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ENGENHARIA CIVIL - N1FUSO CHARLES SOARES DANTAS - RA 258692015 FERNANDA GABRIELA BISPO DA SILVA - RA 256512015 RENATA GERMANO DOS REIS - RA 221782017 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE MÓDULO ............................................................................................................................... Guarulhos 2018 CENTRO UNIVERSITÁRIO ENIAC CHARLES SOARES DANTAS - RA 258692015 FERNANDA GABRIELA BISPO DA SILVA - RA 256512015 RENATA GERMANO DOS REIS - RA 221782017 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE MÓDULO Trabalho de Conclusão de Módulo Fundações e Solo em Engenharia Civil da Faculdade Eniac, apresentado à disciplina de Fundações. Prof. Fernando Carlos Bantarrino Monteiro Guarulhos 2018 Dedicamos este Trabalho de Conclusão de Módulo às pessoas que trouxeram-nos a vida, que dedicaram todo amor, carinho e compreensão para que nós chegássemos até aqui, a nossos pais. Dedicamos também a nossos professores e amigos que fizeram parte de nossas vidas a cada instante e que nos proporcionaram felicidades, conhecimentos e oportunidades. Agradecemos a todos os professores por repartir seus conhecimentos, com toda paciência, colocando em nossas mãos as ferramentas com as quais abriremos novos horizontes, rumo à satisfação plena dos ideais humanos e profissionais, à nossa família pela dedicação de todos os dias, pelo empenho em ajudar-nos e nos apoiar sempre. Minha vida é movida pelo desejo de fazer valer a pena... (Silfarle Santiago) 1.Sumário I Introdução..........................................................................................................7 I.1 Justificativa...........................................................................................8 I.2 Objetivos...................................................................................…........9 I.3 Metodologia.............................................................…………………..10 II Desenvolvimento temático..............................................................................11 II.1 Definição do tipo de fundação em análise........................................11 II.2 Razões para escolha, por motivos geotécnicos e econômicos........12 ll.3 Vantagens e desvantagens.......……………….............…..................13 ll.4 Informações necessárias para realização de projetos..….......…......15 ll.5 Processo construtivo detalhado....….…………………..............….....18 ll.6 Definição do projeto geométrico e determinação da capacidade resistente do solo de fundação……………………………………………………..22 ll.7 Caso de Estudo…………………………………………………………..39 ll.5 Patologias físicas, mecânicas e químicas mais comuns nas estruturas de concreto……………………………………………………………….51 lll Conclusões e considerações finais.......…......................................................55 lll.1 Conclusão Fernanda Gabriela Bispo da Silva…………………….….56 lll.2 Conclusão Charles Soares Dantas……………………………………57 lll.3 Conclusão Renata Germano dos Reis………………………………..58 Vl Referências bibliográficas..............................................................................59 V Referências bibliográficas das imagens………………………………………...61 I. Introdução O projeto estrutural se refere ao dimensionamento das estruturas (lajes, vigas, pilares e fundação) que sustentarão a edificação. Com objetivo de, basicamente, garantir três fatores fundamentais na construção: Segurança, Economia e Durabilidade. Esse estudo garante uma economia do material utilizado, já que só será utilizado na obra o estritamente necessário, otimizando os custos além de maior segurança e durabilidade dos elementos que sustentam a edificação, evitando trincas, empenamento de portas e janelas ou mesmo o desmoronamento do imóvel. O cálculo estrutural facilita futuras manutenções e reformas. O Radier é um tipo de fundação rasa, são lajes de concreto armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas oriundas dos pilares e paredes da superestrutura e descarregam sobre uma grande área do solo. O solo deve estar rigorosamente nivelado para começar a preparação da base do radier. Por isso, a equipe de topografia faz a verificação in loco, e, se necessário, podem apontar ajustes a serem feitos no terreno. É bastante utilizado para fundação de obras de pequeno porte como casas térreas, sobrados, edificações com baixa carga. Apresenta um baixo custo em relação à sapatas corridas, por exemplo, o tempo de execução é reduzido, redução na mão de obra e é indicado para terrenos argilosos. I.1 Justificativa A justificativa para este estudo consiste no fato do radier ser uma técnica prática de ser executada que proporciona ao restante da construção uma plataforma estável. Se apresenta como alternativa vantajosa, em muitos casos, às fundações profundas. É uma solução aplicável à maioria dos tipos de solo como há distribuição uniforme da carga, o radier admite um solo com menor resistência do que aquela necessária para fundação em estaca, por exemplo. Dependendo das características e da escala do projeto, os radiers podem ser executados em concreto armado, em concreto reforçado com fibras ou em concreto protendido. Na aplicação deste tipo de fundação é mais comum o uso de concreto protendido. Radiers de concreto armado, ou reforçado com fibras, geralmente são utilizados para a construção de casas ou edifícios baixos, com no máximo quatro ou cinco pavimentos. I.2 Objetivos Este trabalho tem como objetivo principal apresentar como é feita a utilização da fundação em radier. Para atingir este objetivo, são necessários alguns objetivos específicos, os quais são listados a seguir: Determinar por meio de métodos e estudos específicos os parâmetros de um solo, o qual resista aos esforços aplicados pelas diversas fundações escolhidas. Analisar a tecnologia utilizada para construção dos radiers, avaliando o processo construtivo detalhado, mão de obra, materiais e equipamentos utilizados. Apresentar a tecnologia construtiva dos radiers, dado que eles proporcionam várias vantagens, como rapidez na execução, pequeno número de trabalhadores, pode ser utilizado em vários tipos de solo, possui menos restrições na disposição das paredes, eliminar o baldrame e o contrapiso, ou seja, há uma grande racionalização neste tipo de elemento de fundação. I.3 Metodologia Para a realização deste trabalho, foi utilizado basicamente dois livros de fundações, um do autor Muni Budhue e outro do Dirceu de Alencar Vellose/ Francisco de Rezende Lopes, junto a norma NBR 6122/1996, materiais fornecidos em sala pelo professor responsável pela matéria, explicações sobre a matéria em sala e também TCCs e artigos acadêmicos sobre o assunto; o qual não possui uma