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Profa. Vanda Santana Biomédica – Analista Clínico Mestranda em Biotecnologia - UFAM UNIVESIDAE PAULISTA FARMACOLOGIA APLICADA A BIOMEDICINA 4. Farmacologia do Sistema Nervoso Periférico o Anatomia e fisiologia básicas do sistema nervoso autônomo; o Transmissão adrenérgica (síntese e liberação da norepinefrina, receptores adrenérgicos, fármacos adrenérgicos e antiadrenérgicos); o Transmissão colinérgica (síntese e liberação da acetilcolina, receptores colinérgicos, fármacos colinérgicos e anticolinérgicos). o Principal característica: INVOLUNTÁRIO • Funções: • Controla as funções viscerais • Controla glândulas exócrinas, temperatura, pressão arterial, secreções gastrointestinais. • Manutenção da homeostase • Regulação: Respiração, Circulação, Digestão, Metabolismo energético (fígado e músculos), Secreção Endócrina. • Conduz impulsos nervosos do SNC para musculatura lisa, músculo cardiáco, glândulas e outras funções involuntárias. o Composição: Nervos espinhais e cranianos Gânglios Neurônios sensitivos/aferentes (colhem informações sensoriais para o SNC). Neurônios motores/eferentes (a partir do SNC enviam mensagens aos órgãos efetuadores). Fibras sensoriais (nervos aferentes ou sensitivos) Fibras motoras (nervos eferentes ou motores) SNC ÓRGÃOS EFETORES o Secreção de substâncias químicas por células nervosas para conduzir impulsos nervosos que produzam respostas. o Etapas: Condução: passagem de um impulso nervoso ao longo de um axônio ou fibra muscular; Transmissão: passagem de um impulso através de uma sinapse ou uma junção neuroefetora Estende-se do 1º segmento torácico ao 2º ou 3º lombar. Fazem sinapse com os neurônios localizados nos gânglios autônomos simpáticos, fora do eixo cerebroespinhal. Gânglios autônomos simpáticos: • paravertebrais (ao lado da coluna vertebral), • pré-vertebral (abdôme e pelve) e • terminais (bexiga, reto e gânglios cervicais na região do pescoço). Fibra pré-ganglionar: • origina-se da medula espinhal • Podem fazer sinapse com os neurônios de mais de um gânglio simpático. Fibra pós-ganglionar: •origina-se do gânglio simpático •Inervam estruturas viscerais do tórax, abdome, cabeça e pescoço. Músculo radial da íris Músculo ciliar Nódos SA e AV Sistema de Purkinje Miocárdio Brônquios Estômago Rins Intestino Bexiga Glândulas sublingual, Submaxilar e Parótida Músculo Pilomotor Glândulas sudoríparas vasos sanguíneos Gânglio Simpático Paravertebral F ib ra s p ré -g a n g li o n a re s Fibras pós-ganglionares Composto por: • Fibras pré-ganglionares que se originam em 3 áreas do SNC, sendo 2 na região craniana (mesencéfalo e bulbo) e a parte sacral da medula espinhal. • Conexões pós-ganglionares região craniana (mesencéfalo e bulbo) F ib ra s p ré -g a n g li o n a re s Região sacral Fibra pré-ganglionar da divisão parassimpática craniana: Gânglios terminais • Fazem sinapse com os neurônios dos gânglios parassimpáticos ciliar da órbita, glândulas submaxilares e sublinguais, esfenopalatino, gânglio óptico, vísceras do tórax e do abdome. Fibra pré-ganglionares da divisão parassimpática sacral •Formam os nervos pélvicos. •Fazem sinapse nos gânglios terminais localizados na proximidade ou no interior da bexiga, no reto e nos órgãos sexuais Fibra pós-ganglionar: • Origina-se do gânglio parasssimpático •Inervam o esfíncter da íris, musculo ciliar, glândulas salivares e lacrimais e as glândulas mucosas do nariz, da boca e da faringe. região craniana (mesencéfalo e bulbo) Região sacral Gânglios terminais Genitais Bexiga Intestino grosso Rins Ductos biliares Vesícula biliar Intestino delgado Estômago Brônquios Nódos SA e AV Esfincter do músc. da íris Músculo ciliar Glândula lacrimal Glândula submaxilar e sublingual Glândula parótida o Cada sistema compreendem 02 neurônios: Neurônio Pré-ganglionar Neurônio Pós-ganglionar Simpático Parassimpático Parassimpático SN Simpático SN