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SEMINÁRIOS AVANÇADOS EM POLÍTICAS DE SAÚDE Revoluções da saúde Doenças infecciosas Transmissíveis Transição epidemiológica 1ª revolução da saúde 2ª revolução da saúde Doenças crónicas Não transmissíveis Foco na (prevenção) da doença Foco na (promoção) da saúde Agente infeccioso Comportamentos de risco 3ª revolução da saúde Milton Terris: revoluções epidemiológicas Século XIX Meio séc. XX Final sec XX Saúde Recurso para a vida Bem - estar 2 Cólera Paludismo Diarreias infantis Doenças crónicas cardio vasculares Cancros Doenças “do progresso” Sida Alcoolismo Toxicodependência Stress Os problemas de saúde das populações transcendem o tradicional compo da medicina e requerem para a sua prevenção tratamento educativo Compressão da morbilidade: Não fumar; beber álcool moderadamente ou não beber, exercício físico regular,, sono regular, peso moderado, alimentação equilibrada Conferência Alma Ata (1978) - cuidados de saúde primários - Um conjunto de atividades: Educação para a Saúde; Alimentação e nutrição apropriadas; Água potável e saneamento básico; Cuidados à grávida e à criança; Vacinação; Prevenção e controle das doenças endêmicas; Tratamento Básico dos problemas de saúde; Provisão de medicamentos essenciais. 3 Carta de Ottawa 1986 A Promoção da Saúde deve ter cinco áreas: Estabelecer políticas saudáveis; Criar ambientes favoráveis à saúde; Desenvolver as competências pessoais; Reforçar a ação comunitária; Reorientar os Serviços de saúde. É o processo de capacitação da população para aumentar o controle sobre a sua própria saúde e melhorá-la. Carta de Otawa para a Promoção da Saúde- 1986 4 1- Políticas públicas saudáveis. Não se refere ao sistema de saúde apenas. Tem o propósito de ordenar e conjugar a acção dos diferentes sectores sociais com o objectivo comum de produzir saúde; requer mediação e concertação entre sectores e organismosreponsáveis na formulação de políticas, que muitas vezes não são benícas para a saúde. A transcendência desta estratégia infere-se ao reconhecer que a saúde está mais relacionada com processos políticos e sociais do que com o desenvolvimento de serviços médicos curativos. As políticas saudáveis traduzem-se em legislados, programas, normas, decretos e regulamentos dirigidos a facilitar e favorecer a escolha das opções que propiciem saúde. Os benefícios dependerão, em boa medida da sua aplicação real, pelo que é necessário eliminar os obstáculos que impedem a sua adopção. A própria política do sector da saúde deve ser consequente com os princípios da promoção da saúde, evitando contradições interiores, no estabelecimento de prioridades, financiamento, formas de trabalho e de associação. 2- Ambientes favoráveis. Melhor ambiente foi prioridade no século passado (XIX). A estreita relação entre a saúde das populações e o meio envolvente constitui a base para a concepção socio-económica da saúde. É insuficiente o esforço para melhorar saúde só com a transformação dos comportamentos individuais, sem considerar o ambiente total, em que esses individuaos se condicionam e desenvolvem A melhoria da saúde requer um meio que a promova e dê possibilidade para realização de acções saudáveis Ambiente total. Todos os aspectos identificáveis do meio físico, químico, psicossociais económico que influenciam a saúde. 1986 – I Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Canadá) Carta de Ottawa sobre Promoção da Saúde 1988 – II Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Austrália) Declaração de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis 1991 – III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Suécia) Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis à Saúde 1997 – IV Conferência Internacional sobre Promoção da saúde (Jakarta) Declaração de Jakarta sobre Promoção da Saúde no Século XXI 2000 – V Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (México) Declaração do México sobre a consecução do nível de saúde, como elemento positivo para o aproveitamento da vida e necessário para o desenvolvimento social e económico e para a equidade... 2005 – VI Conferência internacional sobre Promoção da Saúde (Bangkok) Carta de Bangkok sobre determinantes da Saúde, num mundo globalizado. 30 anos de Promoção da saúde 5 Jakarta cinco áreas prioritárias para el desarrollo de la promoción de la salud: 1. Promover la responsabilidad social de la salud. 2. Incrementar la inversión para el desarrollo de la salud. 