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Mercado de Crédito

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1- Mercado de Crédito
2.3.1.4 Desconto de Duplicatas e Notas Promissórias
O objetivo das operações de desconto de títulos tem como objetivo disponibilizar liquidez de recursos para os clientes, utilizando como lastro ou garantia, duplicatas, cheques, notas promissórias e outros títulos de crédito. Segundo Fortuna (2005, p. 186) é o adiantamento de recursos ao cliente, realizado pelo banco, sobre valores referenciados em duplicatas de cobrança ou notas promissórias, visando antecipar o fluxo de caixa do cliente. Assaf Neto (2003, p. 181) argumenta que geralmente as operações bancárias de desconto costumam usar o conceito de desconto simples por fora, no qual o juro incide sobre o montante da dívida e não sobre o principal solicitado do empréstimo. Dessa maneira, apura-se uma taxa implícita na operação superior à taxa de desconto considerada. Além do juro antecipado as operações de desconto geralmente cobram IOF e uma taxa de abertura de crédito (TAC) com o objetivo de cobrir despesas operacionais do banco. A seguir, vamos verificar como realizar o cálculo dos encargos financeiros e da taxa efetiva de custo das operações bancárias de desconto de duplicatas, definidas por desconto bancário.
2.3.1.3 Hot Money
O Hot Money é uma operação de curtíssimo prazo com objetivo de financiar cliente nesse perfil. Caracteriza-se por um empréstimo de normalmente um dia ou pouco mais, chegando ao máximo de dez dias. Visa atender às necessidades imediatas de caixa das empresas. Geralmente se estabelece um contrato padrão já aprovado com o cliente, ficando os pedidos de crédito considerados num limite global, o que agiliza a liberação de cada pedido (BRITO, 2005, p. 139). O Hot Money utiliza o CDI como taxa referencial, acrescida de um spread cobrado pela instituição intermediadora. Essa operação incorre IOF calculado sobre a repactuação diária da taxa de juro (ASSAF NETO, 2003, p. 180). De acordo com Faria (2003, p.77), toda operação financeira de crédito incide o IOF (imposto sobre operações financeiras), hoje na alíquota de 0,0041% ao dia, incidente sobre o principal emprestado e a ser pago pelo cliente tomador do recursos. Nesta operação também incidem 0,65% de PIS e 3% de Cofins, também repassada ao cliente.
2.3.1.5 Commercial Papers
Commercial papers, conforme Assaf Neto (2003, p. 185), são títulos de crédito emitidos visando a captação pública de recursos para o capital de giro das empresas. Constitui-se em importante mecanismo de financiamento para as companhias de capital aberto alternativamente ao sistema bancário. Entre suas vantagens, em relação as operações convencionais de empréstimos, estão o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar recursos no mercado, devido a eliminação da intermediação bancaria. Ao necessitar de recursos de curto prazo, uma empresa pode colocar títulos de sua emissão junto a investidores no mercado. Empresas que estejam negociando empréstimos maiores e de mais longo prazo podem usar a captação mais ágil do commercial paper como um credito ponte (ASSAF NETO, 2003, p. 185). Além dos juros pagos, a empresa emitente dos títulos incorre também em despesas de emissão, tais como registro na CVM, publicações etc.
2.3.1.7 Export Note
Esse produto tem como objetivo o financiamento ao exportador. Segundo Assaf Neto (2003, p. 194), trata-se de um título que representa uma cessão de créditos de exportação, é lastreado em negociações de vendas a importadores estrangeiros. O export note é negociado por meio de um desconto, nessa operação o investidor incorre IR na fonte. A aquisição de export notes é uma forma das empresas com passivo em moeda estrangeira efetuarem hedge cambial. Dessa forma é possível que elas se protejam contra as variações nas taxas de câmbio.
Exemplo:
Uma empresa exportadora firmou um contrato de exportação de produtos com um importador estrangeiro no valor de US$ EN. Em função de não ter obtido qualquer outro tipo de financiamento sobre esse contrato, está analisando a viabilidade de emitir export note no valor de US$ EN. O exportador emite export note com vencimento para D dias e taxa de deságio de 1% a.a. linear.
Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
Quem já teve a experiência de comprar um eletrodoméstico pagando em muitas vezes pode até não saber, mas com certeza o fez através do Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Este conceito de empréstimo é cedido por instituições financeiras, bancos, ou através das lojas de departamentos. As compras a prazo no cartão de crédito também podem ser consideradas Crédito Direto ao Consumidor (CDC).
A vantagem deste tipo de empréstimo é que o consumidor passa a possuir o bem no ato da compra, sem precisar ter pago seu valor total. As parcelas são acrescidas de juros cujas taxas são menores do que os do cheque especial ou dos cartões de crédito: por outro lado, são bem maiores do que o rendimento da caderneta de poupança. As taxas variam segundo a instituição financeira e podem ser consultadas no site do Banco Central.
O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) também é oferecido dentro de um pacote de serviços de bancos, como opção de empréstimo pré-aprovado, imediato e sem burocracia para os correntistas com renda estável. O pagamento pode ser feito em até 60 meses e as parcelas são debitadas automaticamente da conta corrente.
É importante, antes de pedir um CDC, fazer um controle de despesas rigoroso: pode ser fácil conseguir o empréstimo, mas pagar a dívida, nem sempre. Infelizmente, a inadimplência tem crescido no Brasil, e portanto, é bom seguir algumas regras básicas na hora de contratar um Crédito Direto ao Consumido (CDC). Em geral, uma prestação que não exceda 30% da renda mensal é uma boa base para um empréstimo seguro.
A cessão de credito é um dos tipos de transmissão de obrigação inteiramente de cunho contratual, ela é definida como o negócio jurídico em que o credor transfere a um terceiro seu direito.
Cessão de Crédito
A cessão de crédito é composta pelas seguintes partes:
cedente: é o credor originário que aliena seu crédito.
cessionário: o terceiro que adquire o crédito do cedente e que, em detrimento disso, pode exigir o cumprimento da obrigação do devedor.
cedido: devedor que deve realizar o pagamento ao terceiro adquirente.
Suas espécies são:
convencional: aquele que resulta do acordo entre o cedente e o cessionário.
judicial: que se configura por uma decisão do judiciário.
legal: hipóteses que a lei determina, tais como nos arts. 346, 636 e 786 do Código Civil.

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