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Infecções bacterianas

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Infecções bacterianas 
1. Endocardite infecciosa 
2. Meningite 
3. Osteomielite 
4. Abscesso hepático 
5. Neutropenia febril 
6. Infecções de corrente sanguínea 
7. Infecções de pele e TCS 
 
ENDOCARDITE INFECCIOSA 
 
CONCEITOS GERAIS 
Bactéria → Superfície Valvar ou Endotélio do Coração 
Fungo → ‘’ 
 
A clínica depende: 
● Da virulência do germe 
○ S aureus: EI aguda 
○ S viridans, enterococo, HACEK, fungos: EI subaguda 
● Da valva acometida 
○ Mitral e aórtica: maior chance de ICC 
~50% têm alteração valvar: Nichos p/ adesão 
Evento incitante → Bacteremia (associada aos cuidados com a saúde ou espontânea) 
Lesão do endocário -> formação de trombos (plaquetas + fibrina) 
OBS: Endocardite trombótica não bacteriana (ETNB) 
 
PRINCIPAIS ETIOLOGIAS 
Valva nativa 
● S. aureus (aguda), Strepto viridans (subaguda), enterococo, 
● HACEK: 
○ Haemophilus aphrophilus 
○ Actinobacillus actinomycetemcomitans 
○ Cardiobacterium hominis 
○ Eikenella corrodens 
○ Kingella 
● Bgn, fungos: incomum 
OBS: 
● Subaguda (insidioso): 
○ Strepto viridans (mais comum) 
○ Entero faecallis (entero mais comum) 
○ Strepto gallolyticus ou bovis (fazer colono) 
● Aguda (toxemiante) 
○ Staph aureus (mais comum) 
Drogas IV 
● S aureus: valva tricúspide 
● Strepto, enterococo 
● BGN, fundos: comum 
OBS: Sem sopro, MRSA 
Prótese (maior risco) 
● Precoce (<=2m): SCP, SCN, BGN, fungo 
● Intermédio (2-12m): SCN (mistura dos anteriores) 
● Tardio (>12m): igual valva nativa 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
● Febre + comemorativos 
● Sopro cardíaco: pode evoluir p ICC 
○ Abscesso miocárdico 
● Lesões periféricas ~25% 
○ Nódulos de Osler: dolorosos 
○ Manchas de Janeway: indolores 
○ Hemorragias em lasca (pp causa = trauma) 
○ Petéquias subconjuntivais (no palato também) 
○ Manchas de Roth 
○ AVC, infarto esplênico (outros órgãos) 
○ Aneurisma “micótico” 
○ Infecções “metastáticas” 
● Fenômenos imunes 
○ Glomerulonefrite 
○ Poliartrite 
○ FR + ~70% 
○ Imunocomplexos circulantes (90-100%) 
 
DIAGNÓSTICO 
Padrão ouro: ​Comprovação histológica e microbiológica de infecção em material coletado do 
endocárdio (peça cirúrgica ou autópsia) 
 
Critérios de Duke modificados: 
Maiores 
● 2 hemoculturas + p/ germe típico ou bacteremia persistente 
● ECO +: vegetação, abscesso, deiscência prótese 
● Sopro regurgitante novo 
● Sorologia Coxiella burnetti + ou 1 hemocultura + pq este germe 
Menores 
● Fator de risco (Lesão predisponente ou uso droga IV) 
● Febre >=38ºC 
● Fenômenos vasculares (emb. arterial, pulm. séptica, an. micótico, hem. craniana, 
petequias conjuntiva, janeway) 
● Fenômenos imunológicos 
● Evidência microbiológica “não maior” (hemocultura que não preenche critério maior) 
 
EI definitiva​: 2 maiores ​OU​ 1 maior + 2 menores ​OU​ 5 menores 
EI “possível”:​ 1 maior + 1 menor ​OU​ 3 menores 
EI “afastada”:​ não preenche critérios, diagnóstico alternativo +, resolução com <= 4 dias de ATB 
 
TRATAMENTO 
● Empírico? EI “aguda” 
● Guiado por cultura? EI “subaguda” 
 
Empírico 
● EI aguda, não usuário de droga IV 
○ Oxacilina + Gentamicina 
● EI aguda, usuário de droga IV 
○ Vancomicina + Gentamicina (cefepime) 
○ Cobrir MRSA 
● EI “entre aguda e subaguda” 
○ Oxacilina + Penicilina G (ou ampicilina) + Gentamicina 
● EI de valva protética 
○ <= 1 ano: Vancomicina (MRSA) + Gentamicina (BGN) + Cefepime (Pseudomonas) 
+ Rifampicina (“biofilme”) 
○ > 1 ano: igual nativa 
 
Guiado por cultura 
Strepto viridans 
● MIC “baixo” (<0,1) 
○ Penicilina G por 4 semanas 
○ Peniclina G + Gentamicina por 2 sem 
● MIC >0,1 
○ Igual enterococo 
 