Simpático SN Parassimpático Localização porções torácicas e lombares da medula espinhal. (entre 1º torácica e 2º lombar) Porção cranial e sacral da medula espinhal. Tamanho das fibras Pré-ganlionares Curtas Longas Tamanho das fibras Pós-ganlionares Longas curtas o Podem atuar em um mesmo órgão de forma antagônica (atua ao contrário) em um determinado órgão; ou em cooperação. o Trabalham em harmonia para a coordenação da atividade visceral adequando o funcionamento de órgãos as diversas situações no qual é submetido. o O Parassimpático apresenta ação sempre localizada em um órgão ou região do organismo. o Já o simpático possui uma localização mais difusa atingindo vários órgãos. o Você sabia? Que nos órgãos genitais o parassimpático é responsável pela ereção e o simpático pela ejaculação. Simpático Parassimpático Corpo do neurônio pré-ganglionar Porções torácicas e lombares da medula espinhal Porção cranial e sacral da medula espinhal. Corpo do neurônio pós-ganglionar Gânglio autônomo Simpático Gânglio autônomo Parassimpático Fibras pré-ganglionares CURTAS LONGAS Fibras pós-ganglionares – LONGAS curtas Transmissor pré e pós-ganglionar Acetilcolina acetilcolina Transmissor pós-ganglionar-efetor Norepinefrina (principalmente) Acetilcolina Receptor pós-ganglionar Colinérgico nicotínico Colinérgico nicotínico Receptor da junção neuro-efetor Receptor adrenérgico Receptor colinérgico muscarinico Efetores m. cardíaco, m. lisos, glândulas m.cardíaco, lisos, glândulas Ação Seletiva Vasculatura Glândulas lacrimais Ação cooperativa Ejaculação Ereção Ação antagônica Tônus simpático Tônus parassimpático a) Olhos: - Simpático: midríase = contração do músculo da íris causando dilatação das pupilas.(2) - Parassimpático: miose = contração do músculo circular da íris causando contração da pupila.(3) b) Glândulas Sudoríparas: - Simpático: secreção é aumentada. - Parassimpático: nenhum efeito. c) Glândulas Salivares: - Simpático: pequeno efeito secretor. - Parassimpático: aumento da secreção salivar. d) Coração: - Simpático: aumento da frequência cardíaca. - Parassimpático: diminuição da frequência cardíaca. e) Vasos Sanguíneos: - Simpático: constrição. - Parassimpático: dilatação. f) Vias aéreas: - Simpático: broncodilatação com vasoconstrição. - Parassimpático: broncoconstrição com vasodilatação. o Síntese se Degradação de Acetilcolina o Receptores colinérgicos o Fármacos colinérgicos o Farmacos anticolinérgicos o Neurotransmissor endógeno das sinapses e junções neuroefetoras colinérgicas do SNC e SNP. o Derivado da colina e sintetizado pelo SNC e SNA parassimpático. o No SNP é secretado por diferentes fibras colinérgicas: Fibras autônomas pré-ganglionares (todas) Fibras parassimpáticas pós-ganglionares (todas) Fibras simpáticas pós-ganglionares (algumas) o Efeitos da ACh: • No Sistema cardiovascular Vasodilatação; Redução da freqüência cardíaca; Diminuição da força de contração cardíaca; Queda da condução nervosa no nodo sinoatrial e nodo atrioventricular. • Na mente: desempenha um importante papel nas funções cognitivas (ex.: a aprendizagem). o Neurotransmissor secretado por fibras colinérgicas: Fibras autônomas pré-ganglionares (todas) Fibras parassimpáticas pós-ganglionares (todas) Fibras simpáticas pós-ganglionares (algumas) Parassimpático SN Simpático o Catalisada pela enzimas colina acetiltransferaseo Ocorre citosol do neurônio a partir da Acetil-coenzima A (mitocôndria) e da colina (fenda sináptica). o A colina acetiltransferase catalisa a etapa final da síntese de Ach = acetilação da colina com acetil coenzima A (CoA) o Catalisada pela Acetilcolinesterase (AChE). o Ocorre na fenda sináptica o Etapa essencial para que a ACh funcione como neurotransmissor no sistema motor e em algumas sinapses neuronais – remoção ou inativação. Armazenadas em vesículas pré sinápticas (terminal axônico). Ocorre um potencial de ação ou impulso nervoso que chega a