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Tutoria 02 - M2 - Etapa 2 - Pandemia

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Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Tutoria 02 -M2 - Etapa 2
Pandemia
Vírus:
Características gerais:
- Diâmetro dos vírus varia de 20 a
300 nm;
- Os vírus são organismos que não
possuem célula;
- Apenas vírus possuem material
genético composto por DNA fita
simples ou de RNA de fita simples
ou dupla. O ácido nucleico pode
ser tanto linear quanto circular. O
DNA é sempre uma molécula
única; o RNA pode apresentar-se
em uma molécula única ou em
vários fragmentos.
- O ácido nucleico é cercado por
uma cobertura proteica,
denominada capsídeo, composta
por subunidades denominadas
capsômeros. Cada capsômero,
composto por uma ou várias
proteínas, pode ser visto em
microscópio eletrônico como uma
partícula esférica, algumas vezes
com um orifício central.
- A estrutura composta pelo genoma
de ácido nucleico e pelas
proteínas do capsídeo é
denominada nucleocapsídeo.
- Nucleocapsídeos virais possuem
duas formas de simetria: (1)
icosaédrica, na qual os
capsômeros são arranjados em 20
triângulos que formam uma figura
simétrica (um icosaedro) com um
contorno aproximado de uma
esfera; e (2) helicoidal, na qual os
capsômeros são arranjados em
uma espiral oca que apresenta
forma de bastão. A espiral pode
ser rígida ou flexível.
- Todos os vírus de seres humanos
que possuem nucleocapsídeo
helicoidal são cobertos por uma
membrana externa, chamada de
envelope.
- A vantagem de construir uma
partícula viral com subunidades
proteicas idênticas é dupla: (1) há
uma redução na necessidade de
informação genética, e (2) há
favorecimento de automontagem;
- As proteínas do capsídeo
protegem o genoma de DNA ou
RNA de degradação por
nucleases;
- O envelope é uma membrana
lipoproteica composta por lipídeos
derivados da membrana celular do
hospedeiro e por proteínas que sõ
vírus-específicas;
- O envelope viral é adquirido
enquanto o vírus sai da célula por
meio de um processo denominado
“brotamento”;
- O envelope da maioria dos vírus é
derivado da membrana externa
celular, com a notável exceção dos
herpes-vírus, que obtêm seu
envelope a partir da membrana
nuclear da célula. A presença de
um envelope confere instabilidade
ao vírus;
- Príons são partículas infecciosas
compostas inteiramente por
proteínas. Eles não possuem DNA
nem RNA.
Multiplicação viral
As proteínas da superfície do vírion
ligam-se a receptores protéicos
específicos na superfície da célula por
meio de ligações fracas não covalentes.
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Adsorção: É a ligação de uma molécula
presente na superfície da partícula viral
com os receptores específicos da
membrana celular do hospedeiro.
- Nos vírus envelopados, as estruturas de
ligação geralmente se apresentam sob a
forma de espículas.
- A presença ou ausência de receptores
celulares determina o tropismo viral, ou
seja, o tipo de célula em que são capazes
de ser replicados.
- Para haver a adsorção é necessária uma
ponte entre as proteínas mediadas por
íons livres de cálcio e magnésio, uma vez
que as proteínas apresentam carga
negativa.
- Outros fatores vão influenciar
diretamente na adsorção do vírus na
membrana celular, tais como,
temperatura, pH e envoltórios com
glicoproteínas.
Penetração: É a entrada do vírus na
célula. Esta pode ser feita de duas
maneiras: fusão e viropexia. A fusão é
quando a membrana celular e o envelope
do vírus se fundem, permitindo a entrada
deste no citosol da célula. A viropexia é
uma invaginação da membrana celular
mediada por receptores e por proteínas,
denominadas clatrinas, que revestem a
membrana internamente. Nos dois
mecanismos existe uma dependência em
relação à temperatura adequada, que fica
em torno de 37ºC.
Desnudamento: Neste processo, o
capsídeo é removido pela ação de
enzimas celulares existentes nos
lisossomos, expondo o genoma viral.