Enterococo 
● Penicilina G ou Ampicilina + Gentamicina por 4-6 sem 
● Ampicilina + Ceftriaxone por 6 sem 
S. aureus 
● Oxacilina 4-6 sem (vanco se MRSA) 
S. epidermidis 
● Vanco + Rifampicina 6-8 sem + Gentamicina 2 sem 
 
Monitoramento da resposta terapêutica 
● Febre > 7 dias 
○ Investigar complicações 
● Coletar hemocultura DIARIAMENTE até negativar -> 
● Repete coleta após 4-6 semanas do término do tratamento a fim de confirmar CURA 
● As vegetações desaparecem? 
○ 50% inalteradas após 3 meses de cura 
○ 25% há aumento paradoxal 
 
Indicações de cirurgia 
 
 
Anticoagulação 
Valva nativa -> contra-indicado 
● Maior risco de hemorragia cerebral 
Prótese 
● Suspender só na “fase séptica” 
● Se AVC embólico = suspender por 2 semanas 
 
PROFILAXIA 
Procedimentos recomendados 
● Dentários: Gengiva, Periapical, Perfuração mucosa oral 
● Trato respiratório: Incisão mucosa 
● Pele, subcutâneo ou tecido muscular infectado 
Procedimentos não recomendados 
● Gastrointestinais, genitourinários e outros dentários 
 
Só indicada se: 
1. Valva protética 
2. EI prévia 
3. Cardiopatia congênita 
a. Cianótica sem reparo ou reparo paliativo 
b. Reparo total, com material protético, nos últimos 6 meses 
c. Reparo parcial com defeito próximo a material protético 
4. Coração transplantado com disfunção valvar 
 
Esquemas recomendados 
Amoxicilina 2g VO 1h antes 
● Clindamicina 600 mg VO 1h antes ou 
● Azitromicina 500 mg VO 1h antes 
Ampicilina 2g IV/IM 30 min antes 
● Clindamicina 600 mg IV 1h antes 
 
MENINGITE 
 
DEFINIÇÃO 
Inflamação do ESA (aumento leucócitos no LCR) 
 
Meningoencefalite viral: 
● Rebaixamento do sensório 
● Convulsões 
● Déficit focal 
● Pleocitose linfocítica 
● PIC normal ou aumentada 
 
MENINGITE BACTERIANA AGUDA 
 
FISIOPATOLOGIA 
Nasofaringe -> Bacteremia -> Plexo coroide ventrículo 
Infecção adjacente -> Invasão por contiguidade -> Infecção à distância -> Bacteremia 
● Fácil proliferação no ESA (pouco leucócito, complemento e imunoglubulina) 
● Superantígenos induzem resposta inflamatória: aumento TNFa e IL-1B 
● Aumento da permeabilidade vascular: 
○ Aumento leucócitos (pus, toxinas) 
○ Aumento proteínas (hidrocefalia) 
○ Aumento PIC (edema cerebral) 
Bacteriana Viral 
Rebaixamento sensório Sensório normal 
Convulsões Sem convulsão 
Déficit focal Sem déficit focal 
LCR purulento Pleocitose linfocítica 
PIC aumentada PIC normal ou aumentada 
● Em alguns pacientes vasculite + AVC 
 
ETIOLOGIA 
● EUA e outros países riscos: pneumococo 
● Brasil e outros países pobres: meningococo 
● Haemophilus influenzae tipo B redução +90% 
● Streptococcus agalactiae (GBS) 
● Listeria monocytogenes 
● Staphylococcus sp 
● BGN’s 
 
Meningococo (Neisseria meningitidis) 
● Diplococo gram negativo 
● 12 sorogrupos 
○ A, C, W-135, Y e B 
● 50% em crianças < 5 anos 
● Nos surtos: adolescentes e adultos 
Transmissão 
● Gotículas (10% jovens pobres portadores assintomaticos) 
Fatores de risco 
● De. complemento/imunoglobulinas 
● Asplenia (anatômica ou funcional) 
● “Contato íntimo” 
● IVAs recente (Influenza) 
● Tabagismo (ativo e passivo) 
 
Pneumococo (Streptococcus pneumoniae) 
● Diplococo gram positivo 
● +90 sorotipos 
● Crianças < 2 anos e idosos > 60 anos 
Transmissão 
● Gotículas 
Fatores de risco 
● Pneumonia pneumocócica 
● Otite/sinusite 
● Def. complemento/imunoglobulinas 
● Asplenia (anatomica ou funcional) 
● Alcoolismo, DM, DRC 
● HIV 
● Frat. base de crânio (fístula liquórica) 
 
Outras associações 
● Recém nascidos: E. coli, GBS, Listeria 
● PO neurocirurgia: S. aureus, S. epidermidis 
● Gestantes, idosos, imunodeprimidos: Listeria 
● Sinusite, otitie, mastoidite: Strepto A, anaeróbios 
 
