Buscar

Endocardite Infecciosa

Prévia do material em texto

Cervicite
Agente: Neisseria Gonorrhoeae (Gonococo), Chlamydia tracomatis (Clamídia)
Fator de risco: Transmissão sexual
Diagnóstico: Colo hiperemiado, friável, sinusorragia, corrimento cervical e dispareunia
Tratamento:
GONORRÉIA:
CEFTRIAXONA 250MG IM, DOSE ÚNICA OU
CIPROFLOXACINA 500MG VO DOSE ÚNICA
CLAMÍDIA:
AZITROMICINA 1G, VO, DOSE ÚNICA
DOXICICLINA 100MG, VO, 12/12H POR 7 DIAS
Doença Inflamatória Pélvica – DIP
Agentes: Gonococo e Clamídia
É uma cervicite que evoluiu
Diagnóstico: 3 critérios maiores + 1 critério menor ou apenas a presença de 1 critério elaborado
Critérios maiores: Dor em Hipogastro + Anexial + mobilização do colo
Critérios menores: Febre, Leucocitose, aumento VHS/PCR, cervicite
Critério elaborado: Endometrite na Biópsia, abscesso tubo ovariano ou no fundo de saco na USTV, DIP na laparoscopia
Doença Inflamatória Pélvica – DIP
Tratamento: Ambulatorial ou Hospitalar?
Classificação de Monif
Estágio 1: Sem peritonite -> AMBULATORIAL
Estágio 2: Com peritonite 
Estágio 3: Oclusão de trompa. Abscesso tubo – ovariano 
Estágio 4: Abscesso > 10cm ou Roto -> Conduta Cirúrgica!
Apenas o Estágio 1 possui tratamento ambulatorial, os demais estágios possui tratamento hospitalar
 
Doença Inflamatória Pélvica – DIP
Tratamento: 
Ambulatorial – Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + Doxiciclina 100mg 12/12h, VO, 14 dias com ou sem Metronidazol 500mg, VO, 12/12h por 14 dias
Hospitalar – CLINDAMICINA IV + GENTAMICINA IV
Complicação: Sd de FITZ – HUGH – CURTIS (FHC) ou Perihepatite Gonocócica: Aderência em corda de violino + Perihepatite
 
Endocardite Infecciosa
Endocardite Infecciosa
Qualquer infecção seja ela de pele ou dentária que provoque bacteremia, passa pelo coração e tem contato íntimo com o endocárdio
O que facilita a bactéria infectar o endocárdio ou válvula?
Jatos regurgitantes 
Fluxo por estenoses
Próteses valvares 
Fisiopatologia: EI
Os fatores acima causam lesão endocárdio -> traumatismo endotelial -> agrega plaquetas e fibrina -> endocardite trombótica não bacteriana - > episódios de bacteremia -> bactérias agregam ao complexo plaquetas + fibrina -> Endocardite Bacteriana - > pode ocorrer embolização sistêmica do complexo fibrina-plaqueta-bactéria!
Quem causa?: EI
Valva nativa: Estafilococos aureus. Ex fístula dialítica infectada
 Enterococo 
 Pneumococo
Valva nativa quadro subagudo: Estreptococos do grupo Viridans ( S. sangus, S. mutans), Estreptococos bovis (indica lesão colônica – geralmente neoplasia) e estreptococos faecalis
Usuários de drogas endovenosas: Válvula mais atingida é a Tricúspide e aumenta a chance de ser uma MRSA, podendo fazer vários focos pneumônicos
Quem causa?: EI
Válvula protética: Maior risco de infecção em 1 ano. Estafilococos epidermidis, Estafilococos aureus, Gram – entéricos e fungos
Obs: Válvula protética > 1ano, apresenta os mesmos riscos de infecção da válvula nativa
Válvula mais acometida: 1. Mitral, 2. Aórtica, 3. Mitro – aórtica, 4. Válvulas a direita, principalmente Tricúspide
Principal causa morte: INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
 