grande variedade de pesquisas, tudo o que se encontra sobre o assunto está relacionado apenas a descrição e explicação do processo de forma bem básica e superficial. Na realização desta pesquisa o objetivo foi buscar o máximo de informações já existentes sobre o assunto de forma que o pouco de informação que há sobre o tema seja explicativo a ponto de que possamos passar de forma clara e objetiva as informações solicitadas ao longo do trabalho realizado este semestre. O assunto em si é abordado mais profundamente em aulas de pós graduação, porém mesmo assim há uma falta de conteúdos sobre o tema, o qual quando analisado profundamente e amplamente aparece questões importantes que não temos uma resposta para o caso pois a falta de pesquisas, estudos e testesnão lhe abre margem para questionar e opinar sobre a funcionalidade da fundação radier em diversas situações. II. DESENVOLVIMENTO TEMÁTICO II.1 Definição do tipo de Fundação em análise. A fundação abordada trata-se de uma fundação direta rasa, que por sua vez é composta de uma laje grande de concreto. A qual a mesma possui como objetivo transferir cargas estruturais para o solo, como, por exemplo uma sapata única. Este tipo de fundação pode ser feito de concreto protendido quando a obra exigir reforços, porém está solução pode significar aumento financeiro na obra. Fig. 1 – Radier Existem dois tipos de radiers: Radier geral, quando o mesmo recebe todos os pilares da obra; Radier parcial quando o mesmo recebe apenas uma parte dos pilares da obra. Temos também diferentes tipos de lajes radier como, por exemplo: lisos, com pedestais ou cogumelos, nervurados e em caixão. Conforme figura a seguir: Fig. 2 - Radiers: (a) lisos, (b) com pedestais ou em laje cogumelos, (c) nervurados (vigas invertidas) e (d) em caixão. II.2 Razões de escolha, por motivos geotécnicos e econômicos. Este tipo de fundação é indicado quando: As áreas das sapatas somadas ocupam 70% da área total da construção; Áreas das sapatas muito próximas, o projetista no momento do cálculo das sapatas pode decidir por radier para melhor execução da obra; Se deseja uniformizar os recalques, para melhor distribuição das cargas no solo, trazendo maior segurança a obra; Se há presença de solo/bolsões de solos moles sob a projeção da estrutura, com a finalidade de trazer melhor estabilidade a estrutura; Se o solo de construção estiver próximo a área compactada, solo firme, resistente, capaz de suportar as cargas da edificação. Fig. 3 - Radier locado em solo fraco, porém próximo a solo firme. Recomenda-se a utilização de radier para estruturas com largura, comprimento e altura semelhante, pois assim a descarga das cargas da edificação no solo é mais uniforme, este tipo de fundação é indicado para edificações com baixa carga estrutural. II.3 Vantagens e desvantagens de utilização da fundação em análise, perante outras opções. As vantagens da escolha da fundação radier se dão por: Este tipo de fundação não exige grandes escavações pois sua locação pode ser pouco abaixo do nível do solo ou montagens de formas complexas pois sua concepção é de uma laje grande exigindo apenas formas laterais para delimitação da área; Em relação a outras fundações apresenta baixo custo - 30 % de redução em relação a sapata corrida - e maior velocidade na execução pois não necessita de mão de obra especializada; Este tipo de fundação é indicado para terrenos argilosos, como por exemplo, na utilização de fundações mistas, acompanhado de estacas, conforme figura a seguir: Fig. 4 - Radier locado sobre estaca Fundação ideal para pequenas construções como casas térreas, sobrados, edificações com baixa carga, desde que esteja próximas a solos de alta resistência, como rocha firme, areia bem compactada de alta resistência, etc. As desvantagens da escolha da fundação radier: Este tipo de fundação depende das características do solo e sua interação com o peso da estrutura, como dito acima utilizado normalmente em projetos leves, casa, sobrados ou prédios com poucos andares, construídos em terrenos de solo firme mais compactado; Se houver necessidade de aumentar a resistência do radier devido às cargas atuantes na laje é necessário aumentar o volume do concreto e armadura, assim, tornando-o mais caro, deixando de ver viável em alguns casos. Há uma grande possibilidade de fissuras devido se tratar de uma estrutura de concreto armado. Necessidade precoce das instalações hidráulicas e sanitárias para não haver futuros furos na laje, danificando sua resistência e surgindo retrabalho. Fig. 5 - Instalação hidráulica antes da execução da concretagem da laje. II.4 Informações necessárias para a realização de projetos de fundações Para a realização de um projeto de fundações são necessários alguns elementos principais, como a; topografia da área, dados geológico- geotécnicos, dados da estrutura a construir e dados das construções vizinhas. Topografia da área: Está incluso o levantamento topográfico da área (planialtimétrico), dados sobre taludes e encostas no terreno se houver que possam no caso de acidentes atingir o terreno de alguma forma e dados sobre erosões ou evoluções preocupantes na geomorfologia. Fig. 6 – Exemplo de um, levantamento topográfico básico Dados Geológico-geotécnicos: Investigação do subsolo, como por exemplo o ensaio SPT, e outros dados geológicos e geotécnicos como mapas, fotos aéreas, artigos sobre a região, levantamentos aerofotogramétricos. Fig. 7 – Exemplo de relatório de sondagem SPT Dados da estrutura a construção Tipo e uso que terá a edificação, sistema estrutura – quais materiais a serem utilizados, como será o encaixe-, cargas presentes e liberadas pela estrutura para a fundação. Dados sobre construções vizinhas Esse é um dado muito importante, pois pode apresentar uma visão diferente do que foi mostrado pelas sondagens caso a profundidade foi pequena, então é importante conhecer o tipo de estrutura e fundações das construções vizinhas, número de pavimentos, carga média por pavimentos, desempenho das fundações, existência de subsolo e possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra Essas informações devem ser analisadas e avaliadas com cuidado e atenção para melhor compreendimento do solo, para melhor escolha de fundação e armação utilizada na mesma. II.5 Processo Construtivo detalhado. 1 - Escavação do terreno até a cota de implantação; Obs.: é importante a equipe de topografia verificar se o solo está devidamente nivelado para que as cargas sejam distribuídas corretamente no solo e realizar uma compactação desde terreno pra que seja feito a transferência de cargas da fundação para o solo de forma uniforme. 