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1.PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO ESTRUTURAL

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Sistemas Estruturais de Concreto 
 
4 
1- PRINCÍPIOS GERAIS DO PROJETO ESTRUTURAL 
 
1.1- Introdução 
 
a) Resistência do Concreto Armado 
 Teorias baseadas na resistência dos materiais tendo em vista as propriedades 
particulares do concreto armado: 
- estado limite de ruína ou estado limite último 
- estados limites de utilização (fissuração e deformação excessiva) 
 
 Para o estudo das estruturas correntes: 
- teorias de flexão simples e composta 
- cisalhamento 
- aderência 
- fissuração 
- deformação 
 
b) Estruturas Correntes de Concreto Armado 
 Classificação das estruturas pela complexidade: 
NÍVEL 1 - Tratam-se de estruturas muito simples até 4 pavimentos, regulares, sem 
protensão, submetidas a sobrecargas nunca superiores a 3 KN/m², com altura de 
pilares até 4 m de vão e vãos não excedendo 6 m. Vão máximo de lajes até 4 m 
(menor vão) ou 2 m quando se tratar de balanços. Não devem existir empuxos não 
equilibrados de terras em faces opostas da estrutura. A consideração do efeito do 
vento poderá ser omitida, desde que as prescrições para dimensionamento dos pilares 
sejam rigorosamente obedecidas. Para que isto seja possível é indispensável à 
existência de contraventamentos em duas direções no conjunto estrutural. 
NÍVEL 2- Estruturas de porte intermediário, podendo existir protensão e sendo 
obrigatória a consideração do vento. 
NÍVEL 3- Estruturas que não se encaixam em nenhum dos dois níveis já descritos e 
não poderá ser aplicada qualquer simplificação. 
 
 Determinação dos esforços solicitantes e caracterização dos vários elementos. 
 Estrutura como um todo, é complexa: estrutura tridimensional. 
 Pórtico Espacial → Pórtico Plano → Vigas + Pilares 
 Com a divisão da estrutura e com certas considerações obtém-se boas aproximações 
do que ocorre na realidade. 
 Complementação: normas técnicas (experiência em observações e investigação 
científica). 
 
1.2- O Projeto Estrutural 
 
 Estrutura - conjunto de elementos que sustentam uma edificação. 
 É necessário que haja uma interação entre o projeto arquitetônico (e 
complementares) e o projeto estrutural. 
 
1.2.1- Ante-Projeto 
 
a) concepção: definição da estrutura (análise) com base em experiências anteriores e 
referências bibliográficas. 
b) pré-dimensionamento: baseado na estimativa de cargas, esforços nas seções 
principais, posição e dimensionamento principal. 
Sistemas Estruturais de Concreto 
 
5 
 
 
- fazer estudo comparativo com os valores mínimos prescritos em Norma. 
- o ante-projeto é definido a partir do projeto arquitetônico. 
- deve submeter-se a utilização a que a obra se destina. 
- desde o ante-projeto até o projeto final não ter conflitos com outros projetos. 
- ter quesitos que permitam a execução. 
 
1.2.2- Projeto Definitivo (final) 
 
 É feito com base no ante-projeto estrutural, projeto arquitetônico e dados sobre 
instalações elétrica e hidráulica. 
 É feita a separação de todos os elementos estruturais: lajes, vigas, pilares, 
fundação, etc. 
 
 Seqüência de cálculo (memorial e esquemas): 
a) cargas: permanentes (peso próprio) e acidentais 
b) esforços solicitantes: momento, normal e cortante 
c) dimensionamento final: resistência do concreto armado 
d) prescrições das normas: dimensões mínimas, taxas mínimas de armadura, limites de 
utilização 
 (deformações) 
 
1.2.3- Apresentação do Projeto 
 
 Desenhos de execução (normalizados): 
- desenhos de locação 
- desenhos de formas 
- desenhos de armação 
- desenhos de detalhes 
- memoriais descritivos (materiais empregados, técnicas e seqüência de execução)* 
- memoriais de cálculo (esquemas gerais, tipos de cargas, esforços solicitantes e 
dimensionamento) * 
 
* Estes memoriais serão entregues só se exigidos e deverão ser catalogados para 
futuras consultas e modificações, se necessário. 
 
