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NAY LIBRAS

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA E FÍSICA
Discente:
Inaiane Macedo Barros
Trabalho apresentado a Prof. Eleny Cavalcante Brandão, da disciplina LIBRAS, para obtenção parcial de nota do curso de Licenciatura Matemática e Física
SANTARÉM – PA
 2018
CAPÍTULO 1
SURDEZ E LINGUAGEM
Maria Cecília de Moura
INTRODUÇÃO
Trabalhar com surdos tem se mostrado por séculos um desafio. Imagina-se indivíduo surdo não ouve, o que se torna realmente um problema para as pessoas que não conhecem a surdez e o indivíduo surdo, e o fato de ele não falar. Isso nos remete a questão de como a linguagem, linguagem oral, linguagem de sinais é importante para o desenvolvimento social do surdo de forma completa.
Sabe-se que é pela linguagem, que aprende a comunicar, a pensar e a se organizar interiormente. Existem várias de isso acontecer, como a estimulação auditiva por meio de aparelhos de ampliação sonora, para outros a fala não é importante para o surdo, e que deveria ser exposta a língua de sinais o mais rápido possível, que elas pudessem ter como primeira língua a língua de sinais, em segundo a língua oral e posteriormente a escrita. 
O texto ajuda a pensar na linguagem de sinais como constituinte do indivíduo surdo, que deve ser a primeira linguagem a que deveria ter acesso, LIBRAS é a forma pela qual a criança surda pode adquirir linguagem de forma natural, e ajuda no seu desenvolvimento integral e sem limites. 
Mais por que a linguagem oral e a fala é são tão difíceis para a criança surda, afinal como uma criança aprende a falar? Alguém ensina a falar? A resposta é simples: ninguém ensinou. A criança ainda bebê, está ligada ao mundo da linguagem pelo canal auditivo. Ela escuta e dá sentido 0ao que escutou a criança não aprende a língua, mas adquire de forma natural apenas sendo exposta a ela, é algo que encaramos como: as coisas são assim.
Mas o que é necessário para que isso aconteça? Muitas coisas, mas o texto trata de uma forma mais aprofundada de uma delas: a audição. Para que a linguagem possa ser adquirida necessário uma boa relação entre mãe (ou cuidador) e a criança. O que é importante é compreender o que acontece quando a criança não ouve. Aquilo que é pra ser natural com a criança ouvinte, não ocorre da mesma forma com a criança surda. Ela percebe o mundo e entende o que está acontecendo nele, porém não consegue entender o que está sendo transmitido pela linguagem. Os surdos podem ouvir um pouco, muito ou quase nada, para eles o mundo de sons e o mundo de linguagem são diferentes, ela pode perceber um ou outro só, mas não pode fazer associações que a criança ouvinte faz. A Libras desempenha todas as funções de uma língua, usada para cumprir o papel da linguagem oral irá usar um canal para ter acesso às informações do mundo: o canal visual. A língua de sinais tem essa particularidade: ela é totalmente visual, passa sentidos e significados por uma forma que é totalmente acessível ao surdo. Criada por uma comunidade surda, no desejo de se tornar a linguagem, elas seguem regras de conversas e manutenção semântica e sintática e mantêm suas características dentro dos grupos que as usam, elas tem validação e valor social intrínseco que permitem autonomia ao grupo que as usa. Mais um aspecto, o neurológico, que demonstram que as línguas de sinais são processadas nas áreas do cérebro responsáveis pelas línguas orais e não por aquelas que estão ligadas aos sinais visuais.
As língua de sinais são consideradas verdadeiras desde o estudo pioneiro de Stokoe, cumpre os papéis de qualquer outra linguagem, esperar seu reconhecimento e desse modo usada de forma ampla pelas famílias e nas escolas que atuam com crianças surdas. 
Podemos ver seu reconhecimento em outros países. Só veio ocorrer no Brasil, pela Lei n 10.436 de 24 de abril de 2002, seu uso nos espaços educacionais é reconhecido pelo Decreto n 5.626, de 22 de dezembro de 2005, para que o surdo possa ter acesso ao conhecimento e que desenvolva de acordo com sua capacidade, que é semelhante à do indivíduo ouvinte, para que isso possa acontecer, é importante que LIBRAS esteja presente da mesma forma que a linguagem oral no universo das crianças ouvintes para que possa ser adquirida de forma completa e que criança surda possam dominá-la e constituir como linguagem. Desta forma LIBRAS, como primeira língua, fornece a base para poder aprender a sua segunda língua: a língua portuguesa, seja de maneira oral ou escrita. Entretanto, esse é o grande desafio dos educadores: como ensinar Libras da melhor forma possível, quando a maioria das crianças são filhas de pais ouvintes e que não tiveram contato com a linguagem de sinais. Como a criança poderá aprender a língua e desenvolver a linguagem de maneira que permita ela se relacionar no seu ambiente e usa a linguagem para se organizar no mundo?
Uma proposta bilíngue, seria a resposta a esta questão. Propicie a criança surda conhecer Libras o mais rápido possível, que ela tenha contato com maior número possível de falantes nativos e não nativos de língua de sinais, entretanto, para muitas delas a exposição só vai acontecer posteriormente, sejam por não ser considerável pelos responsáveis uma língua adequada ou por não encontrar local onde pudessem ser expostos a linguagem, ou por outros motivos. Esse trabalho com família deve levar em consideração aspectos psicológicos, pois a vinda de uma criança surda faz com que os pais tenham de lidar com uma nova realidade, completamente desconhecidas para eles. Mas enquanto a família se dá conta da situação, algo deve ser feito rapidamente. Além que essa proposta bilíngue, poderia estar associada dentro de uma escola bilíngue, de acordo com o modelo escandinavo ou como escolas americanas, ou até mesmo a inclusão na sala de aula regular, como na Áustria. A criança cresce e necessita da linguagem para poder se colocar no mundo, entender e se fazer entendida. Entra aí o papel da escola. Podemos afirmar que será no espaço escolar que ela poderá adquirir língua, desenvolver a sua linguagem, sem as restrições que normalmente aparecem no ambiente doméstico e que na maioria das vezes são âmbito do psicológico.
De que forma fazer isso? Não se trata do ensino da Libras como um código ou como simples repetição de sinais. O que é almejado é que Libras seja a primeira língua da criança para que estando ele em posse da mesma, possa se organizar como ser de linguagem e possa pensar, decidir, se construir e organizar o mundo ao seu redor. Mas o que é necessário para que isso ocorra? que criança surda esteja cercada pela linguagem todo o tempo, mais do que adquirir uma língua, se apropriar de seu status e de ser comunicativo. Todos os que se encontram ligados a educação do surdo devem ter cuidado de usar a Libras sempre que estiverem frente de seus alunos surdos, apesar de simples, nas atividades diárias, ela pode ser muito difícil de ser seguida. Por exemplo o professor pode não se achar capaz de usar a língua de sinais ou pode sentir que suas ideias são bem transmitidas, quando eles a escuta, e assim acompanhar sua sinalização com sinais. Devemos lembrar que a Libras é uma língua com características próprias, diferente de português, que é possível falar e sinalizar ao mesmo tempo.
É necessário que a criança seja exposta à língua sendo usadas em diferentes contextos e não apenas quando os colegas e os professores se dirigem a ela, ver a possibilidade de ver a língua circulando por diferentes “portadores”. 
O segredo para o bom desenvolvimento de linguagem de uma criança surda é propiciar a ela as mesmas oportunidades que são oferecidas a uma criança ouvinte, a criança deve experimentar a linguagem informal e formal, a infantil, a expressão de raiva, o uso de gírias, etc., comunicação verdadeira que possa ampliar o universo linguístico, comunicativo e social de criança. É na escola e nos interlocutores, usuários de Librasali presentes que ela poderá construir a sua identidade de forma íntegra e se desenvolver de forma plena, é pela linguagem que o indivíduo estabelece sua identidade e se configura como único nas suas particularidades. É pela linguagem que ele pode compreender o mundo à sua volta e estabelecer relações de causa-efeito, de temporalidade, de espaço, etc. Isso traz a necessidade de expormos aqui mais um aspecto importante para a criança surda e que se relaciona à linguagem: a comunidade surda, a comunidade surda é o lugar onde a pessoa aprende a se tornar uma pessoa surda. 
Moura esclarece: “Nestes locais ele pode esquecer completamente a surdez, que é anulada e não pode ser usada como instrumento de discriminação contra ele. Somente nessa situada relaxada, em que o Surdo não precisa se esforçar para compreender o que é falado, as regras sociais (tão comandadas pela audição e de difícil compreensão para quem não ouve) apreendidas (e entendidas) sem esforço e principalmente em que ele não precisa se sentir excluídos ou diferentes, tentando parecer igual a todos e não conseguindo, que ele poderá se sentir realmente humano e completo, não lhe faltando um pedaço que ele busca desesperadamente completar”.
Ela não envolve apenas uma língua, mas tudo que a cerca, um ambiente social uma identidade, um grupo, mais do que para se comunicar, mas para estabelecer diálogos consigo mesmo. É isso que permitirá ao surdo, como qualquer outra pessoa, estar no mundo, buscando seu lugar e batalhando pelo seus direitos.
Um exemplo de um lugar em que a língua de sinais circula em todos os locais: a Gallaudet University, em Washington, D.C., a primeira universidade para surdos do mundo. Lá, todos os funcionários se comunicavam com os estudantes por meio da língua de sinais (American Sign Language - ASL). O nível de proficiência de funcionários que não estão ligados diretamente à educação é menor do que exigido dos professores, ela faz com que o estudante de qualquer idade, possa se comunicar, construir sua linguagem em situações significativas e não artificiais e, principalmente, saber que a sua língua é respeitada naquele espaço. 
