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Sufragio e Sistema eleitoral

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Sufrágio e Sistema eleitoral
Conceitos e Brasil
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Sufrágio
s.m. Voto, votação para a eleição de um candidato; declaração, opinião emitida em congresso ou assembléia que decide por maioria de votos: participar de sufrágio. 
Sufrágio direto, sistema em que o eleitor vota, ele mesmo, para a eleição dos vereadores, do prefeito, dos deputados, dos senadores, do governador e do presidente. 
Sufrágio indireto, sistema em que prefeito, governador, deputado, senador ou presidente são eleitos pelos membros de um corpo eleitoral. 
Sufrágio universal, sistema em que o corpo eleitoral é constituído por todos os cidadãos de maior idade e não incapazes por lei.
http://www.dicio.com.br/sufragio/
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Eleições e democracia
Direito de voto e poucas restrições
Elegibilidade
Direito de buscar votos
Eleições livres
Respeito ao resultado da eleição
Princípios que distingue os regimes democráticos dos autocráticos
Robert Dahl
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Sufrágio: restrições
Idade
Poder econômico
Distinção entre sexos
Deficiência de instrução
Deficiência física ou mental
Condenação criminal
Engajamento no serviço militar
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Brasil: restrições CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
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§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
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Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência
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Sistema eleitoral
Conjunto de regras para determinada circunscrição que corresponde aos votos de eleitores para prenchimento de cargos públicos eletivos por meio de um mandato em um sistema representativo
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Sentido amplo: sistemas eleitorais são as normas que regulam o processo eleitoral desde a organização do eleitorado, a realização das eleições, proclamação dos resultados e diplomação dos eleitos
Sentido estrito: normas específicas da legislação eleitoral que tratam de cálculos eleitorais que indicam em determinada eleição e circunscrição eleitoral, como os votos sufragados serão contabilizados para serem transformados em mandatos.
De maneira geral, há duas categorias de sistemas eleitorais conhecidos: majoritário e proporcional
http://www.tse.gov.br/hotSites/eje/arquivos/informativos/16_Sistemas_Eleitorais_1_10_2010.pdf
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Sistemas eleitorais
Tipos de sistema eleitoral:
Sistemas majoritários
Sistemas proporcionais
Sistemas mistos
Brasil:
Majoritário: executivo e senadores
Proporcional: legislativos federais, estaduais e municipais
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Sistema majoritário
Maioria simples: vence quem tem o maior número de votos
Maioria absoluta: dois primeiros colocados são submetidos a um segundo turno
Leis de Duverger: 
eleição majoritária de um só turno tende ao dualismo de partidos
eleição majoritária em dois turnos ou a representação proporcional tendem ao multipartidarismo 
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Brasil 
Sistema majoritário
Maioria absoluta: presidente da República, governadores de estado e prefeitos de cidades com mais de 200 mil eleitores
É preciso que o candidato obtenha 50% + 1 dos votos para que seja eleito no primeiro turno
Se não obtiver a maioria absoluta: dois candidatos mais votados disputam o segundo turno.
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Sistema proporcional
Sistema proporcional puro: uma circunscrição eleitoral
Sistema proporcional impuro: distrital
Brasil: sistema proporcional puro porque tem circunscrição única para eleição legislativa