QUADRO CLÍNICO 
● Evolução fulminante ou subaguda 
● Tríade clássica: Febre, cefaleia e rigidez de nuca 
● >75% têm rebaixamento de sensório 
● Náuseas, vômitos e fotofobia também comuns 
● Convulsões: 20-40% 
● HIC: papiledema, midríase fixa, paralisia VI par, descerebração, reflexo de Cushing 
● Achados que sugerem etiologia 
○ Rash da meningococcemia: até 60% das meningites meningocócicas 
 
Particularidades nos lactentes (<1 ano) 
● Febre e rigidez de nuca podem estar ausentes 
● Hipotermia é frequente 
● Abaulamento de fontanela 
● Inapetência, vômitos 
● Gemência e irritabilidade 
● Cianose/icterícia 
É preciso ter um baixo limiar para a solicitação de PL!! 
 
DIAGNÓSTICO 
● Hemocultura 
● Punção lombar PL 
● Raspado/Biópsiade lesões cutâneas 
 
 
Hemocultura 
● Coleta imediata 
● Veia periférica 
● O sangue também pode ser coletado para realização de látex, CIE e RT-PCR 
 
Punção lombar 
● O ideal é a coleta imediata 
● Se demorar não atrasar início do ATB empírico 
● Nas 1ªs pós ATB não há prejuízo à acurácia da citoquímica, bacterioscopia, látex, CIE ou 
RT-PCR 
● Contraindicações: 
○ Piodermite no local de punção 
○ Suspeita de abscesso epidural espinhal 
○ Trombocitopenia/Discrasia/Anticoagulação 
○ (ex: plaquetas <50.000/mm³; INR > 1,4) 
○ Suspeita de HIC: Fazer Tc antes 
■ Rebaixamento sensório 
■ Déficit focal 
■ Papiledema 
■ Convulsão na última semana 
■ Imunodepressão 
Coletar 3 ml: 
● 1 ml (cultura) 
● 1 ml (citoquímica e bacterioscopia) 
● 1 ml (CIE, látex, RT-PCR) 
 
Achados esperados numa MBA 
● Pressão de abertura: > 180 mmH20 
● Leucócitos: 10-10.000/microl (PMN) 
● Glicose: < 40 
● Rel glicose LCR/soro: <0.4 
● Proteína: >45 mg/dl 
● Bacterioscopia: + em >60% 
● Cultura: + em >80% 
● Látex: Meningo, pneumo, Hib, E. coli, GBS 
● RT-PCR: Sondas específicas 
 
Raspado/Biópsia de lesões cutâneas 
● Raspado = cultura e RT-PCR 
● Biópsia = Bacterioscopia, cultura e RT-PCR 
 
TRATAMENTO 
Emergência médica 
● Iniciar ATB em até 60 min 
 
Tratamento inicial “empírico” 
● Crianças < 2 meses 
○ Cefotaxime (aminoglicosídeo) + Ampicilina 
○ Evitar ceftriaxone 
● Crianças > 2 meses e adultos 
○ Cefotaxime ou Ceftriaxone 
○ Cloranfenicol 
○ Não usar vancomicina isolada 
 
Terapia adjuvante 
● Dexametasona 
● 10 mg IV 20 min antes da 1ª dose de ATB, depois 10 mg IV de 6/6h por 4 dias 
● Início após 6h de ATB não adianta 
 
Ajuste após resultados microbiológicos 
Meningococo 
● Crianças: Penicilina G IV por 5-7 dias 
● Adultos: Ceftriaxone IV por 7 dias 
Pneumococo 
● Penicilina S: Pen G IV por 10-14 dias 
● Penicilina R: Cef 3ª IV por 10-14 dias 
● Pen/Cef R: Vanco + Cef 3ª + Rifampicina 10-14 dias 
Listeria 
● Ampicilina + Amicacina IV >=21 dias 
 
PROFILAXIA E CONTROLE DE SURTOS 
Quimioprofilaxia Meningococo (1ªs 48h) 
● Contato próximo 
● Coabitantes mesmo domicílio 
● Colegas de dormitório 
● Creche e escola 
● Exposição direta às secreções 
● Indiada p/ próprio paciente se não usou ceftriaxone 
● Profissionais de saúde: NÃO! só se IOT ou CG sem EPI 
Esquemas 
● Rifampicina VO 12/12h por 2 dias (Gestantes!!) 
● Cipro VO ou Ceftriaxone IM dose única 
Vacina 
● PNI - Anti-meningo C 
● 2 doses aos 3 e 5 meses. Reforço entre 12-15 meses 
● Outras vacinas 
○ Tetravalente (ACWY) 
○ Anti-meningo B 
○ Clínicas privadas ou bloqueio de surto 
 