Sobre o papel da escola: deve ser lugar por excelência onde a cultura surda pode estar presente. Ter a língua de sinais em todos os ambientes da escola faz com que seja possível ao estudante se reconhecer como membro de uma comunidade linguística minoritária, usando uma visão para se comunicar e compreender o que a cerca. A escola adaptada respeita a sua diferença e faz esforços para inseri-los nas atividades da vida diária que são transmitidas pela audição.
As pessoas não nascem conhecendo seus valores culturais, pois a cultura não é algo intrínseco a ser carregado, mas é produto de posicionamento e de jeito de se estar no mundo. O espaço social possibilita essa vivência de forma que esses valores possam ser intrometidos e passar a ser o alicerce para o posicionamento do indivíduo na sociedade. A escola para surdos será o lugar por excelência, nesse momento inicial, para passar valores sociais, ainda que não de forma explícita, mas pela forma como lida com o respeito, pela forma de essas crianças estarem no mundo. Outro aspecto importante com relação à língua e à linguagem do surdo se relaciona com o status de “capacidade” que o surdo obtém quando passa a dominar a língua, se comunicar, de poder usar a linguagem para estruturar internamente, para poder entender o que passa ao seu redor, o surdo tende a ser visto como alguém que “tem” linguagem. Acreditamos que apenas a partir de uma representação do surdo como capaz, é que ele poderá também se perceber capaz. Assim, ocorrem políticas de linguagem responsáveis pela circulação da língua, fortalecendo-a e fazendo com que o surdo, usuário da língua de sinais, possa se perceber usuário de uma língua cuja validade está para além da lei da política, pois se válida na lei social.
O que acontece é que diversas vez muitos profissionais, por já terem passado por circunstância de frustração quando trabalham com surdos, os consideram, de uma forma não intencional, inábeis para realizar muitas coisas, principalmente no que se relaciona ao desenvolvimento de linguagem e de habilidades de letramento. É de suma importância que entendam o surdo como capaz. Para que o surdo possa vir a ser capaz, ele apenas necessita ter boas condições de desenvolvimento e é necessário haver condições ideias de construções linguística.
Para finalizar, alguns pontos que são muito importantes para se compreender as relações entre linguagem e surdez:
A língua de sinais não é ensinada, mas adquirida de forma natural e real somente se o interlocutor se preocupar em se comunicar com o surdo de forma fluida e interessada.
Para um bom desenvolvimento de linguagem aconteça, é necessário que não apenas a criança responda ou fale alguma coisa, mas que aprenda e “escutar/ver” o mais precocemente possível.
A língua deve ser experimentada de diversos jeitos e em diferentes gêneros.
A aquisição de linguagem só pode acontecer em contexto significativos, assim, repetições sem sentido não fazem parte desse processo.
Não se pode esquecer nunca a relação entre língua, linguagem, identidade, cultura e comunidade. A língua possibilita que identidades políticas tomem forma e que políticas de identidade possam ser mais do que teorizadas, pois serão vividas.
CAPÍTULO 2
APRESENTANDO A LÍNGUA E SUAS CARACTERÍSTICAS
Kathryn Marie Pacheco Harrison
INTRODUÇÃO
Apresentar a Libras a público que não tem ligação com os estudos e discussões acerca da surdez dos surdos e que pela primeira vez estão em contato, é a dificuldade discutida nesse capítulo. Fazer de forma que os leitores possam ter acesso a assuntos novos de maneira clara.
ALGUNS ESTEREÓTIPOS LIGADOS ÀS LÍNGUAS DE SINAIS
Embora sinais sejam produzidos por movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais, possuem as mesmas qualidades das palavras faladas. As línguas de sinais podem expressar qualquer ideia, discutir economia, ou filosofia, contar piadas, fazer reflexões, fazer poesia. As evidências científicas demonstram que as línguas de sinais permitem o mesmo grau de abstração alcançado pelas línguas orais. Outra ideia é que as línguas de sinais seriam uma versão sinalizada das línguas orais, isto é, de que, por exemplo, a Libras seria uma versão em sinais da língua portuguesa. No entanto, trata-se de uma ideia sem fundamentos, pois as linguagem possuem, além disso, uma estrutura linguística diversa, visuoespacial com sintaxe, morfologia e fonologia próprias, como se verá mais adiante. Uma terceira ideia é que a língua é universal, ou seja, uma vez que se conheça, uma língua de sinais pode-se conversar com surdos de qualquer lugar do mundo, como qualquer língua, as línguas de sinais são geradas pelas comunidades de surdos no interior da cultura de cada país, as línguas de sinais também têm influência de uma língua de origem, e as semelhanças e diferenças que se percebem se devem a ela. A Libras e a ASL têm como influência comum a LSF, pois a escolarização formal das pessoas surdas brasileiras e americanas foi fortemente influenciada pelos primeiros educadores surdos que vieram da França para a constituição das primeiras escolas para surdos nos dois países. Quando usuários de LSF, chegaram ao Brasil e aos Estados Unidos, encontraram uma comunidade surda que utilizava a língua de sinais local, e assim formaram-se essas duas línguas.
Além da influência comum entre algumas línguas de sinais e da diversificação própria da língua de cada país, é importante explicar que as Libras possui variações regionais, mais uma prova de que língua de sinais funcionam como as orais, argumentos que desmistificam noções sobre o senso comum sobre línguas de sinais. 
O ESTATUTO DA LIBRAS ENQUANTO LÍNGUA NATURAL
O termo natural designa a características das línguas orais e sinalizadas utilizadas pelos seres humanos em suas diversas interações sociais, e se diferencia do que se chama de “linguagem formal”, isto é, linguagem construídaspelo ser humano, como as linguagens de programação de computador ou a linguagem matemática.
Outra característica natural das línguas de sinais é a sua organização cerebral, significa que embora as línguas de sinais sejam produzidas principalmente por movimentos das mãos no espaço, esses movimentos são percebidos pelo hemisfério esquerdo das pessoas surdas, justamente porque são entendidos como língua, e não como gesticulação ou movimento corporal aleatório.
Para que se pudesse chegar a esta conclusão houve um primeiro estudo, o estudo linguístico fundador, realizado pelo linguista americano William Stokoe, em 1960. A partir de sua observação, ele aplicou os rigorosos métodos de pesquisa da linguística estrutural. Os resultados demonstraram que ao contrário do que se pensava “a língua dos surdos têm estrutura e função semelhante às demais línguas”, veiculada por um sistema que utiliza um meio sensorial diferente.	Comment by Inaiane Barros: 	Comment by Usuário do Windows: 
Criou alguns termos próprios para definir os elementos constituintes da ASL, como:
Sinal: a menor da língua de sinais com significados;
Gesto: movimento comunicativo não analisável linguisticamente;
Quirema: conjunto de posições, configurações ou movimentos que tenham a mesma função;
Alocação: qualquer um do conjunto de configurações, movimentos ou posições, quirema, que sinaliza, identicamente na língua.
Propôs a decomposição dos sinais da ASL em três parâmetros: Configuração de Mão (CM), Locação de mão(L), e movimento da mão (M).
O trabalho de Stokoe teve grande repercussão, ele tinha em mãos uma evidência científica de que sua comunicação sinalizada apresentava o estatuto da língua e, portanto, merecedora de respeito, e não a proibição, como ocorreu por mais de cem anos, desde o Congresso de Milão.	Comment by Inaiane Barros: Congresso de Milão
A partir deste, outros seguiram os achados de Stokoe e estendendo os estudos para a línguas de sinais do resto do mundo. Um exemplo de contribuição a esses achados iniciais foi realizado por Battison, Liddell e Liddell & Johnson.
Dois parâmetros formacionais aos três descobertos por Stokoe - Orientação de Mão (Or) e aspectos manuais (NM), pois percebeu que a mudança de um desses dois novos parâmetros mudava o significado do sinal realizado. Liddell & Johnson mostraram que a ASL apresenta estruturas sequenciais e outras simultâneas.	Comment by Inaiane Barros: Importante
No Brasil os trabalhos de Ferreira Brito, Quadros & Karnopp, Pereira, Moura & Lodi, e mais recentemente, McCleary & Viotti, entre outros, vêm estudando, publicado e apresentando trabalhos sobre a nossa língua de sinais. Importante ressaltar que os achados de Stokoe nunca foram derrubados e, portanto, estabeleceram inequivocamente o estatuto de língua das línguas de sinais.	Comment by Inaiane Barros: Importante
A MODALIDADE VISUOESPACIAL
Explicitar melhor as característica da Libras, propriamente dita. Quando falamos, um complexo sistema de órgãos e funções entra em ação. 
A língua de sinais, por outro lado, são produzidas por movimentos das mãos, do corpo e expressões faciais em um espaço à frente do corpo, chamado de espaço de sinalização. A pessoa “recebe’ a sinalização pela visão, razão pela qual as línguas de sinais são chamadas de visuoespaciais ou espaço- visuais. Dependendo do tipo de enunciado produzido, vários sinais podem ser feitos simultaneamente, pois, no caso dos movimentos envolvidos, não há impedimento anatômico. Em outros momentos, os sinais são produzidos um após os outros, sequencialmente. Os estudos linguísticos demonstram, que as línguas de sinais, possuem as mesmas características e qualidade de qualquer língua, ou seja:
Versatilidade e flexibilidade: são qualidades que as línguas possuem de poder expressar qualquer sentimento, emoção, fazer indagações, fazer referência ao passado, presente ou futuro.