Além disso, se observa a fase de eclipse,
onde não há o aumento do número de
partículas infecciosas na célula
hospedeira. De uma maneira geral, o
vírus que possui como ácido nucléico o
DNA faz síntese no núcleo. Já o vírus que
possui como genoma o RNA faz a síntese
viral no citoplasma.
Síntese viral: compreende a formação das
proteínas estruturais e não estruturais a
partir dos processos de transcrição e
tradução.
Nos vírus inseridos nas classes I, III, IV e
V, o processo de tradução do
RNA mensageiro ocorre no citoplasma da
célula hospedeira. Já nos vírus da
classe II, este processo ocorre no núcleo.
Em todas estas classes, o RNA
mensageiro sintetizado vai se ligar aos
ribossomos, codificando a síntese das
proteínas virais. As primeiras proteínas a
serem sintetizadas são chamadas de
estruturais, pois vão formar a partÌcula
viral. As tardias são as proteínas não
estruturais, que participam do processo de
replicação viral.
Montagem e Maturação: As proteínas vão
se agregando ao genoma, formando o
nucleocapsídeo. A maturação consiste na
formação das partículas virais completas,
ou vírions, que, em alguns casos,
requerem a obtenção do envoltório
lipídico ou envelope. Este processo,
dependente de enzimas tanto do vírus
quanto da célula hospedeira, podendo
ocorrer no citoplasma ou no núcleo da
célula.
Liberação: A saída do vírus da célula
pode ocorrer por lise celular ou
brotamento. Na lise celular (ciclo lítico), a
quantidade de vírus produzida no interior
da célula é tão grande que a célula se
rompe, liberando novas partículas virais
que vão entrar em outras células.
No brotamento os nucleocapsídeos
migram para a face interna da membrana
celular e saem por brotamento, levando
parte da membrana.
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Mecanismo de agressão e defesa da
infecção viral
Interação do vírus e célula do hospedeiro:
O encontro do vírus com o hospedeiro
suscetível torna possível a infecção viral.
Esta interação consiste das seguintes
etapas:
• Penetração do agente viral, a qual deve
ocorrer pela via adequada.
• Replicação nos tecidos e órgão-alvo.
• Resistência à resposta imune do
hospedeiro.
• Produção da progênie viral.
• Nova excreção viral.
A transmissão de um agente viral pode
ser direta, ou seja, de um hospedeiro para
outro. Neste caso, as condições
ambientais são menos relevantes.
Entretanto, a transmissão pode ser
também por contato indireto, através da
manipulação de objetos contaminados ou
artrópodos. Neste caso, as condições
ambientais são mais importantes no
processo de transmissão.
Para que o agente viral excretado entre
em um novo hospedeiro, a suscetibilidade
do indivíduo deve se sobrepor à sua
resistência ao vírus. Na suscetibilidade
estão associados vírus aspectos, como
espécie, raça, sexo, idade, exposição
prévia ao agente, estado nutricional e
fisiológico, e outros.
Todos esses aspectos contribuirão para a
suscetibilidade ou resistência ao agente
viral. A perpetuação de uma determinada
infecção viral é dependente do número de
hospedeiros suscetíveis. Caso isto não
ocorra, o vírus pode ser extinto em uma
dada população.
Resposta imunológica:
Patogênese da infecção viral
Na fase inicial das infecções virais, o
controle dessas infecções é feito pelos
interferons tipo I (IFN-a e IFN-b), pelos
macrófagos e pelas células NK.
Os interferons tipo I são produzidos por
células infectadas por vírus e, ao interagir
com uma célula não infectada, têm a
propriedade de protegê-la contra a
infecção, além de colaborar com a
resposta imune adaptativa. O IFN-g
também atua contra as infecções virais
mediante a ativação dos macrófagos com
destruição dos vírus e também das
células NK (células citotóxicas naturais),
as quais, pela liberação de granzima e
perforina, destroem as células infectadas.
A imunidade adaptativa contra os
antígenos virais ocorre com ativação de
células TCD8+ que vão exercer
citotoxicidade pelo reconhecimento de
antígenos virais via MHC classe I nas
células alvo, e conseqüente liberação de
granzima e de perforinas com lise das
células infectadas e também dos vírus.
Durante a resposta imune adaptativa há
também ativação das células TCD4+, quevão colaborar com as células B na
produção de anticorpos.