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Sistemas Majoritários ou distritais : 
Sistemas Majoritários ou distritais : mesmo número de cadeiras e distritos 
Inglaterra : Sistema de quotas 
Índia : Sistema de dois turnos 
França: Voto alternativo
Sistemas Proporcionais : 
Sistemas Proporcionais : o parlamento espelha todo o eleitorado 
Irlanda: Sistema de voto único transferível
Bélgica: Representação proporcional de lista
Que candidatos, de cada partido, ocuparão as cadeiras : 
a) lista fechada b) lista aberta c) lista livre d) lista flexível e) coligações eleitorais 
Sistemas mistos : 
Combinação dos sistemas anteriores: 
Coréia do Sul, Rússia, Taiwan e Ucrânia
Bolívia, Hungria, Itália, Nova Zelândia e Venezuela
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Brasil
Total de votos válidos é dividido pelo número de vagas em disputa: quociente eleitoral
Quociente eleitoral: número de votos necessário para ocupar uma cadeira
Quociente partidário: resultado da divisão do total de votos de um partido pelo quociente eleitoral
Partidos e mandatos: número de vagas que obteve nas eleições
Ex: Quociente partidário de 6,5 o partido elege seis de seus candidatos - os mais votados
Sobras de votos: conta das frações de cada partido até que todas as cadeiras sejam distribuídas
Sistema proporcional privilegia o partido e não o candidato e acaba deixando de fora candidatos com mais votos que os eleitos
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Quociente eleitoral: 2010
Cada unidade da federação tem direito à um número de cadeiras dependendo de seu colégio eleitoral
35 deputados alcançaram o quociente eleitoral ou seja foram eleitos com seus próprios votos (pouco maior do que os 32 de 2006)
35 deputados e deputadas eleitos ou reeleitos com seus próprios votos, sem necessidade de somar os votos dados à legenda ou de outros candidatos de seu partido ou coligação, pertencem aos seguintes estados e partidos. No plano estadual, Bahia, Pernambuco e Minas Gerais elegeram cinco cada; Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo, dois cada; e Acre, Distrito Federal, Piauí, Paraná, Rondônia e Roraima, um cada. Já a distribuição por partido é a seguinte: PT e PMDB elegeram sete cada; PSB, cinco; PR, quatro; PSDB, DEM e PP, dois cada; e PTB, PPS, PDT, PSC, PSol e PCdoB, um cada.
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 	Sobras eleitorais : número de eleitos definidos pelos cálculos dos quocientes eleitoral e partidário não atingem à totalidade das vagas da Casa Legislativa. Isso acontece porque os números resultantes daqueles quocientes não são números inteiros. Resultam das partes fracionárias daquelas divisões anteriores.
	Cada vaga não preenchida pelos cálculos anteriores será definida pela distribuição das sobras eleitorais somente entre os partidos que tenham obtido pelo menos 1 vaga pelo quociente partidário (ou obtido o quociente eleitoral – CE, art. 109, § 2º), mediante um novo cálculo: divide-se o número de votos válidos sufragados à mesma legenda partidária (mesmo numerador do cálculo do quociente partidário) pelo número de cadeiras conquistadas pelo partido/coligação mais 1 (no numerador); a legenda partidária que obtiver o maior resultado numérico nessa divisão, será a detentora desta primeira sobra (vaga). 
Se ainda restarem vagas a serem distribuídas, será repetida essa mesma divisão com a participação de todos as legendas partidárias que tenham participado da primeira divisão de sobra, inclusive a que a tenha obtido (CE, art. 109, I e II).
A definição dos candidatos das legendas partidárias que ocuparão essas sobras será dada pelo mesmo critério utilizado na definição das vagas pelo quociente partidário, ou seja, pela ordem da votação nominal que possua cada candidato, dentro da sua legenda (CE, arts. 108 c/c 109, § 1º).
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Voto válido, inválido e nulo
Majoritário absoluto: 50% + 1: senão voto nulo era vencedor
TSE: art. 224 da Lei Eleitoral, obriga a realizar nova eleição
 
