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A2 Direito Grego

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Bibliografia
Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
A boulé ou conselho dos quinhentos, era composta por cidadãos escolhidos por sorteio; em Atenas, cinquenta de cada tribo.
A boulé tinha por atribuição o cuidado das questões religiosas, financeiras, diplomáticas e militares; seus membros, ao assumir o cargo, deviam jurar fidelidade às leis da cidade, redigiam e preparavam decretos, enviando-os à assembleia popular para discussão e aprovação. 
Art. 59 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
A eclésia, ou assembleia popular, reunia cidadãos maiores de dezoito anos no pleno exercício de seus direitos políticos: aberta a todos que detivessem tais prerrogativas, possibilitava o concurso de centenas de membros, alternando-se a frequência de acordo com a importância da matériai e disponibilidade dos cidadãos.
Os assuntos englobavam matéria relativa à política externa, como tratados e alianças com cidades congêneres, recepção às embaixadas ou temas de gravidade e urgência, como a declaração de guerra. 
Em relação a administração interna, tratavam de assuntos como armazenamento dos produtos, tributos, confisco de bens, ostracismo por até 10 anos.
CC 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
A eclésia podia ainda aplicar o que se denominava atimia, uma sanção que se consubstanciava na perda total ou parcial dos direitos civis – a total dirigia-se aos condenados por crimes em geral, graves ou não, como por exemplo, o roubo, a corrupção, o falso testemunho ou até mesmo as vias de fato e a vadiagem ou ociosidade. Quando parcial, ficava reduzida à restrição que a sentença determinara. 
A atimia também era aplicada aos devedores do erário, atuando mais como coerção que pena, a princípio vigorava provisoriamente , até que solvido o pagamento, no entanto, persistindo a mora, convertia-se em definitiva, duplicando a dívida e executando-se o débito pelo confisco de bens. 
CC 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e ss..
 
Da Família à Cidade Estado
Desde os tempos mais remotos a família é o elemento constitutivo da cidade, que por sua vez, representa a “associação religiosa e política das famílias e das tribos”
Em um sentido restrito, a família grega era constituída pelo marido e pai, à mulher, filhos, agregados e, por fim, os escravos.
Em um sentido amplo, a família abrange todos os membros de um mesmo grupo, descendentes de um ancestral comum, longínquo, podendo mesmo ser mítico. 
A família no sentido amplo , atua tanto no sentido religioso, cultuando os antepassados e no político, na discussão e decisão de seus interesses cotidianos. 
Art. 226 CF/88
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
Por fim, tem-se o Elieu ou Tribunal dos heliastas, júri popular, composto de até 6000 cidadãos, escolhidos por sorteio, entre os que tivessem mais de 30 anos e se colocassem à disposição da cidade para exercer importantes funções. 
As decisões emanadas deste órgão, eram definitivas, por se constituírem a expressão da vontade e soberania popular e não admitiam recurso algum; sua jurisdição e competência estendiam-se tanto às causas públicas como às privadas.
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
A par destes tribunais, a organização judiciária compunha-se de inúmeros magistrados, com atribuições, resumidamente, assim eram enumeradas:
Os tesmotetas, cuja incumbência era a de promover a revisão das leis e presidir os pleitos que envolviam interesses de ordem pública;
Os eisagogueis, juízes para as causas comerciais que exigiam pronta solução, restrita aos meses em que o Mediterrâneo não ofereceria à navegação e à carga transportada, e ainda para outras querelas que podiam conhecer decisão mais rápida. 
Art. 5 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
Além dos já citados Magistrados, o demarca e o polemarca também exerciam importante função;
O demarca era o principal magistrado da demo, com a função, dentre outras, de zelar pelo cumprimento da justiça, em especial das sentenças proferidas nas questões postas entre as partes. 
Nota: Cada cidadão estava inscrito no registro de seu démo, de modo que era fácil localizá-lo, na hipótese de se pretender chamá-lo a juízo. 
