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Prof. Msc. Marcelo Camacho BEM-VINDO À DISCIPLINA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS- Aula 5 AULA 5 AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas AULA 4 Planejamento Estratégico de RH Fatores que influenciam o Planejamento de RH Absenteísmo AULA 4 Planejamento Estratégico de RH Fatores que influenciam o Planejamento de RH Rotatividade AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas O professor André Fischer cita quatro grandes marcos dos modelos de gestão de pessoas: modelo clássico, modelo motivacional, modelo estratégico e modelo competitivo. 3.1 Modelo clássico de gestão de pessoas ou de Departamento de Pessoal 3.1.1 Esse modelo advém da administração clássica, e tem seus fundamentos elaborados por Taylor e Ford. Nessa época a demanda por produtos era maior do que a capacidade produtiva das organizações. As empresas estavam focadas em conseguir produzir cada vez mais para atender às demandas por seus produtos. A relação empresa-cliente era unilateral: o cliente apenas recebia os produtos ofertados, e não era ouvido pelas organizações. 3.1.2 O foco da organização era na melhoria da tarefa realizada, a fim de conseguir aumentar sua produção e atender à demanda do mercado. Diante disso, o modelo de gestão de pessoas da Administração Científica, conhecido como Modelo Clássico, se preocupava com a execução criteriosa da tarefa, com forte aderência a regras e padrões. Como o trabalho era de natureza essencialmente operacional, o gestor se preocupava em supervisionar os operários na execução da tarefa, que deveria ser realizada da forma previamente estabelecida e com a melhor produtividade possível. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.1 Modelo clássico de gestão de pessoas ou de Departamento de Pessoal 3.1.3. Principais características: • Seguir pressupostos tayloristas (produtividade); • Ser responsável por trâmites burocráticos e transações processuais; • Foco na tarefa, custos e resultados produtivos. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.2 Modelo motivacional de gestão de pessoas ou do Comportamento Humano 3.2.1 Após as organizações alcançarem o limite de aumento de produtividade, observem que o trabalho se tornou desinteressante para as pessoas. 3.2.2. Neste sentido, as organizações perceberam que a excelência na normatização e na execução da tarefa eram importantes, mas que a satisfação do ser humano era fator determinante para a manutenção dos níveis de produtividade. Para resolver esse dilema, estudos comportamentais culminaram com o surgimento da escola das relações humanas em 1920, que tinha foco na satisfação do funcionário. Cabe ressaltar que nessa época as organizações ainda eram demandadas por mais produtos do que conseguiam entregar. Embora pareça que o foco da organização tenha mudado para uma legítima preocupação com o ser humano, a intenção continuava sendo em conseguir aumentar a produtividade para aumentar as vendas. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.2 Modelo motivacional de gestão de pessoas ou do Comportamento Humano 3.2.3. Um dos principais expoentes deste modelo foi Elton Mayo. Ele e seus seguidores (Teoria das Relações Humanas) iniciam as primeiras experiências de contato mais intenso entre administração e psicologia, que levam a uma nova fase na história da administração de recursos humanos. Surge o modelo de gestão de pessoas como gestão do comportamento humano. 3.2.4. Principais características do modelo: • Gestão de recursos humanos voltada para a integração, comprometimento dos empregados, flexibilidade, adaptabilidade e qualidade. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.3 Modelo estratégico de gestão de pessoas 3.3.1 Por volta de 1970 surge o conceito de que as organizações se comportam como sistemas. Esse conceito apresenta um modelo no qual a organização é composta de diversos subsistemas que interagem entre si, se influenciam e se potencializam. Além disso, essa organização interage com o ambiente externo, influenciando e sofrendo sua influência. Esse novo conceito revolucionou os modelos de organização, e todas as classificações a partir de então passam a se basear nesse conceito. 3.3.2. No modelo estratégico de gestão de pessoas, que surge na década de 90 os clientes passam a exercer um papel mais ativo em relação às organizações. 