com a “mutatio libeli”, ao não fazer isso, a sentença não produzirá efeito, haja vista sua nulidade.
Caso Concreto 04.
1. Huguinho, Zezinho e Luizinho praticaram um roubo na Agência do Banco do Brasil, no centro do Rio de Janeiro. Os três comparsas, ao se evadirem do local, seguiram em direções diferentes. Luizinho foi alcançado pela polícia e preso em flagrante e encontra-se preso no Complexo de Bangu, na cidade do Rio. Os outros dois conseguiram escapar. Huguinho, para não ser encontrado vive se ocultando e Zezinho encontra-se em local incerto e não sabido. Ao receber a denúncia, o juiz da 10ª vara Criminal da Comarca do Rio de Janeiro, determinou, diante da situação descrita, que fosse realizada a citação por edital, de acordo com o art. 363, § 1º, CPP dos três acusados. Foi correta a decisão do magistrado? Justifique sua resposta.
 A citação por edital dos três é nula, em relação ao instituto da citação no âmbito do processo penal, é sabido que existam duas formas de realização; real ou pessoal e ficta ou edital, sendo a regra a citação pessoal. Sabendo disso, agiu equivocado o magistrado, que deveria realizar a citação pessoal a Luizinho, visto que ele está preso; além disso ordenar a citação por hora certa de Huguinho, uma vez que o mesmo tenta esquivar-se/ocultar-se. E por ultimo deveria, o juiz, ordenar que fossem expedidos ofícios a diversos órgãos da administração pública afim de encontrar o paradeiro de Zezinho e se restar infrutífera a citação deverá ser feita por edital.
Caso Concreto 05.
1. Marcílio responde a processo crime como incurso nas penas do art. 213 do CP pois, em tese, teria constrangido Lucilha, mediante emprego de arma de fogo, a manter com ele relações sexuais. O Juiz designou Audiência de Instrução e Julgamento onde ouviu primeiramente Gumercindo, testemunha arrolada pela defesa, uma vez que as testemunhas arroladas pelo MP ainda não tinham chegado ao Fórum. Posteriormente, o Magistrado ouviu as demais testemunhas da acusação e da defesa e, por fim, interrogou Marcilio. Perguntase: Você, Defensor Público, argüiria qual tese defensiva em favor do seu assistido Marcílio?
 Como Defensor Público, a tese mais adequada é exigir que a audiência seja anulada, visto que houve grave erro na mesma, a inquirição da testemunha deu-se de maneira a não respeitar a ordem obrigatória do artigo 400, CPP, interferindo no contraditório.
Caso Concreto 06.
1. Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu veículo pela pista de esquerda (pista de ultrpassagem), sendo certo que a sua frente estava o carro de Felizberto, septuagenário, que dirigia a aproximadamente 50 Km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de fazer a ultrapassagem. Quando Felizberto parou o seu carro em um sinal de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que ocorrera crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o oficial de justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362 do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em conformidade com o procedimento sumaríssimo?
 Sim, agiu corretamente o magistrado, ao orientar o oficial de justiça a proceder a citação por hora certa, imediatamente a tentativa de ocultação do autor do fato, conforme artigo 362 e 362, parágrafo único do CPP.

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