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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO Ariane Pereira dos Santos Bruna Alexandra Cardoso de Araújo Douglas Felipe Domingues Gonçalves Eloisa Cristina de Oliveira Guimarães Juliana dos Santos Rodrigues Atividades Práticas Supervisionadas (APS) Disciplina: Literatura Portuguesa Santos 2018 5 Ariane Pereira dos Santos Bruna Alexandra Cardoso de Araújo Douglas Felipe Domingues Gonçalves Eloisa Cristina de Oliveira Guimarães Juliana dos Santos Rodrigues Atividades Práticas Supervisionadas (APS) Disciplina: Literatura Portuguesa Trabalho apresentado para aprovação em Atividades Práticas Supervisionadas (APS) vinculadas à disciplina de Literatura Portuguesa, ministrada no curso de Letras, pela Profa. Cláudia Cruz. Santos 2018 6 SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................................................................... 04 2. Arcadismo ..................................................................................................................... 05 3. Arcadismo em Portugal ................................................................................................. 07 3.1. Características .............................................................................................................. 07 Momento Sociocultural ................................................................................................. 07 Características Literárias ............................................................................................... 07 Lemas Arcádicos ........................................................................................................... 07 3.2. Bocage .......................................................................................................................... 08 A poesia lírica de Bocage ............................................................................................. 08 A poesia satírica de Bocage .......................................................................................... 09 Análise do soneto .......................................................................................................... 10 4. Atividade prática pedagógica ........................................................................................... 12 5. Blog de APS ..................................................................................................................... 13 6. Considerações finais ........................................................................................................ 14 7. Referências ...................................................................................................................... 15 8. Anexos ............................................................................................................................. 16 4 1. Introdução O presente trabalho tem como finalidade explicar o que foi a estética literária arcádica, suas características gerais e sua manifestação em Portugal. Para falar do arcadismo em Portugal, focaremos em um dos principais autores dessa estética, utilizando de sua obra como objeto de análise na identificação de aspectos arcádicos e reflexos da estética que sucede o arcadismo em Portugal. O autor escolhido para o desenvolvimento deste trabalho foi o português Manuel Maria Barbosa du Bocage, do qual analisaremos uma de suas poesias líricas, identificando tanto suas características estruturais, quanto seu conteúdo literário com base na estética arcádica. Após a análise da poesia lírica de Bocage, faremos uma sugestão de atividade prática pedagógica para ser aplicada a alunos dos anos finais do ensino fundamental II, afim de estimular o aprendizado de recursos estilísticos presentes em textos literários. Além disso, foi criado um blog afim de compartilhar ideias, conhecimento e sugestões de textos relacionados aos campos de estudo da Literatura Portuguesa, e também resumos desenvolvidos por membros do grupo. 5 5 2. ARCADISMO O início do século XVIII é marcado pela decadência do pensamento barroco, cujos fatores básicos são: o exagero da expressão barroca, que havia cansado o público; a ascensão da burguesia, superando o domínio religioso; o surgimento das primeiras arcádias, desprezando o exagero e o rebuscamento do barroco, enfatizando a pureza e buscando nos clássicos e nos renascentistas novos paradigmas de simplicidade e equilíbrio. Nesse panorama de renovação cultural decorrente e fortemente influenciado pelo Iluminismo, inicia-se o Arcadismo. O termo Arcadismo tem sua origem em Arcádia, uma antiga região da Grécia, de relevo montanhoso, habitada por pastores e poetas chefiados por Pan, que viviam harmonicamente com a natureza e conciliavam seus trabalhos com a poesia, cantando o paraíso rústico em que viviam e simbolizando-o como uma terra de inocência e felicidade. Assim, o movimento