Re-interpretação da legislação: nova eleição somente se anulada pelo TSE
CF/88: diz: “somente os votos válidos (excluindo-se os nulos e brancos) são contabilizados”) transformou os votos nulos dos eleitores em votos inválidos (o mesmo que não existentes). Critério de Votos Válidos do TSE 
Brasil: não é necessário de mais de 50% dos votos válidos. Exemplo: 100 pessoas votando (eleitores). Resultado: 30 votos - nulo 40 votos - X 30 votos - Y Nenhum candidato teve mais que 50% mas os votos nulos são ignorados
 
X - 40 votos de 70, ou seja - 57,1% Y - 30 votos de 70, ou seja - 42,9% 
 
 
Fonte: www.duplipensar.net/artigos/2006 
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Sistema misto
Parte dos candidatos é eleitos por método proporcional e parte pelo método maioritário (caso italiano)
Voto distrital e distrital misto: maior representatividade aos candidatos regionais
Todas regiões representada nos parlamentos estadual e federal
Inglaterra: país é dividido em pequenas regiões, onde cada partido lança seus candidatos. O mais votado em cada uma é eleito
Alemanha: uma porcentagem é eleita pelos distritos e outra pelo sistema proporcional 
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Sistema de voto majoritário nas eleições legislativas: Afeganistão, Indonésia e Jordânia.
Japão: 1964 adotaram o sistema proporcional, similar ao utilizado pelo Brasil
Brasil Império e República Velha: entre 1824 e 1930 eleições para a Câmara dos Deputados com sistema majoritário
1932: optou por um modelo misto, com parte dos representantes eleita pelo sistema proporcional. 
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,apenas-tres-paises-adotam-sistema-majoritario,675870,0.htm
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Reforma política
Propostas: cláusula de barreira, proibição de coligações em eleições proporcionais e o voto distrital e o distrital misto
Cláusula de barreira: partidos devem ter um número mínimo de votos distribuídos pelo país para que tenham cadeiras no Congresso
Eliminar os partidos "nanicos e de aluguel” com pouca representatividade e utilizados por legendas maiores 
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Projeto PLS 268/2011
Financiamento exclusivo com dinheiro público de campanha: exigência de referendo para alteração no sistema eleitoral do país ; regras para coligações partidárias 
Coligações: permite coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias
Suplência de senador: reduz de dois para um e proíbe o cônjuge ou parente do candidato ao Senado
Fidelidade partidária: não ocorrerá perda de mandato por desfiliação por justa causa
Lista fechada: institui o sistema eleitoral proporcional de listas fechadas para a Câmara dos Deputados (partido apresenta uma lista de candidatos por prioridade definida por meio de convenção partidária que elege de acordo com a ordem apresentada pelo partido).
Matérias aprovadas
Senado: veda a transferência de domicílio eleitoral de prefeitos e vice-prefeitos durante o exercício do mandato e a cláusula de desempenho partidário nas eleições 
Matérias rejeitadas
Senado: acaba com a possibilidade de reeleição para presidente, governador e prefeito, e que acaba com a exigência de filiação partidária para candidatos em eleições municipais. As matérias foram enviadas ao arquivo
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Benefícios a que cada senador tem direito Salário mensal de R$ 26.723,12. (até 2013) 14º e 15º salários (ajuda de custo) recebidos em fevereiro e dezembro substituídos pelo cotão Apartamento funcional e auxílio-moradia: quem não ocupa imóvel pode optar por auxílio-moradia (mensal R$ 3,8 mil) Cota de passagem aérea: entre R$ 21 mil a R$ 43 mil Atendimento médico e odontológico: não há limite para despesas médicas e beneficia o parlamentar, cônjuge e dependentes com até 21 anos, ou até 24, se universitários R$ 25,99 mil: limite anual para despesas odontológicas e psicoterápicas 
Senadores: autorizados a manter escritório em seus estados com o endereço completo de sua localização
Senado: orçamento mais confortável por legislador: R$ 2,7 bilhões anuais correspondem a R$ 33,4 milhões para cada um dos 81 senadores. 
ONG Transparência Brasil
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Deputados Federais
(1) porque 14º e o 15º salários foram extintos
(2) + adicional de R$ 1.244,54 
2014: aumento 12%.
Passagens aéreas, fretamento de aeronaves, alimentação, cota postal e telefônica, combustíveis, consultorias, divulgação, aluguel e despesas de escritórios políticos, assinaturas e TV e internet, segurança. Telefone dos imóveis funcionais fora do cotão: uso livre, sem franquia. 
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Pesquisa da ONU em parceria com a UIP (União Interparlamentar): custo do Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo, seja em valor global ou por parlamentar (US$ 4.415.091,00), apenas superado pelos Estados Unidos
Se aproximássemos a média de custo da atividade parlamentar brasileira à média dos custos na Alemanha (total: US$ 821 milhões // por parlamentar: US$ 1,191 milhão) e França (total: US$ 998 milhões // por parlamentar: US$ 1,079 milhão), o custo total do Congresso (Senado e Câmara de Deputados) deveria ser de US$ 674 milhões (média por parlamentar: US$ 1,135 milhão), ou R$ 1.348.380.000,00. Comparação com Argentina (5ª maior despesa do mundo) ou México (7ª maior despesa
do mundo): uma bilionária economia de R$ 6.405.764.000,00
Comparação: este valor seria suficiente para elevar o salário de todos os professores rede pública do país em R$ 492,00/mês, ou para recuperar milhares de quilômetros de estradas, ou para a construção de vários hospitais e sua manutenção
Cabe ao Congresso definir a adequação de suas despesas ao teto permitido pela sociedade, seja com a redução de salários e mordomias ou corte de pessoal, que, no caso de concursados, poderiam ser repassados para a União
http://revistaforum.com.br/brasilvivo/2013/05/30/custo-da-atividade-parlamentar-no-brasil-ultrapassa-r-20-bilhoesano/

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