Quimioprofilaxia Haemophilus (1ªs 48h) 
Indicações 
1. Contato próximo de qualquer idade, que tenha pelo menos 1 contato < 4 anos não 
vacinado ou parcialmente vacinado 
2. Creche e Maternal: 2 ou mais casos em 60 dias 
3. Crianças não vacinadas (fazer QP e vacina) 
4. Para o próprio paciente, se não receber cefa de 3ª 
Esquema: 
● Rifampicina VO 1x ao dia por 4 dias 
 
MENINGITE VIRAL 
 
ETIOLOGIA 
● Enterovírus 
● Transmissão fecal oral e respiratória 
CLÍNICA 
● Parece MBA, mas não tem rebaixamento de sensório, déficit focal e/ou convulsão 
COMO É O LÍQUOR? 
● Pressão de abertura N ou reduzida (100-350 mmH20) 
● Pleocitose linfocítica discreta 
● Proteína baixa (30-80 mg/dl) 
● Glicose normal 
● Exceção: CMV no imunodeprimido, caxumba e LCMV 
CONFIRMA 
● PCR no líquor 
TRATA 
● Suporte +- Aciclovir 
 
OSTEOMIELITE 
Aguda 
● Contiguidade (80%), Hematogênica (20%) ou Inoculação direta 
Estatística da hematogênica: 
● Crianças: Metáfise dos osso longos (fêmuir e tíbia) 
● Adultos: Diáfise de ossos longos/ Vértebras (usuário drogas IV) 
OBS: Hematogênica: criança, aguda/subaguda; Contiguidade: adulto, crônica; 
 
DIAGNÓSTICO 
● Clínica + imagem + culturas 
Clínica 
● Dor óssea localizada 
Imagem 
● Rx: altera só depois de 10 dias 
● RNM (> acurácia) ou cintilografia óssea (prótese) POSITIVAM depois de 2 dias 
● Padrão ouro: biópsia óssea 
Cultura 
● S. aureus 
● Anemia falciforme: Salmonella (Ceftriaxone) 
OBS: PCR e VHS: exclusão da doença 
 
TRATAMENTO 
● Oxacilina ou Cefazolina ou Vanco 
● 4 a 6 semanas. 
● Vertebral: 6-8 semanas 
● Salmonella (anemia falciforme) -> ceftriaxone 
Cirurgia 
● Secreção purulenta franca drenada da metáfise ou do espaço subperiosteal 
● Osteomielite secundária a trauma penetrante com presença de corpo estranho 
● Osteomielite da cabeça femoral com acometimento da articulação do quadril 
 
Aguda 
● Destruição da cortical, reação periosteal e hiperdensidade na medular óssea 
Crônica 
● Abscesso de brodie 
● Coleção líquida intra-óssea focal e alongada 
● Sequestro ósseo 
● Fragmentos ósseos avasculares escleróticos, circundados por tecido de granulação 
 
ABSCESSO HEPÁTICO 
● Abscesso piogênico 
● Abscesso amebiano 
● Cisto hidático 
 
ABSCESSO PIOGÊNICO 
● Jovens Idosos 
● Apendicite -> Câncer 
● Via portal Trato biliar 
Vias de infecção 
● Trato biliar: a mais comum 
● Sistema porta: infecções abdominais 
● Artéria hepática: bacteremia 
● Infecção direta: ferida penetrante 
● Iatrogenia: biópsia ou embolização 
Associações: 
● Escherichia coli 
● Múltiplos 
● Lobo direito 
● Litíase biliar 
● Câncer 
Queixas 
● Febre 
● Dor abdominal 
● Sintomas pulmonares 
Diagnóstico 
● FA + G-GT + BT/BD/BI + VHS + Leuco 
● TC de abdome + punção guiada 
Tratamento 
● Antibioticoterapia venosa 
○ Ceftriaxone + Metronidazol (4-6 semanas) 
● Drenagem 
○ Percutânea ou cirúrgica* 
 
ABSCESSO AMEBIANO 
● Jovens 
● Homens (10:1) 
● Etilismo 
Como diferenciar? 
● Pistas diagnósticas 
○ Área endêmica 
○ Hepatomegalia dolorosa 
○ Resposta ao metronidazol 
○ Abscesso único a direita 
○ Rx tórax sugestivo 
○ Sorologia positiva 
Será​ piogênico​ se: 
● Idade > 50 anos 
● Achados pulmonares 
● Abscessos múltiplos 
● Sorologia ameba negativa 
Diagnóstico 
● Sorologia para ameba 
● TC de abdome + punção guiada 
Tratamento 
● Antibioticoterapia venosa 
○ Metronidazol 10 dias VO (tecidual) 
○ Paromomicina 7 dias VO (intestinal) 
● Drenagem se: 
○ Dúvida 
○ > 5 cm ou lobo esquerdo 
○ Ausência de respostas 
○ Infecção secundária 
 
CISTO HIDÁTICO 
● Echinococcus granulosus 
● Ausência de febre 
● USS (septações) 
● Albendazol (3 meses) + drenagem 
 
NEUTROPENIA FEBRIL 
 
INTRODUÇÃO 
● Quimioterapia 
○ Toxicidade tumoral: Efeito terapèutico 
○ Toxicidade medular: redução imunidade inata 
○ Mucosite: Quebra da barreira 
● Invasão a partir do trato gastrointestinal, respiratório alto e pele (principalmente se cateter 
profundo) 
● A febre pode ser o único sinal de infecção 
● Outras manifestações flogísticas estarão atenuadas pela própria neutropenia 
 
● ATB empírico de amplo espectro após coleta de 2 sets de hemocultura 
● Cobrir gram positivos e negativos 
● Cobrir pseudomonas aeruginosa!! 
 