3. Expandir y consolidar alianças por la salud. 4. Incrementar la capacidade comunitária y el empoderamiento individual y 5. Abogar y assegurar una infra-estrutura para la promoción de la salud. México creación de una aliança global que assegure la sustentabilidade de la promoción a través de associados y estruturas apropriadas. 2009 – VII Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Quenia) Declaração de Apelo à Ação no Fechamento das Lacunas de Implementação na Promoção da Saúde 2013 – VIII Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde (Finlândia) Declaração de Helsinque sobre Saúde em Todas as Políticas 30 anos de Promoção da saúde 6 Jakarta cinco áreas prioritárias para el desarrollo de la promoción de la salud: 1. Promover la responsabilidad social de la salud. 2. Incrementar la inversión para el desarrollo de la salud. 3. Expandir y consolidar alianças por la salud. 4. Incrementar la capacidade comunitária y el empoderamiento individual y 5. Abogar y assegurar una infra-estrutura para la promoción de la salud. México creación de una aliança global que assegure la sustentabilidade de la promoción a través de associados y estruturas apropriadas. História natural das doenças Período de pré-patogênese: é a evolução dos fatores sociais e ambientais com o hospedeiro até a instalação da doença Fatores sociais (econômico, político, cultural) Fatores ambientais Fatores genéticos Multifatoralidade Período de patogênese: é a implantação e evolução da doença no homem: inicia-se com a ação dos agentes, segue-se com as perturbações clínicas e evolui para a cronicidade, defeitos permanentes, morte ou cura. Interação estímulo-hospedeiro Alterações bioquímicas, fisiológicas e histológicas Sinais e sintomas Alterações permanentes e cronicidade Fatores sociais (econômico, político, cultural) AGENTE ETIOLÓGICO PERTURBAÇÕES ESTADO CURA SAÚDE LEVES AVANÇADO INVALIDEZ FATORES DE RISCO MORTE Prevenção É a ação antecipada, que tem como objetivo interceptar ou anular a evolução de uma doença; Prevenção Primária – Medidas ou ações especialmente destinadas ao período que antecede a doença. Promoção da saúde (geral) e proteção específica – exercida por postos de saúde, ESF, campanhas na mídia, etc; Prevenção Secundária Prevenção secundária – Incorpora uma série de medidas que visam impedir a evolução de doenças já existentes e, em consequência, suas complicações, como exames diagnósticos, rastreamento de indivíduos assintomáticos e procedimentos terapêuticos – exercida pos laboratórios, clínicas especializadas, hospitais de pequeno porte, com atendimentos sem internação; Prevenção Terciária Prevenção terciária – envolve ações voltadas à reabilitação do indivíduo, após a cura ou controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida, reduzindo os custos sociais e econômicos. Fazem parte dessas medidas: fisioterapia, terapia ocupacional, etc. Prevenção Quaternária Prevenção quaternária – não está relacionada ao risco de doenças e sim ao risco de adoecimento iatrogênico, ao excessivo intervencionismo diagnóstico e terapêutico e medicalização desnecessária. É definida como a detecção de indivíduos em riscode tratamento excessivo, para protegê-los de novas intervenções médicas inapropriadas e sugerir-lhes alternativas eticamente aceitáveis. Níveis de Prevenção 1º. Nível: Promoção da Saúde (Educação Sanitária, Saneamento Básico, Alimentação e nutrição adequadas, Habitação adequada, Combate a endemias, Emprego e salários adequados, Condições para satisfação das necessidades básicas do indivíduo); 2º. Nível: Proteção Específica (Vacinação, Exame pré-natal, Quimioprofilaxia, Fluoretação da água, Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos, controle de vetores, higiene, proteção contra acidentes, consultas, uso de EPI, prática de atividade física); 3º. Nível: Diagnóstico e Tratamento Precoce (Rastreamento, Exame periódico de saúde, Procura de casos entre contatos, Auto-exame, Intervenções médicas ou cirúrgicas precoces); 4º. Nível: Prevenção do Dano (Acesso facilitado a serviços de saúde, Tratamento médico ou cirúrgico adequados, Hospitalização em função das necessidades); 5º. Nível: Reabilitação (Terapia Ocupacional, Treinamento do deficiente, Melhores condições de trabalho para o deficiente, Educação do público para aceitação do deficiente, Próteses e órteses). Níveis de Prevenção
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