Arbitrariedade: forma da palavra (seja falada, escrita ou sinalizada) não têm relação direta com o seu significado.
Criatividade/produtividade: produzir infinitos enunciados a partir de um número finito de fonemas ou quirema.
Dupla articulação: possuir um número finito de unidade, que isoladamente não têm significado. Apenas se forem combinadas a outros fonemas/quirema adquirem significado.
Na seção anterior foram apresentados os achados de Stokoe, os conceitos que criou para poder descrever a ASL, como quiremas, sistemas quirêmico, quirologia, entre outros. Por serem termos estranhos à maior parte das pessoas e sem referências para que possam estabelecer relação com denominação mais conhecida ligadas às línguas orais, alguns estudiosos realizaram uma aproximação da nomenclatura.
A LÍNGUA EM USO E EM DESENVOLVIMENTO
Conforme comentado anteriormente, o estudo linguístico da ASL, realizado por Stokoe em 1960, foi quem deu início as pesquisas sobre línguas de sinais de todo o mundo, além de fornecer subsídio científico para que os movimentos surdos de diversos países pudessem reivindicar respeito à sua língua e, posteriormente, que ela fosse utilizada na educação de surdos.
No Brasil, movimentos tiveram início na década de 1980, com a participação da comunidade surda e de estudiosos surdos e ouvintes preocupados com as dificuldades enfrentadas. Ao lado de um movimento mundial para melhorar a participação e o acesso de todas as pessoas aos bens sociais, surge uma ampla legislação, a Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000) que determina a eliminação de barreiras físicas e de comunicação nos setores público e privado, garantindo a presença do intérprete de Libras e a correção diferenciada de provas e avaliações escritas por alunos ou candidatos surdos.	Comment by Inaiane Barros: Importante	Comment by Usuário do Windows: 
Dois anos após essa lei, e depois de muita luta, foi promulgada a lei da Libras (Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002) que reconhece:
“Como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras(...) forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual - motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. ”
Somente três anos depois a Lei 10.436 foi regulamentada pelo Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2002 que faz uma série de determinações em relação ao ensino de Libras em cursos de formação de Pedagogos, fonoaudiólogos, de licenciatura, além de estabelecer a formação necessária ao professor e instrutor de Libras, e estabelece prazos para que as determinações entrem em vigor em nosso país.
Paralelamente observando essas conquistas, pode-se observar uma política de educação para todos que incentiva a inclusão de alunos com a necessidade educativas especiais de rede de ensino. 
Agora crianças, jovens e adultos surdos têm a oportunidade de voltarem a estudar, agora amparados por uma legislação que visa atender às suas necessidades específicas, com a presença de intérpretes em sala de aula e educação bilíngue.
Esse crescimento vem impondo novos desafios tanto para intérpretes, quando para os surdos. O intérprete tem de se haver com conteúdo dinâmicos que para ele são desconhecidos, principalmente quando eles não cursaram uma faculdade. Interessante poder observar esse processo de evolução de Libras no momento atual da sociedade brasileira, no qual um número sem precedentes de adultos e jovens surdos se encontram, no trabalho com a própria língua sinais, um caminho profissional, na condição de instrutor de Libras para ouvintes, ou diretamente com alunos surdos em escolas e projetos sociais variados.
Um segundo impulso, causador de movimentos perceptível da evolução de libras, ocorreu a partir do desenvolvimento de uma atividade socialmente valorizada entre grupos de surdos, o ensino de Libras, levando muitos desses jovens adultos e retomarem os seus estudos para melhor compreenderem as implicações desse trabalho para o desenvolvimento de seus alunos. Como realizara interpretação de aulas e texto acadêmicos, com conceitos reflexões até então inacessíveis aos surdos e desconhecidos pelos intérpretes, a maioria sem formação, então à necessidade de reuniões entre intérpretes, surdos, alguns professores e profissionais preocupados com tal situação, dispostos a discutir esses conceitos, para que a comunidade surda pudesse criar sinais a serem partilhados entre surdos e intérpretes na vida universitária. Dessa forma, pode-se constatar que a Libras se encontra em pleno uso e constante desenvolvimento, com todas as línguas vivas, e que conhecê-la profundamente exige dedicação e estudos constantes.
CAPÍTULO 3
EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS E AS POLÍTICAS VIGENTES
Mariana de Lima Isaac Leandro Campos 
Reconhece-se a educação de surdos em uma prática inclusiva proposta pelo Ministério de educação e Secretaria de Educação Especial. O tema relacionado a educação inclusiva é o mais polêmico e inquietante para nós comunidade surda, bem como para os professores e coordenadores que não tem domínio da língua devido às condições culturais históricas, educativas e linguísticas. 
Alguns pesquisadores defendem que a educação de surdos deve ser na escola regular com os ouvintes. Outro grupo, acredita que a educação de surdos deve estar de acordo com a cultura, língua, história, metodologia, currículo e prática direcionadas aos surdos. Deve-se lembrar que o Brasil não possui escolas de surdos em todas as cidades. Segundo o IBGE O Brasil possui 9.722.163 pessoas com problemas relacionados a surdez.
A política do “incluir” não acontece somente em relação ao acesso à educação, mas também ao acesso aos espaços sociais, tais como hospitais, bancos, restaurantes shoppings, empresas, órgão públicos, igreja. Define-se em dois termos: A inclusão escolar e inclusão social. Trataremos do primeiro termo que atualmente os professores terão de lidar com a educação inclusiva atendendo a diferentes alunos com necessidades especiais ou específicas.
HISTÓRICO
A proposta de educação para surdos no Brasil sofreram mudanças devido à questão educativas e políticas que tiveram e isso pela Educação Especial.
Depois, em meados das décadas de 1960/1970, adotou-se uma educação integradora, em que os deficientes tinham o direito e serão incluídos com os demais alunos. Na década de 1990, trouxe a política de Educação para todos, proposta de inclusão escolar iniciada com a Declaração de Salamanca, que teve como objetivo principal educar a todos o mesmo espaço. Ainda nesta década lançou também a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, lei 9.394/1996, como objetivo garantir às pessoas surdas, em todas etapas e modalidades da educação básica, nas redes públicas e privadas de ensino, a aquisição de uma língua nativa dos surdos. A partir daí surgiu o Decreto 5.926/2004 que regulamenta as Leis de Acessibilidade (10.048/2000 e 10.098/200), priorizando o atendimento às pessoas surdas com serviço de atendimento prestados por intérprete de libras. Mas essas leis e direitos ainda não são colocados totalmente em práticas indiretas instituições e muitos surdos enfrentam barreiras linguísticas e sociais.
As crianças surdas eram atendidos nas escolas especiais, e as crianças ouvintes, ditas normais, nas escolas regulares. Os professores com formação em educação especial tinha o seu lugar nas escolas especiais e os professores com formação em pedagogia e licenciaturas, nas escolas regulares. Atualmente, a educação especial enfrenta uma crise de identidade. Cada vez mais há pressões sociais no sentido de abertura de espaços para que as pessoas surdas saiam de redutos segregadas, e possam optar entre as escola de surdos ou espaços comuns da sociedade, e ainda entrar igualmente no mercado de trabalho.
Antigamente, os surdos eram considerados surdos-mudos e utilizavam os gestos como meio de comunicação, o que influenciou Hernest Huet a fundar uma escola de surdos, o Instituto Nacional de Educação de surdos - Rio de Janeiro abre (Ines - RJ), aqui, no Brasil, em 1857, tendo sua grade curricular voltado a uma metodologia que atendesse as necessidades dos mesmos para que pudessem desenvolver a linguagem e o conhecimento, e também ofereceu uma base educacional sólida para que pudesse aprender a ler e escrever de acordo com a língua majoritária da sociedade ouvinte. Apesar dos bons resultados, em 1880, no Congresso de Milão, foi aprovada a filosofia do oralismo, tendo por objetivo a proibição da língua de sinais e imposição da língua oral.
A moralização, o método difundido por Alexander Bell, veio encapsular os furos no modelo do ouvintismo, ou seja, de acordo com a regra da normalidade. Muito posteriormente surgiu a filosofia da comunicação total, tendo por objetivo usar a língua de sinais como forma básica de comunicação do surdo, a fim de favorecer o desenvolvimento da educativo deste. Mas a ideia desta filosofia é que os surdos consigam se encaixar no modelo de ouvintismo, criando assim uma política de assimilação em que os professores utilizam a língua de sinais como ferramenta para o aprendizado da língua oficial do país, a língua portuguesa. Para considerar os surdos como diferente, começa a emergir o bilinguismo, que visa desenvolver competência em duas línguas: à língua de sinais e a língua utilizada pela comunidade predominante de ouvinte. Segundo Quadros: o bilinguismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança a duas línguas no contexto escolar.
Skliar et al. (1995) defendem que o reconhecimento dos surdos enquanto pessoas surdas e da sua comunidade linguística assegura o reconhecimento da língua de sinais dentro de um conceito mais geral do bilinguismo.
Nessa proposta vírgula tem-se a língua de sinais como primeira língua do surdo e a língua portuguesa como segunda língua ponto a maioria dos professores não está de acordo com essa proposta vírgula e sim o contrário.
