Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 4 – CONTABILIDADE SOCIAL BP 1) Balança Comercial (bens não fatores) X = 100 - M = -80 2) Balança de serviços (não fatores) Turismo, viagens internacionais, fretes. 3) Balança de rendas (serviços fatores) lucros, juros, aluguéis) - R_Enviada (sinal negativo) = -200 + R_Recebida (sinal positivo) = 70 4) Transf. Uni. = 50 1 + 2 + 3= 4) Transações Correntes Saldo Balança de Rendas Remessa de renda de residentes em outros países RLEE Renda Líquida Enviada ao Exterior Sem contrapartida (unilateral) Fatores que contribuem para o saldo negativo em TC • perda de vigor das exportações (crise mundial); • crescimento acelerado das importações; • maior gasto dos brasileiros com viagens ao exterior; • o aumento das remessas de lucros e dividendos pelas empresas multinacionais instaladas no Brasil; • maiores gastos com transporte para o exterior (fretes e passagens). RLEE: Renda líquida enviada ao exterior é composta pela soma das remunerações dos serviços fatores (BR) e das transferências unilaterais (TU) + BP 1) Balança Comercial (bens não fatores) X = 100 - M = -80 2) Balança de serviços (não fatores) Turismo, viagens internacionais, fretes. 3) Balança de rendas (serviços fatores) lucros, juros, aluguéis) - R_Enviada (sinal negativo) = -200 + R_Recebida (sinal positivo) = 70 4) Transf. Uni. = 50 1 + 2 + 3= 4) Transações Correntes Saldo da Balança Comercial Saldo da Balança de Serviços TRLE: Transferência Líquida Recebida Do Exterior + BP 1) Balança Comercial (bens não fatores) X = 100 - M = -80 2) Balança de serviços (não fatores) Turismo, viagens internacionais, fretes. 3) Balança de rendas (serviços fatores) lucros, juros, aluguéis) - R_Enviada (sinal negativo) = -200 + R_Recebida (sinal positivo) = 70 4) Transf. Uni. = 50 1 + 2 + 3= 4) Transações Correntes Superávit Comercial = 20 Saldo Balança de Rendas = -130 Remessa de renda de residentes em outros países = 50 RLEE = -80 Logo, temos um saldo de -60 (20 -80) que equivale a um déficit em transações correntes Remessas de juros (serviço da dívida externa ou remuneração do investimento) Sem contrapartida (unilateral) Balanço de pagamentos US$ milhões Discriminação 2011 Balança comercial (FOB) 29 807 Exportações 256 040 Importações 226 233 Serviços -37 952 Rendas -47 319 Transferências unilaterais correntes (líquido)2 984 Transações correntes -52 480 SALDO EM TRANSAÇÕES CORRENTES DO BP - BRASIL O déficit em transações correntes, que era de US$ 33,4 bilhões em 1998, transformou- se em superávit no período 2003 - 2007 e a trajetória é de déficit a partir de 2008 . POUPANÇA E INVESTIMENTO A PREÇOS CORRENTES (% DO PIB) 1971-80 1981-90 Média 1995 1998 2001 2003 2005 2007 2008 2009 2010 2011 91/94 1. Investimento 21,8 20,8 19,1 18,0 17,0 17,0 15,3 15,9 17,4 19,1 18,1 19,5 19,3 2. Poupança Doméstica 17,9 19,3 19,3 15,5 13,0 13,5 16,0 17,3 18,1 18,8 15,9 17,5 17,2 3. Poupança Externa (+) 3,9 1,5 -0,2 2,5 4,0 3,5 -0,6 -1,4 -0,7 0,3 2,2 2,0 2,1 CONCEITOS Três formas de entender a Poupança Externa (Sext) 1. Poupança externa equivale a um saldo negativo em Transações Correntes (TC) Sext = - TC TC = B_Comercial + B_Serviços + Transferências Unilaterais BS = BS_NF + BS_F TRLE = BC + BS_NF RLEE = BS_F + TU TC = TRLE + RLEE (assume valor negativo) TC = (X-M) - BS_NF – BS_F + TUR TC = (X-M) – BS_NF -RLEE Tomando o sinal negativo e considerando BS=0 Sext = -TC = (M – X) + BS_NF + RLEE TRLE: Transferência líquida Recebida do Ext. (saldo de BS e saldo da BC) RLEE = Wnr – Wr + RLP + TU 2. Fazendo uma analogia à poupança privada e poupança do governo (com BS=0) Sp = Y – C; Sg = T – G; Sext = (M+ RLEE) – X I = S I = Sp + Sg + Sext Iint = Sint + Sext Se Iint for maior que Sint o país geralmente se apropria de poupança