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PARCIAL 2 TRABALHO E SOCIABILIDADE 2018.1 TEMA DO SEMINÁRIO: QUEM É RICARDO ANTUNES ? Ricardo Luiz Coltro Antunes (São Paulo, 1953) É um sociólogo marxista brasileiro. Atualmente é professor titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) . HOJE COM 65 ANOS... Um dos mais destacados sociólogos da atualidade, apresenta o tema do “trabalho” e suas novas formas de relação dentro do mundo capitalista contemporâneo. LIVROS PUBLICADOS Os Sentidos do Trabalho (2015) Adeus ao Trabalho? ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho (2015) Os Sentidos do Trabalho. Ensaio Sobre a Afirmação e a Negação do Trabalho (2013) Continente do Labor (2012) A desertificação neoliberal no Brasil: Collor, FHC e Lula (2004) O Novo Sindicalismo no Brasil (1995) A Rebeldia do Trabalho (1992) Classe Operária, Sindicatos e Partido No Brasil: da revolução de trinta até a Aliança Nacional Libertadora (1982) O QUE ESTE LIVRO ABORDA ? O livro “Adeus ao trabalho? ” de Ricardo Antunes, realiza uma profunda análise sobre : As transformações ocorridas no mundo capitalista , sua forma de produção e implicação negativas para a classe trabalhadora ; O autor ainda traz analises de vários críticos sobre o : modelo toyotista de produção; * RESSALTANTO QUE TAIS MUDANÇAS NÃO SIGNIFICARAM MELHORIAS E NEM MAIORES OPORTUNIDADES A CLASSE TRABALHADORA. CONTRA A IDEOLOGIA DOMINANTE... NOS FAZ PENSAR E REPENSAR NAS DIMENSÕES CONCRETAS DO MUNDO DO TRABALHO E AS IMPLICAÇÕES DAS MUDANÇAS DAS FORMAS DE PRODUÇÃO. FORDISMO , TOYOTISMO E ACUMULAÇAO FLEXÍVEL No processo de reestruturação do capitalismo, em meados das décadas de 70 e 80, observa-se a implementação de um conjunto de mudanças nas formas de gestão e organização dos processos de trabalho que surgem da necessidade de adaptação das empresas às dinâmicas cambiantes da economia. TERCEIRIZAÇÃO A terceirização é uma das inovações organizacionais mais importantes do capital nas últimas décadas, significando, em si, a fragmentação de coletivos de trabalho visando a racionalização organizacional tendo em vista as novas condições da concorrência capitalista num cenário de instabilidade da economia de mercado. CONSEQUÊNCIAS DESSAS MUDANÇAS AUMENTO DE DESEMPREGO; REDUÇÃO DE TRABALHADORES ESTÁVEIS; PRECARIZAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO; TERCEIRIZAÇÃO E SUBCONTRATADOS; ENFRAQUECIMENTO DO SINDICALISMO DE CLASSE. TOYOTISMO NOVOS PROCESSOS DE TRABALHO EMERGEM , ONDE O CRONÔMETRO E A PRODUÇÃO EM SÉRIE E DE MASSA SÃO SUBSTITUIDOS PELA FLEXIBILIZAÇÃO DA PRODUÇÃO. ATRIBUI-SE A SABEL E PIORE UM PIONEIRISMO NA APRESENTAÇÃO DA TESE DA ¨ESPECIALIZAÇÃO FLEXÍVEL¨ O ELEMENTO CAUSUAL DA CRISE CAPITALISTA SERIA ENCONTRADO NOS EXCESSOS DO FORDISMO E DA PRODUÇÃO EM MASSA , PREJUDICIAIS AO TRABALHO, E SUPRESSORES DA SUA DIMENSÃO CRIATIVA. ( Sabel e Piore , 1984 ) CRÍTICAS AOS AUTORES Muitas críticas foram feitas a esses autores , mostrando de um lado, a impossibilidade de generalização desse modelo e de outro, o caráter epidérmico dessas mudanças. Coriat , Clark , Frank Annunziato , Fergus Murray são os autores que desenvolvem pontos críticos á formulação que defende as positividades e o avanço da especialização flexível. PONTOS CRÍTICOS DOS AUTORES : Coriat afirma que a hipótese implícita nesta tese, da substituição da produção baseada na economia de escala ,é empiricamente irrealizável ; Clark incorporando argumentos de outros autores , alega que a tese original da especialização flexível não é ¨universalmente aplicável¨ ; Frank Annunziato mostra que Piore e Sabel entendem a produção artesanal como um meio necessário para preservação do capitalismo ; Fergus Murray mostra a articulação entre descentralização e avanço tecnológico; HARVEY E SEU ESBOÇO ANALÍTICO ... Em seu entendimento , o núcleo essencial do fordismo manteve-se forte até pelo menos 1973, baseado numa produção de massa. Harvey desenvolve sua tese de que a acumulação flexível , na medida em que ainda é uma forma própria do capitalismo, mantém 3 características essenciais desse modo de produção : 1º - É voltado para o crescimento ; 2º - Este crescimento em valores reais se apoiam em exploração do trabalho vivo no universo da produção; 3º - O capitalismo tem uma intrínseca dinâmica tecnológica e organizacional. CORIAT Fala em 4 fases que levaram ao advento do toyotismo : 1º - A introdução na indústria automobilística japonesa , da experiência do ramo têxtil, dada especialmente pela necessidade de o trabalhador operar simultaneamente com várias máquinas ; 2º - A necessidade de a empresa responder a crise financeira , aumentando a produção sem aumentar o número de trabalhadores ; 3° - A importação das técnicas de gestão dos supermercados dos EUA , que deram origem ao kaban ; 4º - A expansão do método kaban para empresas subcontratadas e fornecedoras . PONTO ESSENCIAL DO TOYOTISMO : Pra efetiva flexibilização do aparato produtivo , é também imprescindível a flexibilização dos trabalhadores . Gounet sintetiza : O TOYOTISMO É UMA RESPOSTA A CRISE DO FORDISMO DOS ANOS 70 . AO INVES DO TRABALHO DESQUALIFICADO , O OPERÁRIO SE TORNA POLIVALENTE. O OPERÁRIO SE INTEGRA A UMA EQUIPE . HÁ UM ESTRANHAMENTO DO TRABALHO . GOUNERT Nos mostra ainda que o sistema toyotista supõe uma intensificação da exploração do trabalho isto é, pelo fato que os operários atuam simultaneamente com várias máquinas diversificadas possibilitam o capital intensificar o ritmo produtivo do trabalho. ASSIM... Mesmo com avanços tecnológicos crescentes , e a um auto grau de autonomia , os trabalhadores permanecem alienados porque não possuem a possibilidade de controlar, de estabelecer e de auto- determinar os objetivos de suas atividades . SEGUEM A SERVIÇO DE OBJETIVOS DE OUTROS ! OBRIGADA PELA ATENÇÃO ! CRISTINA , ELLEN , HERLAYNE E LICIANE 3º PERÍODO VESPERTINO
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