2 - Abertura manual das valas para alocação das tubulações hidráulicas 3 - Em torno da fundação é colocado as formas de madeiras para delimitação da área para o momento da concretagem, devidamente alinhadas – verificação com prumo. 4 - Colocação de uma camada de brita de aproximadamente 7 cm para o nivelamento fino terreno - esta colocação evita o contato da armação com solo. Fig. 6- Lançamento da brita no terreno Obs: A parte onde foi feito a abertura das valas para colocação da tubulação hidráulica e sanitária não recebe brita mas sim uma mistura de cimento com areia para assentamento das tubulações. Fig. 7- Assentamento das instalações hidráulicas e sanitárias. Depois da colocação das tubulações as mesmas são cobertas com brita Fig. 8- Nivelamento da brita. 5 - Após o nivelamento da brita e colocado uma lona plástica sobre toda a área do radier para ajudar na impermeabilização do mesmo, e também evitando que o concreto do radier chegue a camada de brita colocada abaixo. Fig. 9- Colocação da lona plástica e da armadura. 6 - Colocação da armadura já com saída para os pilares e passagem da tubulação hidráulica, sanitária e elétrica, todas devidamente tampadas para evitar entupimento de concreto, Fig. 10- Instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas devidamente tampadas. 7 - Lançamento do concreto – o mesmo é espalhado,adensado e nivelado. Fig. 11- Concretagem do radier Até o presente momento a construção de radiers está sendo com base a norma NBR 6122 / 2010, pois não há uma norma específica para o mesmo. II.6 Definição do projeto geométrico e determinação da capacidade resistente do solo de fundação Para determinar qual fundação é ideal para suportar e transmitir a carga recebida para o solo deve-se conhecer o solo e saber a sua capacidade de carga, pois é atrás dele que temos um norte para o tipo de fundação a ser escolhida, porém isso também dependerá do local, das cargas atuantes etc. Para isso temos uma série de ensaios in situ que nos dá uma margem do que está presente naquele solo, uns mais diretos que outros. Através disso temos métodos que será explicado mais abaixo de como os resultados obtidos nesses ensaios são utilizados para determinarmos a capacidade de resistência do solo. Sondagem a trado - perfuração de pequena profundidade executada com trado manual com retirada de amostra deformada. Fig. 12 - Processo de sondagem a trado Poços e valas - escavação manual sem escoramentos, com profundidade de limitada pela condição de estabilidade, permite a obtenção de amostras deformadas e indeformadas. Fig. 13 - Escavação manual de vala CPT ou EPT (ensaio de penetração de cone/estaca) - consiste na cravação, a uma velocidade lenta e constante, de uma haste cuja a extremidade inferior conduz um penetrômetro. Este ensaio não permite amostras e está normatizado pela NBR 12069. O Penetrômetro consiste em uma ponta cônica e uma luva . A cravação alternada dos dois dispositivos permite a medição da resistência de ponta através do cone e do atrito lateral local através da luva. Fig. 14 - Ensaio CPT com uso de penetrômetro CPTU Piezocone – ensaio idêntico ao CPT, porém a diferença nesta sondagem está no penetrômetro que é dotado de uma ou mais pedras porosas conectadas a um sistema que permita a medição das pressões neutras durante a cravação. Fig. 15 - Cone de Ensaio Piezocone SPT-T - ensaio idêntico ao SPT, porém este se faz medição do torque necessário para provocar uma rotação do amostrado depois de sua cravação. Esse dado adicional pode ser correlacionado com diversas propriedades do solo. Complementando o SPT quando necessário. Fig. 16 - Exemplificação do torque PMT (ensaio pressiométrico) - ensaio sofisticado que consiste na expansão de uma bolsa instalada em uma perfuração do terreno. Permite a obtenção de dados sobre o estado de tensões natural. (pressão horizontal e vertical) a resistência e a deformabilidade do solo ensaiado. Fig. 17 - Esquema simples do ensaio PMT DMT (ensaio dilatométrico) - crava-se no solo uma lâmina que contém uma membrana, medindo-se a pressão necessária para impor a membrana uma certa dilatação, pode se obter dados sobre a deformidade do solo. Fig. 18 - Esquema simples do ensaio DMT Sondagens rotativas - permite a perfuração de materiais rochosos, não permite amostra, porém pode ser útil para descartar a possibilidade de blocos rochosos. Fig. 19 - Processo da sondagem rotativa. Investigação geofísica (método sísmico de refração, método sísmico de reflexão, resistividade elétrica) - permite a identificação da geometria das camadas mas não é possível obter a sua composição. Fig. 20 - Processo de investigação geofísica por método sísmico SPT (Standard Penetration Test) - É um ensaio que se dá através de um amostrador que é cravado no solo a base de golpes que são contados e anotados a cada 15 cm obtendo-se assim o índice de resistência à penetração (N), através desse dados podemos obter conhecimentos sobre a resistência do solo, tipos de solo presente do local e sua respectiva profundidade e ainda se é possível obter amostra e detecção da posição do nível da água. N - Índice de resistência a penetração - se dá através da quantidade de golpes necessários para a cravação de 30 cm do amostrador padrão no solo. O equipamento necessário para este teste é composto por um tripé com um conjunto de roldanas e cordas, onde fica pendurado um peso batente de 65 kg, no solo é colocado um barrilete de 45 cm dividido em 3 partes de 15 cm e uma haste metálica em cima, onde será atingida pelo peso de 65kg, este posicionado a uma distância de 75 cm da haste metálica. Fig. 21 - Equipamento para ensaio SPT O peso de 65kg deve estar posicionado a 75 cm da ponta da haste antes de cair em queda livre, cada queda deve ser contada pois dará os números para obtenção do N. O barrilete tem o comprimento de 45 cm dividido 3 partes de em 15 cm, a quantidade de golpes dos primeiros 15 cm são desprezadas apesar de ser anotado no relatório pois é uma informação importante. Os últimos 30 cm anotados e somados dando o número N daquele metro. Os 55 cm restantes para completar 1 metro são retirados no trado, um dos motivos do desprezamento dos primeiros 15 cm é que como o solo de cima foi retirado no trado uma atividade bruta isso pode ter interferido na resistência daquele primeiro 15 cm. Fig. 22 - Exemplo de resultado do ensaio SPT Trabalho totalmente manual, os trabalhadores devem seguir rigidamente todas as regras de distância entre o peso e a haste e cuidado para manter a haste reta para coleta de dados certo sem inclinação. Fig. 23 - Ergonomia no processo do ensaio Fig. 24 - Tipos de trado para retirada dos 55cm restantes O barrilete após atingido os 45 cm é retirado do solo e aberto, dentro do mesmo fica a parte do solo perfurada, dando assim ao