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Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Campinas – S.P. 2003 Instrumentação Instrumentação SENAI-SP, 2001 Trabalho elaborado pela Escola Senai “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Coordenação Geral Magno Diaz Gomes Equipe responsável Coordenação Luíz Zambon Neto Elaboração Edson Carretoni Júnior Conteúdo técnico Pedro Humberto Contieri Filho Moacir Domingos de Freitas Versão Preliminar SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI “Prof. Dr. Euryclides de Jesus Zerbini” Avenida da Saudade, 125, Bairro Ponte Preta CEP 13041-670 - Campinas, SP senaizer@sp.senai.br Instrumentação SENAI Sumário Unidade I Fundamentos de Instrumentação Unidade II Variáveis de Processo Pressão Unidade III Variáveis de Processo Nível Conceito e Finalidade Classes de Instrumentos Fluxogramas de Processo Terminologia Introdução aos Sistemas de Medição Sistemas de Unidades Hidrostática Pressão Atmosférica Pressão Absoluta e Relativa Densidade e Peso Específico dos Fluidos Tipos de Pressão Manômetros de Coluna de Líquido Manômetros de Tubo de Bourdon Manômetros de Diafragma Método para Ensaio de Manômetros Outros Sensores de Pressão Definição Medição Direta Medição Indireta Medição por Pressão Diferencial Medição Por Empuxo Medição por Radiação Medição por Capacitância Medição por Ultra-som Medição Descontínua 5 6 7 13 19 20 27 28 30 33 35 39 44 47 50 54 63 63 65 66 69 70 71 73 74 Instrumentação SENAI Unidade IV Variáveis de Processo Temperatura Unidade V Variáveis de Processo Vazão Termometria Escalas de Temperatura Medidores de Temperatura Termômetros de Dilatação Volumétrica Termômetros de Dilatação de Gás Termômetro a Tensão de Vapor Termômetro Bimetálico Termômetro de Resistência (termoresistência) Termistores Medidores de Temperatura por Termoresistência Termopares Leis da Termoeletricidade Compensação da Junta Fria Tipos de Termopares Proteção dos Termopares Fios e Cabos de Extensão e Compensação Erros de Ligação de Termopares Pirometria de Radiação Pirometria Ótica Medição de Vazão Conceitos Básicos Medidores de Deslocamento Positivo Medidores Deprimogênios Medidor de Área Variável Outros Medidores de Vazão Referências Bibliográficas 77 80 90 92 103 106 108 112 116 118 122 124 126 129 143 148 154 157 171 175 177 184 186 193 194 199 Instrumentação SENAI 5 Fundamentos da Instrumentação Conceito e Finalidade Nos últimos tempos, a necessidade do aumento de produção para atender a sempre crescente demanda e o baixo custo, a criação e fabricação de novos produtos, propiciou o aparecimento de um número cada vez maior de indústrias. Estas indústrias só puderam surgir devido ao Controle Automático de Processos Industriais, sem o qual a produção não seria de boa qualidade e mesmo alguns produtos não poderiam ser fabricados. O Controle Automático dos Processos Industriais é cada vez mais empregado por aumentar a produtividade, baixar os custos, eliminar erros que seriam provocados pelo elemento humano e manter automática e continuamente o balanço energético de um processo. Para poder controlar automaticamente um processo precisamos saber como está ele se comportando para poder corrigi-lo, fornecendo ou retirando dele alguma forma de energia, como por exemplo: pressão ou calor. Essa atividade de medir e comparar grandezas é feita por equipamentos ou instrumentos que veremos a seguir. Instrumentação: é a arte e a ciência que projeta, constrói, instala, opera e mantêm os instrumentos. Instrumentos: medem variáveis de processo. Em instrumentação, quando dizemos "medir" geralmente queremos dizer indicar, registrar, totalizar ou controlar. Instrumentação SENAI 6 Medida é o tipo mais comum de controle. Os instrumentos de controle industrial, trabalham só ou em combinação para sentir e controlar o trabalho das variáveis do processo. Os mostradores são os indicadores e registradores. Variáveis de Processos: são Fenômenos físicos que chamamos simplesmente variáveis, por exemplo: vazão, temperatura, pressão, nível, densidade, etc. Cada sistema de Instrumentos pode ser compreendido em termos do que ele faz, por exemplo: indicar temperatura ou totalizar vazão ou registrar pressão, ou controlar nível. Cada uma dessas questões é a base da descrição de sistema de instrumentos. Processo: operação ou série de operações no qual o valor de uma quantidade ou condição é controlada. Inclui todas variáveis das funções que, direta ou indiretamente, afetam o valor da Variável Controlada. ÁGUA FRIA ÁGUA QUENTE VAPOR CONDENSADO TT TIC PROCESSO CONTROLADOR ELEMENTO PRIMÁRIO TRANSMISSOR E.F.C. (VÁLVULA DE DIAFRAGMA) Classes de Instrumentos De um modo geral os elementos de controle são: Elemento Primário - componente que está em contato com a variável de processo e tem por função, transformá-la em uma grandeza mensurável por um mecanismo. Transmissor - instrumento que mede uma determinada variável, e envia um sinal proporcional a distância, a um indicador, registrador, controlador, etc. Instrumentação SENAI 7 Transdutor - termo aplicado ao instrumento que não trabalha com sinal na entrada e saída padrão. Como é possível observar o elemento primário, transmissor entre outros, podem ser considerados um transdutor, porém estes elementos possuem funções específicas com nomes específicos. Indicador - instrumento que nos fornece o valor de uma variável de processo, na forma de um ponteiro e uma escala, ou números, ou bargraph, etc... Registrador - instrumento que registra, o valor da variável de processo em uma carta gráfica, por meio de um traço contínuo ou pontos. Controlador - instrumento que tem por função, manter o valor da variável de processo, igual ao valor estabelecido em seu mecanismo, enviando um sinal de saída ao elemento final de controle. Conversor - instrumento que recebe e envia um sinal padrão em instrumentação, de grandezas diferentes. Relê De Computação - instrumento que recebe um ou mais sinais de outros instrumentos, realiza operações matemáticas, de lógica ou de seleção de sinais e envia o resultado a um instrumento. Elemento Final De Controle - dispositivo que está em contato direto com a variável manipulada, modificando-a em resposta a um sinal de comando. Fluxogramas de Processo Fluxogramas são as representações simbólicas do processo para fins de localização, identificação e análise do funcionamento de seus componentes. Os fluxogramas são desenhos esquemáticos sem escala que mostram toda a rede de tubulações e os diversos vasos, bombas, instrumentos e todo equipamento pertencente ao processo. Instrumentação SENAI 8 Nos fluxogramas de processo deve estar contido o seguinte. - As tubulações principais com indicação do fluido contido e do sentido do fluxo - As principais válvulas de bloqueio, regulagem, controle, segurança, alívio etc. - Todos os vasos (tanques, torres, tambores, reatores etc.) com indicação das características básicas, como tipo, dimensõesprincipais, temperatura e pressão de trabalho, número de bandejas etc. - Todos os equipamentos importantes (bombas, compressores, ejetores, filtros, trocadores de calor etc.) com indicação das características básicas, como vazão, temperatura, pressão, carga térmica etc. - Todos os instrumentos principais deverão estar indicados por sua simbologia e nomenclatura. Para todos os tipos usuais de vasos, equipamentos, válvulas, instrumentos etc., existem convenções de desenho, geralmente de acordo com as convenções da Sociedade de Instrumentos da América - ISA. Identificação e Símbolos de Instrumentos Norma S.5.1 As normas de instrumentação estabelecem símbolos gráficos e codificação para identificação alfanumérica de instrumentos ou funções programadas, que deverão ser utilizados nos diagramas de malhas de controle de projetos de instrumentação. Instrumentação SENAI 9 Para facilitar o entendimento do texto deste trabalho, mostra-se a seguir, a essência da norma S.5.1 ( Instrumentation Symbols and Indentification ) da Instrument Society of America (ISA). De acordo com esta norma, cada instrumento ou função programada será identificado por um conjunto de letras que classifica funcionalmente (Ver tabela.) é um conjunto de algarismos que indica a malha à qual o instrumento ou na função programada pertence. Eventualmente, para completar a identificação, poderá ser