propõe uma volta à natureza, um maior contato com a vida simples do campo, bucólica, longe do burburinho citadino, pois “o homem que vive no campo é puro e bom”. O Arcadismo desenvolveu-se ao longo do século XVIII, influenciado pela Revolução Francesa, movimento revolucionário de ideologia liberal burguesa, responsável pela queda do absolutismo e da economia mercantilista e pela extinção do antigo sistema feudal. O Arcadismo ficou também conhecido por setecentismo (os anos 1700) e neoclassicismo e refletiu uma época que ficou conhecida como o Século das Luzes ou Iluminismo, movimento filosófico cujo objetivo era o de defender a liberdade de pensamento e usar a razão como instrumento de análise e de domínio da realidade. Os árcades lutaram contra os excessos do Barroco e defenderam uma arte racional e didática. Dentre os diversos pensadores iluministas, destacam-se: • Voltaire – possuidor de ideias filosóficas e políticas, mostrou em suas primeiras obras seu estilo satírico e anticlerical, criticando ferozmente a Igreja de sua época. Proclamou ódios pelas monarquias absolutas e sua admiração pela monarquia liberal inglesa. Suas principais obras foram: Édipo, A Henríada, Cartas Filosóficas, Cândido ou o Otimismo e o Dicionário Filosófico. • Montesquieu – preocupado com a renovação, contribui com a ideia da divisão de poderes como recurso para se evitar o autoritarismo. Em sua obra Do Espírito das Leis, Montesquieu defendeu a ideia de que cada um dos três poderes (Legislativo, Executivo 6 6 e Judiciário) deve estar em mão distintas. Em Cartas Persas, critica os costumes da sociedade. • Rousseau – com sua teoria do “bom selvagem”, defendeu a natureza virgem e foi admirador do homem selvagem. Desprezou o otimismo um tanto ingênuo dos enciclopedistas. Afirmou que as artes es ciências contribuíram para o progresso da humanidade, mas também a corromperam. Escreveu Discurso sobre as Ciências e as Artes e Do Contrato Social. Posteriormente, deu ênfase à importância da educação, com sua obra Emílio. Inspirados nesses pensadores e em suas teorias, os árcades voltam-se para a natureza em busca de uma vida simples, bucólica e pastoril, fugindo, assim, dos centros urbanos. A natureza passa a ser, então, um refúgio ao homem civilizado. Suapreocupação prioritária era a de formular uma sociedade mais igualitária. Teve sua fundação no culto das ciências, da razão e do progresso. De espírito reformista, o arcadismo pretendia reformular o ensino, os hábitos e as atitudes sociais. Propunha a restauração da simplicidade na linguagem, abandonando as figuras de linguagem – antíteses, metáforas, paradoxos -, dando mais ênfase a uma linguagem direta. Em oposição aos artistas barrocos, que preferiam a fuga da realidade, o Arcadismo valoriza o tempo presente. O artista árcade, além de tomar a vida campestre e suas paisagens como modelos, incorpora, em suas obras, a mitologia, usando-se de deuses e heróis da história grega. Algumas das principais características da arte literária arcadista são: volta dos modelos greco-romanos e da arte camoniana; predomínio da razão e a ciência, em oposição à fé e a religião; retorno ao equilíbrio, reagindo contra os preceitos barrocos quanto ao desequilíbrio; busca da perfeição da forma; busca de um estilo simples de linguagem, despojando-o das metáforas e hipérboles deixadas pela estética anterior; utilização da natureza em suas poesias, tornando-as de aspecto bucólico e ingênuo; ênfase à linguagem simples, porém, sem perder a sua nobreza; tendência introspectiva; culto excessivo à natureza; linguagem melodiosa; uso de pseudônimos pastoris. 7 7 3. ARCADISMO EM PORTUGAL Esse movimento chegou a Portugal em 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana, e teve seu término em 1825, com a publicação do poema Camões, de Almeida Garrett. Com o lema da Arcádia Lusitana de cortar as coisas inúteis (Inutilia Truncat), os árcades passam a buscar, então, a simplicidade, a linguagem mais clara, a metrificação simples e o uso de versos brancos (sem rima). Permanece a presença da mitologia greco-romana e há uma restauração de alguns escritores como Virgílio, Horácio, Teócrito, Camões e Sá de Miranda. Com o governo de Marquês de Pombal, há em Portugal uma preocupação em modernizar a sociedade portuguesa e expulsar os jesuítas do sistema educacional português. Daí o Marquês de Pombal ser conhecido como déspota esclarecido. 