DEFINIÇÕES 
Neutropenia 
1. PMN + basto~es < 500/uL 
2. PMN + bastões < 1000/uL com previsão de queda para <500 em 48h 
3. *Neutropenia profunda: <100/uL 
Febre 
1. Temp oral >= 38.3ºC medida única 
2. Temp oral >= 38ºC por >1h 
3. Temp axilar > 37.8ºC medida única 
● Pode não ocorrer 
● Dispneia, hipotermia, hipotensão arterial etc 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO 
Alto 
Pelo menos 1 dos abaixo 
● Expectativa de neutropenia > 7 dias 
● Disfunção orgânica crônica 
● Disfunção orgânica aguda 
● Mucosite GI intensa 
● Sinais de infecção de cateter 
Baixo 
Ausência de todos os critérios de alto risco 
 
Alto -> ​ATB IV internado 
Baixo ->​ ATB IV ou VO ambulatorial (após 6-24h de observação no hospital) 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA GLOBAL 
1. Alto risco de germe resistente? 
● Colonização ou infecção documentada prévia 
● Internação recente 
2. É possível identificar um sítio de infecção? 
● Buscar dor e/ou eritema 
3. Não fazer toque retal!! 
● Nem colonoscopia ou retossigmoidoscopia 
● EDA e BFC pode 
4. Além da hemocultura... 
● Hemograma, hepatograma, Função renal e eletrólitos 
● Outros exames e culturas -> indicação clínica 
 
TRATAMENTO 
 
ESQUEMA EMPÍRICOINICIAL 
Alto risco 
● ATB IV, internação hospitalar 
● Monoterapia com beta-lactâmico anti-pseudomonas 
○ Cifepime 
○ Ceftazidime 
○ Piperacilina-Tazobactam 
○ Ticarcilina-Clavulonato 
○ Aztreonam 
○ Mero e Imipenem(Erta não) 
● Associar VANCOMICINA se: 
○ Hipotensão 
○ Infecção CVP, pele, PNM 
○ Colonização MRSA 
● Alergia BL = cipro+ clinda; 
● Alergia Vanco = linezolida, dapto 
Baixo risco 
● ATB IV ou VO 
● Pode ser ambulatorial 
 
Modificam esquema empírico 
● Infecção ou colonização MDR prévia documentada 
● Internação recente em hospital com aumento MDR 
MRSA: vancomicina, linezolida ou daptomicina 
VRE: linezolida ou daptomicina 
ESBL: carbapenêmicos 
KPC: polimixina/colistina ou tigeciclina 
 
Suspeita de C. difficile (DIarreia importante) 
● Associar metronidazol ou vancomicina ORAL 
 
CONDUTA SUBSEQUENTE 
● Germe isolado em hemocultura -> adequação de ATB 
● Nenhum germe é isolado -> manter esquema empírico 
● Se fez vanco… 
○ Hemocultura negativa após 48h -> suspende vanco 
● Duração do tratamento 
○ Até PMN + bastões > 500/uL ​OU 
○ Caso sítio infeccioso identificado: até completar a duração recomendada para 
aquele sítio, o que for maior 
 
E SE A FEBRE NÃO MELHORAR? 
Baixo risco: ​Febre > 2 dias 
● Se cultura negativa, internar + ATB IV anti-pseudomonas 
Alto risco:​ Febre > 2-4dias 
● Paciente estável 
○ Só muda ATB se indicado por cultura 
○ Se não, manter ATB + protocolo 
● Paciente instável 
○ Amplia espectrp ATB (consulta CCIH) + antifúngico empírico + protocolo 
● Úlceras orais/Odinofagia 
○ Aciclovir p/ cobrir herpes simplex 
○ Antifúngico p/ cobrir candida 
 
PROTOCOLO DE REAVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA 
Em todos… 
1. Novo set de hemocultura 
2. TC de tórax e seios da face 
3. Galactomanana e beta-glucana 
Se indícios de infecção específica 
● Exames apropriados ao quadro clínico 
● Exemplos: 
○ Disúria: urinocultura 
○ PNM: LBA 
○ Diarreia: toxina C. difficile + TC abdome* 
● sinal do halo; tiflite ou enterocolite neutropênica 
 