acrescido um sufixo. A figura mostra um exemplo de instrumento identificado de acordo com a norma em referência. T RC 210 2 A VARIÁVEL FUNÇÃO ÁREA DE ATIVIDADES NO SEQUENCIAL DA MALHA IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO FUNCIONAL DA MALHA IDENTIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS S U F I X O Exemplo de identificação de instrumento Onde: T - variável medida ou iniciadora: temperatura; R - função passiva ou de informação: registrador; C - função ativa ou de saída: controlador; 210 - área de atividades, onde o instrumento ou função programada atua; 02 - número seqüencial da malha; A – sufixo Instrumentação SENAI 10 1O GRUPO DE LETRAS 2O GRUPO DE LETRAS VARIÁVEL MEDIDA OU INDICADORA FUNÇÃO Letra 1a LETRA MODIFICADORA PASSIVA OU DE ATIVA OU DE SAÍDA MODIFICADORA INFORMAÇÃO A ANÁLISE ALARME B CHAMA C CONDUTIVIDADE CONTROLADOR ELÉTRICA D DENSIDADE DIFERENCIAL E TENSÃO SENSOR (ELEM. PRIMÁRIO) F VAZÃO RAZÃO G VISÃO DIRETA H MANUAL ALTO I CORRENTE ELÉTRICA INDICADOR J POTÊNCIA VARREDURA OU SELEÇÃO MANUAL K TEMPO OU TAXA DE VARIAÇÃO ESTAÇÃO DE TEMPORIZAÇÃO COM O TEMPO CONTROLE L NÍVEL LÂMPADA PILOTO BAIXO M UMIDADE INSTANTÂNEO MÉDIO OU INTERMEDIÁRIO N O ORIFÍCIO DE RESTRIÇÃO P PRESSÃO CONEXÃO PARA PONTO DE TESTE Q QUANTIDADE INTEGRAÇÃO OU TOTALIZAÇÃO R RADIAÇÃO REGISTRADOR S VELOCIDADE OU SEGURANÇA CHAVE FREQÜÊNCIA T TEMPERATURA TRANSMISSOR U MULTIVARIÁVEL MULTIFUNÇÃO V VIBRAÇÃO OU ANÁLISE VÁLVULA OU DEFLETOR MECÂNICA (DAMPER OU LOUVER) W PESO OU FORÇA POÇO OU PONTA DE PROVA X NÃO CLASSIFICADA EIXO DOS X NÃO CLASSIFICADA NÃO CLASSIFICADA NÃO CLASSIFICADA Y ESTADO, PRESENÇA EIXO DOS Y RELÊ, RELÊ DE OU SEQUÊNCIA DE COMPUTAÇÃO OU EVENTOS CONVERSOR, SOLENÓIDES Z POSIÇÃO OU EIXO DOS Z ACIONADOR OU ATUADOR DIMENSÃO P/ ELEMENTO FINAL DE CONTROLE NÃO CLASSIFICADO Instrumentação SENAI 11 LOCAÇÃO PRINCIPAL NORMALMENTE ACESSÍVEL AO OPERADOR INSTRUMENTOS DISCRETOS INSTRUMENTOS COMPARTILHADOS COMPUTADOR DE PROCESSO CONTROLADOR PROGRAMÁVEL MONTADO NO CAMPO LOCAÇÃO AUXILIAR NORMALMENTE ACESSÍVEL AO OPERADOR LOCAÇÃO AUXILIAR NORMALMENTE NÃO ACESSÍVEL AO OPERADOR TIPO LOCALIZAÇÃO SÍMBOLO SÍMBOLOFUNÇÃO SOMA MÉDIA SUBTRAÇÃO PROPORCIONAL INTEGRAL DERIVATIVO SELETOR DE SINAL ALTO SELETOR DE SINAL BAIXO POLARIZAÇÃO FUNÇÃO TEMPO FUNÇÃO MULTIPLICAÇÃO DIVISÃO EXTRAÇÃO DE RAIZ QUADRADA EXTRAÇÃO DE RAIZ EXPONENCIAÇÃO FUNÇÃO NÃO LINEAR LIMITE SUPERIOR LIMITE INFERIOR LIMITADOR DE SINAL CONVERSÃO DE SINAL Σ/x Σ OU + −OU Κ POU IOU > < + DOUddt x -: N xN f(x) > < >< n nf(t) Instrumentação SENAI 12 SUPRIMENTO OU IMPULSO * SINAL PNEUMÁTICO ** SINAL HIDRÁULICO SINAL ELETROMAGNÉTICO OU SÔNICO (TRANSMISSÃO GUIADA) *** SINAL BINÁRIO PNEUMÁTICO SINAL NÃO DEFINIDO SINAL ELÉTRICO TUBO CAPILAR SINAL ELETROMAGNÉTICO OU SÔNICO (TRANSMISSÃO NÃO GUIADA) *** SINAL BINÁRIO ELÉTRICO LIGAÇÃO CONFIGURADA INTERNAMENTE AO SISTEMA (LIGAÇÃO POR SOFTWARE) LIGAÇÃO MECÂNICA * As abreviações seguintes são sugeridas para denotar o tipo de alimentação. Essas designações também podem ser aplicadas para alimentação de fluido de purga. AS - Ar de alimentação IA - Ar de instrumento PA - Ar da planta Opcional ES - Alimentação elétrica GS - Alimentação de gás HS - Alimentação Hidráulica NS - Alimentação de Nitrogênio SS - Alimentação de vapor WS - Alimentação de água O nível de alimentação pode ser adicionado na linha de alimentação do instrumento, exemplo: AS-100 . ou ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DE 24 VOLTS CONTÍNUA. ** O símbolo de sinal pneumático aplica-se para qualquer gás de médio sinal. Se um outro gás é usado, este pode ser identificado por uma nota no símbolo do sinal ou de outra maneira. *** Fenômeno eletromagnético inclui aquecimento, ondas de rádio, radiação nuclear e luz. Instrumentação SENAI 13 Terminologia Erro: É a diferença entre o valor lido ou transmitido pelo instrumento, em relação ao valor real da variável medida. Se tivermos o processo em regime permanente, chamaremos de erro estático, que poderá ser positivo ou negativo, dependendo da indicação do instrumento, o qual poderá estar indicando a mais ou a menos. Quando tivermos a variável variando, teremos um atraso na transferência de energia do meio para o medidor. O valor medido estará geralmente atrasado em relação ao valor real da variável. Esta diferença entre o valor real e o valor medido é chamado de ERRO DINÂMICO. Quando a variável não estiver variando, podemos ter somente o ERRO ESTÁTICO. Quando a variável estiver variando, poderemos ter o ERRO DINÂMICO e o ERRO ESTÁTICO. valor indicado valor medido curva ideal erro Erro Absoluto - Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro convencional da grandeza medida. Erro Aleatório - Componente do erro de medição que varia de uma forma imprevisível quando se efetuam várias medições da mesma grandeza. Erro Sistemático - Componente do erro de medição que se mantém constante ou varia de forma previsível quando se efetuam várias medições de uma mesma grandeza. Os erros sistemáticos e suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Para um instrumento de medida ver "erro de justeza". Instrumentação SENAI 14 Valor Verdadeiro (de uma grandeza) - Valor que caracteriza uma grandeza perfeitamente definida nas condições existentes quando ela é considerada. O valor verdadeiro de uma grandeza é um conceito ideal e não pode ser conhecido exatamente. Valor Verdadeiro Convencional (de uma grandeza) - Valor de uma grandeza que para um determinado objetivo pode substituir o valor verdadeiro. Um valor verdadeiro convencional é, em geral, considerado como suficientemente próximo do valor verdadeiro para que adiferença seja insignificante para determinado objetivo. Quanto ao Instrumento de Medir Instrumento de Medir - Dispositivo destinado a fazer uma medição, sozinho ou em conjunto com outros equipamentos. Escala - Conjunto ordenado de marcas, associado a qualquer numeração, que faz parte de um dispositivo indicador. Valor de uma Divisão - Diferença entre os valores da escala correspondentes a duas marcas sucessivas. Ajuste (de um instrumento) - (calibração) Operação destinada a fazer com que um instrumento de medir tenha um funcionamento e justeza adequados à sua utilização. Calibração (de um instrumento) - (aferição) Conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões. O resultado de uma calibração permite tanto o estabelecimento dos valores do mensurando para as indicações, como a determinação das correções a serem aplicadas. Quando registrada em um documento, temos um certificado de calibração ou relatório de calibração. Quanto às Características dos Instrumentos de Medir Faixa Nominal - (faixa de medida , RANGE ) Conjunto de valores da grandeza medida que pode ser fornecido por um “instrumento de medir”, consideradas todas as suas faixas nominais de escala. A faixa nominal é expressa em unidades da grandeza Instrumentação SENAI 15 a medir, qualquer que seja a unidade marcada sobre a escala e é normalmente especificada por seus limites inferior e superior, como por exemplo 100°C a 200°C. Amplitude da Faixa Nominal - (alcance, SPAN) Módulo da diferença entre os dois limites de uma faixa nominal de um “instrumento de medir”. Exemplo: faixa nominal: -10 V a 10 V amplitude da faixa nominal: 20 V URL (Upper Range Limit) - Limite superior da faixa nominal - máximo valor de medida que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir. URV (Upper Range Value) - Valor superior da faixa nominal - máximo valor que pode ser indicado por um instrumento de medir. O URV ajustado num instrumento é sempre menor ou igual ao URL do instrumento. LRL (Lower Range Limit) - Limite inferior da faixa nominal - mínimo valor de medida que pode ser ajustado para a indicação de um instrumento de medir. LRV (Lower Range Value) - Valor inferior da faixa nominal - mínimo valor que pode ser indicado por um instrumento de medir. O LRV ajustado num instrumento é sempre maior ou igual ao LRL do instrumento. Condições de Referência - Condições de utilização de um instrumento de medir prescritas para ensaios de funcionamento ou para assegurar a validade na comparação de resultados de medição. Sensibilidade - Quociente da variação da resposta de um instrumento de medir pela variação correspondente do estímulo. A sensibilidade pode depender do estímulo. Limiar - Menor