técnico presente no solo a amostra visual do tipo de solo presente no local, o mesmo realiza anotações no relatório o tipo de solo através de uma análise tato visual, uma parte desse solo é retirada e enviado para um laboratório para uma segunda avaliação e o engenheiro responsável pela obra deve comparecer para verificar também o tipo de solo presente, pois como o exame é Tato visual e alguns solos são muito parecidos pode haver confusão por parte do examinador. Fig. 25 - Amostra de solo variegado no amostrador padrão O fim da sondagem pode ser dado de duas maneiras: Uma é pelo engenheiro responsável, que através dos cálculos necessários define a profundidade dos furos e atingindo determinada quantidade de metros o ensaio deve ser encerrado. Outra é dada pelo encontro de solo muito resistente, onde quando se é dado 60 batidas consecutivas na haste e o amostrador não se mover mais que alguns centímetros. Isso muitas vezes quer dizer que o ensaio chegou no solo impenetrável, sendo assim é feito uma perfuração com outra técnica especial de, pelo menos, uns 3 metros para verificar se não é apenas um bloco de rocha presente naquele local. Lembrando que dentro de um terreno de pelo menos 200 m² é feito no mínimo dois furos de sondagem separado por até 25 m sendo assim possível criar um perfil geológico daquele solo, trazendo mais conhecimento para o tipo de solo presente naquele terreno. Conforme a tabela abaixo, podemos saber a quantidade mínima de furos da determinada área de um projeto. Fig. 26 e 27 - Dados para número de furos e distribuição Através do valor de N conseguimos ter uma base( conforme tabela abaixo), de qual a resistência presente naquele solo, que juntamente com o resultado do teste Tátil-visual já é possível partimos para os métodos de obtenção da resistência admissível do solo. Fig. 28 - Classificação dos solos para uso no ensaio SPT Mesmo conhecendo os tipos de solo presente no solo o engenheiro projetista de fundações necessita saber qual a capacidade de resistência do solopara poder ser verificado se a carga recebida da estrutura será dispersada no solo de forma que este suporte sem que a haja uma ruptura do solo comprometendo toda a estrutura. A ruptura do solo se dá em 3 modelo, conforme descritos abaixo, o tipo da ruptura dependerá do carregamento recebido, da geometria da fundação, e da compressibilidade do solo. Ruptura generalizada - Possui padrão bem definido, pois pouco antes da ruptura do solo é possível observar levantamento do solo na superfície, porém a ruptura é repentina e drástica. Esse tipo de ruptura acontece normalmente em fundações rasas e em solos pouco compressíveis Fig. 29 - Esquema simples de ruptura generalizada Ruptura localizada - O padrão só é bem definido logo abaixo da fundação, pois só há descida da estrutura, não há levantamento acentuado do solo, também não há colapso catastrófico, está mais frequente em sapatas mais profundas, tubulões dos dois tipos e estacas com grande diâmetro. Fig. 30 - Esquema simples de ruptura localizada Ruptura por puncionamento - padrão de ruptura de difícil observação pois não há colapso visível- em outras palavras não há levantamento de solo na superfície - é típico em estacas e tubulões de pequenos diâmetros e em solos pouco competentes. Fig. 31 - Esquema simples de ruptura por puncionamento Para que o solo não sofra rupturas catastróficas e assim comprometendo a segurança da edificação é necessário verificar qual a resistência admissível deste solo. Para isso existem 3 principais métodos que demonstraremos logo a seguir. Resistência admissível - tensão ou força adotada em projeto que, aplicada pela fundação atende, com fatores de segurança pré-determinados, aos estados limites último ( ruptura) e de serviço (deformação). Métodos práticos - este é realizado dentro da própria área de construção, são feitos ensaio por exemplo: prova de carga em que a fundação ou algo semelhante é submetido a carregamentos progressivos até a aproximação da ruptura do solo. O ensaio é realizado várias vezes fornecendo assim uma noção da resistência deste solo. Métodos semi empíricos - são relações propostas a partir de resultados em ensaios “in situ” por exemplo SPT. Métodos teóricos - são estudos teóricos da estabilidade de uma fundação inserida numa massa de solo. Para determinação de capacidade de carga em fundações diretas pode ser utilizado os métodos abaixo. Métodos Teóricos Método teórico de Terzaghi(1943) Onde é aplicado as fórmulas apresentadas abaixo, os valores das incógnitas abaixo são obtidos através de sondagens e ensaios laboratoriais ou até mesmo em campo. Fig. 32 - Fórmulas do método teórico de Terzaghi Para solos com ruptura geral, aplicar a fórmula conforme figura 33 para obter a tensão de ruptura: Fig. 33 - Fórmula para tensão de ruptura geral Para solos com ruptura local aplicar a fórmula conforme figura 34 para obter a tensão de ruptura: Fig. 34 - Fórmula para cálculo de tensão de ruptura local Fatores de capacidade de carga e fatores de forma, para substituição nas fórmulas acima descritas na figura 35: Fig. 35 - Tabelas de fatores de capacidade de carga e fatores de forma Tensão admissível é dada então através da fórmula conforme figura 36, já com a presença do coeficiente de segurança. Fig. 36 - Fórmula para tensão admissível Modelo Teórico de Skempton Modelo aplicável em solos compostos de argilas saturadas, fórmula para obtenção da tensão de ruptura: Fig. 37 - Fórmula de tensão de ruptura Tabela fatores de capacidade de cargas: Há uma particularidade no caso de sapatas retangulares representada conforme figura 38. **D/B = menor dimensão em planta da fundação dividido pela profundidade da fundação. Fig. 38 - Fatores de capacidade carga para sapatas retangulares E para obtermos a tensão admissível, já com os coeficientes de segurança, aplicamos a fórmula conforme figura 39: Fig. 39 - Fórmula de tensão admissível com coeficientes de segurança A partir de curvas carga recalque (provas de carga) podemos apresentar o gráfico conforme abaixo. Onde na primeira coluna está sendo apresentado o solo com ruptura local e na segunda coluna solo com ruptura geral. Fig. 40 - Gráfico de representação de ruptura local e ruptura geral Métodos Semi empíricos A partir do resultado de sondagens SPT, aplicamos a fórmula representado na figura 41 que consiste na somatória dos resultados SPT (N) no perímetro definido com 2*B onde B é menor dimensão em planta da fundação Obs: se N for menor ou igual a 5 será considerado com valor 5, e se N ou maior ou igual a 20 será considera valor 20. Os demais será o resultado obtido na sondagem. Fig. 41 - Fórmula para cálculo de métodos semi empíricos Os métodos aplicados acima são referente