Clínica: EI
Febre (90% casos) – geralmente crônica e duradoura
Sudorese
Cafafrios – devido quadro de bacteremia
Sopro (85%) de regurgitação, devido destruição da válvula, tornando – a incompetente
Periféricas: 
Embólicas – direita e esquerda
Imunológicas – liberação de imunocomplexos
Laboratório: PCR aumentada, leucocitose com desvio para E.
Clínica: EI
Do ponto de vista embólico/ imunocomplexos
Hemorragias subungueais
Petéquias subconjuntivais
Manchas de Janeway – Palmar e plantar
Nódulos de Osler – nódulos dolorosos inflamados
Glomerulonefrite
Manchas de Roth
Aneurisma micótico – êmbolos sépticos obstruem vasa vasorum e levam a formação de aneurismas que sangram
Diagnóstico - EI
CRITÉRIOS DE DUKE
2 critérios maiores ou 1 maior e 3 menores ou 5 menores
 Germes típicos em 2 amostras
MAIORES: Hemocultura + Bacteremia persistente de i germe não típico
 Coxiella burnetti – sorologia ou 1 i amostra de hemocultura
Ecocardiograma: Vegetação, abscesso, deiscência, nova regurgitação valvar!
Diagnóstico - EI
CRITÉRIOS DE DUKE
Menores: 
Predisposição (válvula protética, regurgitação, estenose) ou uso de drogas intravenosas
Febre maior ou igual a 38°C
Fenômenos vasculares: An. Micótico, hemorragia intracraniana, petéquias conjuntivais e manchas de Janeway, embolia arterial, infartos pulmonares sépticos
Fenômenos imunológicos: Manchas de Roth, GNDA, Nódulos de Osler, FR +
Hemocultura que não preencha critérios maior
Tratamento: EI
Aguda (Válvula Nativa): S. aureus - Oxacilina + Gentamicina
Subaguda (Válvula Nativa): S. viridans - Penicilina G + Gentamicina 
Protética < 1ano: S. epidermidis – Vancomicina + Gentamicina
MRSA aguda: Daptomicina + Gentamicina
 ou
 Vancomicina + Gentamicina
Cirurgia
Endocardite Fúngica
Abscesso
Disfunção da prótese
ICC grave
Profilaxia: Procedimento dentário com invasão da mucosa oral ou de via aérea respiratória superior
Para quem? Prótese valvar, Endocardite prévia, Cardiopatia cianótica não operada, Correção incompleta de cardiopatia congênita
Como? Amoxicilina 2g, VO, 1h antes do procedimento e em casos alérgicos – Azitromicina ou Claritromicina 
MENINGITE BACTERIANA AGUDA
ETIOLOGIA: MBA
Recém – nascido: Germes presentes no canal do parto: Estreptococos do grupo B, E. Coli, Listeria
1mês até 20 anos: Neisseria meningitidis (Meningococo), Estreptococo pneumoniae (Pneumococo) e H. influenza tipo B
Maior ou igual a 20 anos: Estreptococos pneumoniae, Neisseria Meningitidis
Idoso, imunodeprimidos: Pneumococo e Listeria
Eventos que facilitam?
Após Neurocirurgia: S. aureus, S.epidermidis, P. aeruginosa, ou seja, geralmente germes de pele e Hospitalar
Após TCE/Fístula Liquórica: Pneumococo
Após Punção lombar: S. aureus e P. aeruginosa
Fisiopatologia
Germe geralmente proveniente da boca ou via aérea -> invade barreira hematoencefálica -> espaço subaracnóide -> inflamação -> edema -> Hipertensão intracraniana (Principal causa morte)
Clínica: MBA
Febre – sinal de faget
Cefaléia TRÍADE
Rigidez de Nuca
Vômitos
Fotofobia
Hiponatremia
Crise convulsiva
Rebaixamento do nível de consciência