variação de um estímulo que provoca uma variação perceptível na resposta de um instrumento de medir. Exemplo: Se a menor variação da carga que provoca um deslocamento perceptível do ponteiro de uma balança é de 90 mg, então o limiar de mobilidade da balança é de 90 mg. Exatidão Podemos definir como sendo o maior valor de erro estático que um instrumento possa ter ao longo de sua faixa de trabalho. Podemos expressá-la de diversas maneiras: Instrumentação SENAI 16 Em porcentagem do alcance ( Span ) Um instrumento que possui um SPAN de 100ºC e está indicando 80ºC; sua precisão é de 0,5%. Portanto, sabemos que a temperatura estará entre 79,5ºC e 80,5ºC. Podemos ter também a precisão dada diretamente em unidades da variável. Ex.: Precisão de ± 2ºC. Em porcentagem do valor medido Ex.: Precisão de ± 1%. Para uma indicação de 80ºC teremos uma margem de ± 0,8ºC; para uma indicação de 40ºC teremos uma margem de ± 0,4ºC. Em porcentagem do valor máximo da escala do instrumento (porcentagem do fundo de escala). Ex.: Precisão de 1%. Range de 50 a 150ºC. A precisão será de ± 1,5ºC. Em porcentagem do comprimento da escala. Ex.: Se o comprimento da escala de um instrumento fosse de 30cm, com range de 50 a 150ºC e precisão de 1%, teríamos uma tolerância de ± 0,3cm na escala do instrumento. Podemos ter a precisão variando ao longo da escala de um instrumento, podendo o fabricante indicar seu valor em algumas faixas da escala do instrumento. Ex.: Um manômetro pode ter uma precisão de ± 1% em todo seu range e ter na faixa central de sua escala uma precisão de 0,5%. Resolução - Expressão quantitativa da aptidão de um instrumento de medir de distinguir valores muito próximos da grandeza a medir sem necessidade de interpolação. Estabilidade - Aptidão de um instrumento de medir em conservar constantes suas características metrológicas. É usual considerar a estabilidade em relação ao tempo. Em relação a outra grandeza é necessário especificá-la. Exatidão - Aptidão de um instrumento de medir para dar indicações próximas do valor verdadeiro de uma grandeza medida. Rastreabilidade - Propriedade de um resultado de medição que consiste em poder referenciar-se a padrões apropriados geralmente internacionais ou nacionais por meio de uma cadeia de comparações, segundo uma hierarquia metrológica. Instrumentação SENAI 17 Zona Morta - (banda morta, dead band) Intervalo dentro do qual um estímulo pode ser modificado sem produzir uma variação na resposta de um instrumento de medir. Ou seja, é a máxima variação que pode haver na grandeza medida sem provocar variação na indicação ou sinal de saída de um instrumento. Obs.: A zona morta é, algumas vezes, deliberadamente aumentada para reduzir as variações indesejáveis da resposta a pequenas variações do estímulo. Histerese - Propriedade de um instrumento de medir pela qual a resposta a um dado estímulo depende da seqüência dos estímulos precedentes. Num instrumento de medir, é o erro máximo apresentado pelo instrumento, para um mesmo valor, em qualquer ponto da faixa de trabalho, quando a variável percorre a escala nos sentidos ascendente ou descendente. Ex.: Num instrumento com range de - 50ºC a 100ºC e histerese de ± 0,3%. o erro será de 0,3% de 150ºC = ± 0,45ºC. Devemos destacar que o termo "zona morta" está incluído na histerese. curva ideal valor indicado ou sinal de saída variável medida as ce nd en te de sc en de nte MÁX MÍN Repetibilidade É a máxima diferença entre diversas medidas de um mesmo valor da variável, adotando sempre o mesmo sentido de variação. Expressa-se em porcentagem do SPAN, no instrumento. O termo repetibilidade não inclui a histerese. Instrumentação SENAI 18 curva ideal valor indicado ou sinal de saída variável medida as ce nd en te de sc en de nte MÁX MÍN Tempo de Resposta - Intervalo de tempo entre o instante em que um estímulo é submetido a uma variação brusca e o instante em que a resposta alcança seu valor final e nele permanece, dentro de limites especificados. Quanto aos Padrões Padrão - Medida materializada, instrumento de medir ou sistema de medição destinado a definir, realizar, conservar ou reproduzir uma unidade ou um ou vários valores conhecidos de uma grandeza a fim de transmiti-lo por comparação, a outros instrumentos de medir. Exemplos: a) padrão de massa: 1 kg; b) resistência padrão: 100 Ω; c) amperímetro padrão. Padrão Primário - Padrão que possui as mais altas qualidades metrológicas num campo específico. Esse conceito é válido tanto para unidades de base quanto para unidades derivadas. Padrão Secundário - Padrão cujo valor é determinado por comparação com um padrão primário. Padrão Internacional - Padrão reconhecido por um acordo internacional para servir internacionalmentede base no estabelecimento dos valores de todos os demais padrões da grandeza a que se refere. Padrão Nacional - Padrão reconhecido por uma decisão nacional oficial em país para servir de base no estabelecimento dos valores de todos os demais padrões da grandeza a que se refere. Instrumentação SENAI 19 Introdução aos Sistemas de Medição Grandezas - Grandeza é tudo aquilo que pode ser medido. As grandezas são atributos dos corpos ou das substâncias, representando uma característica de um elemento. Exemplo: • A temperatura da água; • A pressão do ar; • O volume de um reservatório; • A velocidade de um automóvel; • O comprimento de uma mesa. As grandezas podem ser escalares ou vetoriais. Grandeza Escalar - é a grandeza que necessita apenas de um número e uma unidade de medida para ser representada. A grandeza escalar é informada apenas pela quantidade de uma medida de referência. Por exemplo: Grandeza Número Unidade de medida Temperatura 30 graus Celsius Tempo 15 minutos Comprimento 25 metros Volume 8 litros Grandeza Vetorial - é a grandeza que para ser representada necessita mais do que um número e uma unidade de medida (para representar a intensidade). É necessário informar também a referência espacial na qual a grandeza foi medida. Desse modo, a grandeza vetorial é informada por sua intensidade, direção e sentido. Por exemplo: Grandeza Número Unidade de medida Direção Sentido Velocidade 50 quilômetro por hora horizontal para frente Força 10 newtons Vertical para baixo Instrumentação SENAI 20 Sistemas de Unidades É todo conjunto de unidades das grandezas que intervém no setor de ciência considerado. Existem sistemas de unidades mecânicas, termológicas, ópticas, elétricas, etc. Cada grandeza física liga-se a outras mediante uma definição ou uma Lei, (exemplo: sistemas CGS, MKS e FPS são base de comprimento, massa e tempo. Sistema MK*S são base de comprimento, força e tempo). Sistema Internacional MKS (metro, kilograma, segundo) - Unidades fundamentais comprimento: metro (m) massa: quilograma (kg) tempo: segundo (s) - Unidades derivadas Velocidade: m/s aceleração: m/s2 gravidade normal: 9,81 m/s2 força: kg.m/s2 trabalho: N.m (Joule) potência: J/s (Watt) pressão: N/m2 (Pascal) MTS (metro, tonelada, segundo) - Unidades fundamentais comprimento: metro (m) massa: tonelada (t) tempo: segundo (s) - Unidades derivadas velocidade, aceleração e gravidade normal são iguais ao sistema MKS. força: t.m/s2 (Steno: sth) trabalho: sth.m (kilojoule) potência: kj/s (kilowatt) pressão: sth/m2 (Piezo) Instrumentação SENAI 21 FPS (Foot, Pound, second) - Unidades fundamentais comprimento: pé (foot) massa: libra (pound) tempo: segundo (second) - Unidades derivadas velocidade: pé/s (ft/s) aceleração: pé/s2 gravidade: 32,17 pé/s2 força: lb.pé/s2 (pdl) trabalho: pdl.pé potência: pdl.pé/s pressão: pdl/pé2 CGS (centímetro, grama, segundo) - Unidades fundamentais comprimento: centímetro (cm) massa: grama (g) tempo: segundo (s) - Unidades derivadas Velocidade: cm/s aceleração: cm/s2 gravidade normal: 981 cm/s2 força: g.cm/s2 (dina) trabalho: dina.cm (erg) potência: erg/s pressão: dina/cm2 Instrumentação SENAI 22 SISTEMAS GRANDEZAS DEFINIÇÃO USUAL DIMEN- SÃO FÍSICO (CGS) DECIMAL (MKS) SI TÉCNICO (MK*S) PRÁTICO INGLÊS (FPS) INGLÊS (FP*S) MTS Comprimento B Á L L cm m m ft ft m Massa S I C M M g kg UTM pd pd ton Tempo A S t T s s s s s s Superfície A / S L2 cm2 m2 m2 ft2 ft2 m2 Volume V L3 cm3 m3 m3 ft3 ft3 m3 Velocidade D E R v L.T -1 cm / s m / s m / s ft / s ft / s m / s Aceleração I V A a L.T - 2 cm / s2 m / s2 m / s2 ft / s2 ft / s2 m / s2 Força D A S F M.L.T - 2 g.cm / s2 ( dyn ) kg.m / s2 ( N ) utm.m / s2 ( kgf ) pd.ft / s2 ( pdl ) pd ft s . . ,32 17 2 ( lbf ) ton.m / s2 ( sth ) Trabalho τ M.L2 .T- 2 g.cm2 / s2 ( erg ) kg.m2/s2 ( J ) utm.m2/s2 ( kgm ) pd.ft2 / s2 pd ft s . . ,2 2 3217 ton.m2 / s2 Potência W M.L2 .T - 3 erg / s J / s ( W ) kgm / s pd.ft2 / s3 pd ft s . . ,32 17 3 kJ / s Pressão p M.L-1 .T - 2 dyn / cm2 ( bária ) N / m2 (Pascal) kgf / m2 pdl / ft2 lbf / ft2 sth / m2 (piezo) Instrumentação SENAI 23 LEGENDA - FORÇA: - PRESSÃO: - MASSA: N - Newton = 1 kg.m / s2 Pa - pascal = N / m2 lb - libra = pd - pound dyn - dina = 1 g.1 cm / s2 bária = dyn / cm2 UTM kgf = 1kg. 9,80665 m / s2 ( a ) psi - pound square inch = lbf / pol2 Unid.Téc.de Massa kgf = 1 UTM. 1 m / s2 psig - pound squre inch gauge = psi ton - tonelada sth - steno = 1 ton.m / s2 mmHg = torr ( torricelli ) g - grama lbf = 1 lb. 32,17562 pé / s2 mca - metro de coluna de água pdl - poundal = 1 lbf. 32,17562 pé / s2 piezo = sth / m2 - COMPRIMENTO: - TRABALHO: - POTÊNCIA: inch = in. = pol. = “ = polegada kgm - kilogrâmetro W - watt = J / ft - feet = pé J - Joule - ACELERAÇÃO NORMAL DA GRAVIDADE: g = 9,80665 m / s2 (Latitude 45° e ao nível do mar) g = 32,17562 pé / s2 TABELAS DE CONVERSÃO FORÇA DE↓ PARA → kgf N lbf dyn sth pdl kgf 1 9,80665 2,205 9,807.10 5 9,807.10 3 70,921985 N 0,101971 1 0,22484 10 5 10 -3 7,2320297 lbf 0,4535 4,44746 1 4,447.105 4,447.10 -3 32,17032 dyn 1,019.10 -6 10 -5 2,248.10 -6 1 10 -8 7,233.10 -5 sth 101,971 10 3 224,839 10 8 1 7231,7716 pdl 1,41.10 -2 0,138273 3,108.10 -2 1,3826.10 4 1,365.10 -4 1 MASSA DE↓ PARA → kg g lb UTM ton kg 1 1000 2,205 0,101971 10 -3 g 10 -3 1 2,205.10 -3 1,01971.10 -4 10 -6 lb 0,4535147 453,5147 1 4,625.10 -2 4,536.10 -4 UTM 9,80665 9806,65 21,623 1 9,80665.10 -3 ton 10 3 10 6 2,205.10 3 101,971 1 Instrumentação SENAI 24 COMPRIMENTO DE↓ PARA → m cm mm pé ( ft ) in. M 1 100 1000 3,281 39,37 Cm 10 -2 1 10 3,281.10 -2 0,3937 Mm 10 -3 0,1 1 3,281.10 -3 3,937.10 -2 pé ( ft ) 0,3048 30,48 304,8 1 12 in. 2,54.10 -2 2,54 25,4 8,33.10 -2 1 ÁREADE↓ PARA → m 2 cm 2 mm 2 pé 2 in 2 m 2 1 10 4 10 6 10,7649 1549,99 cm 2 10 -4 1 100 1,076.10 -2 0,154999 mm 2 10 -6 10 -2 1 1,076.10 -5 1,549.10-3 pé 2 9,29.10-2 929,0304 9,2903.10 4 1 144 in 2 6,451.10 -4 6,4516 645,16 6,944.10 -3 1 Definição das Unidades O Sistema Internacional de Unidades, abreviação SI, é o sistema desenvolvido na conferência geral de pesos e medidas e é adotado em quase todas as nações industrializadas do mundo. METRO: é o comprimento igual a 1.650.763,73 comprimentos de onda no vácuo de radiação, correspondente à transição entre os níveis 2p10 e 5d5 do átomo de Criptônio - 86. SEGUNDO: é a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de Césio - 133. QUILOGRAMA: é a unidade de massa. NEWTON: é a força que dá a um corpo de quilograma de massa, a aceleração de um metro por segundo ao quadrado. WATT: é a potência que dá origem à produção de energia na taxa de um joule por segundo. JOULE: é o trabalho realizado quando o ponto de aplicação de uma força igual a um Newton desloca-se de um metro na direção da força. Instrumentação SENAI 25 Área e volume Área A= b.h (retângulo) A= π.r2 ou A = •π d 2 4 (círculo) A= L2 (quadrado) Volume V= π.r2.h (cilindro V=A.h) V= a3 (cubo) V= a.b.h (prisma de base retangular) V = •D 3 6 π (esfera) Instrumentação SENAI 27 Pressão Hidrostática A hidrostática estuda as propriedades dos fluidos em repouso. A hidrodinâmica estuda os fluidos em movimento. Fluído é uma substância que pode escoar e, dessa forma, o termo inclui líquidos, gases e vapores, que se diferenciam profundamente quanto à compressibilidade: um gás ou um vapor podem ser facilmente comprimidos, enquanto os líquidos são praticamente incompressíveis. Portanto, as principais características dos líquidos são: a) não possuem forma própria; b) são incompressíveis. Conceito e definição de pressão Quando uma força é aplicada de forma distribuída sobre uma superfície, dizemos que existe uma pressão exercida nessa superfície. A pressão p exercida sobre uma superfície é igual ao quociente da força F aplicada perpendicularmente a área A da superfície: F A Fp = Instrumentação SENAI 28 Caso a força aplicada não seja perpendicular a superfície, é preciso calcular a força equivalente FP aplicada perpendicularmente. FP será igual ao produto da força F pelo seno do ângulo de inclinação θ entre a superfície e a direção da força F aplicada, ou seja: FP = F.senθ. Portanto, a fórmula para calcular a pressão nesse caso é: A pressão de um líquido ou um gás sobre uma superfície é a força que este fluido exerce perpendicularmente sobre a unidade de área dessa superfície. Pressão Atmosférica Imaginando, por exemplo, um mergulhador a uma dada profundidade, a pressão exercida pela água sobre ele é a mesma seja qual for a direção em que nade. Entretanto, se ele mergulhar mais fundo, seu corpo sofrerá uma compressão maior porque aumenta o peso da coluna de água acima dele. A palavra atmosfera designa a camada gasosa que envolve o globo terrestre. Considerando que o globo é envolvido por uma camada de ar com uma espessura considerável de 50km, podemos afirmar que vivemos submersos em um fluido que exerce uma força em toda superfície da terra. Esta pressão é chamada de pressão atmosférica ou barométrica. A pressão atmosférica normal, medida ao nível do mar a uma latitude de 45° sob a ação de uma aceleração da gravidade de 9,80665 m/s2, é a pressão capaz de equilibrar uma coluna de mercúrio de 760 mm, quando o mercúrio está a uma temperatura de 0°C. Medição da Pressão Atmosférica Em 1643, Torricelli inventou o primeiro barômetro, que permitiu medir a pressão exercida sobre a terra pelas camadas gasosas que a envolvem. F θ FP A senFp θ⋅= Instrumentação SENAI 29 Para realizar esse aparelho, usa-se um tubo de vidro (figura) com o comprimento em torno de 90cm, fechado em uma das extremidades. O tubo deve ser lavado com ácido e secado em vácuo, após o que, é cheio de mercúrio puro e seco. h m m H g ESCALA A B Princípio do Barômetro de Mercúrio Emborcando o tubo de vidro, com o polegar obstruindo a extremidade aberta, e colocando-o num vasilhame contendo mercúrio puro, nota-se que o mercúrio desce no tubo e se estabiliza a uma certa altura. Através de uma régua graduada em milímetros, tendo a parte inferior pontiaguda tocando na superfície do mercúrio contido no vasilhame, mede-se a pressão atmosférica em milímetros de mercúrio. As pressões exercidas em A e B são iguais, pois estão no mesmo nível, no mercúrio. A pressão em A é a pressão atmosférica; a pressão em B é a pressão da coluna de mercúrio. Desde que as pressões em A e B são iguais, a pressão atmosférica é igual à pressão exercida pela coluna de mercúrio. Ao lado do barômetro, coloca-se um termômetro para eliminar o erro devido à dilatação do mercúrio sob a ação da leitura exata. É necessário conhecer outras influências de ordem local, tais como latitude, altitude e aquela própria de cada instrumento, proveniente da depressão capilar. Unidades de Medida de Pressão Basicamente, a unidade de medida de pressão será uma unidade de força sobre uma unidade de área. Desse modo, podemos ter: • N/m2 (newton por metro quadrado), chamada de pascal [Pa]; 1 N/m2 = 1Pa; • Múltiplos do pascal, como kPa (quilopascal) e MPa (megapascal); • kgf/cm2 (quilograma força por centímetro quadrado); • kgf/m2 (quilograma força por metro quadrado); Instrumentação SENAI 30 • lbf/pol2 (libra força por polegada quadrada) = psi (Pound Square Inch); • dyn/cm2 (dina por centímetro quadrado), chamada de bária; • Bar, equivalente a 106 bárias. No entanto, a pressão pode ser medida pela altura de uma coluna de líquido necessária para equilibrar a pressão aplicada. Dessa forma, podemos ter: • mmHg (milímetros de mercúrio); • cmHg (centímetros de mercúrio); • inHg (polegadas de mercúrio); • péHg (pés de mercúrio); • mmca (milímetros de coluna de água); • mca (metros de coluna de água); • inca (polegadas de coluna de água). A pressão também pode ser medida tomando-se como referência a pressão atmosférica, onde uma atmosfera (1atm) equivale a pressão atmosférica ao nível do mar na latitude 45°. Pressão Absoluta e Relativa Pressão Efetiva ou Pressão Relativa ou Pressão Manométrica É a pressão medida em relação à pressão atmosférica existente no local, podendo ser