apenas a capacidade de carga em fundações diretas, os cálculos para a capacidade de carga em fundações indiretas (atrito lateral e ponta) não será abordada neste trabalho pois estamos trabalhando apenas com a fundação radier que consiste em uma fundação direta rasa. Segue abaixo, exemplos de exercícios resolvidos para melhor entendimento do processo na forma prática, esses exercícios resolvidos foram retirados na apostila do Prof. Paulo R. M. Moura para a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pois foram os exercícios encontrados de explicar de forma clara e objetiva a aplicação das teorias explicadas acima. Exemplo de Terzaghi Fig. 42 - Exercício exemplo de Terzaghi realizado pela Aluna Fernanda Gabriela Exemplo de Prova de Carga Fig. 43 - Enunciado de exercício de provas de carga Fig. 44 - Exercício resolvido de provas de carga Exercício de métodos semi empíricos a partir de SPT Fig. 45 - Exercício solucionado de método semi empírico II.7Caso de Estudo Dimensionamento do radier Determinação das dimensões do radier Para determinação das dimensões em planta do radier, usa-se o mesmo processo usado para as sapatas: a tensão aplicada ao solo deve ser menor ou igual à tensão admissível do solo (taxa do solo). Fig. 46. demonstração da posição dos pilares Fig. 47. corte A-A Área do radier = Ar Ar = Σp / σs Em que: Σp = soma de todas as cargas sobre o radier Σs = tensão admissível do solo Ar = AxB Para que as tensões no solo sejam uniformes, é necessário que o centro de gravidade dos pilares coincide com o centro de gravidade do radier. Por isso, deve-se, após definida a área do radier, determinar o CG das cargas e impor esse ponto como CG do radier. Para determinação do CG das cargas, procede-se da seguinte forma: Fig. 48. Demonstração do centro de gravidade Adotam-se duas linhas de referência, uma na direção x (LRx) e outra na direção Y (LRx). Supondo ser P1, P2... as cargas nos pilares, tem-se: Y = Σpi . Yi / Σpi Y = posição do CG em relação a LRx Pi = cargas nos pilares Yi = distância dos pilares ao eixo LRx X = ΣPi. Xi / ΣPi X = posição do CG em relação a LRy Pi = cargas nos pilares Xi = distância dos pilares ao eixo LRy Uma vez determinada a posição de centro de gravidade das cargas, distribuem-se as dimensões do radier de maneira que o seu CG coincida com o das cargas. Fig. 49 determinação da área da laje de maneira igual a partir do CG Cálculo dos esforços (momento fletor e força cortante) que atuam no radier. O radier, do ponto de vista estático, comporta-se como uma laje de piso convencional só que de cabeça para baixo, ou seja, uma laje apoiada nos pilares recebendo como carga a reação do solo, ou seja, a tensão aplicada ao solo. Fig. 50. Demonstração da tensão dosolo Como estaticamente o radier comporta-se como uma laje convencional invertida, pode-se usar as mais diversas soluções, tais como: A) Laje, viga e pilar B) Laje nervurada, viga e pilar C) Laje em grelha com viga periférica apoiada diretamente no pilar D) Laje em grelha sem viga periférica apoiada diretamente no pilar E) Laje cogumelo – laje maciça apoiada diretamente nos pilares Neste caso será estudada a primeira solução, que é a mais utilizada. Assim, o esquema estrutural do radier ficará da seguinte forma: Fig. 51 As lajes serão calculadas como lajes maciças apoiadas nas vigas, sujeitas às cargas decorrentes das tensões no solo. Para cálculo dos momentos fletores das lajes, são utilizadas as tabelas de Marcus (ver livro Estruturas de Aço, Concreto e Madeira – Expectativa Dimensional, do mesmo autor, páginas 226 a 231). Para a determinação dos mementos fletores e das forças cortantes das vigas, deverão ser calculadas inicialmente as cargas que as lajes depositam nas vigas; em seguida, deve-se usar o processo apresentado no livro citado, à página 234. Dimensionamento da armação Para cálculo da armação das lajes e vigas do radier, usam-se os mesmos processos apresentados neste livro para dimensionamento de armação de sapatas, de vigas baldrames e de vigas alavancadas. Lembrar apenas que, para as lajes, o cálculo da armação devida ao momento fletor é feita para uma faixa de 1 m de largura e repetida para o restante da laje, o que faz com que, no cálculo, a largura bw da laje seja igual a 100 cm (1 m). Exemplo: Dimensionar o radier para as condições abaixo: Fig. 52 Taxa do solo = 1 kgf/cm^2 P1-P3-P4-P6 = 20x20 P2-P5 = 30x20 P1 = P4 = 18 tf = 18.000 kgf P2 = P5 = 30 tf = 30.000 kgf P3 = P6 = 6 tf = 6.000 kgf A) Dimensões do radier Ar = Σpi / σs Ar = 2 . 18000 + 2 . 30000 + 2 . 6000 / 1 Ar = 108000 cm^2 A área de projeção dos pilares é: Fig. 53 Nota-se que a projeção já é maior que a área necessária. B) Centro de gravidade dos pilares Fig. 54 X=ΣPi . Xi / ΣPi X=P1 . 0 + P2 . 6 + P3 . 10 + P4 . 0 + P5 . 6 + P6 . 10 / P1+P2+P3+P4+P5+P6 X = 30 . 6 + 6 . 10 + 30 . 6 + 6 . 10 / 2 . 18 + 2 . 30 + 2 . 6 X = 480 / 108 = 4,44 m Da mesma maneira, tem-se: Y = 18 . 4 + 30 .4 + 6 . 4 / 108 Y = 216 / 108 = 2,00 m Fig. 55 Logo, para se ter tensão uniforme, as dimensões do radier deverão ser: Fig. 56 Para essa situação, as dimensões do radier passam a ser: A = 11,32 m B = 4,20 m Nestas novas condições, as tensões aplicadas ao solo devem ser recalcadas. σs = ΣPi / Ar σs = 108000 kgf / 1132 cm . 420 cm σs = 0,23 kgf/cm^2 Como se pode ver, a tensão no solo é bastante baixa, daí admitir-se o uso de radier em solos mais frágeis que aqueles recomendados para sapatas. C) Cálculo dos momentos fletores e forças cortantes nas lajes e vigas. Como já visto, a carga que atua nas lajes do radier é igual à tensão aplicada ao solo. q = σs = 0,23 kgf/cm^2 Sendo, 1 kgf/cm^2 = 10 tf/ m^2 Momentos fletores nas lajes: L1 é uma laje armada em uma só direção (L > 2 . l) Fig. 57 X = q . l^2 / 8 = 2,3 . 1,22^2 / 8 = 0,43 tf.m (momento negativo) M = q . l^2 / 14 = 2,3 . 1,22^2 / 14 = 0,25 tf.m (momento positivo) Adotando-se uma espessura para laje, por exemplo 10 cm, pode-se calcular a armadura para os momentos acima. Para fck = 20 MPa = 200 kgf/cm^2 Clim = 0,14 . 200 = 28 kgf/cm^2 Para X = 0,43 tf.m = 43000 kgf.cm bw = 100 cm (faixa de 1 m) d = h – 2 cm (altura útil da seção) C = 43000 / 100 . 8^2 = 6,7 kgf/cm^2 Como C está bem a baixo do limite, a altura da laje pode ser diminuída. Af = M / 2500 . d Af = 43000 / 2500 . 