COMO ALTERAR O TRATAMENTO? 
● Febre persistente + evidências de infecção fúngica invasiva​ (tratamento preemptivo): Anfo 
B, Voriconazol ou Caspofungina 
● BGN isolado + febre persistente:​ Associar aminoglicosídeos 
● Mucosite grave, gengivite necrosante e/ou dor perianal:​ associar antianaeróbio 
 
FATORES ESTIMULANTES DE COLÔNIA (G-CSF, GM-CSF) 
● Na vigência de neutropenia febril: não tem benefício 
● Alto risco (>= 20%), antes da QT: diminuição da mortalidade 
 
INFECÇÃO ASSOCIADA AO CATETER VENOSO PROFUNDO 
INFECÇÃO 
● Tûnel subcutâneo 
○ Flogose local ausente na neutropenia 
● Lúmen do cateter 
○ Sangue coletado pelo cateter positiva >120 min antes do que o periférico 
CONDUTA 
● Obrigatório retirar o cateter 
○ S. aureus 
○ P. aeruginosa 
○ Candida 
○ Micobactérias de rápido crescimento 
○ Infecção do túnel 
● Retirada opcional (fazer antibiotic-lock) 
○ Staphylococcus Coagulase-Negativo 
PREVENÇÃO 
1. Assepsia e antissepsia durante inserção 
2. Higienização das mãos antes e após manipulação 
3. Preferência pelo clorexidine 
4. Uso de cateter impregnado com ATB 
 
PRECAUÇÕES AMBIENTAIS 
Internação 
● Enfermaria comum 
● Se TMO -> quarto individual c/ pressão positiva e filtro HEPA 
● Plantas, animais e pessoas doentes proibidos 
● Álcool gel sempre!! 
Dieta 
● Dieta sem crus 
● Alimentos de boa qualidade e higienizados 
Pele e mucosa 
● Banho diário (atenção períneo -> limpar após evacuação) 
● Mulheres: após micção, secar períneo (anteroposterior) 
● Menstruação -> tampões intravignais proibidos 
● Escovar dentes 2x dia, enxaguar 4-6x dia (sol. bicarbonato) 
 
INFECÇÕES DE CORRENTE SANGUÍNEA (ICS) 
 
CLASSIFICAÇÃO 
● Primárias (64%) - cateter venoso central 
● Secundárias - origem em outro sítio (pulmão, ferida operatória, urinário) 
 
FISIOPATOLOGIA 
Colonização do cateter 
(punção venosa, contiguidade, via hematogênica) 
↓ 
Progressão do agente microbiano pela superfície do cateter 
 
● Progressão externa: curta permanência (<14 dias) 
● Progressão interna: longa 
 
AGENTE ETIOLÓGICO 
● S. coagulase negativo (+ prevalente) 
● S. aureus (HIV; agente principal?) 
● Enterococos 
● Candida spp 
● Gram negativos 
OBS: em queimados, pseudomonas sp 
 
FATORES DE RISCO 
● Idade avançada 
● Imunodepressão 
● Relacionados ao cateter: 
○ Material (polivinilcloreto e polietileno) 
○ Múltiplos lumens 
○ Tempo prolongado de cateterização 
○ Pouca habilidade de quem punciona 
○ Inserção via femoral ou subclávia 
○ Troca inadequada de curativos (úmidos) 
 
DIAGNÓSTICO 
● Critério clínico + microbiológico 
Clínico 
● Quadro febril sem outro foco de infecção 
● Lesão exsudativa ou purulenta no orifício de inserção 
● Sepse e hipotensão 
Microbiológico 
● Evidência microbiológica através de amostras pareadas 
● Curta permanência:​ isolamento do mesmo microorganismo no sangue periférico e na 
ponta do cateter (cultura semiquantitativa ou quantitativa) 
● Longa permanência:​ ‘’ OU isolamento do mesmo microrganismo em duas amostras pelo 
cateter, a partir de lumens diferentes 
 
TRATAMENTO 
Curta permanência: 
● Remoção + antibioticoterapia 7-14 dias (Vancomicina) 
● Exceção: S. coagulase negativo - pode manter cateter, realizando ATB sistêmico + terapia 
antimicrobiana em sist. fechado (lock therapy) 
Longa permanência: 
● Antibioticoterapia (Vancomicina) 
● Remover o cateter em caso de: 
○ Sepse grave 
○ Tromboflebite supurativa 
○ Endocardite 
○ Bacteremia persistente após 72 de ATB 
○ Infecções por S. aureus, P. aeruginosa, fungo ou micobactéria 
● Em caso de neutropenia ou sepse grave: cobertura contra pseudomonas sp - Cefepime, 
carbapenêmico 
 
OBS:​ NÃO existem evidências de uso profilático de antibióticos para prevenção de ICS primária a 
partir de cateter venoso central 
 
 
 