positiva ou negativa. A pressão efetiva recebe ainda o nome de pressão relativa ou pressão manométrica. Quando se fala em pressão relativa ou efetiva, subentende- se que a pressão é medida tomando-se por referência a pressão atmosférica; e o VÁCUO, como sendo uma pressão negativa em relação à pressão atmosférica. Quando aplicamos uma pressão de 20psi no pneu de um automóvel, chamamos essa pressão de relativa, porque ela é medida em relação à pressão atmosférica. Esvaziando o pneu, teremos, no mesmo, a pressão atmosférica, isto é, zero de pressão relativa ou efetiva. Convencionou-se que toda medição de pressão indique simplesmente o seu valor, ficando implícito que se trata de relativa. Pressão Absoluta É a pressão medida a partir do vácuo perfeito, ou seja, a partir do zero absoluto de pressão. Para se diferenciar a unidade de medida de pressão absoluta, adiciona-se um índice "a" ou "ABS" a unidade de medida de pressão. Exemplo; Instrumentação SENAI 31 Pressão relativa: 2 atm, 5 psi, 14 kgf/cm2 Pressão absoluta: 2 atma, 5 psia, 14 kgf/cm2a, 25 BarABS DiagramaComparativo entre as Escalas Relativa e Absoluta O diagrama a seguir mostra claramente que, para cada pressão, podem ser atribuídas duas medidas diferentes, dependendo da escala escolhida. A pressão absoluta é a soma da pressão relativa com uma pressão equivalente a 1 atm, ou seja: pABS = pREL + 1 atm Exemplos: 3 atma = 2atm + 1atm 54,697 psia = 40psi + 14,697 psi , pois 1atm = 14,697 psi O que é importante observar é que, na escala relativa, poderemos ter pressões negativas, isto é, inferiores à pressão atmosférica. Tais pressões como vimos, chamaremos de vácuo. Nunca teremos, porém, pressões absolutas negativas, pois a menor pressão absoluta que se pode alcançar é o zero absoluto, indicador do vácuo perfeito. Escala de Pressão Absoluta Escala de Pressão Relativa 0 psia = 0 atma 14,697 psia = 1 atma -14,697 psi = -1 atm 0 psi = 0 atm 29,394 psia = 2 atma 14,697 psi = 1 atm região de pressão positiva região de pressão negativa ou vácuo pressão atmosférica ao nível do mar zero absoluto de pressão Instrumentação SENAI 32 TABELA DE FATORES DE CONVERSÃO DE PRESSÃO kg f/c m ² 1, 01 97 2 x 10 -5 1, 01 97 2 x 10 -2 10 -1 10 -4 2, 54 00 0 x 10 -3 1, 01 97 2 1, 35 95 1 x 10 -3 3, 45 31 5 x 10 -2 1, 03 32 3 7, 03 07 0 x 10 -2 1 ps i 1, 45 03 8 x 10 -4 1, 45 03 8 x 10 -1 1, 42 23 3 1, 42 23 3 x 10 -3 3, 61 27 3 x 10 -2 1, 45 03 8 x 10 1 1, 93 36 7 x 10 -2 4, 91 15 3 x 10 -1 1, 46 95 9 x 10 1 1 1, 42 23 3 x 10 1 at m 9, 86 92 5 x 10 -6 9, 86 92 5 x 10 -3 9, 67 84 2 x 10 -2 9, 67 84 2 x 10 -5 2, 45 83 2 x 10 -3 9, 86 92 5 x 10 -1 1, 31 57 9 x 10 -3 3, 34 21 1 x 10 -2 1 6, 80 46 1 x 10 -2 9, 67 84 2 x 10 -1 in Hg 2, 95 30 0 x 10 -4 2, 95 30 0 x 10 -1 2, 89 59 0 2, 89 59 0 x 10 -3 7, 35 56 0 x 10 -2 2, 95 30 1 x 10 1 3, 93 70 1 x 10 -2 1 2, 99 21 3 x 10 1 2, 03 60 2 2, 89 59 1 x 10 1 m m Hg 7, 50 06 3 x 10 -3 7, 50 06 3 7, 35 56 0 x 10 1 7, 35 56 0 x 10 -2 1, 86 83 2 7, 50 06 3 x 10 2 1 2, 54 00 0 x 10 1 76 0 5, 17 15 0 x 10 1 7, 35 56 0 x 10 2 Ba r 10 -5 10 -2 9, 80 66 5 x 10 -2 9, 80 66 5 x 10 -5 2, 49 08 9 x 10 -3 1 1, 33 32 2 x 10 -3 3, 38 63 8 x 10 -2 1, 01 32 5 6, 89 47 6 x 10 -2 9, 80 66 5 x 10 -1 in ca 4, 01 46 3 x 10 -3 4, 01 46 3 3, 93 70 1 x 10 1 3, 93 70 1 x 10 -2 1 4, 01 46 3 x 10 2 5, 35 23 9 x 10 -1 1, 35 95 1 x 10 1 4, 06 78 2 x 10 2 2, 76 79 9 x 10 1 3, 93 70 1 x 10 2 m m ca 1, 01 97 2 x 10 -1 1, 01 97 2 x 10 2 10 3 1 2, 54 00 0 x 10 1 1, 01 97 2 x 10 4 1, 35 95 1 x 10 1 3, 45 31 6 x 10 2 1, 03 32 3 x 10 4 7, 03 07 0 x 10 2 10 4 m ca 1, 01 97 2 x 10 -4 1, 01 97 2 x 10 -1 1 10 -3 2, 54 00 0 x 10 -2 1, 01 97 2 x 10 1 1, 35 95 1 x 10 -2 3, 45 31 6 x 10 -1 1, 03 32 3 x 10 1 7, 03 07 0 x 10 -1 10 kP a 10 -3 1 9, 80 66 5 9, 80 66 5 x 10 -3 2, 49 08 9 x 10 -1 10 2 1, 33 32 2 x 10 -1 3, 38 63 8 1, 01 32 5 x 10 2 6, 89 47 6 9, 80 66 5 x 10 1 Pa 1 10 3 9, 80 66 5 x 10 3 9, 80 66 5 2, 49 08 9 x 10 2 10 5 1, 33 32 2 x 10 2 3, 38 63 8 x 10 3 1, 01 32 5 x 10 5 6, 89 47 6 x 10 3 9, 80 66 5 x 10 4 DE ↓ P AR A → Pa kP a m ca (4 °C ) m m ca (4 °C ) in ca (4 °C ) Ba r m m Hg ( 0° C ) in Hg ( 0° C ) at m ps i kg f/c m ² Condições de Referência: 1 atm = 760 mmHg (0°C) ao nível do mar e a latitude de 45° g = 9,80665 m/s2 γHg (0°C) = 13595,08 kgf/m3 γH2O (4°C) = 1000 kgf/m3 1 libra = 0,4535924 kg Instrumentação SENAI 33 Densidade e Peso Específico dos Fluidos Densidade Absoluta ou Massa Específica Massa Específica ou Densidade Absoluta é a massa contida numa unidade de volume do fluido. onde: ρ : massa específica (rô - letra grega minúscula) m: massa V: volume As unidades principais da massa específica são: - CGS: g/cm3 - MKS: kg/m3 Peso específico Peso específico de um líquido é o peso da unidade de volume desse líquido. onde: γ : peso específico (gama - letra graga minúscula) P: peso (força peso) V: volume P=mg (definição de peso, onde m é a massa do corpo e g é a aceleração da gravidade) As unidades principais do peso específico são: - CGS: dina/cm3 - MKS:N/m3 - MK*S: kgf/m3 Relação entre massa específica e peso específico Sabemos que : V m = ρ (definição de massa específica) V P = γ (definição de peso específico) =γ V P = = V g).(m ⇒g. V m g. = ργ V m = ρ V P = γ Instrumentação SENAI 34 Densidade Relativa A densidade relativa de um líquido é a comparação que se faz entre o peso deste líquido e o peso de igual volume de água destilada a 4ºC. A densidade é adimensional, ou seja, não apresenta unidade de medida. A densidade relativa indicada por "dr", podendo também ser definida como a razão entre as massas específicas. agua) da específica (massa corpo) do específica (massa = dr ou agua) da específico (peso ) corpo do específico (peso = dr Exemplos: Calcule a densidade relativa e a massa específica da glicerina, sabendo que seu peso específico vale 1280 kgf/cm3. γglicerina=1280 kgf/cm3;ρglicerina=1280 kg/cm3; 28,1 cm/kg1000 cm/kg1280 = rd 3 3 O2H glicerina ==ρ ρ Ou seja, a glicerina é 1,28 vezes mais densa que a água destilada a 4°C. A densidade do mercúrio é 13,6 , isto significa que um certo volume de mercúrio é 13,6 vezes mais pesado que o igual volume de água destilada a 4ºC. Influência da Temperatura A variação de temperatura provoca alterações no volume dos fluidos, fazendo com que uma dada unidade de volume apresente diferentes massa de fluido em diferentes temperaturas. Portanto, a massa específica, o peso específico e a densidade relativa variam com mudança de temperatura do fluido. Tabela de massa específica para água, mercúrio e álcool etílico MASSA ESPECÍFICA (ρ) - kg / m3 Temperatura ( °C ) Água ( H2O ) Mercúrio ( Hg ) Álcool Etílico (96%) 0 999,78 13595,08 -- 4 1000 13585,17 -- 10 999,75 13570,33 809,91 15,56 999,08 13556,61 -- 20 998,28 13545,68 801,38 25 997,12 13533,38 797,06 Instrumentação SENAI 35 Peso específico de alguns líquidos Líquido γ(kgf/m3) Líquido γ(kgf/m3) Ácido clorídrico 1190 Éter etílico 0ºC 740 Ácido nítrico 1520 Glicerina 1280 Ácido sulfúrico 1850 Gasolina (15ºC) 680 a 760 Acetona (20ºc) 790 Leite (15ºC) 1030 Álcool Etílico (15ºC) 790 Mercúrio (15ºC) 13600 álcool metílico (4ºC) 810 Óleo de oliva 910 água destilada (4ºC) 1000 Óleo lubrificante 900 a 930 Água do mar 1027 Óleo de cânfora 910 Águas residuais 1001 a 1005 Óleo de algodão (15ºC) 920 Azeite 840 a 941 Óleo de rícino 970 Resina (0ºC) 900 Petróleo (20ºC) 930 Clorofórmio 1520 Querosene 790 a 820 Cerveja 1020 a 1040 Vinho 2450 a 2650 Essência de terebintina 870 ---------------------- --------------------- Tipos de Pressão Toda vez que tivermos um fluido escoando em um duto, devido à ação de um ventilador, bomba, exaustor etc., devemos considerar três tipos de pressão: Pressão Estática É o peso por unidade de área exercido por um fluido em repouso ou que esteja fluindo perpendicularmente à tomada de impulso. Instrumentação SENAI 36 6 m dr = 0,8 Fluido em Repouso FLUXO Fluido em Movimento Pressão Dinâmica ou Cinética É a pressão exercida por um fluido em movimento. É medida fazendo a tomada de impulso de tal forma que recebe o impacto do fluxo. A expressão resultante da força viva do fluido pode ser calculada pela fórmula: Pd V N m= =ρ 2 22 Pd V g kgf m= =γ 2 22 Pd = pressão dinâmica Instrumentação SENAI 37 ρ = massa específica do fluido V = velocidade do fluido ϒ = peso específico do fluido g = aceleração da gravidade Pressão Total É a soma das pressões estática e dinâmica. O instrumento que mede as pressões estática, dinâmica e total é o tubo de Pitot. FLUXO 2 1 0 1 2 2 1 0 1 2 2 1 0 1 2 PRESSÃO ESTÁTICA PRESSÃO DINÂMICA PRESSÃO TOTAL Pressão Estática, Dinâmica e Total Pressão Diferencial É a diferença entre duas pressões, também chamada de ∆p (delta p). A diferença entre duas pressões p1 e p2 equivale à pressão diferencial ∆p: 21 ppp −=∆ Criando-se um obstáculo à passagem do fluido, pode-se obter um diferencial de pressão. Instrumentação SENAI 38 FLUXO OBSTÁCULO:PLACA DE ORIFÍCIO JUSANTEMONTANTE P1 P2 Pressão Diferencial em uma Restrição No caso da figura anterior, existe uma diferença entre a pressão na entrada da placa de orifício e a pressão na saída. Já no exemplo que se segue, tem-se o ∆p obtido da diferença entre dois pontos tomados em um tanque. 