HIV
O HIV infecta predominantemente as
células TCD4+, e a destruição dessas
células pode ocorrer pelo efeito citopático
do vírus. Adicionalmente, existe um
aumento da apoptose dessas células e,
por expressarem antígenos virais no nível
da membrana, as células podem também
ser destruídas por citotoxicidade mediada
pela célula TCD8+, fenômeno que
também contribui para a redução das
células CD4+. Sendo a célula TCD4+ uma
das mais importantes na cooperação da
resposta imune, a diminuição numérica e
a alteração de sua função levam a uma
supressão da resposta imunológica.
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Patogênese da infecção:
Mecanismos de Transmissão:
Para a entrada do vírus na célula, este
deve, inicialmente, se adsorver ou
se ligar a receptores existentes na
superfície das células do hospedeiro e, a
partir daí, penetrar. A maioria dos vírus
entra no hospedeiro através das mucosas
dos tratos respiratório e gastrointestinal.
Trato respiratório: é a principal via de
entrada do vírus nos organismos. Seus
mecanismos de defesa compreendem: a
presença de células epiteliais ciliadas,
muco, anticorpos secretórios (como o
IgA), células fagocitárias alveolares.
Muitas vezes, os vírus ultrapassam essas
barreiras, principalmente quando há um
imunocomprometimento. Inicialmente,
esses agentes se replicam nas células
epiteliais, produzindo uma infecção
localizada, podendo ser disseminada,
rapidamente, com o auxílio dos fluídos
locais. A infecção localizada não está,
necessariamente, relacionada a uma
doença mais amena, pois, em muitos
casos, grandes áreas do trato respiratório
podem estar acometidas, causando uma
enfermidade severa. A excreção das
partículas virais, por esta via para o
ambiente, favorece a rápida disseminação
viral entre os indivíduos.
Trato gastrointestinal: a infecção é dada
principalmente pela ingestão de alimentos
ou água contaminados, podendo ocorrer
também pelo compartilhamento de
talheres e copos utilizados por pessoas
infectadas. A via de entrada é a
orofaringe, onde esses agentes se
concentram ou são transportados para o
trato gastrointestinal. Já a excreção viral é
feita pelas fezes, completando o ciclo
oral-fecal. Ele é protegido pelo IgA, muco,
ácidos gástricos, sais biliares, enzimas
proteolíticas. Além desses, o peristaltismo
é um importante mecanismo para manter
o alimento e o agente em movimento,
dificultando o estabelecimento da
infecção. Em geral, os vírus que causam
infecção intestinal são ácido-bile
resistentes.
Trato geniturinário: É uma via de entrada
para vários tipos de vírus, principalmente
os que utilizam via sexual. A
contaminação é dada pelas diversas
formas de contato sexual entre indivíduos
e por instrumentos cirúrgicos
ginecológicos e roupas íntimas
contaminadas (fômites).
O pH, a microbiota e o muco local
constituem uma importante proteção
desta via.
Conjuntiva: pode se dar por infecção dos
olhos pelas mãos ou objetos
contaminados. Pode ser causada, na
maior parte das vezes, por um
Adenovírus, que normalmente causa o
resfriado comum, permitindo a
transmissão por gotículas de tosse e por
espirros.
Embora menos resistente que a pele, a
conjuntiva é constantemente lavada pela
secreção lacrimal, que funciona como
uma barreira bioquímica, contendo
principalmente a lisozima IgA secretória. A
conjuntiva é ainda protegida fisicamente
pelos cílios e movimentos das pálpebras,
os quais auxiliam na manutenção da
lubrificação dos olhos.
Pele: A infecção da pele é possível
através do contato direto com lesões de
pessoas infectadas, mordida de animais
vertebrados, objetos contaminados e a
presença de solução de continuidade,
permitindo a penetração do vírus.
Sua proteção se deve ao epitélio
estratificado da pele, pH, ácidos graxos,
secreções e os pêlos que revestem a
epiderme.