3.3.3. O cenário tem um desenho diferente: níveis mais altos de produtividade foram alcançados em função da elevada automação dos processos produtivos. Com o aumento da produtividade e do número de empresas, o mercado não é mais aquele em que as demandas por produtos eram maiores que a oferta. O cliente, que antes aceitava o produto da forma que a empresa oferecia, se vê diante de um cenário em que pode escolher entre opções diferentes. As empresas de maior sucesso são aquelas que compreendem melhor as necessidades dos clientes. O foco da organização se volta para o mundo externo, as relações da empresa se ampliam, e o cliente se torna peça chave. Surgem os primeiros estudos sobre estratégia empresarial. As organizações passam a definir sua proposta de valor e segmento de mercado. Definições de missão, visão, negócio e estratégia para atingimento dos objetivos organizacionais vêm à reboque desse movimento. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.3 Modelo estratégico de gestão de pessoas 3.3.4. Nesse novo cenário as empresas não podem contar apenas com pessoas que saibam executar bem suas tarefas, e que estejam motivadas. Os funcionários passam a ser considerados colaboradores, envolvidos e comprometidos com os objetivos estratégicos da empresa. Nos modelos citados anteriormente a relação gerente- subordinado era quase paternal. O gestor tinha ascensão sobre o funcionário, ora cobrando sua máxima produtividade, ora motivando-o para o trabalho. Além de motivar e cobrar resultados, os novos gerentes passam a ter o desafio de comunicar a estratégia e de alinhar processos e pessoas a essas estratégias. 3.3.5. São expoentes deste modelo Michael Porter e Peter Drucker. 3.3.6. Principais características do modelo: • O modelo de gestão de pessoas nesse contexto deve não somente adaptar-se, mas corresponder aos fatores internos e externos à organização, sendo influenciado pelos interesses dos stakeholders (acionistas, clientes, empregados, fornecedores e sociedade); • Nesse modelo não é mais a motivação genérica que o modelo deve buscar: a gestão de pessoas deve estar alinhada às diretrizes e estratégias da empresa. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.4 Modelo competitivo de gestão de pessoas ou de Gestão por Competências 3.4.1 A partir de 2000 as organizações entraram na era da extrema competição. As organizações modernas sofrem pressões ainda maiores do ambiente externo: a globalização traz um novo patamar de concorrência no mercado. As organizações, que antes se preocupavam apenas com os concorrentes locais, agora se preocupam com empresas virtuais, que atingem seus mercados. Por outro lado, os próprios clientes, diante de tantas ofertas e de tamanha concorrência, tornam-se mais exigentes e percebem o poder que têm de influenciar produtos e serviços. Nesse cenário de alta pressão externa, surge um novo modelo de gestão de pessoas, conhecido como modelo competitivo. Nesse modelo o foco da organização é na sua capacidade de adaptação a esse ambiente de constantes mudanças e demandas dos clientes. As pessoas geridaspor um modelo competitivo de gestão de pessoas são acima de tudo conscientes da responsabilidade pelo seu desenvolvimento pessoal. Esse modelo de gestão afasta o viés paternalista das escolas humanistas e amplia a responsabilidade dos participantes das organizações para além do cumprimento das metas estabelecidas no planejamento estratégico. Os profissionais nesse modelo são levados a pensar na melhoria contínua de seus processos de trabalho, na importância da inovação, na geração de capital intelectual para a organização, nas parceiras estratégicas e na importância do processo de aprendizagem e conhecimento para o sucesso organizacional. AULA 2 Modelos de Gestão de Pessoas 3.4 Modelo competitivo de gestão de pessoas ou de Gestão por Competências 3.4.2. Os gerentes têm como foco os resultados do negócio, e atuam como orientadores do desenvolvimento das pessoas e das competências organizacionais. 3.4.3. A área de recursos humanos assume um papel totalmente diferente nesse novo contexto. Seu posicionamento e sua forma de atuação torna-se cada vez mais importante para conseguir direcionar a energia das pessoas para as necessidades organizacionais. O RH torna-se um parceiro estratégico: aquele que ajuda a comunicar e disseminar a estratégia organizacional para todas as pessoas. Também exerce um papel importantíssimo como agente da mudança, num cenário em que a empresa sofre influências constantes e precisa se adaptar rapidamente para sobreviver. 3.4.4. A gestão por competência então assume um papel relevante neste modelo. 