terminação nervosa levando a despolarização aumenta permeabilidade ao cálcio desencadeia um influxo de cálcio do extracelular para o citoplasma do neurônio leva a liberação Ach. Este aumento de cálcio faz com que as vesículas intraneuronais se fundam com a membrana celular e permitam a expulsão do seu conteúdo na fenda sináptica. Vias de remoção da acetilcolina: Difusão: Difundir-se fora do espaço sináptico e entrar na circulação. Metabolização: Metabolizada pela acetilcolinesterase. Recaptação. Tipos principais de receptores colinérgicos: Muscarínicos e Nicotínicos. • Receptores acoplados à proteína G • Presente no SNC e SNP • No SNP são encontrados principalmente → células efetoras autônomas inervadas pelos nervos parassimpáticos pós-ganglionares. • Também estão presente em gânglios autônomos e em algumas células (endotélio vascular). • 5 subtipos: M1 (gânglios e glândulas secretoras e SNC) M2 (miocárdio, musculo liso e SNC) M3 e M4 (musculo liso, glândulas secretoras e SNC) M5 (SNC) • São canais iônicos • Presentes em músculos esqueléticos, gânglios autônomos, medula supra- renal, cérebro e medula epinhal. • Tipos: α e β • Subtipos: 8= α (α2- α9) e 3 = β (β2- β4) o Síntese e liberação da norepinefrina o Receptores adrenérgicos o Fármacos adrenérgicos o Fármacos antiadrenérgicos o Neurotransmissor endógeno das sinapses e junções neuroefetoras adrenérgicas do SNC e SNP. o Derivado da tirosina e sintetizado no SNC e SNA Simpático o No SNP secretado por fibras adrenérgicas: Fibras simpáticas pós-ganglionares (maioria) o Efeitos da NE Estimulação respiração Aumento da atividade psicomotora Manter a pressão sanguínea em níveis normais. o Ação Excitatório: células dos músculos lisos dos vasos (fornecem sangue à pele e às membrans mucosas); função cardíaca (aumento dos batimentos cardíacos e da força de contração) Inibitórios: células dos músculos lisos na parede do estômago, nas árvores brônquicas dos pulmões, e nos vasos que fornecem sangue aos músculos esqueléticos. Neurotransmissor secretado por fibras adrenérgicas: • Fibras simpáticas pós-ganglionares (maioria) • E certos locais do SNC SN Simpático Neurônio Adrenérgico o Liberam norepinefrina como neurotransmissor o Localizam-se no SNC e no sistema nervoso simpático o Servem como elos entre gânglios e órgãos efetores. Órgãos Efetores o Sítio de ação dos fármacos adrenérgicos neurônios adrenérgicos receptores pré-sinápticos (no neurônio) ou pós-sinápticos (no órgão efetuador). OH TIROSINA Tirosina hidroxilase Diidroxi-fenilanina (DOPA) DOPAMINA Descarboxilase dos ácidos- L-amino aromáticos NOREPINEFRINA Feniletanolamina-N- metiltransferase EPINEFRINA OH CO2 dopamina β-hidroxilase • Armazenadas em vesículas pré sinápticas • Fica ligada a ATP e proteínas (diminuir difusão, evita destruição enzimática (complexo inativo), até liberação por estímulo. 1. Potencial de ação chega a terminação nervosa; 2. Despolarização terminação nervosa = libera NE e aumenta permeabilidade ao cálcio) 3. Desencadeia um influxo de cálcio do extracelular para o citoplasma do neurônio. 4. Vesículas intraneuronais se fundem com a membrana celular, permitindo a expulsão do seu conteúdo na fenda sináptica. A NA liberada das vesículas difusas sinápticas cruza a fenda sináptica e liga-se ao receptor pós-sináptico no órgão receptor ou no receptor pré-sináptico do nervo terminal. Ocorre um evento em cascata dentro da célula, resultando na formação do segundo mensageiro intracelular • Receptores adrenérgicos usam ambos, os sistemas de segundo mensageiro: AMPc e/ou IP3 e DAG para transmitir o sinal para dentro do órgão efetor. o Vias de remoção da noradrenalina: 1. Difusão: pode difundir-se para fora do espaço sináptico e entrar na circulação. 2. Metabolização: pode ser metabolizada pela catecol O-metiltransferase (COMT) ou MAO espaço sináptico. 