10 m dr = 1 P = 5kgf/cm 2 Pressão Diferencial em um Reservatório SENAI 39 Manômetros O instrumento mais simples para se medir pressão é o manômetro, que pode ter vários elementos sensíveis e que podem ser utilizados também por transmissores e controladores. Manômetros de Coluna de Líquido Um manômetro de coluna de líquido é constituído por um tubo de vidro, de seção circular e uniforme, contendo um líquido de densidade conhecida. A coluna se apresenta sempre associada a uma escala, cuja graduação aparece em milímetros em milésimos de polegada. Tipos: Existem três tipos de colunas: - coluna em "U" - coluna reta - coluna inclinada Os manômetros de coluna podem ser utilizados para medir pressão posistiva, pressão negativa (vácuo) ou pressão diferencial. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 SUPORTE TUBO DE VIDRO ESCALA LÍQUIDO Manômetro de Coluna em U SENAI 40 Princípio de Funcionamento Teorema de Stevin Enunciado do Teorema do Stevin: "Á diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é igual ao produto do peso específico do fluido pela diferença de cota entre os dois pontos". h.p γ=∆ Segue então que todos os pontos situados na profundidade "h", em um recipiente, estão submetidos a uma igual pressão. Temos então planos paralelos na superfície livre do líquido, cujos pontos têm, todos, a mesma pressão. Consideremos os tanques abaixo cheios de água: 2m2m 2m 0,5m 0,5m 1m 1m 2m 2m Volume do tanque A = 2m3 Volume do tanque B = 1m3 Volume do tanque c = 4m3 Peso da água no tanque A: kgf2000m2 m kgf1000 3 3 =• Peso da água no tanque B: kgf1000m1 m kgf1000 3 3 =• SENAI 41 Peso da água no tanque C: kgf4000m4 m kgf1000 3 3 =• Pressão no fundo dos tanques: Pressão A p= Tanque A: 22A m kgf2000 m1 kgf2000p == Tanque B: 22B m kgf2000 m5,0 kgf1000p == Tanque C: 22C m kgf2000 m2 kgf4000p == Conclui-se, portanto, que a pressão no fundo dos tanques possui o mesmo valor. Em seguida, temos a demonstração matemática do conceito do Teorema de Stevin: Pressão = A p Área Peso Área çaFor == Peso = Peso específico . volume = γ . V Então: A V A Pp •γ== Mas, V = área . altura = A . h, resultando: h A hAP •γ=••γ= Pressão no fundo do tanque = h.γ Conclui-se, portanto, que a pressão no fundo dos tanques possui o mesmo valor. Esta expressão é chamada de carga de pressão, sendo dada pelo Teorema de Stevin. SENAI 42 A expressão h.p γ= é muito importante em instrumentação, na medição de nível de tanques. Ela simplifica os cálculos, porque, para determinar-se a pressão, basta apenas o peso específico do líquido e da altura da coluna líquida. Uma variação do Teorema de Stevin é a seguinte: hdrp ⋅=∆ onde: dr é a densidade relativa. No entanto, a unidade de medida de pressão quando se usa essa fómula é a unidade de medida da altura h em coluna de água (ca), independente do líquido ou do valor de seu peso específico. Ou seja: Se h for em metros, a unidade de pressão será metro de coluna de água (mca); se h for em polegadas, a unidade de pressão será a polegade de coluna de água (inca). Manômetro de Coluna em U A pressão medida em um manômetro de coluna em U é dada pelo Teorema de Stevin: 21 ppp −=∆ e h.p γ=∆ portanto: h.pp 21 γ=− Se p1 for igual a p2, então ∆p = 0 e o nível nos dois ramos da coluna será o mesmo. Quando p1 for diferente de p2, então o nível nos dois ramos da coluna será diferente. Como os diâmetros dos ramos da coluna são iguais, o volume de líquido que sai de um ramo é igual ao volume de líquido que entra no outro ramo, de modo que a variação do nível num dos ramos da coluna é proporcional ao ∆p aplicado à coluna. Isto permite que uma escala seja montada para medir a pressão na coluna diretamente por meio da variação de nível emapenas um dos ramos, não sendo necessário medir a altura entre os níveis nos dois ramos. Se o peso específico do líquido for constante, então a pressão medida será diretamente proporcional à SENAI 43 variação do nível do líquido num dos ramos, o que permite que a escala da coluna seja graduada em unidades de pressão, possibilitando a leitura direta da pressão medida, sem a necessidade de se fazer cálculos para se obter a pressão. O zero da escala de pressão assim construída será o ponto onde os niveis nos ramos sejam iguais. A pressão medida diretamente por meio da variação do nível em um único ramo de uma coluna em U com ramos de mesmo diâmetro é dada por: x..2pp 21 γ=− , onde x é o nível de um dos ramos da coluna. Manômetro de Coluna Reta Nesse manômetro, os ramos da coluna possuem diâmetros diferentes, e o ramo maior, onde se faz a leitura do nível, normalmente é aberto para a atmosfera, enquanto que a pressão é aplicada no ramo menor. A pressão medida pela variação da altura no ramo maior será: +⋅⋅γ= 2 D d1hp onde: d é a medida do diâmetro do ramo maior D é a medida do diâmetro do ramo menor Manômetro de Coluna Inclinada Nesse manômetro, os ramos da coluna possuem diâmetros diferentes, e o ramo maior, onde se faz a leitura do nível, é inclinado, enquanto que a pressão é aplicada no ramo menor. A pressão medida pela variação da altura no ramo maior será: α⋅ +⋅⋅γ=∆ cos D d1hp 2 onde: d é a medida do diâmetro do ramo maior D é a medida do diâmetro do ramo menor α é o ângulo de inclinação entre o plano horizontal e o ramo maior SENAI 44 0 10 20 30 40 50 60 70 80 TUBO DE VIDRO TOMADA PARA PRESSÃO TOMADA PARA VÁCUO ESCALA 0 10 20 30 40 50 60 70 80 TUBO DE VIDRO TOMADA DE PRESSÃO ESCALA Manômetros de tubo de Bourdon Tubo de Bourdon em C Consiste de um tubo metálico (Bourdon) de paredes finas, achatado para formar uma seção elíptica e recurvado para formar um segmento de círculo. Uma extremidade acha-se adaptada para a ligação com a fonte de pressão, a outra está selada e pode- se movimentar livremente. A pressão do tubo atua sobre a seção elíptica, forçando-a a assumir a forma circular, ao mesmo tempo em que o tubo recurvado tende a desenrolar. Por serem estes movimentos muito pequenos, são amplificados por um dispositivo formado por uma coroa e um pinhão, o suficiente para girar o eixo de um ponteiro em redor de uma escala graduada, calibrada em unidades de pressão. �������� �������� �������� �������� ����������� ����������� ����������� ����������� ����������� ������������������ ������������������ seção A-A A A PINHÃO PIVOT SETOR DE MOVIMENTO (COROA) BRAÇO DE CONEXÃOα ÂNGULO DE DESLOCAMENTO PRESSÃO DO PROCESSO SOQUETE SENAI 45 Tipos de Tubos “ Bourdon ” Quanto à forma, o tubo de Bourdon pode se apresentar nas seguintes formas: tipo C, espiral e helicoidal. a) Tipo C b) Tipo Espiral C) Tipo Helicoidal Manômetro de Bourdon Espiral - Estes manômetros utilizam um tubo de Bourdon achatado formando uma espiral com diversas voltas. Como a pressão aplicada a extremidade aberta, a espiral tende a desenrolar transmitindo um movimento grande à extremidade livre. Por meio de uma ligação simples o movimento é transferido ao braço de um ponteiro, não havendo necessidade de coroa e de pinhão, como no caso anterior. Manômetro de Bourdon Helicoidal - É similar ao tipo espiral, sendo que o tubo achatado de Bourdon é enrolado em forma de hélice com quatro a cinco voltas completas. O Bourdon helicoidal é usado para registradores de temperatura e pressão. Fatores de Erro em Bourdon Temperatura As variações de temperatura ambiente são responsáveis pela variação na deflexão do tubo de bourdon. A maioria dos materiais tem seu módulo de elasticidade diminuído com a temperatura. O NI-SPAN é uma exceção pois possui módulo de elasticidade