3.1. Características Momento Sociocultural – Iluminismo, enciclopedismo, despotismo esclarecido; aliança entre os reis e a burguesia, formação da ideologia burguesa. Características Literárias – O texto como momento de lazer, de experiência amena com o belo, de distração, de idealização de um mundo pastoril e bucólico (arcadismo); Uso de pseudônimos pastoris, que remontam à Antiguidade; Fundação de Arcádias, academias literárias; Revigoramento do racionalismo classicista (neoclassicismo) em oposição ao Barroco; Didatismo na literatura: o texto como forma de ilustração, de “iluminação” intelectual (neoclassicismo). Lemas Arcádicos - carpe diem: é uma expressão em latim que significa “aproveite o dia”. Essa não é a tradução literal, e não significa um dia específico, mas tem sentido de aproveitar ao máximo o agora, apreciar o presente. No arcadismo, o carpe diem possui um tom de convite para aproveitar o dia para o amor; - fugere urbem: expressão em latim que significa “fugir da cidade, dos centros urbanos”, fugir da artificialidade, do convencionalismo e da corrupção das cidades; - inutila truncat: expressão em latim que significa “tranque a inutilidade”. Deixar de lado as coisas banais da vida, cortar os excessos, eliminar o que é inútil; 8 8 - locus amoenus: “lugar ameno” em latim, refúgio bucólico na natureza, o campo, a colina, longe das cidades; - aurea mediocritas: expressão latina que imprimi a ideia de equilíbrio, vida harmônica, vida estoica, de que só é feliz e vive tranquilamente quem se contenta com pouco ou com aquilo que já tem sem aspirar a mais. Podemos destacar, como principais autores: Correia Garção (1724-1772), Padre Francisco Manuel do Nascimento (1734-1819), Luis Antonio Verney (1713-1792), Frei José de Santa Rita Durão (1722-1784) e Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805). Deste último, falaremos um pouco sobre sua obra e analisaremos um de seus sonetos. 3.2. BOCAGE Integrou-se em 1790 ao Arcadismo, com a publicação de Pavorosa Ilusão da Eternidade. Foi considerado o poeta mais importante do século XVIII em Portugal. Escreveu poesia lírica e satírica, em idílios, odes, epigramas, canções, elegias e, principalmente, em sonetos. Sua maior obra foi As Rimas. Por sua sensibilidade e lirismo subjetivo, foi considerado um pré-romântico. Bocage ficou conhecido por seu pseudônimo Elmano Sadino: ELMANO – anagrama de Manoel. SADINO – homenagem ao rio Sado, que passa por Setúbal, sua terra natal. Boêmio, conheceu a vida devassa em Lisboa, depois de uma decepção amorosa. A poesia lírica de Bocage Bocage, ou Elmano Sadino, cultivou a lírica bucólica e amorosa, por meio de suas odes, elegias, canções, epístolas e sonetos. Influenciado por Camões, podemos encontrarem seus sonetos traços do artista clássico, além de traços do próprio Bocage, com uma linguagem mais prosaica e até mesmo coloquial. A poesia lírica de Bocage é dividida em: • Lírica Arcádica ou da 1ª Fase – encontramos a presença de regras e convenções trazidas pelo Arcadismo. O poeta adota uma atitude de artificialismo poético, dotando sua poesia de imagens mitológicas e clássicas. Procura utilizar o racionalismo, porém, a sua sensibilidade levou a uma expressão mais emotiva, pessoal e sincera. O artista 9 9 demonstra o seu “eu” turbulento em relação à impessoalidade e o fingimento da poesia árcade. • Lírica Pré-Romântica ou da 2ª Fase – em seus poemas encontramos um reflexo de si mesmo. Destaca-se o lado psicológico, por meio do sentimento e da personalidade do autor, gerando um gosto pelo noturno, por formas macabras e tendo a morte como única solução para os seus problemas. Em seus poemas, encontramos o cultivo a uma vida fúnebre e noturna, exprimindo sentimentos negativos como o ciúme, a blasfêmia e a contrição, gerados pelo abandono, além de uma linguagem pessimista e fatalista. A poesia satírica de Bocage Bocage, e suas sátiras, critica o poder e ironiza o clero e a nobreza decadente. Sua linguagem é obscena e erótica: ”Ah! Faze-me ditoso, e sê ditosa. Amar é um dever, além de um gosto, Uma necessidade, não um crime, Qual a impostura horríssona apregoa. Céus não existem, não existe inferno, O prêmio da virtude é a virtude, É castigo do vício o próprio vício.” Neste poema, Bocage renega aos “céus”, associados à visão sensual do amor, que é a prisão do poeta. Analisaremos agora a poesia de Bocage, atentando, entre outras características, principalmente, à presença dos lemas árcades Análise do Soneto Olha, Marília, as flautas dos pastores, Que bom que soam, como estão cadentes! Olha o Tejo a sorrir-te! Olha não sentes Os Zéfiros brincar por entre as flores? Vê como ali, beijando-se os Amores 10 10 Incitam nossos ósculos ardentes! Ei-las de planta em planta as inocentes, As vagas borboletas de mil cores! Naquele arbusto o rouxinol suspira, Ora nas folhas a abelhinha para, Ora nos ares sussurrando gira: Que alegre campo! Que manhã tão clara! Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira, Mais tristeza que a morte me causara. O soneto é estruturado em versos decassílabos, com rimas em esquema ABBA nos dois primeiros quartetos, CDC no primeiro terceto e DCD no segundo terceto. Todo o soneto é composto por rimas interpoladas soantes perfeitas. No primeiro quarteto, as rimas A (pastores / flores) são graves e pobres, enquanto em B (cadentes / sentes) asrimas são graves e ricas. No segundo quarteto, as rimas A (Amores / cores) e B (ardentes / inocentes) são graves e pobres. Nos dois tercetos, as rimas C (suspira / gira / vira) são graves e pobres, enquanto em D (para / clara / causara) as rimas são graves e ricas. Nesta poesia lírica de Bocage, com a temática do pastoralismo e bucolismo, o sujeito- lírico faz uma descrição de um locus amoenus do início do soneto até o final do primeiro verso do segundo terceto, pedindo para que Marília, que é a personificação da musa-pastora, observe e aprecie os aspectos bucólicos da natureza ao seu redor, fazendo insinuação de um carpe diem com teor de sensualidade. O sujeito-lírico finaliza o segundo terceto dizendo à Marília que toda a beleza daquele lugar paradisíaco só tem valor para ele na presença da musa, o que traz um reflexo do Romantismo, estética que viria a suceder o Arcadismo, à obra. Nesta importante e rica obra lírica de Bocage, podemos identificar como elementos neoclássicos: a forma da poesia, estruturada em dois quartetos e dois tercetos (soneto); a 11 11 influência latina nos vocábulos (cadente, Zéfiros, ósculos); e a presença de seres mitológicos, como os Amores (cupidos, filhos de Marte e de Vênus). É possível, também, notar reflexos do Romantismo já presentes nesta obra de Bocage, como: a natureza como um reflexo do estado da alma quando na presença ou ausência da amada; o amor sensual; a abundância no uso de exclamações. Por fim, podemos identificar alguns recursos estilísticos, como figuras de pensamento: apóstrofe (v. 1, 3, 5), prosopopeia (v. 3/4, 7/8, 9/11), hipérbole (v. 13/14); figuras de palavras: metáfora (v. 4, 9, 11), sinestesia (presença de sensações táteis, visuais e sonoras); figuras de sintaxe: anáfora (v. 1, 3, 10/11), anástrofe (v. 7/9). 12 12 4. Atividade Prática Pedagógica Com o intuito de realizar uma atividade pedagógica que estimule a compreensão e identificação de recursos estilísticos dentro dos textos literários, tivemos a ideia de montar um jogo de palavras cruzadas com as figuras de linguagem presentes na poesia lírica de Bocage analisada anteriormente. Respostas: 1- Anáfora, 2- Apóstrofe, 3- Sinestesia, 4- Anástrofe, 5- Hipérbole, 6- Metáfora, 7- Prosopopeia. 13 13 5. Blog de APS O grupo realizou postagens no blog de APS (anexadas ao final deste trabalho), tais como um resumo do contexto geral que foi o arcadismo, e um outro resumo do que foi o romantismo. Estes resumos foram escritos e postados afim de ajudar os colegas de turma e a quem se interessar em entender, de forma mais contextualizada e resumido, as características de ambas as estéticas literárias. Foi feita também uma sugestão de vídeo documentário que retrata a história de Portugal, apresentado pelo Prof. José Hermano Saraiva, dividido em três partes. O uso do blog como ferramenta de apoio para estudos mostrou-se muito eficiente e ajudou na interação da turma com os assuntos abordados em sala de aula. O blog pode ser acessado através do endereço eletrônico: http://www.letrasunip.wixsite.com/apsliteratura 14 14 6. Considerações finais No decorrer desse trabalho acadêmico, pudemos conhecer o arcadismo, uma das principais estéticas da literatura europeia. Em Portugal, o arcadismo integrou um amplo movimento de renovação cultural, tendo sido de suma importância para o futuro da literatura no país, antecedendo a estética do Romantismo. Além disso, pudemos ver a riqueza dos textos literários de estática arcadista, bem como sua forma estrutural e seu conteúdo literário, como analisamos na poesia lírica de Bocage, identificando seus temas, lemas, e suas características com base nessa estética iniciada com a fundação da Arcádia Lusitana em Portugal, e inspirada pela Arcádia Italiana. Com a proposta da atividade pedagógica, pudemos ver como um jogo de palavras cruzadas pode ser didático e ajudar no desenvolvimento da aprendizagem, estimulando a busca pelo conhecimento de forma agradável e divertida. Por fim, pudemos mostrar como o uso da internet pode auxiliar no processo de compartilhamento de ideias e conhecimentos. Com a criação do blog, compartilhamos textos escritos pelos membros do grupo, sugestões de leitura e de vídeos, o que facilitou no processo de desenvolvimento deste trabalho acadêmico. 15 15 7. Referências MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. Capítulo VI- Arcadismo. 35ª Ed. São Paulo: Cultrix, 1961. MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa através dos textos. Arcadismo. 33ª ed. São Paulo: Cultrix, 1968. CAMPEDELLI, Samira Youssef. Literatura histórica e texto. p. 265. São Paulo: Saraiva, 2001. OLIVEIRA, Lídia Maria de. Arcadismo. In: Projeto didático de pesquisa. São Paulo: DCL, 2007. 16 16 8. Anexos Publicação 1 do blog de APS Publicação 2 do blog de APS 17 17 Publicação 3 do blog de APS 18 18 Ficha de APS 1 19 19 Ficha de APS 2 20 20 Ficha de APS 3 21 21 Ficha de APS 4 22 22 Ficha de APS 5
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