Buscar

Resumo HIV

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE FARMÁCIA
Aline Mello Carvalho
Débora Almeida de Oliveira
Elson Paulo de Araújo
Filipe Gonçalves de Oliveira
Guilherme Guedes Silva Ribeiro
Lara Cruz de Souza
Luísa Macedo Pinto
HERPESVÍRUS HUMANO 1 E 2 (HHV)
JUIZ DE FORA
2018 
INTRODUÇÃO
Os primeiros herpesvírus humanos a serem descritos foram os HHV 1 e 2, que estão associados a infecções labiais e genitais. Esses vírus apresentam características biológicas particulares, tais como a capacidade de causar diferentes tipos de patologias e estabelecer infecções latentes nas células nervosas do hospedeiro, possibilitando a reativação do vírus a qualquer momento dependendo de fatores biológicos e ambientais. Tal período de latência será explicado brevemente nesse seminário. Além disso, também é importante conhecer sobre os herpesvírus humano devido à predisposição a infecção pelo vírus HIV promovida pelos mesmos, que também será explicado posteriormente no resumo.
CLASSIFICAÇÃO E ESTRUTURA
Os herpesvírus humanos 1 e 2 são classificados na ordem Herpesvirales, na família Herpesviridae, subfamília Alphaherpesvirinae, gênero Simplexvirus, espécies herpesvírus humano 1 (HHV-1) e herpesvírus humano 2 (HHV-2). Apresentam envelope glicolipoproteico suscetível ao tratamento químico com solventes orgânicos, detergentes e proteases, e tratamento físico como calor (60°C) ou radiação ionizante e não ionizante, sendo então uma partícula viral frágil. O capsídeo apresenta simetria icosaédrica formado por 162 capsômeros. Entre o capsídeo e o envelope encontra-se o tegumento que contêm enzimas codificadas pelo próprio vírus e também fatores de transcrição essenciais para o início da infecção por esses microorganismos, porém, não contém polimerases.
O genoma dos HHV-1 e HHV-2 está contido em uma fita dupla de DNA linear e contêm pelo menos 84 possíveis sequências de leitura codificando aproximadamente 100 proteínas que constituem o capsídeo, componentes do envelope e tegumento, denominadas de proteínas estruturais, que facilitam o processo de interação do vírus com o hospedeiro, além de outras proteínas geradas somente durante o ciclo de replicação do vírus denominadas proteínas não estruturais ou funcionais. 
Algumas proteínas virais importantes que são codificadas no genoma viral são: 
gD – Indutor de anticorpos neutralizantes;
gC – Proteína de ligação do complemento C3b;
gE – Receptor de Fc, que se liga a porção Fc da IgG;
gG – É específica do tipo e permite a distinção enter HSV-1 (gG-1) e HSV-2 (gG-2);
gB – adsorção e penetração na célula, liberando novos vírions
gH – formação de complexos com a proteína gL permitindo a fusão entre envelope e membrana
PATOGENIA
A transmissão é dependente de um contato íntimo e pessoal de um hospedeiro suscetível com alguém que esteja excretando ativamente os HSV-1 ou HSV-2. Os vírus penetram no organismo pelo contato direto com a pele lesionada, ou mucosas da boca e genital. Os vírus podem ser transmitidos quando por fluídos corporais como saliva, sêmen e secreções cervicais, ou no líquido das vesículas. O risco da infecção é maior quando ocorre o contato direto com o líquido das vesículas durante os episódios de herpes.
Os HHV-1 e HHV-2 infectam diferentes tipos de células, tais como fibroblastos, células do epitélio escamoso (queratinócitos) e mucoso, células polarizadas do epitélio cilíndrico, células gliais e terminações nervosas. É conhecido, como via de disseminação dos vírus o Sistema Nervoso, onde, esses mesmos se alojam e ficam para o resto da vida do paciente, causando episódios de infecção, após o neurônio onde se encontra o vírus, passar por algum estresse ou trauma. Por essa razão, que a herpes tem seu período latente, período que o vírus não está causando infecção em si, mas “continua lá”. 
Para iniciar a infecção, os HHV precisam se adsorver na superfície da célula, por meio da interação com receptores celulares. A entrada dos vírions nas células susceptíveis acontece em 2 fases: (1) adsorção das partículas virais à superfície celular; e (2) interação irreversível entre o envelope viral e a membrana celular resultando na fusão direta do envelope com a membrana citoplasmática ou na fusão com membranas de endossomas, permitindo a penetração do nucleocapsídeo no interior da célula. A fusão do envelope viral com a membrana da célula é um evento muito rápido, logo em seguida à adsorção. (receptor \ correceptor celular) 
O vírus inicia sua infecção por adsorção a receptores presentes em praticamente todas as células de mamíferos. Alguns receptores presentes nesse processo são as glicosaminoglicanas presentes na superfície celular, e, além disso, adsorção ao fator de crescimento de fibroblastos (FGF), a receptores de heparina, moléculas do ICAM e receptores de Complemento (CR1) já foram documentadas.
Via de excreção das partículas virais: 