8 = 2,15 cm^2 Adota-se Ø 5 mm => A1Ø = 0,19 cm^2 Portanto, Número de barras = 2,15 / 0,19 = 11 barras Espaçamento = 100 / 10 = 10 cm Logo, a armação será: Ø 5 mm c/10 cm Atenção, a armação deverá ser invertida em relação á armação dos pisos convencionais. Fig. 58 l1 / 4 = 1,32 = 0,33 m l2 / 4 = 6,00 / 4 = 1,55 m (comprimento da barra) As demais lajes serão calculadas de maneira semelhante, observando ainda que as lajes L2 e L3 são armadas em cruz e que os momentos fletores positivos e negativos deverão ser calculados com o auxílio das tabelas de Marcus. Para determinação dos momentos nas vigas, é necessário determinar antes as cargas das lajes sobre elas, lembrando o seguinte: Para lajes armadas em uma só direção: qv = ql . l / 2 Em que: qv = cargas da viga ql = cargas da laje l = vão menor da laje Para lajes armadas em cruz Fig. 59 Viga do vão menor: qv = ql . l / 4 Viga do vão maior: qv = (ql . l / 4) . (2 – l / L) Uma vez determinadas as cargas das lajes na viga, são calculados os momentos fletores e as forças cortantes máximas e, com eles, dimensionadas as armações. Cargas nas vigas: Fig. 60 Por exemplo, para viga V5 q = Le + Ld q = 2,30 + 2,30 = 4,60 tf/m Fig. 61 M = q . l^2 / 8 M = 4,60 . 4,0^2 / 8 = 9,20 tf.m Q = q . l / 2 Q = 4,60 . 4,0 / 2 = 9,20 tf Para M = 9,20 tf, adotando viga de 20x60 cm C = 920000 / 20 . 56^2 = 14,7 kgf/cm^2 < Clim Af = M / 2500 . d Af = 920000 / 2500 . 56 = 6,6 cm^2 Adota-se 6 mm => A1 = 1,98 cm^2 Portanto, número de barras = 6,60 / 1,98 = 3,3 barras Adota-se 4 barras de 16 mm Lembrar, novamente, que essas barras devem ser colocadas invertidas. Fig. 62 Quanto aos estribos não há novidades, o cálculo é feito da forma convencional, usando a força cortante máxima, neste caso 9,20 tf. II.8 Patologias físicas, mecânicas e químicas mais comuns nas estruturas de concreto. Patologia das construções não se preocupa unicamente com o projeto e a execução do mesmo, ela também visa garantir a durabilidade da obra. Segundo HELENE, 1996: [Patologia pode ser entendido como a parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens das anomalias das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnostico do problema]. Por este motivo as edificações devem ser bem projetadas, executadas e devem possuir uma manutenção preventiva efetiva, pois se deteorizam com o passar do tempo. E os danos podem ser classificados como arquitetônicos, funcionais e/ou estruturais. As causas mais frequentes de problemas patológicos, são: Falha na execução : como deficiência na concretagem, deficiência nas armaduras, utilização incorreta dos materiais de construção, inexistência de controle de qualidade , inadequação de escoramentos e formas. Falhas durante a utilização: ausência de manutenção, utilização controvérsia do que foi projetado fazendo com que a estrutura e fundação tenha uma sobrecarga maior que foi projetada. Causas naturais: causas químicas, físicas, biológicas e próprias a estrutura porosa do concreto. As reparações serão mais duráveis, mais efetivas, mais fáceis de executar e muito mais econômicas quanto mais cedo forem executadas. Neste trabalho abordaremos de forma resumida as patologias que ocorre nas fundações e no concreto. As patologias das fundações são as de maior cisto global para serem recuperadas, sem contar que a repercussão social é maior, porque as vezes é necessário desocupar a edificação e ser recuperada. As principais causas dessas patologias pode ser intrínsecas: quando há erro no projeto, ou na execução ou extrínsecas, quando há variações nas hipóteses de projeto ou nas variações nas condições locais. Grande parte das patologias em fundações ocorrem devido ao desconhecimento das características do solo. Por exemplo a presença de matação sendo confundido com topo rochoso, isso se dá devido a: erro na programação da sondagem, como, sondagens insuficientes, sondagens com distâncias muito longas, profundidade insuficiente, entre outros. Podendo assim causar a edificação um recalque diferencial,que expressa o deslocamento desigual entre as fundações, pode se dar, por exemplo, por sapata mais carregada solicitando intensamente a camada de solo compressível do solo e a menos carregada transmitindo menor força a essa mesma camada de solo. Esse assentamento diferencial das sapatas resulta em trincas nas paredes da edificação por exemplo. O recalque diferencial pode se dar também por rebaixamento do lençol freático, pois há uma mudança na constituição interna do solo, aumentando [- se os vazios e o processo de transmissão das pressões interna é modificado, deixando-o menor resistente para a carga solicitada, Como regra simples da vistoria realizada por profissionais especializados em patologia do concreto, para determinar as posições dos recalques, acredita-se que esses ocorrem sempre abaixo das “barracas” formada pelas fissuras inclinadas visíveis nas paredes. O mau desempenho da fundação ou o acréscimo de solicitação requerem a necessidade de reforço da mesma, seja a flexão, a força cortante ou punção. Isso será decidido conforme análise de um profissional especialista em patologia de fundação, assim como a melhor solução para esse reforço. A composição do concreto, para atender as exigências de durabilidade conforme a NBR 6118/2014, dependerá de alguns critérios de devem ser detalhadamente estudados, esses critérios não serão abordados neste trabalho, porém são eles; razão água/cimento, dosagem de cimento, teor de ar no concreto fresco, classe de resistência, permeabilidade (capacidade de percolação da água pelos poros) e recobrimento. Para estudarmos as patologias presentes no concreto é importante termos o conhecimento de que clínquer do cimento portland resulta da calcinação da mistura de calcários, argila, gipsita, e substâncias ricas em sílica, alumina ou ferro. E a proporção de cada material determinará o fator de desempenho das propriedades do cimento como a resistência a compressão, calor de hidratação, resistência química, permeabilidade, porosidade, etc. As manifestações de deterioração do concreto na grande maioria das vezes é perceptível através da desagregação do concreto, corrosão, infiltração, fissurações, deformações e escamação. E a causa da deterioração pode ser por erros de projeto, execução, exploração, manutenção, por deformações impostas como retração e temperatura ou por ações agressivas classificadas como físicas, químicas e biológicas apresentadas no quadro abaixo: Fig. 62. Classificação das ações agressivas A Norma NBR preconiza o estudo de algumas patologias que estão citadas logo abaixo que será feito uma breve explanação sobre cada item; Corrosão por ação dos cloretos(corrosão química ou eletroquímica) – a corrosão química se dá através da reação gás metal, trata-se de um processo lento e não provoca deterioração de superfícies metálicas, salvo os casos de gases extremamente agressivo. Já a corrosão eletroquímica é a que traz problemas a construção civil, pois ocorro em meio aquoso e corroê o aço das armaduras, porém essa armadura é protegida por uma fina camada protetora em meio alcalino o que retarda esse ataque. Corrosão por ação do dióxido de carbono(carbonatação)- Ação