externa para financiar o investimento. Déficit em TC Sext positiva “Importamos” poupança do exterior Superávit em TC Sext negativa “Exportamos” poupança do exterior SEM POUPANÇA FORTE, BRASIL DEVERIA FOCAR MENOS NA INDÚSTRIA, DIZEM ECONOMISTAS Com uma taxa de poupança interna cronicamente baixa e grande propensão ao consumo, talvez o Brasil devesse esquecer a ideia de ter uma indústria local heterogênea e adotar um modelo mais próximo ao australiano: grande produtor de commodities, o país tem um déficit em transações correntes de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2013, e uma indústria com pouca representatividade no PIB. Em meio aos esforços da indústria para se reerguer de um cenário de queda na produção e de baixos níveis de produtividade, a polêmica recomendação é defendida por um grupo de economistas que enxerga uma correlação importante entre poupança e indústria. E que, na falta da primeira, busca apontar alternativas ao crescimento econômico que não sejam necessariamente ancoradas em setor manufatureiro amplo e forte. Em linhas gerais, um país com uma baixa taxa de poupança, como o Brasil, se torna um importador de poupança externa via bens e serviços vindos de fora. Nessa dinâmica, o câmbio é a variável a ajustar essa necessidade de poupança externa, o que significa que a tendência da moeda local é de valorização - algo mortal para a indústria de manufatura. "A queda da participação da indústria no PIB é meio inexorável, mas há países em que parece que essa desindustrialização é mais forte", afirma Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (IBRE/FGV). O Brasil seria um deles. (...) SEM POUPANÇA FORTE, BRASIL DEVERIA FOCAR MENOS NA INDÚSTRIA, DIZEM ECONOMISTAS A visão, no entanto, tem os seus críticos. "Discordo que a melhor forma de aumentar a taxa de investimento do Brasil é aumentar a poupança externa", diz o professor emérito da FGV, Luiz Carlos Bresser-Pereira. Segundo o ex-ministro da administração federal no primeiro governo de FHC, a ideia de crescer com poupança externa foi adotada em 1994, com a estabilização da moeda. Os efeitos, diz ele, foram o desincentivo ao investimento e o estímulo ao consumo, impulsionado pelo aumento do salário real e da propensão aos gastos da sociedade brasileira. Bresser-Pereira admite que a elevação do déficit para 4% ou 5% até poderia impulsionar o investimento em alguma medida, mas a um custo bastante elevado. "É o que chamo de populismo cambial ortodoxo, já que aumenta salário e consumo, deixando todo mundo feliz". Mas, complementa, é caro, expõe a economia a uma fragilidade financeira internacional, além de levá-la mais facilmente a uma crise cambial, como a de 1998. Leia mais em: http://www.valor.com.br/brasil/3140870/sem-poupanca-forte-brasil- deveria-focar-menos-na-industria-dizem-economistas#ixzz2UcPAd9xn POUPANÇA EXTERNA POSITIVA Significa que, em termos reais (não financeiros), estamos absorvendo recursos reais do resto do mundo que permitem o financiamento do consumo e dos investimentos do país. Isto implica que o país deve se desfazer de ativos estrangeiros e/ou aumentar sua dívida externa para fazer face ao excesso de despesa. Intuição: quando os estrangeiros nos fornecem mais bens e serviços do que recebem de nós é como se elestivessem poupando aqui, pois essa diferença será devolvida no futuro acrescida de juros (endividamento) ou o país perderá parte de seu patrimônio em forma de pagamento da entrada desse fluxo. O PORQUÊ DO “GERALMENTE”... Período 1973 a 1984 implementação do II Plano Nacional de Desenvolvimento em que o aumento da poupança externa foi acompanhado de um aumento da taxa de investimento crescimento com endividamento. Década de 90 aumento da poupança externa foi acompanha de um boom de