 A imposição das regras de normalização representa uma grande tensão entre surdos devido à violência contra a cultura surda, marcada até hoje na história na educação de surdos. Hoje o surdo encontra-se em conflito dada política de inclusão no ensino regular, pois este não é entendido por uma pedagogia da diferença, ou seja, uma prática pedagógica cultural que permite ao surdo construir sua subjetividade como diferente do ouvinte. 
De acordo com Mélich, os surdos perde seu poder de autoridade, quando ele não pode ser ele mesmo devido à influência das regras de normalização. O surdo encapsulado na regra de “normalidade” não consegue ter uma vida pessoal. Existem várias pesquisas que apoiam o sistema educacional inclusivo como caminho certo para educação de todos.
EDUCAÇÃO TRADICIONAL/MODERNA: SUJEITO SURDO COMO DEFICIENTE E ANORMAL.
A modernidade tem por objetivo unificar o conceito de cultura, construir uma sociedade globalizada e europeia formada por homens brancos, inteligentes, colonizadores. A cultura tradicional e hegemônica dos ouvintes tem sido uma cultura de exclusão, uma cultura que tem ignorado as múltiplas narrativas surdas, história e surdas e “vozes” de grupos surdos cultural e politicamente subordinados. Como diz Carlos Skliar, sobre as ideias dominantes, nos últimos anos que são:
Um testemunho do sentido comum segundo o qual os surdos correspondem, se encaixam e se adaptam com naturalidade a um modelo de medicalização da surdez, numa versão que amplifica e exagera os mecanismos da pedagogia corretiva, instaurada nos princípios do século XX e vigente até nos dias de hoje.
A teoria moderna na educação, em companhia do Iluminismo prejudicou os surdos com a obrigação de se narrarem como não surdos, e também, um espaço de ouvintismo, que se trata de um conjunto de representações dos ouvintes, a partir do qual o surdo está obrigado a olhar-se e narrar-se como se fosse ouvinte. Para Skliar, é nesse olhar-se e nesse narrar-se que acontecem às percepções que legitimam as práticas terapêuticas habituais.
O espaço escolar de surdos era na escola especial, sobrevisão clínica, na qual se formavam guetos sem produção cultural e linguística, e eram considerados estranhos que não podiam ser inseridos na sociedade. Então, este encontro era um momento para uma regulamentação e correção em que os surdos eram disciplinados, corrigidos para poder entrar nas normas da sociedade, ser considerados como os normalizados e não surdos.
Pense nesta educação o tipo de inclusão tradicional, em que o surdo é inserido na sala regular dominada pelos ouvintes, estuda sem a presença da cultura surda, sem uso da sua linguagem de sinais, sem pares surdos. Há dois espaços: a sala comum, junto com os colegas ouvintes, e a sala especial para múltiplas deficiências.
EDUCAÇÃO PARA A DIVERSIDADE: SUJEITO SURDO COMO SUBALTERNO E INFERIOR.
Esta educação uma teoria crítica, tem por objetivo impor aos surdos a experiência ouvinte, colocando-os de volta ao colonialismo e impedindo-os de mostrar a diferença de ser. Não há lugar para o diferente nesse espaço e tempo de política colonial devido à construção da perfeição. Para a teoria crítica, ser surdo é bom, mas a cultura do ouvinte é melhor, é perfeita.
A teoria crítica tem interesse na diversidade em que o sujeito surdo é alguém tolerado e estereotipado. Esta teoria não celebra diferença, pois pretende investir na cultura universal, comum e igualitária, abandonando a cultura surda, o jeito de ser do povo surdo. De acordo Perlin, o colonialismo ainda não acabou, devido a continuidade da imposição da escrita na língua oral e ao contínuo no hábito da sociedade ouvincêntrica fazer os surdos ser o que ele de fato não é.
Os autores Duschatzky & Skliar em seu artigo “Os nome dos outros” apresenta três versões sobre diversidade: “o outro como fonte todo o mal “, “o outro como sujeito pleno de um grupo cultural”, e o “outro como alguém a ser tolerado”. No campo educacional, a primeira versão considerada o outro como sujeito ausente, isto é, ausência das diferenças ao pensar a cultura, sua inversão, para que sejam assegurados e garantidas as identidades fixas de estáveis, homogêneas e centradas.
A modernidade construiu várias estratégias de regulação e de controle da alteridade. Também denominou e inventou modos de componentes negativos. No caso do surdo, a alteridade está prejudicada, pois ele é apresentada como deficiente, e não diferente, funciona como o depositório de todos os males, como portador das falhas sociais.
 Na segunda versão, supõe-se que todos estudam vivem a surdez do mesmo modo, que experimentam uma única forma cultural, que cada sujeito alcance identidades plenas a partir de únicas marcas de identificação, essa versão ensina a diversidade cultural e não educação da alteridade.
Na terceira versão, a reivindicação da tolerância reaparece no discurso pós-moderno e não deixa de se mostrar paradoxal, ela admite a resistência de um paradoxo, já que, ao aceitar o diferente como princípio, também deveria aceitar os grupos cujos marcas são os comportamentos antissociais ou opressivos. A política de educação inclusiva proposta pelo Ministério de Educação está em conexão, com a teoria crítica, ou seja, está de acordo com o termo de da diversidade, admitindo o ser surdo em meios termos.
 A teoria crítica tem por objetivo incentivar a diversidade, e não educação da alteridade, tendo em seu campo uma pedagogia que favorece a inclusão como meio de integrados em um sistema único. Neste educação, o tipo vigente de inclusão e a mista, em que o surdo está inserido em sala regular com colegas surdos e ouvintes, mas tem o intérprete de língua de sinais (ILS) mediador da comunicação entre surdos e ouvintes, interpretador dos conteúdos de aulas, onde a prática pedagógica cultural é tolerada, há também a instrutora ouvinte bilíngue que ministra as aulas de libras para salas onde a educandos surdos.
EDUCAÇÃO CULTURAL: SUJEITO SURDO E CULTURAL.
Cultura surda está em conexão com a teoria cultural, na qual o surdo é visto como diferente e sujeito cultural. A diferença como diz Perlin, assumir um papel principal na constituição da identidade surda devido ao surdo se perceber diferente do ouvinte.
É neste espaço, que os surdos lutam pelo seu direito de pertencer a uma cultura surda representada pela língua de sinais, pelas identidades diferentes, pela presença de intérpretes, por tecnologias especializada, pela pedagogia da diferença, pelo povo surdo, pela comunidade surda. Esta luta é para conquistar um espaço na escola onde a diferença surda possa ser respeitada.
Os ILS vieram para traduzir a cultura a língua a história cultural, os movimentos, as políticas da identidade e subjetividade surda apresentando suas próprias particularidades e identidades. O ser surdo é aquele que aprende o mundo por meio de contatos visuais que é capaz de se apropriar da língua de sinais e da língua escrita e de outras, de modo a proporcionar seu pleno desenvolvimento cognitivo, cultural e social. A língua de sinais permite aos surdos expressar seus sentimentos e visões sobre o mundo, significados, de forma mais complexa e acessível. Sacks diz que o surdos possuem “identidade social e cultural, formam um povo com sua própria cultura, como os judeus ou os galeses”.
Segundo Perlin, a cultura surda e a língua de sinais contribuem com o meio de comunicação do surdo, ou seja, a língua de sinais se presta como meio de transmissão de conhecimentos e proporcionar a aquisição de conhecimentos universais. A autora destaca que a cultura surda é o lugar para o seu surdo construir sua subjetividade viva de forma a assegurar sua sobrevivência e ter seu status diante das múltiplas identidades.
Perlin cita Stuart Hall em relação à identidade de que “todas elas são constituídas dentro das culturas e não fora dela, pois no interior dos discursos culturais, existem possibilidade de subjetivação e é ali que acontece a centralidade da cultura surda, causando o impacto na vida interior, ou seja, na subjetividade”. Quadros entende a cultura surda “como a identidade cultural de um grupo de surdos que se define enquanto grupos diferentes de outros grupos”. A subjetividade permite a exploração dos sentimentos que estão envolvidos no processo de produção da identidade e de investimento pessoal que fazemos em posições específicas de identidade.
Há nesta educação dois tipos de inclusão: a inclusão bilíngue/cultural e inclusão bilíngue intercultural. A inclusão bilíngue cultural é aquela em que os surdos são inseridos dentro da escola de ouvintes com colegas ouvintes, mas tem-se naquele espaço a cultura surda como metodologias/currículos adaptados a experiência visual. As aulas são ministradas por professores surdos, professores bilíngues. Também há professores ouvintes que precisam de acompanhamento de ILS, essa inclusão apresenta uma visão completamente cultural.
Enquanto isso, a inclusão bilíngue intercultural proporcional surdos um espaço próprio de estudo dentro da escola de ouvintes, tendo ali professores bilíngue, alguns elementos da cultura surda. Um exemplo desta modalidade de inclusão são as escolas Polo de Santa Catarina oferecem salas próprio para aluno surdo onde as aulas são ministradas por um professor ouvinte bilíngue e instrutora surda da linguagem de sinais.
A reflexão sobre o espaço de instabilidade e de fronteiras flutuantes existente constante de vigilância, pois a língua de sinais e língua portuguesa enfrenta um processo simbólico de negociação no espaço educacional no qual o surdo não nega a língua portuguesa e o vento não nega a língua de sinais. Então, instale-se a negociação para equilibrar as culturas diferentes.