3. Recaptação: pode ser recaptada pelo sistema up-take que puxa a NA para dentro do neurônio - pela ativação da bomba Sódio-Potássio ATPase. - Receptores α-adrenérgicos: α1 e α2. - Receptores β-Adrenérgicos: β1 e β2. - Adrenalina excita os receptores α e β. - Noradrenalina excita os receptores α predominantemente. Tipos principais de receptores adrenérgicos: α e β o Receptores α-adrenérgicos: • α1 - excitatório • α2. inibitório o Receptores β-Adrenérgicos: • β1 - é excitatório e inibitório • β2 - predominantemente inibitório o Agonista Colinérgico: Fármacos que mimetizam a ação da acetilcolina. Agonista Colinérgico muscarínico: fármacos que mimetizam a ação da acetilcolina nos locais que contém receptores muscarínicos. - Células efetoras inervadas por nervos parassimpáticos pós ganglionares; - Gânglios simpáticos e parassimpáticos e medula supra-renal inervados por fibras autônomas pré-ganglionares; - Placas motoras terminas do musculo esquelético, inervada pelos nervos motores somáticos - Algumas células (endotélio vascular); - Algumas regiões do SNC(hipocampo, córtex e tálamo). • Indicações terapêuticas: oftalmologia e para aumentar o tônus gastrintestinal e vesical. Agonista Colinérgico nicotínico:fármacos que mimetizam a ação da acetilcolina nos locais que contém receptores nicotínicos. - Gânglios autônomos - Musculo esquelético • Indicações terapêuticas: oftalmologia e para aumentar o tônus gastrintestinal e vesical. o Agonista dos receptores colinérgicos muscarínicos Acetilcolina Ésteres sintéticos da colina (metacolina) Alcalóides colinomiméticos naturais (pilocarpina, muscarina e arecolina) Ésteres do ácido carbâmico (carbacol, betanecol) o Agonista dos receptores colinérgicos muscarinicos o Praticamente não tem ações terapêuticas – ações difusas e facilmente hidrolisada (AChE e butirilcolinesterase plasmática) o Sintetizados vários derivados da ACh na tentativa de obter fármacos com ação mais seletiva e prolongada. o Quando administrada de modo sistêmico pode agir em todos os locais que contém receptores colinérgicos. • São as ações da ACh ou fármacos relacionados nos locais efetores autônomos. • Equivalem aos efeitos dos impulsos nervosos parassimpáticos pós- ganglionares (impulsos colinérgicos) região craniana (mesencéfalo e bulbo) Região sacral -Células efetoras inervadas por nervos parassimpáticos pós ganglionares; -Gânglios simpáticos e parassimpáticos e medula supra-renal inervados por fibras autônomas pré-ganglionares; -Placas motoras terminas do musculo esquelético, inervada pelos nervos motores somáticos -Algumas células (endotélio vascular); -Algumas regiões do SNC(hipocampo, córtex e tálamo). o Carbacol Carbamil éster da colina Usado principalmente em oftalmologia (catarata) - rápida miose Usado no tratamento do glaucoma quando existe resistência à pilocarpina ou fisiostigmina Uso Clínico o Βetanecol Efeito mais duradouro devido à resistência as colinesterases Estimula seletivamente os tratos urinário e gastrointestinal Facilita o esvaziamento da bexiga em pacientes após cirurgias ou cominjúrias na medula espinhal (bexiga neurogênica) o Pilocarpina Promove constrição da pupila (miose) Usado no tratamento do glaucoma Contrai o músculo ciliar através da estimulação de receptores muscarínicos Aumenta o fluxo do humor aquoso -Sinais previsíveis do excesso muscarínico: náuseas, vômitos, salivação, sudorese, vasodilatação cutânea e constrição brônquica. - Certos cogumelos especialmente os do gênero Inocybe, contêm alcalóides muscarínicos. A ingestão desses cogumelos provoca sinais típicos do excesso muscarínico dentro de 15-30 min. - O tratamento consiste em utilização de atropina. O cogumelo Amanita muscaria apresenta concentrações muito baixas de muscarina. Toxicidade DUMBELS: D DIARRÉIA U URINA (perda do controle) M MIOSE B BRONCOCONSTRIÇÃO E EXCITAÇÃO (M. esquel. e SNC) L LACRIMEJAMENTO S SALIVAÇÃO, SUDORESE Tratamento: Bloqueadores muscarínicos – Ex.: Atropina o Sinonímia: Antagonista colinérgico ou