do carbono nos aço causando a corrosão do mesmo. Ataque químico do concreto: Por ação dos sulfatos: os sulfatos podem se originar nos materiais que compõe o concreto ou através do contato do concreto com o solo ou água onde há presença de sulfatos, este ataque se dá devido a sua ação expansiva, que pode gerar tensões capazes de fissurar o concreto. reação alcalis-agregado: é uma reação quimi que ocorre dentro da massa de concreto ente o álcalis presente no cimento e minerais presentes em agregados, os quais podem trazer vários danos como, por exemplo, perda da resistência, fissuração, deformação excessiva, expansão. Os principais minerais que reagem ao álcalis é a sílica, o silicato e o carbonato. Por ação ácidos e de sais ataque extremamente agressivo e cauda a deterioração do concreto pois reagem a compostos do cimento originado produtos solúveis em água que serão percolados, originando perca de resistência e se atingir a armadura a mesma também será igualmente afetada Por ação de sais: formação de depósito salinos na superfície das alvenarias de concreto e argamassa através de águas de infiltrações ou água da chuva essas constituintes de alguns minerais específicos. Ataque de águas puras: elevado poder dissolvente pois são águas com poucos minerais ela se mistura com o cálcio do concreto e o arrasta por lixiviação decompondo-o e causando perca de resistência. Ataque por água do mar: a água do mar contem sulfatos que ataca o concerto através da cristalização dos sais no concreto que podem provocar degradação devido a pressão exercida normalmente acima da linha de água onde há a evaporação. Os concretos localizados no limite da maré são só mais severamente atacados por estarem sempre no fluxo molhado/seco do que o concreto que esta sempre submerso. Ataque biológico: esse tipo de ataque se separa em dois tipos de ataque químico e mecânico, o ataque químico está na ação de micro-organismos que provocam um ataque através da liberação dos seus ácidos e o ataque mecânico se dá através do desenvolvimento de organismos exteriores que penetram nas fendas da estrutura e se desenvolvem em seu interior. lll. Conclusões e/ou Considerações Finais Através do presente trabalho podemos concluir que a projeção de uma fundação tipo radier não possui nada de simples apesar de conter um método construtivo bem simples, rápido e fácil de ser executado. É uma fundação que possui diversas vantagens quando uma edificação possui diversas sapatas, e se há a necessidade de distribuir as cargas uniformemente no solo. Porem quando analisamos mais profundamente a inserção deste tipo de fundação no projeto surgem vários poréns que devem ser analisados, como por exemplo, é um tipo de fundação que não suporta grandes cargas, o que já traz ao projetista uma série de dúvidas e avaliações que devem ser feitas para garantir que o projeto tenha uma vida útil de projeto longa antes que haja a necessidade da aplicação contínua de manutenções básicas para garantir a vida útil de utilização Apesar de ser ideal para solos moles temos que analisar a composição geral deste solo, pois as vezes o recalque dessa fundação no solo possa trazer sérios problemas a edificação, e através da análise desse solo verificar se o mesmo possui resistência para suportar a carga que será aplicada ao mesmo. Ou se será mais viável a aplicação de outro tipo de fundação, pois as vezes o tipo de ruptura que solo sofrerá pode tornar a edificação inutilizável Se faz necessário também a avaliação previa de possíveis agentes patológicos, pois a melhor forma de se evitar um possível desgaste da edificação é prevenir a mesma de possíveis agentes já presentes ao redor da edificação. Por esses motivos é importante a análise correta do solo, análise da região ao redor e verificação de problemas já ocorrentes em fundações vizinhas para melhor prevenção de causa de degradações. O calculo de dimensionamento de um radier não foi um assunto abordado em aula devido a sua complexabilidade, porém existem vários métodos isso, neste trabalho foi abordado o método de Yopanan, onde o radier é considerado como uma laje de cabeça para baixo, onde essa laje e apoiada nos pilares recebendo como carga a reação do solo (a tensão aplicada ao solo). Com isso, o cálculo e feito como se fosse uma simples laje, usando por exemplo o método laje, viga e pilar. Assim apresentando que esse trabalho foi de imensa importância para o conhecimento e aprimoramento das informações colhidas para os alunos dessa turma, pode-se acrescentar também que a área de engenharia civil carece de artigos, teses, pesquisas científicas e ate mesmoslivros mais atualizados, que com a realização desse projeto de fundações possa incentivar alunos a dissertar mais sobre temas, a disponibilizar seus trabalhos, pois precisa-se de mais informações divulgadas, diferenças de perceptivas para que possa-se abranger ainda mais o conhecimento. Ill.1 FERNANDA GABRIELA BISPO DA SILVA Apos a realização de diversas pesquisas, levantamentos de dados, conferência de opiniões, é possível concluir que tudo o que se possui de material sobre fundação tipo radier é totalmente superficial e igualmente básico, não se é possível fazer uma pesquisa profunda ou utilizar informações contraditórias sobre o tema, pois incrivelmente todos pensam igual. Através da realização desse trabalho foi possível confirma a carência de pesquisas, trabalhos, artigos sobre temas da engenharia civil principalmente no Brasil. O tipo de fundação estudada apesar de ser basicamente uma laje apoiada diretamente no solo com função de transmitir as cargas de forma uniforme em solos de baixa resistência, exige um pouco mais cuidado do que se é esperado no primeiro momento. Pois a partir dai entram vários poréns que podem prejudicar a edificação de uma forma inestimável causando ate mesmo sua inviabilidade. A necessidade do conhecimento da resistência do solo presente traz ao projetista uma segurança de previa estipulação do comportamento da fundação, ou ate mesmo a mudança de fundação se necessária, ou o juntamento de estacas do radier que não foi abordado nessa pesquisa porém que existe e traz a obra uma possibilidade de carga maior. Os estudos das patologias mais frequentes no concreto, faz com que algumas precações sejam tomadas desde o momento do projeto, ou ate mesmo durante a sua execução evitando gastas e trabalho com manutenções logo após a entrega da obra. Leva também ao engenheiro a necessidade de pensar além do momento da obra e a realizar medidas preventivas para após sua finalização. Já o calculo de dimensionamento, há alguns autores que abordam sobre o caso, porém todos de forma bastante complexa. Yopanan foi o que mais simplificou essa execução