LEGISLAÇÃO
Nesta parte de legislação tem-se como objetivo reconhecer as leis que favorecem aos surdos o acesso à educação, ao trabalho e à sociedade a fim de introduzir aspectos de cada uma delas. Há uma série de leis em relação à educação de surdos, a sua língua de sinais, a cultura surda e à acessibilidade de comunicação para que eles possam estudar e trabalhar e ser incluídos na sociedade. Mas vale lembrar que nesse espaço, a culturasurda não é garantida e nem valorizada, esse sistema inclusivo está em companhia da teoria crítica. O marco mais importante num contexto cultural da Educação de surdos foram os estudos iniciados por William Stokoe, na década de 1960, o autor comprovou que a língua de sinais atende a todos os critérios linguísticos de uma língua genuína, fato que embasou as mudanças na legislação. Essa ideia e as lutas sociais dos movimentos surdo levam ao reconhecimento do estatuto linguístico da língua de sinais como consta na Lei Federal n º 10.436/2002, que reconhece a língua de sinais dos surdos brasileiros.
Além disso, a legislação, desde a Constituição da República Federativa do Brasil de 1967 e de 1988, as /leis das Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394, de 1996, entre outras, tem sido ampliada até hoje em defesa dos direitos e do reconhecimento linguístico e cultural dos surdos, favorecendo melhores condições culturais, educativas, sociais e políticos.
Na década de 1960, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1967, artigo 168, veio assegurar a educação para todos seja no lar ou na escola, e oportunizar igualdades sociais, incluindo também os surdos. Na década de 1980, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, artigo 205, preconiza que a educação é um direito de todos, dever do Estado e da família.
E no artigo 208, vem sensibilizar a comunidade escolar com vistas ao acesso e permanência do surdo no ensino regular. No artigo 215 desta Constituição, a respeito da cultura, garante o exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, apoia e incentivo à valorização e difusão das manifestações culturais, esta lei dispõe a fixação de datas comemorativas de alta significação.
Ainda nesta década, tem-se a Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe o apoio às diferentes pessoas, como, por exemplo, os surdos, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência (CORDE), que institui a tutela jurisdicional de interesse coletivo ou difuso dessas pessoas, a disciplina e a atuação do Ministério Público.
Na década de 1990, há o Decreto de 3.298/1999, que regulamenta a Lei 7.853/1989, e também a Lei nº 10.098, de 23 de Março de 1994, que estabelece as “normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e obstáculos nas vias espaço público, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios nos meios de transporte e de comunicação”.
No Capítulo VII desta lei, implementa-se a formação de profissionais intérpretes da língua de sinais e guias-intérpretes para facilidade de comunicação às pessoas surdas e cegas.
Declaração de Salamanca de 1994, resolução das Nações Unidas que trata os princípios, da política e prática em Educação Especial. Este documento teve importância para a consolidação da educação inclusiva em promoção da inclusão social. Existe ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 dia 20 de Dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para a Educação Especial, modalidade especial oferecida aos alunos surdos na qual os sistemas de ensino devem assegurar esses alunos currículo, métodos, técnicas, recursos educativos de acordo com as suas necessidades.
Na década de 2000, tem se o Plano Nacional de Educação de 2001, refermente-se à modalidade de ensino da Educação Especial, que promove a Educação Inclusiva para alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) no sistema regular de ensino, se isso não for possível em função da necessidade do educando, deve se realizar o atendimento em classes escolas especializadas.
Ainda nesta década há a Lei 10.436/2002, que reconhece a Libras como meio legal de comunicação e expressão de pessoas surdas. Foi uma vitória para a comunidade surda ter sua linda língua reconhecida e valorizada pela evolução histórica cultural, social e educacional dos surdos. Também existe a Lei nº 10.845, de 15 de março de 2004, que institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado (AEE) às pessoas portadoras de deficiência.
Há ainda o Decreto 5.626/2015, que institui o ensino aos surdos na língua de sinais em escolas ou salas públicas de surdos, que implementa a disciplina Libras como obrigatória em todas as grades curriculares dos cursos de licenciatura, pedagogia e fonoaudiologia, que exige a presença de intérprete em espaço onde alunos surdos, que exigem formação de professores de línguas de sinais por meio de licenciatura graduação em letras/Libras e de Intérpretes por meio do bacharelado também nesta graduação. Existe ainda a Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010, que reconhece a profissão de tradutor e intérprete de Libras.
Mesmo quando estudos acadêmicos, como Quadros, Skliar, Perlin, Gotti e Campos, mostra que eu não uso da língua de sinais como a língua de instrução do aluno surdo causa sérios riscos à aprendizagem deste aluno e a construção de sua identidade, o governo brasileiro institui uma política de inclusão em que não há uma pedagogia da diferença, impedindo uma política de inclusão, impedindo o surdo de construir sua identidade e subjetividade de forma a assegurar sua sobrevivência.
Apesar da Declaração de Salamanca de 1994, das Leis 9.394/96 e 10.436/02, do Decreto 5.626/2015, que priorizam a educação de surdos, Machado, em sua pesquisa com os relatos dos participantes surdos, percebeu que os professores estão despreparados para lidar com os alunos surdos devido à ausência dos procedimentos metodológicos que privilegiam a experiência visual do aluno no processo de ensino e aprendizagem. Ainda segundo o autor, conclui-se que, no processo, cabe à escola se adaptar às condições dos alunos e não os alunos se adaptarem o modelo da escola. A escola não tem favorecido a aprendizagem dos surdos inseridos no ensino regular devido às dificuldades de ordem linguística e cultura.
Contrariamente ao discurso de inclusão do governo e em consonância com a Declaração de Salamanca, Lacerda afirma que, ao se pensar em uma verdadeira inclusão é necessário levar em conta as necessidades individuais dos alunos. Lembre-se de que o aluno surdo necessita da língua de sinais para que haja possibilidade de diálogo, expor suas dúvidas e troca de ideias para a construção de seu conhecimento, e também para obtenção de informações importantes e conteúdo das aulas. Quando há carência de profissionais intérpretes, a interação entre surdos e pessoas que desconhece a língua de sinais fica prejudicada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para os educadores e políticos é apenas simplesmente a inserção de um intérprete de língua de sinais que os problemas serão resolvidos, mas não é o que acontece segundo resultado desta pesquisa. Depende muito de como lidam com a inclusão do surdo na escola regular devido a sua diferença cultural e linguística. Também que as políticas são focadas na educação inclusiva tendo como objetivo de mostrar a diversidade cultural onde todos estão em um único espaço. Percebe-se que a única saída é inclusão para certas cidades, então deve ser acima de tudo criar uma estratégia política para uma melhor educação de surdos prevalecendo os artefatos da cultura surda que são importante para o desenvolvimento do sujeito surdo. Apesar de que a maioria da comunidade surda é contra proposta política de inclusão onde a cultura surda é desprezada e que o aprendizado é fraco, por isso aproveitei a oportunidade para pesquisar sobre olhares, como pessoa surda, a realidade que está acontecendo hoje em dia nos espaços das escolas inclusivas após aprovação das leis que prioriza a educação direito dos surdos.
Contudo, algumas dificuldades encontradas nas escolas foram ausência de livros didáticos destinados alunos surdos e professores que precisavam melhorar o uso da linguagem de sinais para uma melhor comunicação com seus alunos surdos, para o ensino e conceito de conteúdos significativos.Percebe-se, então, a importância de que o espaço de educação bilíngue para a possibilidade de uma melhor educação para surdos, tendo nesse espaço a existência de uma boa prática pedagógica do professor, didática visuais e currículo específico. É assim que podemos concluir construir educação bilíngue sem barreiras e sem discriminação. Tudo isso sem deixar de seguir as normas legislativas e lutar por elas em defesa de nossa cultura e língua que estão em jogo.
CAPÍTULO 4
ASPECTOS DA GRAMÁTICA DA LIBRAS
Alexandre Morand Góes
Mariana de Lima Isaac Leandro Campos
Apresentar alguns aspectos da gramática da libras. Embora essa língua exista a vários anos, somente foi reconhecida em 2002, por meio da Lei Federal n 10.436, em 24 de Abril de 2002. Os surdos por muitos anos, foram obrigados a ser oralizados e "normalizados" para que pudessem ser incluídos na sociedade. Libras foi a sigla criada por um grupo de estudos linguísticos do Brasil, que participou da regulamentação da língua para pessoas surdas em nosso país. Outros países têm sua própria siglas de nacionalização das línguas de sinais, como ASL (American Sign Language), LSF (American de Signes Française), LSA (American de Senãs Argentina) entre outros.
A língua de sinais não é universal cada país tem a sua própria, como conhece acontece com as línguas orais: a língua portuguesa, e língua inglesa, língua espanhola, a língua alemã. A Libras é uma outra linguagem com gramáticas e características próprias. O português sinalizado foi difundido na década de 1970 pela filosofia de bimodalismo/comunicação total, cujo objetivo era utilizar os sinais como ferramentas para o aprendizado da língua majoritária e recursos para o desenvolvimento da leitura e escrita.
A gramática da Libras não é uma adaptação da gramática da língua portuguesa, há níveis linguísticos que também fazem parte da língua de sinais, que são a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semântica, a pragmática.
Nas línguas orais-auditivas, existem as palavras estrutura mínima de significação, que nas línguas de sinais também existem em os itens lexicais, que recebe o nome de sinais.
Os sinais diferenciam-se por parâmetro de como as configurações de mãos, os movimentos, os pontos de articulações, e as expressões não manuais, quais juntos, compõem as unidades básicas dessa língua, que permite a transmissão de fatos e ideias, também se verificam diferenças regionais. 