NBR 7191 (NB-16) - Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples ou 
Armado. 
Sistemas Estruturais de Concreto 
 
6 
1.3- Elementos Estruturais 
 
 Segundo um critério geométrico e função estrutural os elementos se dividem em: 
 
a) Elementos lineares: 
 São aqueles em que o comprimento longitudinal supera em pelo menos três 
vezes a maior dimensão da seção transversal, sendo também denominados barras. De 
acordo com sua função estrutural, recebem as designações de: vigas, pilares, tirantes 
ou arcos. 
 
� Vigas: 
 Elementos lineares em que a flexão é preponderante. 
� Pilares: 
Elementos lineares de eixo reto, usualmente disposto na vertical, em que as 
forças normais de compressão são preponderantes. 
� Tirantes: 
Elementos lineares de eixo reto em que as forças normais de tração são 
preponderantes. 
� Arcos: 
Elementos lineares curvos em que as forças normais de compressão são 
preponderantes, agindo ou não simultaneamente com esforços solicitantes de 
flexão, cujas ações estão contidas em seu plano. 
 
b) Elementos de superfície: 
Elemento em que uma dimensão, usualmente chamada de espessura, é 
relativamente pequena em face das demais, podendo receber as seguintes 
designações: placas, chapas, cascas ou pilares-parede. 
 
� Placas: 
Elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações normais a seu 
plano. As placas de concreto são usualmente denominadas lajes. 
� Chapas: 
Elementos de superfície plana sujeitos principalmente a ações contidas em seu 
plano. As chapas de concreto em que o vão for menor que três vezes a maior 
dimensão da seção transversal são usualmente denominadas vigas-parede. 
� Cascas: 
Elementos de superfície não plana. 
� Pilares-parede: 
Elementos de superfície plana ou casca cilíndrica, usualmente dispostos na 
vertical e submetidos preponderantemente à compressão. Para que se tenha um 
pilar-parede, nessa superfície a menor dimensão deve ser menor que 1/5 da 
maior (b < h/5), ambas consideradas na seção transversal do elemento 
estrutural. 
Sistemas Estruturais de Concreto 
 
7 
 
c) Elementos especiais: 
 Para efeito da NBR6118 são considerados elementos especiais os elementos 
estruturais que se caracterizam por um comportamento que não respeita a hipótese 
das seções planas, por não serem suficientemente longos para que se dissipem as 
perturbações localizadas. São elementos desse tipo: vigas-parede, consolos e dentes 
Gerber, sapatas e blocos. 
 
� Vigas-parede: 
São consideradas vigas-parede as vigas altas em que a relação entre o vão e a 
altura (l/h) é inferior a 2, em vigas bi-apoiadas e, 3, em vigas contínuas. 
� Consolos: 
São considerados consolos os elementos em balanço nos quais a distância da 
carga aplicada à face do apoio é menor ou igual à altura útil (d) do consolo. O 
caso em que a > d deve ser tratado como viga em balanço. 
� Dentes Gerber: 
O dente Gerber é uma saliência que se projeta na parte superior da extremidade 
de uma viga, com o objetivo de apóia-la em consolo criado na face de um pilar 
ou na região inferior da extremidade de outra viga. 
� Sapatas: 
Sapatas são estruturas de volume usadas para transmitir ao terreno as cargas 
de fundação, no caso de fundação direta. 
� Blocos: 
Blocos sobre estacas são estruturas de volume usadas para transmitir às 
estacas as cargas de fundação. 
Blocos de transição são elementos de ligação entre outros elementos 
estruturais: viga-pilar, pilar-pilar.

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