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
Transmissão:
Transmissão Vertical: Ocorre da mãe para
o filho e pode ser, via placenta ou
congênita, no momento do parto ou
perinatal, ou ainda pela exposição
pós-parto, via amamentação. Como
barreiras de proteção, a mãe passa para
seu filho, por via placentária,
imunoglobulinas IgG e pela
amamentação, IgA. O feto e
recém-nascido, por sua vez, produzem a
IgM em resposta a uma infecção.
Transmissão horizontal:
Representa a transmissão de vírus de um
indivíduo para outro da mesma espécie
ou não. As vias de transmissão podem ser
por contacto directo (indivíduo infectado
para hospedeiro susceptível) ou indirecto
(através de gotículas ou perdigotos),
veiculada por água ou alimentos
contaminados ou através de vectores
representados por animais vertebrados ou
invertebrados.
A transmissão por contato é a
transmissão da infecção por meio do
contato direto com uma pessoa infectada
(por exemplo, durante um aperto de mão
seguido do toque nos olhos, nariz ou
boca), ou com objetos e superfícies
contaminadas (fômites).
A transmissão por gotículas: é a
transmissão da infecção por meio da
exposição a gotículas respiratórias
expelidas, contendo vírus, por uma
pessoa infectada quando ela tosse ou
espirra, principalmente quando ela se
encontra a menos de 1 metro de distância
da outra.
A transmissão por aerossol é a
transmissão da infecção por meio de
gotículas respiratórias menores
(aerossóis) contendo vírus e que podem
permanecer suspensas no ar, serem
levadas por distâncias maiores que 1
metro e por períodos mais longos
(geralmente horas).
Tropismo:
O “tropismo viral” é a capacidade de um
vírus infectar especificamente
determinadas células de um organismo
vivo e não outras. Por exemplo, o vírus
HIV infecta os linfócitos T CD4 +, porque
essas células do sistema imune têm
receptores para ele se ligar. Linfócitos são
um dos tipos dos nossos “glóbulos
brancos” do sangue que atuam no
sistema de defesa do corpo humano.
Assim, esse tropismo é determinado pelos
receptores presentes em determinadas
células do hospedeiro.
Os receptores para os vírus geralmente
são proteínas que fazem parte do
organismo hospedeiro. No caso do
SARS-CoV-2, um dos receptores já
descritos para o vírus é a enzima
conversora de angiotensina-2 (ECA-2).
Danos teciduais:
Os linfócitos CD8+ citotóxicos podem ser
as principais células no combate aos
vírus, eliminando as células infectadas.
Contudo, uma ativação exacerbada pode
desencadear a morte também de células
saudáveis, amplificando o dano tecidual.
Segundo, um estudo por pesquisadores
da USP, o contato com o novo
coronavírus altera o funcionamento do
macrófago – uma espécie de “gari” do
sistema imune encarregado de eliminar,
por meio da fagocitose, restos de células
mortas e outras partículas estranhas ao
organismo. Os cientistas descobriram
que, ao internalizar uma célula infectada
pelo SARS-CoV-2 ainda ativo, o
macrófago passa a produzir quantidades
excessivas de moléculas
pró-inflamatórias, o que pode contribuir
para o quadro conhecido como
tempestade de citocinas, observado em
pacientes com a forma grave da doença.
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
No caso do pulmão afetado pelo
SARS-CoV-2, a remoção contínua das
células mortas pelos macrófagos é
essencial para a regeneração do tecido.
Se a presença do vírus em uma célula
fagocitada subverte essa função dos
macrófagos, possivelmente contribui para
o dano tecidual extenso característico da
COVID-19
Evasão:
Períodos de infecção:
Período de incubação
Corresponde ao período compreendido
entre o início da infecção até o momento
em que os primeiros sintomas se tornam
aparentes. Na maioria das viroses, o
período de incubação varia entre 2 e 15
dias. O período de incubação mantém
uma relação de proporcionalidade com o
período de transmissibilidade. Ou seja,
quanto maior for o período de incubação,
mais tempo o organismo permanece a
transmitir o vírus.
Período prodrómico
Período da infecção em que o indivíduo
apresenta sintomas clínicos generalizados
e inespecíficos da doença (por exemplo
febre, mal estar,dor de cabeça, náuseas
e enjoos, mialgia) e que antecede os
sintomas característicos da doença.
