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UNIVERSIDADE DE FRANCA
PSICOLOGIA (BACHARELADO) - 2ºO NOTURNO
Disciplina – Processos Psicológicos Básicos Prof.ª Arali Helena Stort
Emoção
Stéfany Coutinho Tiburcio RGM 17848971
Franca
01 de novembro de 2017
O filme “Divertida Mente” e as Emoções
O que é emoção? As emoções são pequenos conjuntos de ‘solução’ para problemas típicos diários, situações de perda, ameaça proteção e etc., funcionando como uma orquestra que rege as configurações de comportamentos motores, sinais expressivos faciais e no timbre de voz, mudanças no foco de atenção, percepção, processamento de informação e até mesmo no acionamento de funções fisiológicas de emergência, atuando tanto de forma consciente, quanto de forma inconsciente. As emoções são vistas como respostas rápidas para problemas intempestivos, testadas pelo tempo da evolução humana e estudada por pesquisadores.
A emoção por sua vez, difere dos sentimentos, uma emoção é uma resposta química e neural com base em um arquivo de memórias emocionais, e surgem quando o cérebro recebe um estimulo externo, enquanto os sentimentos são originados a partir da emoção, e se referem a como a pessoa irá se sentir em relação àquela determinada emoção.
A animação da Disney/Pixar retrata 5 emoções básicas (emoções essas que compartilhamos com todo ser humano), sendo alegria, medo, nojo, tristeza e raiva. O filme ilustra as conexões existentes entre o comportamento humano e o cérebro, reagindo ainda com os estímulos vindos do meio externo, como a cena em que o brócolis (vegetal), é visto como algo perigoso e nojento, e, portanto é repelido pelo nojo, como forma de proteção.
A ilustração totalmente criativa brinca o tempo todo com um esquema de cores para as diferentes emoções, e com o grande e complexo funcionamento do cérebro, funcionando como um grande arquivo durante todos os dias da vida da personagem desde o dia de seu nascimento.
O sistema límbico recebe maior destaque na trama, sendo o responsável pelas emoções e pelo comportamento social, assim como por ser responsável pelo armazenamento das memórias, por auxiliar no desenvolvimento cognitivo e pela inteligência emocional. Observamos com a animação, que as emoções surgem assim que deixamos o útero, no momento em que Riley abre os olhos pela primeira vez e experiência o amor e cuidado dos pais, surge sua primeira emoção, a ‘Alegria’ com um painel simples, onde apenas uma emoção é capaz de operar e registrar uma memória por vez. Conforme a menina se desenvolve e passa por novas experiências, o painel torna-se mais complexo e ela adquire outras emoções base, ‘Tristeza’ (que surge também logo após o nascimento, com o choro, como um sinal de ela precisava de cuidados), ‘Medo’ (proteção contra ameaças à integridade física ou psíquica), ‘Nojo’ (afasta coisas que podem estar envenenadas ou que simplesmente não agradam) e a ‘Raiva’ (surge frente a uma injustiça).
É interessante a relação estabelecida na animação entre as “memórias base” e a “formação da personalidade” (ou ilhas de personalidade, presentes no filme como o que basicamente fazem da Riley ela mesma). Entende-se pelo filme, que represar as emoções, como foi feito a maior parte do tempo com a tristeza, não é benéfico para o indivíduo, pelo fato de que as emoções são complementares entre si e essenciais para a estruturação da consciência e da personalidade; evitar uma emoção resulta num processo de estagnação momentânea, que culmina em sintomas de colapso, como ocorreu no momento em que a ‘Alegria’ e a ‘Tristeza’ foram parar no arquivo de memórias, durante uma tentativa de afastar a ‘Tristeza’ das demais funções, a ausência dessas emoções provocaram um efeito em cascata onde a personagem perdeu ilhas importantes da formação de sua personalidade, um conflito que poderia não ter sido solucionado a tempo caso a fuga tivesse se concretizado.
	A mudança de cidade, de escola, deixar os amigos e tudo a que era habituada para trás também foi um processo traumático para Riley, principalmente ao passo que a nova casa, a nova escola e a nova cidade não correspondiam as suas expectativas. A supressão da tristeza nesse processo onde o luto era necessário para a passagem dessa fase, principalmente pelo fato de Riley não lidar tanto com emoções tristes, foi crucial para o choque do ego, que já se encontrava em uma mudança interna preparando-se para a chegada da adolescência.
	O apoio dos pais também pesa os conflitos de Riley durante a trama, a menina que agora está deixando de ser uma criança tem essa passagem despercebida pelos pais, o pai está distante, focado nos problemas pessoais e como retratado no filme sua sala de comando é sempre comandada pela ‘Raiva’; ao passo que a mãe apoia-se na alegria da filha, já que sua sala de comando é guiada pela ‘Tristeza’, fazendo isso não percebe que suprime ainda mais os conflitos internos da criança.
	A apatia de Riley durante o ‘apagão’ do sistema límbico, mostra como é importante manter as emoções em estado de equilíbrio. E a reestruturação após a conversa e o desabafo com os pais, exemplifica a evolução obtida depois de uma crise, como aconteceu com a personagem, que perdeu as ilhas da personalidade de criança, mas obteve ilhas novas e maiores após sua experiência e seu amadurecimento. O filme mostra de forma sucinta, porém dinâmica e clara os intermináveis ciclos e processos pelos quais o homem passa durante toda sua formação vital, mas que em geral não toma consciência.

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