consumo (reduzindo a poupança interna por causa dos baixos índices inflacionários) sem que houvesse aumento do investimento Período 2003-2006 Poupança externa caiu mas o investimento subiu. Logo, nem sempre o aumento da poupança externa leva a um aumento do investimento. LINHA DO TEMPO – POUPANÇA / INVESTIMENTO Iint = Sint + Sext 1991-99 Iint = Sint + Sext 2003-06 Iint = Sint + Sext 1973-84 Iint = Sint +Sext 2008 (...) ECONOMIA ABERTA E COM GOVERNO (+) (+) Impostos Diretos Incidem sobre a renda ou a propriedade e são pagos como impostos (ao governo . IR (Imposto de renda). IPVA (Imposto de Propriedade de Veículos Automotores). IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). (+) Impostos Indiretos Incidem sobre transações com bens e serviços e são pagos como parte dos preços das mercadorias. Imposto sobre Produto Industrializado (IPI). Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS). (+) Outras receitas: taxas, multas e pedágios. ECONOMIA ABERTA E COM GOVERNO (-) (-) Transferências donativos e pensões (-) Subsídios governo abdica de parte de uma receita à qual teria direito Altera no sentido contrário o preços das mercadorias relativamente aos preços que seriam observados se tais operações não existissem. “(...) o governo pode intervir na economia ofertando: crédito público, seguro subsidiado para cobrir quebra de safra, subsídios às mensalidades escolares (como no Programa PROUNI) ou educação pública gratuita.” Quais são as consequências da prática de uma indústria protegida setor a setor? http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/56860-proteger-industria- e-ajudar-setores-e-politica-miope.shtml MAIS UM POUCO SOBRE G (GASTOS DO GOVERNO) O produto gerado pelo governo é medido por suas despesas correntes e de custeio (salários e compras de materiais para a manutenção da máquina administrativa) e despesas de capital (aquisição de equipamentos, construção de estradas, hospitais, escolas, prisões, entre outros) – isso porque os serviços oferecidos pelo governo (justiça, educação e planejamento) não tem preço de venda de mercado. Petrobrás, Eletrobrás e outras sociedades de economia mista como a receita advêm da venda de bens e serviços no mercado são consideradas dentro do setor de produção privado. Governo Débito Crédito K Consumo do governo (Cg) E impostos diretos (ID) e1 pagos pelas famílias e2 pagos pelas empresas F Transferências f1 às famílias f2 às empresas H Impostos indiretos (II) I Subsídios G Outras receitas correntes líquidas P Saldo do governo em conta corrente Utilização da Receita Receita total f1 = transferências às famílias em forma de pensão e aposentadoria +juros da dívida pública I = transferências em formas de subsídios a determinados setores considerados importantes. Utilização Receita = Receita total Cg + transf + sub + Saldo do governo em CC = II + ID + OR Saldo do governo em CC* = T – G = Sg; T = II + ID + OR G = Cg + transf + sub *Se T>G Superávit Fiscal nas contas públicas Se T<G Déficit Fiscal nas contas públicas Necessidades de financiamento do setor público Diferente do conceito de dívida pública Saldo (estoque) acumulado até Determinado instante do tempo. MAIS DOIS CONCEITOS Para resolver o problema de que as transferências do governo ( de caráter monetário) não tem contrapartida em relação ao aumento da produção foram criados dois conceitos de produto: o produto a preços de mercado (Produtopm), que inclui o valor dos impostos indiretos compensados dos subsídios, e o produto a custo de fatores (Produtocf), que não considera esse valor adicional. PIBpm = PIBcf + Impostos Indiretos - Subsídios PIBcf = PIBpm – Impostos Indiretos + Subsídios PIB A PREÇOS DE MERCADO Resultado final do esforço da economia num determinado ano deve-se