Então a Libras possibilita a expressão de qualquer pensamento, destaca-se também que a gramática da língua de sinais pode sofrer variação a depender do contexto comunicativo: formal, informal, regional e padronizado. A Libras é portanto, uma língua utilizada pelos surdos como forma de comunicação visual espacial.
HISTÓRIA DA SURDEZ E DA LÍNGUA DE SINAIS
Em 1855, o professor surdo francês Hernest Huet, chega ao Brasil sobre o beneplácito do Imperador Dom Pedro II, com a intenção de fundar uma escola para pessoas surdas e instruídos por meio de LSF. Contou com o apoio do imperador para fundar a escola de surdos no Rio de Janeiro vírgula em 1857, O INES, criado pela lei nº 9 39 dia 26 de setembro de 1857.
Ressalta-se que a língua de sinais não é mímica, nem código, tampouco linguagem de animais. Nessa época, a Libras estava se constituindo porém com pouca influência portuguesa vírgula já que não foram os portugueses que trouxeram a língua de sinais ao Brasil ponto a Libras tem sua origem na França vírgula conforme o exposto anteriormente por meio do professor surdo francês Hernest Huet vírgula que inicialmente instruir as pessoas surdas utilizando a LSF. Ele dava aulas para surdo com seus próprios métodos de educação aprendido no instituto de surdos-mudos de Paris foi nessa escola que surgiu a mistura da língua de sinais francesa com sistemas já usados pelos surdos de várias regiões do Brasil vírgula e a Libras foi então se configurando.
E 1957 vírgula Ana Rímoli de Faria Daoria assumiu a direção INES, com assessoria da Professora Alpia Couto, proibindo oficialmente o uso da língua de sinais na sala de aula mesmo com a proibição, os alunos surdos continuarão usando a língua de sinais nos corredores vírgula nos pátios da escola vírgula e alguns incomunicáveis escondidos dos professores e funcionários.
A língua de sinais no Brasil foi reconhecida como meio de comunicação e expressão dos surdos em 2002 pela lei nº 10.4 136 vírgula de 24 de Abril ponto essa lei foi posteriormente regulamentada pelo decreto número 5.626 vírgula dia 22 de dezembro de 2005 vírgula que trata com maior profundidade da Educação de surdos em todos os níveis de ensino e da formação de professores bilíngues vírgula instrutores surdos intérprete de Libras.
Percebe-se que a história da língua de sinais sofreu mudanças e foi muitas vezes influenciada por diferentes grupos em diversos momentos e contextos ponto partiu cidade descoberta da comunicação natural de pessoas surdas vírgula para tentativa de organização com o intuito de normalizar Os surdos vírgula até o reconhecimento da libras como língua de comunicação de pessoas surdas em nosso país houve a proibição da língua de sinais vírgula o que prejudicou a evolução da Educação de surdos e também o progresso de pesquisas e produções científicas em relação aos estudos linguísticos da língua de sinais. Mas com o reconhecimento da libras pela lei 10.4 136 vírgula emergiam possibilidade para o livro O uso da língua de sinais e a criação de novos cursos e de novos e diferentes espaços de estudo linguístico evoluindo a língua de sinais.
ASPECTOS GRAMATICAIS DA LIBRAS 
A libras tem gramática própria ponto deve-se o reconhecimento linguístico das línguas de sinais vírgula como línguas verdadeiras vírgula a linguística William Stokoe, que, em 1960 vírgula comprovou que a língua de sinais atende a todos os critérios linguísticos de uma língua genuína.
Entre os componentes da libras, iniciaremos pela alfabeto manual que é conhecida também como alfabeto datilológico ou da datilologia, com qual é possível soletrar 27 diferentes letras.
Não se deve pensar que analfabeto manual é a linguagem de sinal, pois ele possui uma função específica. Na interação entre pessoas usuários da língua de sinais, ele é utilizado para soletrar nomes próprios de pessoas e lugares, siglas, elementos técnicos, palavras que ainda não possui sinais. Lembrando que cada formato de mão corresponde a uma letra do alfabeto do português brasileiro ou não.
OS PARÂMETROS FONÓLOGICOS QUE COMPÕEM A LIBRAS
Segundo Gesser, a estrutura de língua de sinais é constituída a partir de parâmetros que se combinam. Ao descrever os níveis fonológicos e morfológicos da ASL, o linguista William Stokoe apontou, em 1960, três principais parâmetros que constituem os sinais e os classificam em dois pontos configuração de mão (CM); ponto de articulação (PA) ou localização (L); e movimento (M).
Um significados em Libras pode ser, então, criado a partir dos parâmetros formais: configuração da mão, movimento, locação de mão, ponto de articulação, orientação da mão expressão não manual.
As configurações de mão não se restringe as configurações do alfabeto manual, e hoje são descritas 63 diferentes configurações que permitem a comunicação em Libras. São formas de configurar as mãos para representar diferentes sinais.
Uma mesma configuração de mão pode ser usada para representar diferente sinais, isso porque a configuração de mão se somam aos demais parâmetros.
Alocação de mão ou ponto de articulação, segundo William Stokoe, é um dos principais aspectos formacionais da língua de sinais. A locação é a área do próprio corpo ou espaço neutro em frente ao corpo onde sinais são articulados. Para articular um sinal usa-se algumas regiões do próprio corpo, que pode ser cabeça, tronco, braços, ombros ou mãos, ou ainda um espaço neutro relativamente distante do corpo.
A orientação da palma de mão é um parâmetro secundário, pois não foi considerado como parâmetro distintivo no trabalho inicial de Stokoe, quando propôs o esquema linguística estruturalpara formação dos sinais entres principais parâmetros: CM, L e M.
Contudo, segundo Quadros & Karnopp, o movimento de mão ligado à direção da palma da mão também colabora para determinação do sinal, ou seja, a direção para a qual a palma da mão aponta na produção de sinais pode ser um traço distinto.
As expressões não manuais são movimentos da face, dos olhos, da cabeça ou do tronco. Segundo Quadros & Karnopp, as expressões não manuais presta-se a dois papéis na linguagem de sinais: a diferença de itens lexicais e a marcação de construções sintáticas. O papel marca referências específicas, referencias pronominais, partículas negativas, advérbio, grau ou aspecto. Já segundo o papel marca as sentenças interrogativas e exclamativas, orações relativas, localizações, concordância e foco. Precisamos estar atentos as expressões faciais e corporais que são feitas simultaneamente com certos sinais o com toda a frase.
Portanto, para compreender a gramática de uma língua, é preciso aprender e estudar as regras de formação e de combinação de seus elementos, e também perceber os diferentes contextos de uso de determinados sinais para formação de frases em Libras. A atenção ao contexto favorece o uso de expressões faciais e corporais adequadas para melhor inteligibilidade daquilo que se pretende dizer.
Nesta introdução, a Libras pode ser percebida a partir de algumas classes gramaticais. Vocês ouvintes deve reconhecer que a língua de sinais foi banida por muitos anos, o que impediu a evolução de mais pesquisas referentes a língua de sinais, e a língua dos surdos foi prejudicada pela sociedade majoritária ouvinte, que tinha como objetivo “normalizar” o surdo por meio de treinamento oral-auditivo, pelo uso de prótese e até de cirurgias, como implante coclear. Não se deve pensar que a língua de sinais é um código inventado pelos surdos, mas sim uma língua verdadeira natural que nasce a partir da cultura surda e da experiência visual, tendo rico valor linguístico e cultural.
Além disso a Libras possui suas próprias regras gramaticais, diferentes de outras línguas, sejam elas orais ou não, sendo possível transmitir ideias sutis, complexas, abstratas e técnicas por meio das mãos e expressões faciais.
Deve se quebrar o tabu de que Libras é universal, já que cada país possui sua própria língua de sinais e alfabeto manual. Esperamos que vocês possam realmente conhecer a verdadeira língua dos surdos e descobrir novos contextos e jeitos de comunicação para que, quando receberem alunos surdo em sala de aula, possam estar consciente dessa língua vírgula visual e gestual.
CAPÍTULO 5
A CONSTRUÇÃO DOS SINAIS E SUA MOBILIDADE ESPECÍFICA.
Neiva de Aquino Albres
A CADA SINAL, UM POR...VIR (PROVISORIEDADE)
É na interação com o outro em determinado contexto e tempo específico que os sinais vão tomando o significado desse processo, procuramos compreender a fala do outro com quem conversamos, levando em consideração as pessoas envolvidas, suas funções sociais e os discursos "atravessados" neste novo discurso.
O problema fundamental da semântica reside na dificuldade de conciliar a polissemia da palavra com sua unicidade na perspectiva da abordagem semântica enunciativa, é impossível constituir significação da palavra ou do sinal da língua de sinais sem que seja construída dentro de uma iniciação.
SINAL QUE MOTIVA?
ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE
A iconicidade é a propriedade das palavras ou dos sinais de tomar como base para sua criação as características físicas do referente, parte deste ou todo, mesmo a relação cultural que o homem tem com esse referente.
Kilma & Bellugi desenvolver as primeiras discussões sobre a propriedade das línguas de sinais comparando diferentes línguas de sinais de afirmam que todas elas fazem uso de iconicidade para produção dos seus sinais.
Um conceito importante sendo trazido é arbitrariedade apesar da possibilidade de alguns sinais de terem motivação e características de que representam, os sinais não são objetos que representam dessa forma, cada comunidade linguística pode, ao se relacionar se com esse referente, escolher qualquer parte dele ou qualquer outro signo distante de qualquer associação relação com o referente e significa que a palavra ou sinal de uma língua não se pretende simplesmente pela sua representatividade, mas depende de uma produção social coletiva para construção dessa significação na língua.
