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OPERAÇÃO DIRETA DA MÁQUINA DE INDUÇÃO TRIFÁSICA

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INSTITUTO DE ENGENHARIA E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
ENGENHARIA DE ENERGIAS 
LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO 08 
OPERAÇÃO DIRETA DA MÁQUINA DE INDUÇÃO TRIFÁSICA 
 
 
 
 
Discente: Letícia Ferreira Mourão 
Docente: Humberto Icaro Fontenele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ACARAPE - CE 
2018 
1. INTRODUÇÃO 
 
Máquinas de indução trifásica (MIT) funcionam a uma única excitação já que a 
potência elétrica apenas em no enrolamento do estator. O motor de indução trifásico são 
altamente utilizados por serem uma boa alternativa para acionamento controlados, 
considerando que não possuem comutador, diferentemente dos motores de corrente contínua. 
No entanto, este tipo de motor também possui suas desvantagens. Por possuir grande 
dependência entre fluxo e a tensão do estator, diferentemente dos motores CC com excitação 
independente. 
Com a evolução dos sistemas eletrônicos responsáveis pelo controle do motor, essa 
desvantagem desaparece. Com todas as suas características, os motores de indução 
atualmente é o mais utilizado em tração elétrica no parque industrial nacional. 
 
2. OBJETIVOS 
 
- Verificar a partida e operação da MIT alimentada a partir da rede; 
- Verificar o processo de inversão de velocidade da MIT; 
- Observar o comportamento da MIT com carga; 
- Verificar as consequências da falta de uma fase. 
 
 
 
3. PROCEDIMENTO E DISCUSSÃO 
1. Anote todos os dados de placa da MIT. Qual o significado de cada um 
destes parâmetros? 
 
Tensão (V) 220/380 
Frequência de Excitação (Hz) 60 
Velocidade Síncrona (RPM) 1800 
Corrente (A) 210/122 
Fator de Potência 0,69 
 
Ligou-se a MIT diretamente a tomada trifásica da bancada a 375V, conforme indicado 
na Figura 1. 
 
 
2. A MIT está operando com velocidade síncrona? O valor medido é igual à 
velocidade nominal da máquina? 
A velocidade síncrona máquina pode ser obtida pela equação abaixo, onde fe é a 
frequência em Hz da máquina: 
ns = ( = = 1800 rpm ​(I)) fe120polo )60( 4
120 
Onde 1800 rpm é o valor teórico para a velocidade síncrona, condizente com a 
informação fornecida pela máquina. Já o valor medido foi 1787 rpm. 
Com essas informações, pode-se calcular o escorregamento fracionário (s), conforme 
demonstrado abaixo: 
s = 0, 072 0, 2%ns
ns − n = 1800
1800 − 1787 = 0 = 7 
Como sabemos, uma máquina deve operar entre uma variação de 1% a 5% para ser 
considerada síncrona. Podemos dizer, neste experimento, que o desempenho na máquina foi 
prejudicado pela tensão aplicada de 175V, não chegando a plena carga. 
Em seguida, desligou-se a alimentação da MIT. Observou-se o sentido de giro do 
motor ao alternar as fases da fonte de tensão. 
3. Analise os resultados obtidos e analise. 
Iniciou-se observando que o motor girava no sentido horário, mas ao trocar a fase 1 
pela fase 2, o sentido passou a ser anti-horário. E este padrão seguiu-se a cada vez que 
alterava-se as fases, mudando o sentido da rotação. 
Em seguida, desligou-se uma das fases da MIT, ligando-se a bancada por apenas 1 
segundo. Observou-se o barulho e a corrente na fase ligada. 
4. A MIT partiu? Comente o ocorrido. 
Notou-se que o motor tentou dar um arranque de partida, no entanto não chegou a 
girar. Este arranque se deve a fase conectada ao motor estar fornecendo uma tensão, no 
entanto, como a próxima fase defasada em 120º estava desconectada, não houve o giro 
esperado, resultando no arranque observado. Podemos dizer que a inércia produzida pelo 
conjugado gerado na região do campo ativo não é suficiente para vencer a ausência de 
conjugado no campo inativo. 
Após essas observações, ligou-se normalmente a MIT, acionando-a e ao adquirir uma 
velocidade estável, foi desconectada cuidadosamente uma das fases. 
5. A MIT continuou a funcionar? Observe as possíveis mudanças no ruído audível e 
vibração da máquina. 
No seu estado estável, a máquina apresentou uma velocidade de 1787 rpm, mas ao 
desconectar uma das fases este valor passou a ser de 1790 rpm. Com esta alteração, 
aumentou-se a vibração do motor e notou-se uma alteração no ruído. 
Com uma das fases desligadas, consideramos a máquina em sobrecarga. Ou seja, 
continua funcionando, mas apresenta uma turbulência devido ao seu campo girante 
deformado e seu desequilíbrio entre os eixos de forças. Este aumento de vibrações e ruído 
resultam em um maior desgaste à máquina, prejudicando o sistema. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Nesta prática laboratorial, entendeu-se a importância do estudo das Máquinas de 
Indução Trifásica (MIT). Com a sua ampla utilidade da indústria, a má aplicação de uma MIT 
pode causar grandes danos ao sistema aplicado, bem como também danos à própria máquina. 
Foi possível saber identificar um sistema em sobrecarga e entender as causas dessa 
sobrecarga, bem como também como solucioná-las. De forma geral, o estudo das MIT e do 
comportamento das suas fases se mostrou-se de grande importância e aplicável na carreira de 
Engenheiro de Energias.

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