Período de transmissão
Período durante o qual o indivíduo
infectado permanece excretando e
transmitindo o vírus.
Períodos de excreções:
Assume-se que uma pessoa infectada
seja capaz de transmitir o vírus por um
período de aproximadamente 14 dias.
Entretanto, estudos realizados com a
técnica de RT-PCR demonstraram que a
excreção viral pode ser prolongada em
alguns indivíduos, notadamente os que
desenvolvem doença grave.
IVAS:
O vírus precisa encontrar uma célula que
possua características que permitam sua
multiplicação genética e possam produzir
suas proteínas. Essas células devem agir
de forma passiva ao vírus, não reagindo
agressivamente ao seu contato. É uma
estratégia evolutiva do próprio vírus.
Rinofaringite aguda:
Incidência: É a doença infecciosa de vias
aéreas superiores mais comum da
infância. Crianças menores de cinco anos
podem ter de cinco a oito episódios por
ano.
Sintomas: A rinofaringite pode iniciar com
dor de garganta, coriza, obstrução nasal,
espirros, tosse seca e febre de
intensidade variável, podendo ser mais
alta em menores de cinco anos. Alguns
pacientes com essa infecção têm o seu
curso sem a presença de febre.
Período de incubação: dois a cinco dias.
Período de contágio: desde algumas
horas antes, até dois dias após o início
dos sintomas.
Sinusite aguda:
Pode ser definida como infecção
bacteriana dos seios paranasais, com
duração menor de 30 dias, no qual os
sintomas desaparecem completamente
Incidência: A maior parte dos quadros de
sinusite aguda é causada por vírus. Esses
casos se tornam sinusite bacteriana em
até 2% dos pacientes adultos e entre 5%
a 10% das crianças.
Sintomas: O início pode ser lento ou
súbito. Nas formas leves de sinusite, as
manifestações iniciais de IVAS passam a
se prolongar por mais de 10 dias ou, após
Ivan Gabriel Santos 2ª período - Mecanismos de agressão e defesa MEDICINA -FITS
período de melhora clínica, há
persistência ou retorno dos sintomas
nasais (obstrução e secreção nasal
purulenta). Esse quadro pode ser
acompanhado de halitose. Costuma haver
tosse diurna, com piora à noite. Em
alguns casos, pode ocorrer febre. Nas
formas moderadas a graves, ou em
crianças maiores, as manifestações
citadas podem ser mais intensas,
acompanhando-se, eventualmente, de
edema palpebral, cefaléia, prostração,
desconforto ou dor, espontâneos ou
provocados, no local do(s) seio(s)
afetado(s) ou nos dentes. A celulite
periorbitária é um sinal de etmoidite.
Faringoamigdalitis aguda estreptocócica
A faringoamigdalite aguda estreptocócica
(FAE) é uma infecção aguda da
orofaringe, na maioria das vezes,
produzida por um estreptococo
beta-hemolítico, o Streptococcus
pyogenes do grupo A.
Incidência: A faringite aguda é mais
frequentemente causada por vírus em
todas as faixas etárias. A etiologia
estreptocócica ocorre em 5% a 15% dos
adultos e em 20% a 30% das crianças.
Essa estreptococcia é mais comum no
final do outono, inverno e primavera, nos
climas temperados.
Sintomas: O início é mais ou menos
súbito, com febre alta, dor de garganta,
prostração, cefaléia, calafrios, vômitos e
dor abdominal. Na inspeção da
orofaringe, há congestão intensa e
aumento de amígdalas, com presença de
exsudato purulento e petéquias no palato.
Ainda pode estar presente adenite
cervical bilateral.
Laringite viral aguda
Incidência: Acomete com maior frequência
lactentes e pré-escolares, com um pico de
incidência aos dois anos de idade.
Sintomas:
Pródromos: coriza, obstrução nasal, tosse
seca e febre baixa.
Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou
choro rouco e estridor inspiratório. Em
casos de obstrução mais grave, surge
estridor mais intenso, tiragem
supraesternal, batimentos de asa do
nariz, estridor expiratório e agitação. Nos
casos extremos, além de intensa dispnéia
e agitação, surgem palidez, cianose,
torpor, convulsões, apnéia e morte.

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