constante. Existe, portanto há possibilidade de, para uma mesma pressão, o bourdon apresentar diferentes deflexões pela simples variação da temperatura ambiente. A correção deste erro é feita através de um bimetálico acoplado ao mecanismo. SENAI 46 Pressão atmosférica O bourdon pode apresentar erro com a mudança da pressão atmosférica, principalmente quando ocorre a variação da temperatura ambiente. Método de Ajuste de Manômetros (Genérico) Objetivo Esse método procura descrever os procedimentos básicos para o ajuste (calibração) de manômetros de tubo de bourdon. Esse método é adequado para a maioria dos manômetros encontrados em ambiente industrial e mesmo para outros tipos de instrumentos. No entanto, convém lembrar que os procedimentos para ajuste podem diferir de um fabricante para outro, sendo então de grande importância as informações obtidas de manuais, catálogos e junto ao fabricante do instrumento. É importante notar que o procedimento recomendado pelo fabricante pode até mesmo ser totalmente diferente do procedimento aqui descrito. Procedimento Basicamente, os manômetros possuem três ajustes: zero, span e linearidade (ou angularidade). O ajuste de zero serve para fazer com que uma pressão correspondente a 0% do span da faixa de trabalho produza uma leitura de 0% do span da faixa de medida. O ajuste de span serve para fazer com que uma pressão correspondente a 100% do span da faixa de trabalho produza uma leitura de 100% do span da faixa de medida. Já o ajuste de angularidade serve para fazer com que um valor de pressão medido entre 0% e 100% da faixa de trabalho corresponda ao valor real de pressão aplicado. A exatidão obtida no instrumento de medição irá depender fundamentalmente da exatidão garantida pelo fabricante, das condições das peças do instrumento e do cuidado ao se efetuar o ajuste. Para o ajuste do instrumento deve-se seguir os seguintes passos: 1. aplicar o valor de pressão de 0% da faixa de trabalho e ajustar o zero do instrumento; 2. aplicar o valor de 100% da faixa de trabalho e ajustar o span; 3. reajustar o zero; 4. reajustar o span; 5. refazer os passos 3 e 4 até que o zero e o span não saiam mais do ajuste; 6. após o ajuste de zero e de span, verificar se os valores de 25%, 50% e 75% da faixa de trabalho estão ajustados. Se esses pontos estiverem com um desvio maior SENAI 47 do que o recomendado pelo fabricante, fazer o ajuste de angularidade e repetir todos os passos anteriores. Como referência para o ajuste de angularidade, pode-se ajustar a mesa do manômetro até que o desvio obtido para o valor de 50% do span seja aumentado em cinco vezes. Manômetros de Diafragma O diafragma é constituído por um disco de material elástico, fixado pela borda. Uma haste fixada ao centro do disco está ligada a um mecanismo de indicação. Quando uma pressão é aplicada, a membrana se desloca e esse deslocamento é proporcional à pressão aplicada. O diafragma geralmente é ondulado ou corrugado para aumentar sua área efetiva. SENAI 48 Os diafragmas podem ser de materiais metálicos ou não metálicos: Metálicos - Estes diafragmas são feitos de uma chapa metálica lisa ou enrugada ligadas a um ponteiro por meio de haste. O movimento de deflexão do diafragma, causado pela pressão, posiciona um ponteiro indicador ao longo de uma escala de graduação constante. Os diafragmas são feitos de bronze fosforoso, cobre, berílio, latão, aço inoxidável e Monel. Não Metálicos - São fabricados em couro, teflon, neoprene e polietileno. São empregados para pressões baixas e geralmente uma mola opõe-seao movimento do diafragma, cuja deflexão é diretamente proporcional a pressão aplicada. Manômetros de Fole O fole é também muito empregado na medição de pressão. Ele é basicamente um cilindro metálico, corrugado ou sanfonado. Foles com Mola Oposta - O instrumento possui um fole metálico e uma mola envolvida por uma câmara também de metal que é conectada à fonte de pressão. A pressão agindo pelo lado de fora do fole maior, comprime-o e move a sua extremidade livre contra a oposição da mola. Uma haste ligada ao fole através de um disco transmite esse movimento ao braço de um ponteiro indicador ou registrador. Foles Opostos - Este tipo de elemento é usado para medir pressão absoluta. O instrumento possui duas sanfonas em oposição, em uma só unidade. Um dos foles, aquele que é utilizado como referência, está fechado e sob a pressão de uma atmosfera. O outro está ligado a fonte de pressão. SENAI 49 FOLE DE REFERÊNCIA PRESSÃO DO PROCESSO Emprego dos Elementos Elásticos Para assegurar um longo período de trabalho é necessário observar os seguintes itens: • Não ultrapassar 2 / 3 do valor máximo (quando a pressão medida for constante); • Não ultrapassar 1 / 2 do valor máximo (quando a pressão medida for variável); • O instrumento deve ser equipado com válvula de bloqueio de 3 (três) vias; • Quando o elemento for submetido a pressões pulsantes, o mesmo deve ser protegido por um amortecedor de pulsação. Esse amortecedor pode ser uma válvula agulha, servindo também como bloqueio (possibilitando a retirada do instrumento sem parar o processo); • O elemento não deve ser submetido a uma temperatura que não permita o toque da mão sobre a caixa do medidor, evitando desgaste prematuro do elemento e demais componentes do medidor, além de garantir a confiabilidade da calibração feita à temperatura ambiente. Para resolver este problema é utilizado um tubo sifão entre o medidor e o processo; • O elemento deve ser isolado de fluidos corrosivos, com sólidos em suspensão, ou com possibilidade de cristalização e solidificação. Para isolar o elemento destes tipos de processos é utilizado um selo; • Quando o processo estiver sujeito a sobrecarga, deve-se proteger o elemento com um limitador de sobrecarga; • Devem ser tomadas precauções especiais quando se trata de medição de petróleo e oxigênio. Para a indústria de petróleo, o tubo de bourdon não deverá ser soldado com estanho. Para medidas com oxigênio, o elemento deve estar livre de óleo, graxas e outras gorduras, pois existe o risco de explosão. A calibração do instrumento pode ser feita com álcool, água ou óleo de silicone. É recomendável que seja gravado na escala do instrumento: Petróleo e Oxigênio. SENAI 50 Método para Ensaio de Manômetros Coluna líquida: aferição de manômetros com baixa pressão; Bomba de peso morto: aferição de manômetros de ensaio (0,1% a 0,25%). Características dos manômetros de ensaio (padrão): • Tolerância quatro vezes mais estreita que o manômetro a ser ensaiado; ⇒ Ex.: Padrão com tolerância 0,25% da faixa para aferir manômetro com 1% de tolerância. • Diâmetro maior ou igual a 150 mm; • A precisão deve estar indicada no mostrador; • A faixa de trabalho deve ser de 1,3 a 1,6 vezes a faixa do instrumento a ser calibrado; • Deve ter escala espelhada para evitar o erro de paralaxe e não deve possuir batente no zero da escala. Classificação de manômetros (pela exatidão): CLASSE EXATIDÃO A4 0,10 % da faixa A3 0,25 % da faixa A2 0,50 % da faixa A1 1,00 % da faixa A 1,00 % na faixa de 25 a 75 % 2 % no restante da faixa B 2,00 % na faixa de 25 a 75 % 3 % no restante da faixa C 3,00 % na faixa de 25 a 75 % 4 % no restante da faixa D 4,00 % na faixa de 25 a 75 % 5 % no restante da faixa Máquina de Teste para Instrumento de Pressão. É um equipamento que serve para aplicar uma pressão conhecida no instrumento sob teste para sua aferição ou calibração. Constitui-se basicamente por uma câmara fechada, cheia de óleo, um êmbolo e um manômetro padrão ou um conjunto de "contrapesos". SENAI 51 Princípio de Funcionamento Princípio de Pascal No século XVII, Pascal elaborou a lei que forma a base da hidráulica moderna: "A pressão exercida em qualquer ponto por um líquido em forma estática transmite-se integralmente em todas as direções e produza mesma força em áreas iguais". Podemos demonstrar este princípio, utilizando uma esfera oca, provida de vários orifícios, distribuídos em vários pontos de sua superfície. Em um desses orifícios, temos acoplado um cilindro, dentro do qual, podemos deslocar um Êmbolo, conforme a figura a seguir. Transmissão de Pressão em um líquido Exercendo-se uma pressão adequada no êmbolo, veremos que os jatos de água que saem pelos orifícios são iguais. Isso significa que a pressão exercida é igual em todos os