fazendo com que utiliza-se o radier como uma laje normal – laje, viga, pilar – e assim realizando seu dimensionamento. Apos a realização de todo esse trabalho, é possível concluir que as fundações em geral, são basicamente a parte mais importante de uma obra e logo após a estrutura. O solo, a fundação e a estrutura devem estar bem encaixadas e projetadas, pois são a alma da edificação e qualquer erro pode comprometê-las gravemente. Ill.2 CHARLES SOARES DANTAS O radier é uma placa de concreto armado, que pode ser usado em solos com SPT maior ou igual a 4, o seu dimensionamento e feito usando o mesmo processo usado para as sapatas. Existem várias maneiras de se calcular o radier, mas o mais comum e o método de Yopanan, onde o radier é considerado como uma laje de cabeça para baixo, onde essa laje e apoiada nos pilares recebendo como carga a reação do solo (a tensão aplicada ao solo). Com isso, o cálculo e feito como se fosse uma simples laje, usando por exemplo o método laje, viga e pilar. Ill.3 RENATA GERMANO DOS REIS Ao se executar uma fundação do tipo Radier, percebe-se que se trata de um método sequenciado e de fácil desenvolvimento, o ideal para casas populares que possuem projetos iguais, facilitando a execução, obtendo-se com ele um melhor custo-benefício. Assim conclui-se que essa fundação é mais usada em casas térreas devido a sua baixa resistência. O radier se difere de outros tipos de fundação como, por exemplo, sapatas e brocas, pois não é necessária qualquer escavação ou preparação anterior do solo, exceto a compactação do terreno com rolo compressor. A técnica torna-se bastante competitiva com relação a custos e prazos de execução. Em função da flexibilidade e da velocidade de execuções proporcionadas, o radier combina com sistemas estruturais tradicionais e também com industrializados, como aço e madeira. Esse tipo de fundação permite criar rapidamente uma plataforma de trabalho para serviços posteriores, o que pode beneficiar o planejamento das etapas subsequentes. Em contrapartida, impõe a execução precoce de instalações sanitárias e hidráulicas. Entre as etapas mais críticas da execução de um radier destaca-se a recomposição das valas abertas para instalações elétricas e hidrossanitárias. Nesse momento, é preciso preencher todos os vazios e garantir o nivelamento do terreno. Vl. Referências Bibliográficas Livro: Fundações- Dirceu de Alencar Velloso / Francisco de Rezende Lopes Volume 2- 2011 Livro: Fundações e estruturas de contenção – Muni Budhu 2013 Apostila da UNICAMP Fornecido pelo professor Fernando Monteiro na aula de fundações Apostila da Universidade Mackenzie Fornecido pelo professor Fernando Monteiro na aula de fundações NBR 6122 / 2010- Projeto e Execução de fundações Site: http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/radier-passo-passo.html?m=1 Acessado em 04/04/2018 Site: http://equipedeobra17.pini.com.br/construcao-reforma/42/fundacoes- radiers-241672-1.aspx Acessado em 05/04/2018 Site: https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/fundacao-radier-saiba-quando- usar-vantagens-e-desvantagens_16578_10_0 Acessado em 05/04/2018 Fundações - Guia Prático de Projeto, Execução e Dimensionamento – Prof. Yopanan C. P. Rebello. NBR- 6484 – Solo sondagens de simples reconhecimento com SPT -Método de ensaio. NBR- 8036 – Programação de sondagens simples Apostila da Universidade Presbiteriana Mackenzie fornecido pelo Professor Fernando na aula de fundações do Professor Paulo R. M Moura Apostila do Centro Universitário Eniac, fornecido para aula de mecânica dos solos Livro – Curso Básico de Mecânica dos Solos – Carlos de Sousa Pinto NBR 6118/2014 projeto de estruturas de concretos TCC Uma revisao sobre as manifestações patologicas mais frequentes em fundações de concreto de edificações de Francisco Cerqueira da Silva Junior Apostila do Professor Fernando Monteiro para o curso de pós-graduação: Construções civis: excelência construtiva e anomalias Apostila: patologia e reforços de fundações de Emil de Souza Sanches Filho V. Referências das imagens Fig. 1 e 2 http://www.brasil.geradordeprecos.info/imagenes2/csl_losa_400_200_C0D2BA 6B.jpg Fig. 3 https://cimento.org/radier/ Fig. 4 http://www.unicamp.br/unicamp/ju/634/estudo-analisa-o-uso-de-radiers- estaqueados-em-solos-tropicais Fig. 5 http://fundacoesanchieta.blogspot.com.br/2015/05/execucao-de-radier-em- contrapiso-visita.html Fig. 6 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAep6YAH/importancia-objetivos- atuacoes-divisoes- topografia Fig. 7 https://www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/353116 Fig. 8 a 11 http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/radier-passo- passo.html?m=1 Fig. 12 https://geositu.com.br/servicos-de-sondagem/sondagem-a-trado/ Fig. 13 http://www.clubedoconcreto.com.br/2013/07/radier-passo-passo.html Fig. 14 https://www.google.com.br/search?tbm=isch&q=ensaio+cpt+penetr %C3%B4metro&spell=1&sa=X&ved=0ahUKEwiL0- eixLPbAhWHQpAKHaQaBBIQBQg7KAA&biw=1366&bih=631&dpr=1#imgrc=4a m3B8qhQqHfrM: Fig. 15 http://www.damascopenna.com.br/GridPortfolio/cptu/ Fig. 16 http://www.engestrauss.com.br/sitenovo/sondagem.php Fig. 17 e 18 https://pt.slideshare.net/ronaldoluis355/ensaios-de-campo Fig. 19 http://www.apl.eng.br/rotativa Fig. 20 https://geourbe.com.br/geofisica/ Fig. 21 http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=126 Fig. 22 https://alemdainercia.wordpress.com/2016/08/09/fundacoes-o-ensaio-spt/ Fig. 23 http://construcaomercado17.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/148/sondagem-de-solo-sondagem-spt-t-sondagem-spt-spt-t-spt- sondagem-300986-1.aspx Fig. 24 http://www.abcfundacoes.com.br/sondagem-percussao-santo-andre-abc- sp.html Fig. 25 https://www.obrar-engenharia.com.br/servi%C3%A7os/ Fig 26 e 27 Apostila do Centro Universitário Eniac, fornecido para aula de mecânica dos solos Fig. 28 http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgG2sAF/aula-4-solos-fundacoes Fig. 29 a 31 https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/questao/6b789f13-29 Fig. 32 a 41 Apostila da Universidade Presbiteriana Mackenzie fornecido pelo Professor Fernando na aula de fundações do Professor Paulo R. M Moura Fig. 42 Exercício feito a mão, por aluna integrante do grupo Fernanda Gabriela Fig. 43 a 45 Apostila da Universidade Presbiteriana Mackenzie fornecido pelo Professor Fernando na aula de fundações do Professor Paulo R. M Moura. Fig. 46 a 61 Fundações - Guia Prático de Projeto, Execução e Dimensionamento – Prof. Yopanan C. P. Rebello. Fig. 62 Apostila do Professor Fernando Monteiro para o curso de pós-graduação: Construções civis: excelência construtiva e anomalias
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