Após ser infectado é sabido que inicialmente ocorre uma replicação no local de infecção e depois os vírus invadem as terminações nervosas locais, sendo transportados por fluxo axônico retrógrado até os glânglios das raízes dorsais. Após uma posterior replicação é estabelecida a latência. Depois disso todas as replicações se dão pelo retorno do vírus pelo trajeto dos axônios de volta ao local periférico, ocorrendo assim à replicação viral na pele ou nas mucosas.
TIPOS DE INFECÇÃO, SINAIS E SINTOMAS.
O HHV-1 e HHV-2 manifestam-se clinicamente em diferentes locais do corpo humano, apesar de o padrão de manifestação ser semelhante, caracterizado por mal-estar, febre, irritabilidade, náuseas e herpes labial e intraoral. O HHV-1 adapta-se melhor nas regiões oral, facial e ocular e o HHV-2 atua nas regiões genitais. Em ambos os casos há, inicialmente, formação de vesículas puntiformes, que repentinamente se rompem e causam pequenas lesões ulceradas e eritematosas. O diagnóstico clínico pode ser feito através de esfregaço de células e ainda não há cura para a doença e portanto, os tratamentos são paliativos, visando minimizar os sintomas, principalmente aqueles dolorosos.
EPIDEMIOLOGIA
A prevalência de infecção pelo HHV-1 é de 60% a 80% na população mundial, o que pode significar que há um vasto reservatório viral. A tendência atual é a de esta prevalência de HHV-1 superar a de HHV-2, e pode ser influenciada pelos seguintes fatores:
Idade: a prevalência de infecção pelo HHV-1 é de > 40% aos 15 anos de idade, e de 60 a 90% em adultos. Em países desenvolvidos, ela é de 20% aos 5 anos de idade, e de 40 a 60% entre 20 e 40 anos. Em populações não expostas a fatores de risco, esta prevalência tende a se elevar linearmente com a idade, com picos durante a infância e a adolescência;
Etnia: prevalência de 35% em afro-americanos e de 18% em caucasianos americanos, aos 5 anos de idade;
Localização geográfica: nos EUA, 90% da população são carreadores do vírus. No Brasil, constam os seguintes dados epidemiológicos:
	- Soroprevalência por faixa etária (homens e mulheres):
1 a 4: 36%			20 a 29: 83,6%
5 a 9: 52,4%			30 a 35: 95,2%
10 a 14: 68,1%		35 a 44: 96%
15 a 19: 83,3%		> 45: 94,6%
	- Prevalência de positividade para HHV-1, por idade: 
2 anos: 25%
7 anos: 50%
15 anos: 75%
	- Razão das chances para infecção por HHV-1, após ajuste por idade: 0,47
Status socioeconômico: em regiões menos industrializadas (Estônia, Índia, Marrocos, Sri Lanka), a taxa de soropositividade ao HHV-1 é mais elevada, ocorrendo precocemente na infância.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da infecção pelo herpesvírus pode ser aferido através da identificação da presença viral e alterações citopáticas, mediados por técnicas como:
Cultura viral: o material é coletado a partir de raspado de vesículas dérmicas e semeado em meio de cultura, preferencialmente humano (fibroblastos pulmonares embrionários). As alterações citopáticas são visualizáveis com 24 a 48 horas de incubação, através de microscopia de fase. Este exame é mais sensível para o HHV, em relação à cultura de células para outras espéciesSorologia: técnica que permite o estudo in vitro das reações que ocorrem entre antígeno e anticorpo no soro;
PCR: trata-se de uma técnica molecular baseada no conhecimento prévio de uma sequência de DNA de até 1 kb, característica da espécie que se deseja detectar, e no uso de um oligonucleotídeo artificial complementar a esta sequência, denominado primer (iniciador). O primer deverá se parear com o segmento correspondente de uma das hastes do DNA estudado, se o mesmo efetivamente existir na amostra, possibilitando a sua detecção.
Swab com estudo citológico (método de Tzanck): técnica citológica que consiste no raspado da base da lesão vesiculosa da pele e coloração pela HE, para pesquisa de células gigantes multinucleadas com corpos de inclusão (vírions). Trata-se de um método com baixa especificidade, pois não distingue o HHV de outras espécies de herpesvírus.
TRATAMENTO
Entre os medicamentos utilizados, aquele que é a primeira escolha é o Aciclovir, que possui ação antiviral seletiva, sendo inibidor da DNA polimerase viral. Sua utilização deve ser utilizada pelo paciente no período prodrômico, assim que se iniciarem os sintomas como prurido, eritema e dor. A administração deve ocorrer por via oral, endovenosa ou tópica, até o desaparecimento das lesões. 
PROFILAXIA E PREVENÇÃO
Como comentado anteriormente, a herpes é um vírus de fácil contágio, que pode ser transmitida a partir do contato com as lesões, tanto labiais, quanto genitais. Por essa razão, uma das medidas preventivas é fazer sexo sempre protegido, evitar beijar um número muito grande de pessoas, principalmente quando não é conhecido o histórico médico da pessoa. Vale a pena salientar, que quando o vírus está em seu estágio de latência, ele não consegue ser transmitido, e atualmente não existe vacina para herpes.
Outra medida profilátixa, é quando a mãe possui uma infecção na área genital, sugere-se então, uma cesária para evitar a contaminação neonatal. Pode também, fazer uma terapia profilática com aciclovir, antes do parto, na mãe, quando a presença do vírus é detectada antes do parto.

Continue navegando