considerar: A RLEE, contribuição prestada pelos fatores de produção de propriedade de não residentes (interno) Produto bruto produção de valores para repor o capital desgastado também gerou produção de valores. Preço de mercado atuação do governo (compra de bens e serviços privados) também adiciona valor ao sistema econômico. Produção Débito Crédito A Produto Líquido (VA) C Consumo das famílias salários, aluguéis, lucros retidos lucros distribuídos juros L Consumo do governo D Formação bruta de capital fixo B Depreciação E Variação de estoques p1 Impostos diretos -m1 transferências às empresas G Exportação de bens e serviços R Outras receitas correntes líquidas Q Impostos indiretos -N subsídios J Renda líquida enviada ao exterior I Importação de bens e serviços Oferta total de bens e serviços Demanda total de bens e serviços Somatório de A até R PNBcf = RNBcf PNBcf +Q – N PNBpm PNBpm + J PIBpm PIBpm + M Oferta total Oferta Total = Demanda total (Absorção mais Exportações) PIBpm C + I + G + (X-M) Produto Nac. Líquidocf ( = salários + aluguéis + lucros retidos e distribuídos + juros + impostos diretos deduzidos das transf às empresas + outras receitas do governo) RNLcf (+ utilizado) RNLcf + Dep RNBcf PNBcf = RNBcf DE RNB A RDB. O sistema de contas construído a partir das determinações do SNA 93, e seguido pelo Brasil desde 1996, não utiliza mais a terminologia PNB ou PNL, pois parte do princípio de que “nacional” é uma qualificação que aplica-se apenas à renda gerada, já que tem que ver com a nacionalidade dos proprietários de fatores de produção. 1) RNB = PIB – RLEE, onde RLEE = renda líquida enviada ao exterior RNB = Renda Nacional Disponível Bruta A renda efetivamente disponível para os residentes de um país (incluindo o governo) decidirem entre consumir ou poupar tem de incluir também as transferências recebidas do exterior, bem como descontar as transferências enviadas. Logo, 2) RDB = RNB + TUR, onde RDB = Renda Nacional Disponível Bruta TUR = Transferências Unilaterais Líquidas Recebidas Descrição Valores em R$ Formação bruta de capital fixo..................................... 40 Transferências do governo .......................................... 15 Déficit em transações correntes ................................... 10 Subsídios ..................................................................... 25 Impostos diretos........................................................... 20 Impostos indiretos........................................................ 50 Poupança do setor privado .......................................... 20 Variação dos estoques ................................................. 10 Outras receitaslíquidas do governo ............................ 60 De acordo com o sistema de contas nacionais, calcule o consumo final do governo com base nas seguintes informações: ABSORÇÃO Economia Aberta com governo Defina como anteriormente, Cd = consumo das famílias em bens domésticos C* = consumo das famílias em bens importados C = Cd + C* Gd = consumo do Governo em bens domésticos G* = consumo do Governo em bens importados G = Gd + G* Id = bens domésticos utilizados como Investimento I* = bens importados utilizados como Investimento I = Id + I* Absorção (A) = C + I + G Produção (Y) = Cd + Id + Gd + X produzido dentro dos limites geográficos do país ABSORÇÃO Economia fechada (não transaciona com o exterior): Absorção coincide com o produto A igual a Y. Economia aberta A diferente de Y. O excesso (positivo ou negativo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo das exportações sobre importações de bens e serviços. O produto depende diretamente do sinal do saldo comercial do país, só coincidindo com a absorção caso o saldo comercial seja zero. VERDADEIRO OU FALSO?
Compartilhar