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INCLUSÃO SOCIAL
DESIGUALDADE DE GÊNERO: O MERCADO DE TRABALHO É MAIS UMA BARREIRA PARA MULHERES NEGRAS
Dêvide Alves dos Santos¹
OBJETIVO GERAL
Compreender possíveis causas que contribuem para justificar a menor inserção de mulheres, principalmente negras no mercado de trabalho.
1.1 Objetivos específicos
Investigar a historicidade dos fatos que levaram as mulheres a serem tidas como “inferiores”.
Apresentar o conceito dos Direitos Humanos, segundo a ONU.
Analisar dados que comprovem que mulheres, são acometidas pelo preconceito.
Apresentar variáveis como raça/cor e gênero ligadas ao desemprego de mulheres.
DESENVOLVIMENTO
Desde a antiguidade, ainda no século XIX e XX, a desigualdade era algo veementemente presente na sociedade. As mulheres eram alvo de preconceitos tanto de ordem racial quanto intelectual. Uma das justificativas até o início do século XX para não extensão às mulheres do direito de voto baseava-se na ideia de que possuíam um cérebro menor e menos desenvolvido que o dos homens (BARRETO, 2009.p 14). 
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Neste sentindo, entende-se que é salvo o direito de a mulher trabalhar e receber salários iguais aos dos homens, sem que haja distinção de raça/cor, gênero ou qualquer condição que as desqualifique pelo fato de serem mulheres. 
No entanto, no Brasil as desigualdades de gênero e raça são na maioria das vezes associados a “minorias”, mas pelo contrário, são problemas que dizem respeito às grandes maiorias da população: segundo os dados do Instituto Brasileiro de
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¹ Graduando em Negócios Imobiliários na Universidade Salvador (UNIFACS) EAD LAUREATE
Geografia e Estatística (IBGE) 2006, em pesquisa feita em regiões metropolitanas, as mulheres constituíam a maior parcela tanto da população em idade ativa preta ou parda (52,5%) quanto da população branca (53,9%). 
Dados secundários da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2003, apontam que as mulheres representam 43% da População Economicamente Ativa (PEA) no Brasil e os negros (de ambos os sexos) representam 46%. Somados, correspondem a aproximadamente 70% da PEA -60 milhões de pessoas (ABRAMO, 2006).
Por tanto, os dados supracitados indicam que mesmo as mulheres sendo maioria, elas ainda assim, são colocadas em situação de desvantagem quando se trata de inserção no mercado de trabalho, e com pesar,
as mulheres negras, correspondem a mais de 15 milhões de pessoas (18% da PEA) e, como resultado de uma dupla discriminação (de gênero e raça), apresentam uma situação de sistemática desvantagem em todos os principais indicadores sociais e de mercado de trabalho (ABRAMO, 2006)
Desta forma, as desigualdades tanto de gênero quanto de raça, correspondem ao eixo que estrutura a matriz de desigualdade social do país, que por sua vez, leva a situação de pobreza e exclusão social. Portanto, encarar essas desigualdades significa tratar de uma característica estrutural da sociedade brasileira e superar os déficits de trabalho atuais do Brasil, assim ajudaria a cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
CONCLUSÃO
A ascensão da mulher na sociedade, veem crescendo a passos lentos, porém constantes. Contudo, acredito que em termos de políticas públicas o Governo poderia adotar políticas de ação afirmativa (nas linhas de políticas de cotas) para mulheres negras. Essa medida poderia ser útil no combate à discriminação. Se a sociedade está restringindo o acesso dos negros à boa educação ou aos bons postos de trabalho, então cabe ao poder público garantir esse acesso, principalmente em termos educacionais (SOARES, 2000).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, A. et al. Gênero e Diversidade na Escola: formação de professoras/es em gênero, sexualidade, orientação sexual e relações étnico-raciais. Livro de conteúdo, 2009, Rio de janeiro, v.02, p. 267. Disponível em: <<http://estatico.cnpq.br/portal/premios/2014/ig/pdf/genero_diversidade_escola_2009.pdf>>.Acesso em: 28 mar. 2018.
ONU BR (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS). O que são os direitos humanos? Disponível em: <https://nacoesunidas.org/direitoshumanos/>. Acesso em: 28 mar. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). O mercado de trabalho segundo a cor ou raça. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/mercado_de_trabalho_cor_raca_06_pme.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2018.
ABRAMO, Laís. Desigualdades de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro. SCIELO, São Paulo, p. 1-2, mar. 2. Disponível em: <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252006000400020&script=sci_arttext>. Acesso em: 29 mar. 2018.
SOARES, Sergei Suarez Dillon. O Perfil da Discriminação no Mercado de Trabalho – Homens Negros, Mulheres Brancas e Mulheres Negras. In: Repositório IPEA, Brasília, n. 1, p. 1-28, nov./nov. undefined. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2295/1/TD_769.pdf>. Acesso em: 29 mar. 2018.

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