Art. 5 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
Cidade Estado – Organização Administrativa e Judiciária
O polemarca era o juiz que atendia às causas em que pelo menos uma das partes não dispunha da condição cidadão livre, era estrangeiro. 
Art. 5 
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Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e
 Legado da Grécia
A forma tripartite de governo, isto é, a boulé – conselho dos quinhentos –, a Eclésia – assembléía popular - , o Elieu – tribunal dos heliastas –, que inspirariam o modelo tripartite do poder como conhecemos hoje, isto é, o executivo, o legislativo e o judiciário. 
A designação de juízes especiais para dirimir causas de natureza comercial, que exigiam deslinde mais célere, dada a possibilidade de agravamento do dano, na hipótese de retardo na solução do conflito. 
No direito privado, a contribuição grega persiste na denominação de alguns institutos e modo de agir, com por exemplo o ajuste voluntário na compra e venda, empréstimo, fiança, etc. denominado sinalagmático, expressão que até hoje se conserva com igual compreensão e significado. 
Art. 5 
Bibliografia
Luiz Carlos de Azevedo, Introdução à História do Direito, Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo , 2005, pag. 42 e ss.
anticrese
substantivo feminino
jur contrato em que o devedor entrega um imóvel ao credor, transferindo-lhe o direito de auferir os frutos e rendimentos desse mesmo imóvel para compensar a dívida; consignação de rendimento
 Legado da Grécia
Ainda no direito privado, destacam-se institutos como a anticrese em troca de compensação; a enfiteuse, a hipoteca.
Os bens parafernais, isto é, os bens trazidos pela mulher ao contrair matrimônio, e que se não confundem com os do dote. 
Independentemente da importância destes institutos supraexpostos, sem sombra de dúvida, o conceito de democracia, da representação proporcional, da tripartição do poder e o do revezamento dos seus dirigentes se constituem no mais importante legado dos gregos, pelos seus ideais de liberdade e igualdade. 
CC 
Bibliografia
Maluf, Sahid: Teoria Geral do Estado; atualizador Prof. Miguel Alfredo Maluf Neto – 32 ed. – São Paulo, Saraiva, 2016,pag. 208
Legado da Grécia
Aristóteles classificava as formas de governo em dois grupos: 
Os governos normais como sendo aqueles que têm por objetivo o bem da comunidade
Os governo anormais, como sendo aqueles que visam somente vantagens para os governantes. 
As formas normais de governo, ou formas puras, segundo Aristóteles, são as seguintes:
Monarquia – governo de uma só pessoa.
Aristocracia – governo de uma classe restrita
Democracia – governo de todos os cidadãos.
Bibliografia
Maluf, Sahid: Teoria Geral do Estado; atualizador Prof. Miguel Alfredo Maluf Neto – 32 ed. – São Paulo, Saraiva, 2016,pag. 208
Legado da Grécia
Emcontraposição as formas normais, as formas anormais de governo, ou formas degeneradas, segundo Aristóteles, são respectivamente as seguintes:
Tirania - – governo de uma só pessoa.
Oligarquia - governo de uma classe restrita
Demagogia - governo de todos os cidadãos
Para se saber se a forma do governo é normal ou anormal, o critério proposto por Aristóteles é essencialmente ético.
Como exemplo, se o monarca ou governantes atendem ao interesse geral, a forma de governo é normal; por outro lado, se procuram a satisfação dos seus próprios interesses e vantagens pessoais, a forma é anormal. 
Constituição Federal 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração.
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.
 § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.               (Regulamento)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.
 § 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos igualmente pelo homem e pela mulher.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato por mais de dois anos.
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.                 (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010)
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.                  Regulamento
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.
Constituição Federal 
 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
 III - a dignidade da pessoa humana;
 IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
 V - o pluralismo político.
 Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição
......
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
Constituição Federal 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Código Civil 
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:
I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão.