 
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES 
 
IMPETIGO 
● Forma de pioderma superficial causada pelo Streptococcus e/ou Staphylococcus 
● Lesões espessas e crostosas 
● Margens irregulares 
● Geralmente na face 
● Infecção bacteriana mais comum na infância 
Tipos 
● Bolhosa 
● Não bolhosa/Crostosa (70%): máculas eritematosas → vesicopápula que disseca → 
crostas melicéricas (em favos de mel) 
Agente causador: 
● Streptococcus pyogenes (principal causador clássico) 
● Staphylococcus aureus (principal causador ult. 15 anos) 
Epidemiologia 
● Crianças entre 2-10 anos 
● Baixa condição socioeconômica 
● Higiene precária 
Transmissão 
● Através de outra pessoa infectada ou contaminação por micro-organismos nas narinas 
anteriores e na orofaringe 
● Tempo p/ lesões 
● 10-14 dias 
Evolução clínica 
● Abrasões leves e picadas de insetos -> exposição de proteínas cutâneas 
● Curso geralmente benigno e autolimitado 
● Podem haver bolhas na primeira fase, depois crostas 
● Estafilo - isoladas 
● Estrepto - epidemias 
Principal complicação 
● Glomerulonefrite pós estreptocócica 
Tratamento 
● Cuidados locais: Limpeza, remoção de crostas e compressas molhadas 
● Antibióticos tópicos: Mupirocina 2% e Ác. fusídico 
● Antibióticos orais: Cefalexina/ Dicloxacilina 10 dias 
● Se não melhorar, exclusão de MRSA 
OBS: Retapamulin 2x/dia por 5 dias 
Impetigo bolhoso 
● S. aureus fagotipo II 
● Mais comum no período neonatal 
● Pode coalescer e formar grandes placas em pescoço e face 
● Bolhas rompidas facilmente 
● Tratamento é o mesmo 
Síndrome da pele escaldada 
Fatores de risco 
● Crianças < 5 anos 
● Imunodepressão 
● IRA 
Fisiopatologia 
● Staphylococcus aureus fagotipo II libera esfoliatina (A e B) 
● Infecção na faringe ou conjuntiva → lesão de pele à distância 
● Toxina afeta junção celular de células jovens na derme e provoca descamação → clivagem 
camada granulosa e estrato córneo 
Manifestações 
● Febre, iritabilidade e dor de garganta 
● Rash eritematoso -> Bolhas flácidas que se rompem -> Descamação em fitas 
Tratamento 
● Evolução benigna (sem cicatriz) 
● Curativos + cuidados locais + antimicrobianos (oxacilina) + clindamicina 
 
FOLICULITE 
● Pústula ao redor do folículo piloso, geralmente circundadapor um anel eritematoso 
● Pode haver prurido, ardência e desconforto 
● Podem progredir para furúnculos (drenagem espontânea) 
Tipos 
● Superficial/Ostiofoliculite/Impetigo de Bockhart: pústula folicular que rompe e forma crosta 
● Profundas 
○ Sicose: barba 
○ Hordéolo: glândulas de Meibomius (pálpebra) 
Agente 
● S. aureus 
● Enterobacterias (pcts com acne ou rosácea) 
● Candida e Malassezia furfur (imunodepressão, uso de corticoide e diabéticos) 
Fatores de risco 
● Outras doenças cutâneas 
● Raspagem, depilação 
● Uso de corticoide tópico 
● Clima quente e úmido 
● DM 
● Higiene pessoal pobre 
Clínica 
● Nádegas, região inguinal e axilas 
● Pode aparecer no conduto auditivo externo 
● Desaparece depois de 5 dias 
Tratamento 
● Compressas mornas e suspensão de depilação local 
● Superficiais: sabonete de triclosan e clorexidina 
● Resistente: ATb e antifúngico tópico 
 
FURÚNCULO E CARBÚNCULO 
Furúnculo: 
● Abscessos aglomerados (complicação da foliculite) que atingem derme e subcutâneo 
● Drenagem espontânea 
● Agente: S. aureus 
● Tratamento: compressas mornas e sintomáticos para dor 
Carbúnculos: 
● Furúnculos dolorosos em regiões de pele espessa e inelástica 
● Múltiplos pontos de drenagem e culeração 
● Febre, sintomas sistêmicos e leucocitose 
● Complicações: osteomielite e endocardite 
● Tratamento: Drenagem cirúrgica e antibiótico oral (cefalexina, clindamicina) 
OBS: Furunculose recorrente: Mupirocina intranasal ou pomada de bacitracina 
 
ERISIPELA 
● Variante mais superficial da celulite (envolvimento linfático) 
Agente etiológico 
● Streptococcus pyogenes 
● Ocasionalmente por estreptococos do grupo B, C e D 
Clínica 
● Início abrupto de edema, eritema, calor na face ou extremidades 
● Febre de Santo antônio (alta e abrupta) e calafrios 
● Margens bem definidas no sulco nasolabial, progressão rápida dor intensa 
● Membros inferiores, face e áreas de drenagem linfática 
● Porta de entrada para micro-organismos (distante do foco primário) 
Tratamento 
● Casos graves/toxêmicos: Penicilina G cristalina 1-2 milhões U 4/4h OU Ceftriaxone 1g/24h 
ou Cefazolina 1-2g 8/8h. 
● Casos leves/moderados: Penicilina G procaína 600.000 U 12/12h OU Penicilina V oral 500 
mg 6/6h 
OBS: Quando não for possível diferenciar de uma celulite, optar ou oxacilina e cefalosporina de 1 
geração 
 