orifícios. Podemos considerar os fluidos praticamente incompressíveis, a força mecânica desenvolvida em um fluido sob pressão pode ser transmitida, multiplicada ou controlada. Conforme a figura a seguir, podemos verificar que, ao aplicarmos uma força de 10 kgf sobre o pistão 1 o pistão 2 levantará um peso de 50 kgf devido a ter o mesmo uma área 5 vezes maior que a área do pistão 1. SENAI 52 10 Kgf 50 Kgf h1 h2 21 PP = 2 2 1 1 A F A F = 2211 hAhA ⋅=⋅ Na prensa hidráulica da figura anterior, que é uma aplicação do princípio de Pascal, podemos verificar que o pistão 2 se movimentará cinco vezes mais lento que o pistão 1, em razão da diferença de áreas. É no princípio de Pascal que se baseiam as máquinas hidráulicas para calibração de instrumentos utilizados pela instrumentação, macacos hidráulicos, servo mecanismos, controles hidráulicos etc. A2 F2 A1 F1 P2P1 1) P F A1 1 1 = 2) P F A2 2 2 = Fazendo-se 1 = 2, tem-se: F A F A FA F A1 1 2 2 1 2 2 1= → = Como A A F F1 2 1 2> → > 2cm2 10cm2 SENAI 53 A máquina de teste para instrumentos de pressão funciona pelo princípio de Pascal. O teste pode ser feito em comparação com peso morto ou com relação a um manômetro-padrão. ������������������������������������ ������������������������������������ ������������������������������������ ������������������������������������ �������������������������������������� �������������������������������������� �������������������������������������� �������������������������������������� �������������������������������������� �������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �� �� �� �� MANÔMETRO DE TESTE RESERVATÓRIO DE ÓLEO SUPORTEDE PESO MORTO ÊMBOLO LÍQUIDO VOLANTE Teste com peso-morto Movimentando o êmbolo no sentido de pressionar o líquido, este transmite a pressão para o instrumento que se quer testar e para o peso morto. No momento em que a pressão do líquido deslocar o peso morto, a pressão aplicada no instrumento sob teste é igual à indicada no disco de peso morto. ����������������������������������� ����������������������������������� ����������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ��������������������������������������� ���������������������������������������� ���������������������������������������� ���������������������������������������� ���������������������������������������� ���������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� �������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� ����� MANÔMETRO DE TESTE RESERVATÓRIO DE ÓLEO MANÔMETRO PADRÃO ÊMBOLO LÍQUIDO VOLANTE Teste com manômetro-padrão SENAI 54 Outros Sensores de Pressão Sensor Capacitivo A principal característica dos sensores capacitivos é a completa eliminação dos sistemas de alavancas na transferência da força / deslocamento entre o processo e o sensor. Este tipo de sensor resume-se na deformação, diretamente pelo processo de uma das armaduras do capacitor. Tal deformação altera o valor da capacitância total que é medida por um circuito eletrônico. Esta montagem , se por um lado , elimina os problemas mecânicos das partes móveis, expõe a célula capacitiva às rudes condições do processo , principalmente a temperatura do processo . Este inconveniente pode ser superado através de circuitos sensíveis a temperatura montados juntos ao sensor . Outra característica inerente a montagem , é a falta de linearidade entre a capacitância e a distância das armaduras devido á deformação não linear , sendo necessário portanto , uma compensação ( linearização ) à cargo do circuito eletrônico. O sensor é formado pêlos seguintes componentes : • Amaduras fixas metalizadas sobre um isolante de vidro fundido • Dielétrico formado pelo óleo de enchimento ( silicone ou fluorube ) • Armadura móvel ( Diafragma sensor ) Uma diferença de pressão entre as câmaras de alta (High) e de baixa (Low) produz uma força no diafragma isolador que é transmitida pelo líquido de enchimento . SENAI 55 A força atinge a armadura flexível ( diafragma sensor ) provocando sua deformação , alterando portanto , o valor das capacitâncias formadas pelas armaduras fixas e a armadura móvel . Esta alteração é medida pelo circuito eletrônico que gera um sinal proporcional à variação de pressão aplicada à câmara da cápsula de pressão diferencial capacitiva . Sensor Strain-Gauge Baseia-se no princípio de variação da resistência de um fio, mudando-se as suas dimensões. Para variarmos a resistência de um condutor devemos analisar a equação geral da resistência : R = ρ . L S R : Resistência do condutor ρ : Resistividade do material L : Comprimento do condutor S : Área da seção transversal A equação nos explica que a resistência elétrica de um condutor é diretamente proporcional a resistividade e ao comprimento e inversamente proporcional a área da seção transversal . A maneira mais prática de alterarmos as dimensões de um condutor é tracionarmos o mesmo no sentido axial como mostrado a seguir : Seguindo esta linha de raciocínio , concluímos que para um comprimento L obtivemos ∆L , então para um comprimento 10 x L teríamos 10 x ∆L , ou seja , quanto maior o comprimento do fio , maior será a variação da resistência obtida e maior a sensibilidade do sensor para uma mesma pressão ( força ) aplicada. SENAI 56 O sensor consiste de um fio firmemente colado sobre uma lâmina de base , dobrando-se tão compacto quanto possível . Esta montagem denomina-se tira extensiométrica como vemos na figura a seguir : Observa-se que o fio , apesar de solidamente ligado a lâmina de base , precisa estar eletricamente isolado da mesma . Uma das extremidades da lâmina é fixada em um ponto de apoio rígido enquanto a outra extremidade será o ponto de aplicação de força . Da física tradicional sabemos que um material ao sofrer uma flexão , suas fibras internas serão submetidas à dois tipos de deformação : tração e compressão . As fibras mais externas sofrem um alongamento com a tração pois pertencem ao perímetro de maior raio de curvatura , enquanto as fibras internas sofrem uma redução de comprimento ( menor raio de curvatura ). SENAI 57 Como o fio solidário à lâmina , também sofrerá o alongamento , acompanhando a superfície externa , variando a resistência total . Visando aumentar a sensibilidade do sensor , usaremos um circuito sensível a variação de resistência e uma configuração conforme esquema a seguir : Notamos que a ligação ideal para um Strain Gauge com quatro tiras extensiométricas é o circuito em ponte de Wheatstone, como mostrado a seguir, que tem a vantagem adicional de compensar as variações de temperatura ambiente, pois todos os elementos estão montados em um único bloco. SENAI 58 Sensor por Silício Ressonante O sensor consiste de uma cápsula de silício colocada estrategicamente em um diafragma , utilizando do diferencial de pressão para vibrar em maior ou menor intensidade, afim de que essa freqüência seja proporcional a pressão aplicada. Na seqüência será exibido maiores detalhes sobre esse tipo de célula, sua construção e seu funcionamento. Construção do sensor Todo o conjunto pode ser visto através da figura a seguir, porém, para uma melhor compreensão de funcionamento deste transmissor de pressão, faz-se necessário desmembrá-lo em algumas partes vitais. Na figura a seguir podemos ver o conjunto do sensor. Ele possui um imã permanente e o sensor de silício propriamente dito. SENAI 59 Dois fatores que irão influenciar na ressonância do sensor de silício são: o campo magnético gerado por um imã permanente posicionado sobre o sensor; o segundo será o campo elétrico gerado por uma corrente em AC (além das pressões exercidas sobre o sensor, obviamente). SENAI 60 Este enfoque pode ser observado na figura abaixo. Portanto, a combinação do fator campo magnético/campo elétrico é responsável pela vibração do sensor . Um dos sensores ficará localizado ao centro do diafragma (FC), enquanto que o outro terá a sua disposição física mais à borda do diafragma (FR) Por estarem localizadas em locais diferente, porém, no mesmo encapsulamento, uma sofrerá uma compressão e a outra sofrerá uma tração conforme a aplicação de pressão sentida pelo diafragma. Desta maneira, os sensores possuirão uma diferença de freqüência entre si. Esta diferença pode ser sentida por um circuito eletrônico , tal diferença
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