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Resumo do cap 1 e 10 do livro "Fundamentos de Projeto de Edificações Sustentáveis" - Marian Keeler

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O Processo de Projeto Integrado de Edificações – Capítulo 1
 O título que norteia esse capítulo inicial dispõe de uma prática de planejamento sustentável; sendo “projeto integrado de edificações” sinônimo de sustentabilidade. Para alcançar essa arquitetura de integração, faz-se necessário uso de estratégias referentes ao consumo de energia, à qualidade ambiental e aos recursos naturais. Assim, é preponderante enfrentar as problemáticas projetuais de forma unificada, isto é, correlacionadas - uma vez que as decisões têm inúmeras consequências ambientais. 
 Dessa forma, quando o estudante ou profissional de arquitetura e urbanismo atua em equipe é essencial que haja diretrizes que os guiem à integração projetual, tais como: compreender o escopo do que se está sendo trabalhado; considerar os impactos ambientais decorrentes da elaboração; entender as responsabilidades de cada atribuição da equipe; unificar as questões do sítio urbano e da comunidade; e ponderar os impactos pré-estabelecendo as possíveis soluções. Ademais, o grupo carece de repassar a proposta concebida aos que desfrutarão da arquitetura final, ou seja, dando um passo além das instruções para que a premissa de sustentabilidade seja permeada. 
 Para tais rumos, o projetista tem de alcançar o sincretismo ambiental, funcional e estético. Não se opta por um determinado tamanho de janela, por exemplo, apenas considerando a capacidade energética atribuída à edificação, pois qualquer escolha interfere na morfologia final, na energia consumida, no meio ambiente e na experiencia do usuário; o que urge um pensamento de unificação (integração) das deliberações. 
 Esse parâmetro coincide em diferentes setores do projeto, como: aproveitamento máximo da porção solar na edificação, da captação eólica, manuseio hídrico consciente, resguardo da qualidade interna do ar, preservação vegetal, rendimento do uso de recursos materiais, etc. Por esse motivo, na prática real da arquitetura, exija-se um tempo maior na obra destinado aos estudos preliminares e mais complexos, a fim de maximizar a eficiência dos sistemas da edificação garantindo o resultado sustentável. 
 Os Princípios Básicos de Energia – Capítulo 10
 Valendo-se do calor como forma de consumo energético – subtraindo ou adicionando – temos duas energias térmicas: sensível e latente. A primeira resulta da medição da agitação molecular proveniente de qualquer material presente na Terra acima do zero absoluto, 0°K. Esse aferimento de intensidade média é o que chamamos de temperatura; que quanto mais alta maior a vibração das moléculas do material. Já a energia latente é o calor liberado ou absorvido por uma substância durante uma mudança de fase.
 A transferência térmica em edificações pode ocorrer por condução – quando existe um contato direto entre dois ou mais objetos de temperaturas distintas e o mais quente transfere calor ao menos quente, entrando assim em equilíbrio. Essa medida de taxa de transferência é conhecida como valor-U (ou fator-U), isto é, para se obter uma boa troca de calor na edificação é preciso alcançar um baixo valor-U. Assim, a resistência do material escolhido é contrária, valor-R: quanto maior for esse valor, maior será a dificuldade do material de cumprir o fluxo térmico. 
 Existem mais dois tipos de transferências térmicas: convecção e radiação. A primeira tem relação com a horizontalidade. Por se tratar da expansão dos fluidos – líquidos e gasosos – à medida que absorvem calor, o ar mais quente fica menos denso e sobe e o mais frio fica mais denso e desce. Esse ciclo, se for bem aproveitado, ajuda na qualidade térmica da edificação através de aberturas altas, eliminando o ar mais quente. O próximo tipo de transferência é por radiação: o calor é deslocado no vácuo ou no ar; todos os objetos acima do zero absoluto emitem e absorvem energia eletromagnética por meio de radicação. Essa potência é refletida, absorvida e/ou transmitida pelo material, sendo assim compreendido a importância dessa capacidade energética, pois através dessas três características determina-se a escolha do material empregado na edificação.
 Toda e qualquer estratégia do projetista tem como produto final o usuário e, portanto, o conforto humano na edificação. Essas medidas são influenciadas pelo clima externo e de como definimos e ocupamos internamente o projeto. Em tal caso, avalia-se a temperatura, a umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento, condições celestes e precipitações. 
 Diante disso, é preponderante compreendermos a dinamicidade solar: o percurso do Sol e o número de horas que ele fica acima do horizonte variam de acordo com a distância do observador à Linha do Equador, a latitude e a época ou estação do ano. Assim, a arquitetura aproveita desses conhecimentos, como por exemplo as edificações vernaculares históricas nos Estados Unidos, ou seja, um clima frio; são casas com telhados íngremes visando redirecionar os fortes ventos do inverno, além de uma chaminé central para maximizar a conservação do calor dentro da área social. Mais ao sul, nos Estados de Mississippi e Alabama, o pavimento principal era elevado e afastado do solo para intensificar a ventilação. As casas eram cercadas por varandas profundas, criando uma área de estar externa no verão e, ao mesmo tempo, protegendo o interior da incidência solar.
 O Projeto de Edificações Eficientes em Consumo de Energia: Edificações Habitacionais e Comerciais Pequenas – Capítulo 11

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