Os Sofistas e a Retórica na Democracia Ateniense

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Os Sofistas
Surgem o momento da passagem da tirania e da oligarquia para a democracia.
Contribuíram na preparação dos cidadãos atenienses para a participação na vida pública.
Uma sociedade que começa a se preocupar com seus próprios negócios sente a necessidade de harmonizar, conciliar as diferentes tendências, os diferentes interesses existentes em seu meio.
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Os Sofistas
A democracia representava a possibilidade de se resolverem, através do entendimento mútuo, e de leis iguais para todos, as diferenças e divergências existentes nessa sociedade em nome de um interesse comum.
As deliberações eram tomadas em reuniões de cidadãos, as assembleias: as decisões eram tomadas por consenso.
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Os Sofistas
Nesse ambiente, saber justificar e persuadir ganhou importância e surgem as artes do discurso, a retórica e a oratória.
 Na medida em que a palavra passava a ser livre, ela se tornava o instrumento através do qual os indivíduos, os cidadãos, poderiam defender seus interesses, seus direitos e suas propostas. – Os sofistas foram os grandes mestres dessas artes.
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Os Sofistas
Sofista deriva de sophos, professor de sabedoria ou sábio.
Período de intensa vida cultural em Atenas. Paralelamente às discussões referentes à natureza, emerge um pensamento que se volta para as questões da moral e da política.
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Os Sofistas
Vários pensadores bastante diversos foram incluídos entre os sofistas. Eram professores itinerantes, pelos locais por onde passavam. Contribuíram para a sistematização do ensino: gramática, retórica, dialética, aritmética, geometria, astronomia e música.
Iniciaram as bases da lógica mais tarde desenvolvida por outros filósofos, como Aristóteles, propondo uma argumentação que fosse coerente e com argumentação rigorosa.
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Os Sofistas
As aulas eram cobradas (Sócrates os acusava de prostituição). Não eram ricos.
Os sofistas foram responsáveis, de uma determinada forma, pela preparação do cidadão para a participação na vida política.
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Os Sofistas
Embora sem formar uma escola ou grupo homogêneo, o que os caracterizava era muito mais uma prática ou uma atitude comum do que uma doutrina única.
A retórica e a persuasão ganharam posteriormente um sentido negativo, associadas ao discurso que nós entendemos como lábia.
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Os Sofistas
Os sofistas, ao relativizarem tudo, foram criticados porque dificultariam o estabelecimento de regras que garantissem iguais direitos a todos os cidadãos da polis.
O que os pesquisadores reuniram são fragmentos, citações, testemunhos de seus adversários, Platão e Aristóteles, críticos desses pensadores.
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Os Sofistas
Protágoras 
"O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são.“
Uma exaltação da capacidade do homem de construir a verdade, ou seja, o conhecimento não é mais divino, mas é o resultado do exercício da razão.
Relativismo: não existiria uma medida universal para as coisas, uma verdade ou valores absolutos. 
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Os Sofistas
Protágoras negava a existência de um critério absoluto que discrimine o ser do não-ser, verdadeiro e falso. O único critério é somente o homem individual: “Para quem está com frio, é frio; para quem não está, não é.”
Na obra Antilogias argumenta que “em tomo de cada coisa há dois raciocínios que se contrapõem”
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Os Sofistas
Protágoras desenvolve a antilógica como tentativa de argumentação pró e contra determinada posição, sendo ambas igualmente verdadeiras e defensáveis. 
Como uma técnica de desenvolvimento de argumentos opostos, constituía uma preparação para o debate. 
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Os Sofistas
Aquele que argumenta deveria procurar antecipar todas as possíveis objeções à sua posição 
Mas também poderia partir da concepção de que há sempre contradições latentes nas crenças comuns dos indivíduos, que podem ser explicitadas por meio dessa técnica argumentativa.
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Os Sofistas
Górgias
Considerado um dos maiores oradores e principais mestres de retórica de sua época.
Sua contribuição é importante no desenvolvimento dos diferentes estilos da oratória grega,
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Os Sofistas
Górgias
Foi o responsável por inovações retóricas envolvendo a estrutura e a ornamentação, além da introdução da paradoxologia - a ideia do pensamento paradoxal, contraditório. É considerado o pai da sofística. Dedicava atenção especial aos sons das palavras, para cativar os ouvintes.