3.4.5. Principais características do modelo: • Desenvolver e estimular as competências humanas necessárias para que as competências organizacionais se viabilizem; • Alinhamento do comportamento às estratégias da organização; • Capacidade de gerar, por meio das pessoas, maior competitividade para a empresa; • Homens vistos como agentes do processo de mudança estratégica. Recrutamento AULA 4 Recrutamento Impacto do Mercado de Trabalho sobre as práticas de Gestão de Pessoas Mercado de Trabalho em Oferta Mercado de Trabalho em Procura Investimentos em recrutamento para atrair candidatos Baixos investimentos em recrutamento devido à oferta de candidatos Critérios de seleção mais flexíveis e menos rigorosos Critérios de seleção mais rígidos e rigorosos para aproveitar candidatos já treinados. Investimentos em treinamento para compensar a inadequação dos candidatos Poucos investimentos em treinamento para aproveitar candidatos já treinados Ofertas salariais estimulantes para atrair candidatos Ofertas salariais mais baixas para aproveitar a competição entre candidatos Investimentos em benefícios sociais para atrair candidatos e reter funcionários Poucos investimentos em benefícios sociais, pois não há necessidades de mecanismos de fixação de pessoal. Ênfase no recrutamento interno, como meio de fixar os funcionários atuais e dinamizar os planos de carreiras Ênfase no recrutamento externo como meio de melhorar o potencial humano, substituindo funcionários por candidatos de melhor qualificação. AULA 4 Recrutamento Características do Mercado de Recursos Humanos Mercado de RH em Oferta Mercado de RH em Procura Excessiva quantidade de candidatos Insuficiente quantidade de candidatos Competição entre candidatos para obter emprego Falta de competição entre os candidatos Rebaixamento das pretensões salariais Elevação das pretensões salariais Dificuldade em conseguir emprego Facilidade em conseguir emprego Temor de perder o atual emprego e maior fixação ao emprego Vontade de perder o atual emprego e menor fixação ao emprego Baixo absenteísmo Elevado absenteísmo O candidato aceita qualquer oportunidade desde que ela apareça O candidato seleciona as múltiplas oportunidades que tem pela frente Orientação para a sobrevivência Orientação para a melhoria e desenvolvimento profissional AULA 4 Recrutamento AULA 4 Recrutamento • recrutamento interno pode ter também associada outra desvantagem:. pode levar à situação denominada de “Princípio de Peter” que implica que qualquer trabalhador acabará por ser promovido até ao limite máximo do seu nível de incompetência. Este princípio foi criado em 1969 por Laurence J. Peter. Mas cuidado, a adoção do recrutamento interno não significa que ocorrerá necessariamente esse princípio, mas é uma probabilidade. Adicionalmente, pode haver perda de criatividade e atitude de inovação na organização, pois os colaboradores têm tendência agir dentro dos padrões de cultura da organização. Recrutamento Interno – Princípio de Peter AULA 4 Recrutamento AULA 4 Recrutamento AULA 4 Recrutamento Técnicas de Recrutamento • Anúncios em jornais e revistas especializadas; • Utilização de agências de recrutamento; • Contatos com escolas, universidades e agremiações profissionais; • Cartazes ou anúncios em locais visíveis; • Apresentação de candidatos por indicação de funcionários; • Consulta aos arquivos de candidatos já entrevistados em processos anteriores; • Recrutamento Virtual (banco de candidatos através da Internet). Aula 5 – Seleção de Pessoas AULA 4 Seleção de RH A seleção de pessoas é um processo de comparação entre os requisitos do cargo a ser preenchido e o perfil dos candidatos que se apresentam para preenchê-lo. Também é um processo de decisão e escolha, pois se vários candidatos preenchem as características do cargo, a área requisitante precisará tomar uma decisão acerca do candidato mais adequado. Isto implica em dizer que a seleção é responsabilidade de linha (de cada chefe ou gerente da área que requisitou) e função de staff (prestação de serviço pelo RH, recomendando candidatos). AULA 4 Seleção de RH A seleção comporta quatro modelos, segundo Chiavenato: Modelo de Colocação: Há um só candidato e uma só vaga a ser preenchida. O candidato apresentado deve ser admitido. Modelo de Seleção: Há vários candidatos e apenas uma vaga a ser preenchida. Como há inúmeras alternativas, a organização tem liberdade de escolha do mais adequado. AULA 4 Seleção de RH Modelo de Classificação: existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada candidato. É um processo que consiste em comparar um mesmo candidato para vários cargos: se é recusado em um, passa a ser considerado para outro. Modelo de Agregação de valor: Este modelo foge da mera comparação entre cargo e candidato e foca na avaliação das competências que cada candidato pode agregar à organização. Se as competências individuais do candidato interessam à organização ele é admitido então. AULA 4 Técnicas de Seleção de RH Técnicas de Seleção de RH Tipologia de entrevistas Entrevista padronizada ou estruturada: tem um roteiro com perguntas fechadas, que limita a resposta dos candidatos. Porém como vantagem o entrevistador não precisa se preocupar com os assuntos a serem tratados na entrevista, pois