parassimpaticolítico. o Fármacos que inibem a ação da acetilcolina pelo bloqueio dos receptores colinérgicos (muscarínico ou nicotínico). Antagonista Colinérgico muscarínico: fármacos que inibem a ação da ACh pelo bloqueio dos receptores nos locais efetores autonomos inervados pelos nervos colinérgicos pós- ganglionares. • Também inibem a ação da ACh nos receptores muscarinicos pré e pós sinápticos nos gânglios e nos neurônios do SNC. • Indicações terapêuticas:Distúrbios do trato gastrointestinal e urinário; Doenças respiratórias especificas; Cinetose; Sintomas parkinsonianos; Intoxicação por inibidores da cholinesterase; oftalmologia TECIDO RESPOSTA USO Olho Relaxa o m. constritor da pupila Paralisa o m. Ciliar (cicloplegia) Midriase pré-operatória/ uveíte Trato GI Diminui a hipermotilidade do trato GI e secreções Antiespasmódico, hipermotilidade, medicação pré-operatória Brônquios Diminui a broncoconstrição e secreções Cirurgias e asma Bexiga Relaxamento, contração do esfíncter Incontinência urinária Músculo esquelético Sem efeitos Tecidos glandulares Diminuição das secreções gástricas, pulmonares, da boca e sudorípara Úlcera péptica Pré-medicação anestésica Músculo cardíaco Bloqueio vagal Diminui a estimulação parassimpática Baixas doses Altas doses Retenção urinária Boca seca Cicloplegia (visão borrada) Midríase Anidrose Taquicardia Febre leve Fotofobia Náusea Vômito Hipertensão Excitação Alucinações Convulsões Morte o São fármacos que inibem o metabolismo da ACh pelas enzimas acetilcolinestares. o Mecanismos de ação: Normalmente a ACh é rapidamente degradada na sinapse colinérgica (T1/2= 40ms) Bloqueiam a hidrólise da ACh → aumentam a concentração de ACh na fenda sináptica, assim, o efeito da ACh é amplificado, conduzindo a efeitos muscarínicos ou nicotínicos, dependendo do órgão. o Glaucoma (contração do músculo ciliar---> aumento do fluxo do humor aquoso ---> diminuição da pressão intraocular) o Miastenia gravis o Estimulação da motilidade dos tratos gastrintestinal e urinário (ex: neostigmina) o Reversão do bloqueio neuromuscular o Envenenamento por atropina o Agonista Adrenérgico: Fármacos que mimetizam a ação da norepinefrina. Atuam em receptores: Adrenérgicos: α (1,2), β (1,2) e Dopaminérgicos: D (1). Indicação terapêutica: hipertensão, choque cardiovascular, arritimias, asma e reação anafilática. • São as ações da Norepinefrina ou fármacos relacionados nos locais efetores autônomos. • Equivalem aos efeitos dos impulsos nervosos simpáticos pós- ganglionares (impulsos adrenérgicos) Classificação Simpatomiméticos diretos Simpatomiméticos indiretos o Ocupam diretamente os receptores adrenérgicos e desencadeiam efeito farmacológico. o São derivados catecolamínicos. o Podem ser: Não seletivos: noradrenalina, adrenalina Agonistas α 1: Metoxamina; fenilefrina; fenilpropanolamina Agonistas α 2: Clonidina (anti-hipertensivo) Agonistas β1: Noradrenalina, dobutamina, isoproterenol Agonistas β2: Albuterol, salbutamol, terbutalina, isoproterenol o Liberam indiretamente neurotransmissores adrenérgicos. o Não são derivados catecolamínicos. Ex.: Tiramina, efedrina, anfetamina Cocaína, antidepressivos tricíclicos o Inibem a recaptação de catecolaminas. Ação: estimulam o SNC através de uma intensificação da noradrenalina, que ativa partes do sistema nervoso simpático, levando o coração e os sistemas orgânicos a funcionarem em alta velocidade. Resultado: batimento cardíaco é acelerado pressão sanguínea sobe reduz a atividade gastrintestinal inibe o apetite Reação tóxica: psicose anfetamínica pode durar até algumas semanas, com irritabilidade, insônia, alucinações e até a morte em casos extremos. Os sonhos de quem abusa de anfetaminas são perturbados e interrompidos, e seu sono é pouco reparador. • Arrepios seguidos de sentimentos de confiança e presunção. • Pupilas dilatam, • respiração torna-se ofegante, • fala fica atropelada. • estado de euforia e elevação, • o corpo se agita com uma intensa liberação de energia. • energia se extingue, • o efeito começa a declinar, • inquietação, nervosismo e agitação, • fadiga, paranóia e depressão. Esgotadas as sensações da droga, o abuso leva geralmente a dores de cabeça, palpitações, dispersividade e confusão. Duração do efeito: 4 a 14 horas (dependendo da dosagem). 