A possibilidade de o sinal da língua de sinais de tecido em sua origem motivado por algumas característica física ou relacional do objeto não significa que o sinal e objeto que ele nomeia forma uma estrutura única. Apesar dessa complexidade da língua, aprendizes de ela como segunda língua geralmente recorrem a associação da produção articulatória como referente para prender o sinal. No Brasil, é comum dizer que toda a produção articulatória manual que toma o formato do objeto é classificado uma pesquisa bem detalhada sobre esse processo descreve que há diversos tipos de classificadores.
Para Emmorey classificadores na língua de sinais são geralmente configurações de mão que funcionam como morfemas e Construções de classificador são predicados complexos que podem expressar algum ou todos os seguintes movimento, posição de descritivo estático ou informação de manuseio.1. Classificadores de entidade inteira
São usados com predicados de algo sobre entidades inteiras, com uma pessoa ou uma moeda ou um grupo de entidade vista como um todo, com uma pilha de moedas.
2. Verbo de instrumento ou manuseio
São usados em verbos que denotam a gente animado usando as mãos para assegurar uma entidade ou manusear um instrumento que não seja a mão por exemplo faca, arma.
3. Classificadora de membros
A categorização de classificadores observando a funcionalidade pode auxiliar na compreensão Geral de classificadores na classificação geral das categorias de configuração de mão que representa membro de humanos ou animais por exemplo penas e patas.
4. Descrição geométrico visual
Para os classificadores vira a configuração de mão, movimento pela localização e orientação da palma representa o formato do objeto ou a descrição de algo. Profundidade de largura e condições de superfície também pode ser explicadas nessa categoria.
Pode-se pensar que, dessa forma pela iconicidade e por um único sinal ter vários sentidos vida é mais fácil aprender línguas de sinais engano seguir essa afirmativa visto que apesar de a linguagem de sinais tem a propriedade de conicidade, depende da confecção dos falantes da língua e do contexto de cada enunciado, assim como qualquer outra linguagem natural. A iconicidade depende da conversão, qualquer escolha icônica e ao mesmo tempo arbitrária. Uma comunidade social cria suas convenções a depender de sua condição histórica e social.
Cada grupo social, por seus valores, pela sua forma de ver o mundo, produz sua língua e transforma-se pelo uso dela veja os exemplos da conversão para um sinal de goiaba em duas regiões do Brasil. Goiaba sinal usado em São Paulo, pela comunidade surda de São Paulo foi escolhido para motivação do sinal o formato da fruta, por ter uma polpa interna e uma massa externa.
Goiaba sinal usado em Campo Grande, já para a comunidade surda de Campo Grande a motivação esteve relacionada à formada a fruta redonda e pela condição de que em seu processo de apodrecimento a ver larvas em seu interior. Por isso viu a afirmativa de que a língua é arbitrária, pois ela está determinada pela conversão de seus falantes.
SENTIDOS OUTROS PRENTENDIDOS COM OS SINAIS.
Para Vigotski, o sentido de uma palavra é a soma de todos os fatos psicológico que ela desperta em nossa consciência. Assim sendo, o sentido é sempre uma formação dinâmica, fluída, complexa e tem várias zonas de instabilidade variada. O significado é uma dessas zonas de sentido que a palavra adquire no contexto do discurso.
A questão é que, como falante de uma língua, não transmitimos apenas com o campo do significado mas também com o campo do sentido o estudo sobre línguasde sinais recentemente passaram a olhar para do ver significados pretendidos com os sinais, pesquisas mais precisamente sobre significação dos sinais observam discursos em contextos reais do uso da língua. Dessa forma, as ideias abstratas que revelam um conhecimento que o homem tem sobre o manuseio dos objetos do mundo.
Dessa forma as expressões idiomáticas normalmente tem um significado preciso vida o que não incorrem em geral com as metáforas. Além disso, para compreender o significado de uma expressão idiomática, normalmente não se precisa levar em conta o significado literal da frase. Metáfora a uma concepção intuitiva de que se está falando de uma coisa como outra coisa.
Apesar de ser possível desenvolver um levantamento significativo das metáforas empregadas em uma língua e das expressões idiomáticas produzidas por uma cultura, a cada novo discurso dessa mesma metáfora está suspenso, pois dependerá do momento da iniciação dos interlocutores envolvidos para a construção do sentido desse novo discurso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os estudos sobre a ASL abrir o novos campos de estudos para outras linguagens de sinais usadas no mundo a comprovação de que a língua de sinais eram línguas naturais instigou linguísticas para a tomada dos fenômenos em diferentes níveis de análise fonologia, morfologia, sintaxe, etc., como objeto de estudo. O Desafio dos primeiros linguiça foi apontar assistência de elementos universais e diversos aos das línguas, até então estudados, a linguagens orais.
Aprendizes de libras precisam aprender conceitos como: iconicidade e simultaneidade que antes pouco ou nada eram vista em linguagens orais. Olhar sobre as línguas de sinais e pela sua diversa modalidade gestual-visual se fez construir em detalhadas análise. E conscientização das possibilidade de comunicação em Libras usando esses recursos da língua.
 Não é só reconhecer a forma utilizada mas compreendê-la no contexto concreto preciso, compreender sua significação numa iniciação particular, deve considerar o signo variável e flexível para aprender uma segunda língua é aprender a usar em situações comunicativas específica, sem que a mobilidade dos significados dos sinais, como anunciado no título deste capítulo é a regra e não uma exceção.
CAPÍTULO 6
COMUNICAÇÃO EM LIBRAS 
Neiva de Aquino Albres
O QUE É IMPORTANTE
Apesar de considerarmos que a língua não se limita a níveis de análise, podemos que foi relevante o descrito sobre ela nesta perspectiva teórica Pelo visto que por muitos anos vivem as línguas de modalidade gestual-visual eram consideradas como língua e pouco conhecidas No sentido de seu detalhamento linguístico e funcionamento.
As descrições linguísticas das línguas de sinais são fundamentais para seu conhecimento e reconhecimento legal as primeiras descrições de gramáticas foram sobre a ASL. O trabalho Pioneiro foi de Stokoe 1960. A libras e uma linguagem oficial no Brasil e já contamos com algumas pesquisas de descrição da mesma. Primeiros estudos linguísticos sobre a Libras destaca-se Britto, Felipe, Faria, Quadros& Karnopp, Viotti & McCleary, Xavier, Moreira e Leite. Apesar de suas pesquisas viva ainda há muitas crianças de preconceitos em torno da linguagem de libras e na pessoa surda.
DUAS MANEIRAS DE DIZER 
SIMULTAMEIDADE E LINEARIDADE NA LINGUAGEM DE SIANIS
Linguistas descobrir o fato de que a fonologia das línguas orais parece ser caracterizada por um alto grau de linearidade enquanto as linguagens sinalizadas exibe um alto grau de simultaneidade. As línguas orais e escritas são produzidas por meio de palavras de frases, e assim por diante, o que caracteriza como a linguagem linear, ou seja, usamos uma palavra após a outra e expressa sequencialmente na linguagem de sinais, além de linearidade viu também tem a propriedade de simultaneidade, cujos elementos com significados são produzidos ao mesmo tempo.
Pesquisa sobre linguagem de sinais revelam que existem outras formas de dizer as coisas, principalmente pela modalidade da língua gestual-visual. A situação e os participantes mais imediatos determinam a forma e o estilo ocasionais da enunciação pesquisas revelam que em conversas entre surdos é usado um alto grau de simultaneidade e quando precisa se comunicar convite ainda não fluente em Libras, recorre a uma forma mais linear de apresentar os sinais.
A simultaneidade é bastante comum em géneros narrativos e descritivos, e quanto mais se fizer uso dela deu mais um estrangeiro é interpretado como proficiente na linguagem a consciência dessa diferença faz com que se dê um passo à frente para compreender e fazer uso da simultaneidade em seus enunciados. Trata-se antes da reflexão de uma consciência que luta para abrir caminho no mundo misterioso de uma língua estrangeira.
DE QUE SÃO ESTAS PALAVRAS/SINAIS? QUEM ESTÁ DIZENDO ISSO, O NARRADOR? INCORPORAÇÃO – USO DO PRÓPRIO CORPO.
De forma bem genérica a análise de discurso vai além da dimensão da palavra ou da frase e se preocupa com a organização Global do texto, examina as relações entre Anunciação Vivo e o discurso enunciado e os sócio- históricos, pois são pouquíssimas pesquisas sobre língua de sinais nesse nível de análise. Moreira com base em Liddell, descreve que o discurso em Libras é construído com base em espaços metais nessa perspectiva, é feita uma distinção entre: a) espaço mental real; b) Espaço mental token; e c) espaço mental sub-rogado. Interessante perceber a integração de espaços no discurso.
Para produção de apresentação do diálogo, utiliza-se o estabelecimento de pontos específicos no espaço da sinalização, conhecidos também como referentes locais. Viotti&McCleary consideram que muito ainda deve ser estudado sobre o processo de narrativa em vidas e descritos sobre os pronomes pondo assim, as vozes no discurso da linguagem espaço visual podem ser percebidas pelo uso de sinais manuais e ação postura do corpo juntamente ao espaço sub-rogado ou seja, delimitado.