já tem o roteiro em mãos. Permite também a comparação entre diversos candidatos. Entrevista padronizada em relação as questões: as perguntas são elaboradas previamente, porém deixam o entrevistado à vontade para responder. Técnicas de Seleção de RH Tipologia de entrevistas Entrevista diretiva: geralmente realizada para testar conhecimento de conceitos dos candidatos. EntrevistaNão Diretiva: não possui um roteiro, são questões livres que são dirigidas conforme o nível de interação entre o entrevistador e entrevistado. Atualmente não é a mais utilizada, pois alguns assuntos acabam sendo esquecidos de serem tratados. Técnicas de Seleção de RH Técnicas de Seleção de RH Fontes de Colheita de Informações sobre o cargo para a Seleção Para realizar a comparação dos requisitos do cargo com os candidatos que se apresentam é necessário conhecer estes requisitos, ter informações sobre o cargo. Estas informações podem ser colhidas de cinco maneiras distintas: 1) Descrição e Análise do cargo: o selecionador usa as descrições de cargo para verificar os requisitos do cargo. Técnicas de Seleção de RH Fontes de Colheita de Informações sobre o cargo para a Seleção 2) Técnica de incidentes críticos: consiste na anotação dos fatos e comportamentos dos ocupantes do cargo que produziram excelentes ou péssimos resultados no trabalho. 3) Requisição de pessoal: é o instrumento que inicia o processo seletivo. Nas organizações onde não existe um sistema estruturado de descrição de cargos, a requisição de pessoal pode suprir esta falta solicitando- se que se descreva as atividades e responsabilidades do cargo, bem como os requisitos, competências individuais e características desejáveis do futuro ocupante do cargo. Análise do cargo no mercado: Se a organização não dispuser das características do cargo, por se tratar de um cargo novo no mercado ou atrelado ao desenvolvimento tecnológico, ela poderá utilizar a pesquisa e análise de cargos comparáveis no mercado de recursos humanos, para avaliar as características e conhecimentos necessários para o cargo. Hipótese de trabalho: caso nenhuma das formas anteriores possa ser utilizada para obter informações do cargo, resta à organização traçar hipóteses de trabalho, previsões do conteúdo do cargo e dos requisitos para ocupá-lo. Técnicas de Seleção de RH Fontes de Colheita de Informações sobre o cargo para a Seleção 4) Análise do cargo no mercado: Se a organização não dispuser das características do cargo, por se tratar de um cargo novo no mercado ou atrelado ao desenvolvimento tecnológico, ela poderá utilizar a pesquisa e análise de cargos comparáveis no mercado de recursos humanos, para avaliar as características e conhecimentos necessários para o cargo. Técnicas de Seleção de RH Fontes de Colheita de Informações sobre o cargo para a Seleção 5) Hipótese de trabalho: caso nenhuma das formas anteriores possa ser utilizada para obter informações do cargo, resta à organização traçar hipóteses de trabalho, previsões do conteúdo do cargo e dos requisitos para ocupá-lo. AULA 2 Atividades em Grupo A empresa BETA fabrica produtos farmacêuticos para doenças crônicas e com alta demanda de consumo na população brasileira, contando com diversas plantas industriais espalhadas por todo o Brasil. A companhia pretende ampliar seu escopo para produção de medicamentos veterinários, e por isso deseja rever seu modelo de gestão de pessoas. Com base nessas informações, responda: 1.Que modelo poderíamos construir para a BETA? 2. Que funções de gestão de pessoas deveríamos inserir nessa organização? AULA 4 Recrutamento (CESPE/2012/STJ/ANALISTA JUDICIÁRIO – PSICOLOGIA) Tanto no recrutamento interno quanto no externo, consideram-se, de maneira geral, apenas as necessidades momentâneas das organizações. (CESPE/2011/TRE-ES/ANALISTA – PSICOLOGIA) A velocidade do processo de recrutamento externo é otimizada, pois permite uma comunicação rápida e efetiva entre a empresa e os candidatos no mercado de trabalho. (CESPE - 2013 - MPOG - ANALISTA - NEGÓCIOS ) Para processos seletivos, a decisão sobre o tipo de recrutamento de pessoas deve ser tomada a partir da análise de variáveis como mercado de trabalho, rotatividade de pessoal, absenteísmo e satisfação no trabalho (CESPE/2013/TELEBRAS /ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES – PSICOLOGIA) Ao recrutar pessoas, devem-se localizar as fontes de suprimentos de pessoal, as quais são internas ou externas às organizações. CESPE - 2013 - MPOG - ANALISTA - NEGÓCIOS ) Para processos seletivos, a decisão sobre o tipo de recrutamento de pessoas deve ser tomada a partir da análise de variáveis como mercado de trabalho, rotatividade de pessoal, absenteísmo e satisfação no trabalho
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