1. Aplicações cardiovasculares: 1.1 Aumento do fluxo sanguíneo ou da Pressão arterial: • Hipotensão • Choque hipovolêmico • Choque cardiogênico 1.2 Redução do fluxo sanguíneo: •Anestesia local •Descongestionante nasal 3. Aplicações cardíacas •Bloqueio cardíaco completo •Parada cardíaca •ICC 2. Aplicações respiratórias: • Tratamento da asma 3. Anafilaxia: • Choque anafilático 4. Aplicações oftálmicas: • Midríase (facilita exame da retina) 5. Aplicações geniturinárias: • Evitam trabalho de parto prematuro 6. Aplicações no SNC: •Efeito euforizante (anfetamina e cocaína); •diminuição do apetite (anfetamina). - Elevação da PA - Aumento do trabalho cardíaco - Lesão do miocárdio - Arritmias ventriculares - Agitação, tremor, insônia e ansiedade (dose moderadas de anfetamina) - Convulsões, hemorragia cerebral, arritmias, infarto do miocárdio e morte (cocaína) o Sinonímia: Antagonistas adrenérgicos ou Drogas Simpatolíticas. o São drogas que bloqueiam os receptores adrenérgicos. o Podem atuar: Antagonistas α-adrenérgicos Antagonistas β-adrenérgicos Antagonistas mistos Antagonistas α-adrenérgicos Não-seletivos: Fenoxibenzamina, fentolamina, alcalóides do ergot, ergotamina Antagonistas α 1: Prazosina, terazosina, doxazosina Antagonistas α 2: Ioimbina, talazolina Antagonistas β-adrenérgicos Não-seletivos: Propranolol (cruza a BH), pindolol, nadolol, timolol Antagonistas β 1: Metoprolol, acebutolol, atenolol, esmolol Antagonistas mistos Carvedilol o Antagonistas α-adrenérgicos: 1. Feocromocitoma: Principal uso clínico da fenoxibenzamina e da fentolamina* (*hoje em dia também utilizada na disfunção erétil) 2. Emergências hipertensivas: aplicações limitadas. 3. Hipertensão crônica: bloqueadores seletivos α-1; ex.: prazosina (Minipress® SR) 4. Doença vascular periférica: aplicação limitada; fentolamina para vasoespasmo. 5. Obstrução urinária: fenoxibenzamina (pacientes com alto risco cirúrgico); prasozina, doxasozina e terazosina (para reversão parcial da contração do músculo liso da próstata) 6. Disfunção erétil: associação de fentolamina e papaverina (injeção intrapeniana). o Antagonistas β-adrenérgicos 1. Hipertensão: Osβ-bloqueadores são muito utilizados na hipertensão, embora seja, na maioria das vezes, associados a diuréticos. 2. Cardiopatia isquêmica: Reduzem a frequência de episódios de angina e melhoram a tolerância ao exercício em pacientes com angina. 3. Arritmias cardíacas: Eficazes no tratamento de arritmias ventriculares e supraventriculares. 4. Outros distúrbios cardiovasculares: Aneurisma dissecante da aorta, ICC (com ressalvas e experiência clínica). 5. Glaucoma: Diminuição da produção do humor aquoso pelo corpo ciliar, que é fisiologicamente ativada pelo AMPc. 6. Doenças neurológicas: Uso de propranolol na redução da enxaqueca e na abstinência do álcool. “Os efeitos adversos dos antagonistas dos receptores β- adrenérgicos são mais pronunciados”. - Erupções cutâneas - Febre - Outras alergias em relação ao medicamento - Em relação ao SNC: sedação, distúrbios do sono e sedação - Não é aconselhável o uso de β-bloqueadores em pacientes diabéticos. Outros efeitos... - Tirotoxicose: Bloqueio beta-adrenérgico pode mascarar sinais clínicos de hipertiroidismo, como taquicardia. - Diabetes e hipoglicemia: Beta-bloqueadores podem mascarar manifestações da hipoglicemia, particularmente taquicardia. Beta-bloqueadores não seletivos podem potencializar a hipoglicemia induzida por insulina e retardar a recuperação dos níveis séricos de glicose. o a
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