Hipertensão intracraniana: Hipertensão arterial + Bradicardia + Bradipnéia: TRÍADE DE CUSHING
Exame físico
Kernig: Decúbito dorsal, eleva o membro inferior dobrado e faz extensão da perna, provoca dor e elevação da cabeça/ tenta levanta
Brudzinski: Flete a cabeça em decúbito dorsal (mento – fúrcula esternal) e ele flete as pernas
Sinal de laségue: eleva a perna estendida > 30°, quando a dor é apenas de um lado fala a favor de discopatia e quando é dos dois lados, fala a favor de Meningite
Diagnóstico
Punção lombar com análise liquórica
Fazer Tc antes da punção para afastar alguma lesão que possa está fazendo efeito de massa , devido o risco de herniação cerebral e consequente Parada cardiorrespiratória!
A única contraindicação absoluta é infecção do sítio de punção
Local da punção: Posição fetal, referência cristas ilíacas L3/L4; L4/L5 e L5/S1
Antes de deixar pingar o líquor faz a raquimanometria
Análise Líquor
NORMAL
BACTERIANO
PRESSÃO ATÉ18CMH20
>18CMH20
CÉLULASATÉ 4/MM3
AUMENTOPMN
PROTEÍNAS ATÉ 30MG/DL
> 45MG/DL
GLICOSE 50 A 80MG/DL
< 40MG/DL
CULTURA
POSITIVO> 80% DOS CASOS
BACTERIOSCOPIA PELO GRAM
POSITIVO> 60% CASOS.
DiplococoGram- =Meningococo
DiplococoGram+ =Pneumococo
CocobaciloGram- = H. influenza
BaciloGram+ =Listeria
DD PELO LÍQUOR
NORMAL
M. BACTERIANA
M. VIRAIS
TUBERCULOSA/FÚNGICA
Celularidade(céls/mm3)
0 a 4
> 500
< 500
< 500
Polimorfonucleares
0
> 66 a 70%
< 34%
< 34%
Linfomononucleares
100%
< 34%
> 66%
> 66%
Proteínas (mg%)
Até30
> 45
20 – 80
> 100
Glicose (mg%)
50a 80
< 40
Normal
< 40
Bacterioscopia
Negativa
Positiva
Negativa
Negativaou Positiva
Cultura
Negativa
Positiva
Negativa
Negativa ou Positiva
BIZU
AUMENTO DE POLIMORFONUCLEARES COM GLICOSE BAIXA – SUGERE MENINGITE BACTERIANA
AUMENTO DE POLIMORFONUCLEARES COM GLICOSE NORMAL – SUGERE MENINGITE PELO VÍRUS DA CAXUMBA
AUMENTO DE LINFOMONONUCLEARES + GLICOSE BAIXA – SUGERE MENINGITE FÚNGICA OU TUBERCULOSA
AUMENTO DE LINFOMONONUCLEARES + GLICOSE NORMAL – SUGERE MENINGITE VIRAL ( + frequente).
Herpes possui propriedade particular de fazer lesão temporal
Tratamento
Geralmente é Empírico!
Recém – nascido: CEFOTAXIMA + AMPICILINA
ATÉ 55ANOS: CEFTRIAXONA + VANCOMICINA
> 55ANOS, IMUNODEPRIMIDOS E COMORBIDADES: CEFTRIAXONA + VANCOMICINA + AMPICILINA
HOSPITALAR, PÓS – NEUROCIRURGIA = CEFTAZIDIMA + VANCOMICINA
E o corticóide?
Indicado apenas para infecção por Haemophilus e Pneumococo, pois são mais agressivos e fazem um quadro inflamatório maior e deve – se manter por 2 a 4 dias.
Quimioprofilaxia – Faz para todos os contactantes na doença meningocóccica. Meningite por Haemophilus: todos os contatos desde que haja criança menos de 5 anos além do caso – índice e não vacinada ou imunodeprimido!
Forma quimioprofilaxia: Doença Meningocóccica: Rifampicina 600mg 12/12h por 2d; Ceftriaxona 250mg, IM, 1X; Ciprofloxacina 750mg, 1X
H. influenza: Rifampicina 600mg/ dia por 4 dias
Vacinação de bloqueio – só em surtos e epidemias
ASSUNTOS PROVA DAQUI A 15 DIAS
1. ITU – bacteriúria assintomatica, cistite, pielonefrite, uretrite e prostatite
2. DST/ÚLCERAS GENITAIS
3. CERVICITE
4. DIP
5. ENDOCARDITE INFECCIOSA
6. MENINGITE

Continue navegando