No decorrer da sinalização, o narrador sinalizador pode tomar as vozes dos personagens ou de entidades apresentadas por isso a pergunta dos pontos de quem são estas palavras sinais? Iniciantes na linguagem de modalidade gestual não percebem facilmente as diferentes vozes no discurso do narrador a forma de organização estrutural para a tomada de voz é bastante sutil nas linguagens de sinais.
Essa forma tem sido denominado de espaço mental sub-rogado dentro da perspectiva de espaços mentais outros autores denominam de incorporação ou transferência de pessoa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperamos que a partir das experiências comunicativas em Libras, o estudante venha a construir um repertório interessante para compreender e fazer uso de simultaneidade, uso do próprio corpo para incorporação nosso esforço, no sentido de formular uma explicação sobre esses fenômenos da língua, é para lhe oferecer uma consciência da complexidade que envolve em aprender a se comunicar em libras e tem se batizado, inegavelmente, na corrente enunciativo-discursiva de que a individualização da enunciação é superficial, pois na verdade o uso da palavra, com o signo, requer que a pessoa o busca e o estoque social.
CAPÍTULO 7
POLISSEMIA NA LIBRAS
Vânia de Aquino Albres Santiago
A comunicação representa um dos fenômenos mais importantes da humanidade Melo explique que é comunicação vem do latim communis, comum, o que introduz a ideia de comunicação, comunidade. A milhares de anos antes de Cristo os egípcios representavam sua cultura por meio de gravuras a criação dos signos levou um homem a instituir um método de organização para combinados entre si, com a finalidade de se comunicar sistematizada mente o uso dos signos estáticos e a língua possuem caráter de novidade a cada enunciado, em cada situação com o signo linguístico produz sentido ao texto relacionado com a nossa história em nossas vivências.
Antes de aprendermos a língua falada onde vivemos, desde muito pequenos naturalmente desenvolvemos uma forma de linguagem, nem que seja passar fome, dorou sono, mais tarde por meio delas mama exprimir ideias e sentimento. Ela se modifica de acordo com o contexto social e histórico, a cultura, faixa etária, com a regionalidade, entre outros, que são elementos indissociáveis e determinantes no uso da língua.
No aprendizado língua de sinais, a visão da língua na perspectiva enunciativo-discursiva é essencial para a possibilidade de tornar-se realmente sujeito discursivo e produzir enunciados que façam sentido para um interlocutor, entendendo o sujeito discursivo como locutor que, segundo Bakhtin, serviço da língua para suas necessidades enunciativas concreta para o locutor o centro de gravidade da língua não resisti na conformidade a norma da forma utilizada, mas na nova significação que essa forma adquire no contexto na libras, a sinais que assumir vários significados, apesar de apresentar em uma única forma. A isto, damos o nome de polissemia a polissemia, entendendo a língua como sistema abstrato, interfere a um signo um universo de possibilidades de significação, Bakhtin afirma que o sentido da palavra é totalmente determinado por seu contexto ponto de fato a tantas significações possíveis quanto contextos possíveis.
Além da polissemia existem outros fatores que influenciam na produção o sentido dos enunciados. Nas línguas orais, a linguagem corporal que acontece pelo movimento do corpo e de expressões faciais é parte significativa da comunicação. Certamente você já ouviu a frase um gesto vale mais do que mil palavras pois então, podemos considerar esta é uma verdade, entretanto uma posição, o movimento do corpo, mas tem por si só um significado preciso e incontestável. Sua significação vai depender de vários elementos envolvidos no contexto da comunicação discursiva.
Veja alguns exemplos clássicos de mensagens enviadas através da linguagem corporal e das expressões faciais nas línguas orais:
Franzir de sobrancelha, dificuldades ou preocupações;
Apertar os olhos e erguer uma das sobrancelhas - sinal de descrédito, desconfiança;
Tamborilar os dedos -  impaciência;
Bater na testa - esquecimento;
Levantar os ombros -indiferença;
Esconder a boca- mentira;
Olhar frequentemente para o relógio - pressa ou impaciência.
EXPRESSÕES NÃO MANUAIS LIBRAS
Na vida as unidades mínimas que compõe os sinais como já vimos anteriormente são configuração de mãos ponto de articulação e orientação, da mão movimento expressões não-manuais. É a expressão não manual aqui que se desprende da forma linguística estática e a transforma vivia mudando sua significação, em cada contexto.
FORMAS EXCLAMATIVA 
Felipe explica que, para a construção de forma exclamativa em Libras viva se modifica a expressão facial, as sobrancelhas são levantadas e a um ligeiro movimento da cabeça, inclinando para cima e para baixo a boca retraída com movimento para baixo pode compor a exclamação.
No entanto, um sinal da libras, que já possui em sua forma uma expressão não manual pré-estabelecida, pode, ao ser alterada essa unidade mínima, assumir um sentido diferente a depender também do contexto e da intenção comunicativa do sujeito discursivo. Bakhtin explica que, ao se lançar um olhar objetivo para a língua não se encontra nela um sistema de normas e mutáveis, mas, ao contrário, uma evolução ininterrupta das normas da língua.
FORMA NEGATIVA
Além das formas de negação pré-estabelecida na libras, um mesmo sinal da testa também pode assumir a forma negativa a partir do uso simultâneo de uma expressão não manual determinada.
FORMA INTERROGATIVA
A forma interrogativa em Libras também pode acontecer a partir da mudança da expressão não-manual segundo Felipe a necessidade de franzir a sobrancelha e inclinar a cabeça para cima, essa expressão deve ser feita simultaneamente ao sinal.
CAPÍTULO 8
ESTUDOS LÉXICO DA LIBRAS
Nívea de Aquino Albres
COMUNIDADE LINGUÍSTICA E A APROPRIAÇÃO DA CULTURA
Os surdos internalizam os sinais e suas possibilidades de uso na redação dialógica com outros surdos ou ouvinte proficiente em libras não se sabe bem o porquê da delimitação de um sinal, pois, exatamente, determina a certos conceitos ou de onde especificamente foram derivados, a não ser os sinais icônicos e os que são produzidos pela inicialização da primeira letra da escrita não se sabe por que alguns sinais morrem aos poucos, mesmo quando as funções e experiência na vida concreta da comunidade ainda fazem uso, e por que vinculam esse conceito a outro sinal.
Para os surdos a percepção visual atua recebendo informação sob a forma de sinais de imagens, cores, e os transforma em imagens mentais, buscando os significados imediatos que dependem dos aspectos psicolinguísticos e sociais desses sujeito. Desse modo o sinal é o Allan Central da compreensão, incremental e rapidamente formamos uma rede de conexões a outros conceitos ligados a ele.
Entendendo a linguagem como atividade constitutiva vivendo uma construção simbólica dos indivíduos sociais históricos e desenvolvido interativamente na dialogicidade. É da atividade de uso e interação que construímos os sentidos dos signos. 
VOZES DOS SURODS DE DICIONÁRIO DE LIBRAS COMO FONTES DE ANÁLISE.
Analisar a realidade lexicológica da Línguas de sinais é entender a, como uma língua com estrutura própria, mas necessariamente aberta lida cheia de indeterminações e polissemia, porque é atravessada pela condição de seres históricos.
Ao nomear o indivíduo se aproxima do real simbolicamente, e para cada conceito novo desenvolve outros signos para representar, mas vale lembrar que o léxico de uma linguagem natural constitui uma forma de registrar o conhecimento do universo ao dar nome aos seres e objetos, o homem os classifica simultaneamente.
Desde então foram produzidos vários materiais da natureza no país como Oates e Fernandes & Strobel, e mais recentemente o dicionário trilíngue Capovilla & Raphael, distribuído pelo MEC para as escolas públicas.
Percebemos que a língua está em constante comunicação. Dessa forma o estudo histórico é fundamental para a compreensão da origem do léxico. A análise dos dicionários bilíngues de libras e língua portuguesa e entrevistas foram nossos procedimentos metodológicos de estudos.
De posse desses dicionários, fizemos a análise documental que consiste em estudar as informações fixadas em suportes material considerados fontes duráveis de comunicação. A análise documental pode constituir uma técnica valiosa de abordagem de dados qualitativos, seja complementado as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema. Portanto procurar Lemos identificar no léxico registrado no registrado no documentos a partir das categorias elencadas e com vigílias com autores que ilumine nossa análise, procurando aprofundar os conceitos apresentados nos dicionários.
MECANISMO DE MUDANÇAS INTERNAS DO LÉXICO
O homem em consequência da mudança social provoca o surgimento de novos lexemas, o mesmo a mudança de sentido de uma lexema já existente.
TRASFORMAÇÃO DE LÉXICO AO LONGO DO TEMPO (DIACRONIA)
A evolução da língua obedece a uma dinâmica positivamente conotada, ao contrário do que afirma a concepção saussuriana, a variação inerente a língua reflete variações sociais efetivamente, a evolução, por um lado, obedece às leis internas (reconstrução analógicas, economia) por outro lado ela é sobretudo regida por leis externa de natureza social.
A Libra também se transformou ao longo dos anos, o léxico que se segue é fruto principalmente da entrevista com surdos adultos, os alunos de Ines.
Observamos que, ultimamente, no processo de ampliação de léxico da língua de sinais os novos sinais tem uma produção mais arbitrária e menos e icônica. Cabe pensarmos profundamente na linguagem de sinais, tipos de modalidade espaço-visual tem uma produção de um caráter de léxico icônico o mesmo de sinais indicativos, direcionais como as formas pronominais usados como referentes presentes ou pronomes demonstrativos constatamos que esses traços e cônicos tem diminuído, passado a

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