§ 1o  O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão.                 (Redação dada pela Lei nº 13.532, de 2017)
§ 2o  Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário.                 (Incluído pela Lei nº 13.532, de 2017)
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
DL
CF
Código Civil 
Art. 2.038. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, e leis posteriores.
§ 1o Nos aforamentos a que se refere este artigo é defeso:
I - cobrar laudêmio ou prestação análoga nas transmissões de bem aforado, sobre o valor das construções ou plantações;
II - constituir subenfiteuse.
§ 2o A enfiteuse dos terrenos de marinha e acrescidos regula-se por lei especial.
DL 3438 de 17 de Julho de 1941 
        Art. 13. Aprovada a concessão lavrar-se-á o contrato de constituição da enfiteuse, de acordo com a minuta que previamente for elaborada por procurador da Fazenda e aprovada pelo chefe do Serviço Regional.
        § 1º Constará especificadamente do contrato, alem dos elementos necessários à perfeita identificação do terreno:
        a) a importância anual do foro, que deverá ser paga adiantadamente até 31 de março de cada ano, sob pena de multa equivalente a 20% do valor da dívida;
        b) que o atraso no pagamento do foro por mais de 3 anos consecutivos importará na pena de comisso (art. 27);
        c) que o terreno não pode ser alienado sem prévia licença da Diretoria do Domínio da União (art. 24), sob pena de comisso;
        d) que se a Fazenda Nacional não comunicar ao foreiro no prazo de 30 dias que vai usar do direito de opção, cobrará o laudêmio de 5% sobre o preço da transferência ou sobre o valor do terreno e benfeitorias se com aquele não concordar;
        e) quaisquer outras obrigações a que tenha ficado subordinada a concessão do aforamento.
Código Civil de 1916 
Art. 278. É da essencial do regimen dotal descreverem-se e estimarem-se cada um de per si, na escritura antenupcial (art. 256), os bens, que constituem o dote, com expressa declaração de que a este regimen ficam sujeitos.
Art. 279. O dote pode ser constituído pela própria nubente, por qualquer dos seus ascendentes, ou por outro.
Parágrafo único. Na celebração do contrato intervirão sempre, em pessoa, ou por procurador, todos os interessados.
Art. 280. O dote pode compreender, no todo, ou em parte, os bens presentes e futuros da mulher.
Parágrafo único. Os bens futuros, porém, só se consideram compreendidos no dote, quando, adquiridos por titulo gratuito, assim for declarado em clausula expressa do pacto antenupcial.
Art. 281. Não é licito casados aumentar o dote.
Art. 282. O dote constituído por estranhos durante o matrimonio não altera, quanto aos outros bens, o regimen preestabelecido.
Código Civil de 1916 
Art. 283. É licito estipular na escritura antenupcial a reversão do dote ao dotador, dissolvida a sociedade conjugal.
Art. 284. Se o dote for prometido pelos pais conjuntamente, sem declaração da parte com que um e o outro contribuem, entende-se que cada um se obrigou por metade.
Art. 285. Quando o dote for constituído por qualquer outra pessoa, esta só responderá pela evicção se houver procedido de má fé, ou se a responsabilidade tiver sido estipulada.
Art. 286. Os fructos do dote são devidos desde a celebração do casamento e não se estipulou prazo. (Redação dada pelo Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 1919).
Art. 287. É permitido estipular no contrato dotal:
I. Quea mulher receba, diretamente, para suas despesas particulares, uma determinada parte dos rendimentos dos bens dotais.
II. Que, a par dos bens lotais, haja outros, submetidos a regimens diversos.
Parágrafo único. Em falta de expressa declaração quanto ao regimen dos bens extraditais, prevalecerá o da comunhão. (Suprimido pelo Decreto do Poder Legislativo nº 3.725, de 1919).
Art. 288. Aplica-se, no regimen dotal, aos adquiridos o disposto neste titulo, capitulo III (arts. 269 a 275).
Bibliografia
Azevedo, Luiz Carlos de, Introdução à História do Direito/Luiz Carlos de Azevedo – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005.

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