CELULITE 
● Infecção da derme profunda e do subcutâneo que cursa com área eritematosa xtensa 
● Eritema mais claro e margem não tão bem definida 
Agente etiológico: 
● S. pyogenes ou S. aureus 
Dados clínicos 
● Febre, calafrio e mal estar 
● Em crianças: cabeça e região cervical 
● Em adultos: extremidade 
● Infiltração de leucócitos na derme, dilatação capilar e proliferação bacteriana 
● S. aureus: espalha-se centripetamente a partir do ponto central de infecção 
● S. pyogenes: espalha-se rapidamente de forma difusa (linfangite e febre) 
Tratamento 
● Durante 10-14 dias 
● Casos graves: Oxacilina 2g IV 4/4h ou Cefazolina 1g 8/8h ou Nafcilina 1-2g 6/6h 
● Casos leves/moderados: Cefalexina, Cefadroxil, Eritromicina ou Clindamicina ou 
Dicloxacilina 
OBS: Celulite purulenta (MRSA) - Clindmixina, SMX + TMP ou Doxiciclina 
Celulite orbitária 
● S. aureus 
● Originam de sinusites, infecção cutânea da face ou da orofaringe 
● TC para diagnóstico 
● Tratamento agudo e imediato + atb iv empírica 
 
ECTIMA 
● Lesões crostosas de pele até a derme 
● Ulceração superficial -> crosta dura, seca e aderente 
● Membro inferior 
Agente etiológico: 
● S aureus ou estreptococos do grupo A 
Tratamento 
● Mesmo do impetigo 
 
HIDRADENITE SUPURATIVA 
● Infecção crônica das glândulas apócrinas 
● Plugs de queratina que impedem drenagem das células -> rompimento do ducto -> 
abscesso subcutâneo 
● Axila, genitália e região perianal 
Agente etiológico: 
● S. aureus 
● Estreptococos não hemolíticos 
● E. coli 
● Pseudomonas 
● Germes anaeróbios 
Fatores de risco 
● Mulheres 
● Raça negra 
● Depilação 
● Roupas apertadas 
OBS: Doença perianal + comum em homens 
Tratamento 
● Emprego de calor local 
● Drenagem dos maiores abscessos 
● Retirada de fatores de risco 
 
ABSCESSO 
● Supurações da derme e do tcs que não mantêm relação com folículos pilosos 
● Lesões eritematosas, dolorosas, bem circunscritas, cercadas por halo de tec. inflamatório e 
flutuação central 
Agente causador 
● Infecção cutânea direta 
● Estados de bacteremia (endocardite) 
● Estéreis 
● Os infecciosos mais comuns pelo S. aureus 
Diagnóstico 
● Clínico 
● Em caso de dúvida, USS visualiza acúmulo de líquido no subcutâneo (septações) 
Tratamento 
● Drenagem 
● Casos complicados: antibioticoterapia 
● Cultura indicada na presença de complicações: celulite e abscessos de repetição 
 
FASCIÍTE NECROSANTE 
● Infecção profunda de TCS que invade fáscia e gordura, poupa pele 
● 24h: edema, calor, eritema e dor que se espalham a partir do foco inicial 
● 24-48h: escurecimento (roxo/azul) com bolhas hemorrágicas ou violáceas 
● 4-5º dias: áreas de gangrena (com destruição de nervos) 
● 7-10º dias: toxemia, prostração e queda de consciência 
Agente etiológico 
● Diversos microorganismos 
● Associação de bactérias aeróbias e anaeróbias 
○ Progressão lenta 
○ Não envolve fáscia e músculo 
○ Fatores de risco: 
■ Cirurgia ou trauma com quebra de mucosa (Trato gastrointestinal ou 
genitourinário) 
■ Doença vascular periférica 
■ DM 
■ Lesão abdominal penetrante 
● Streptococcus pyogenes 
○ Idosos 
○ Não há gás no tecido subcutâneo 
○ Toxicidade grave e disfunção renal 
○ Miosite 
○ Trauma leve ou inaparente 
● Mionecrose clostridial 
○ Dor intensa, febre, taquicardia e choque não responsivo 
○ Crepitação e odor característico (prod de gás) 
Tratamento 
● Desbridamento cirúrgico extenso com fasciotomia 
● Remoção de tecido necrótico com Gram e cultura 
● Terapia antibacteriana de amplo espectro (Piperacilinatazobactan) 
● Posterior, reparo com enxerto ou retalho

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