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TCC 2018

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daise braga de carvalho
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS E POSSIBILIDADES
Remanso-BA
2018
daise braga de carvalho
CA
INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: CAMINHOS E POSSIBILIDADES
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física.
Orientadores: Prof. Raphael Gustavo Testa, nome do Tutor, Andressa Magalhaes Sampaio da Silva 
BRAGA CARVALHO, Daise INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: caminhos e possibilidades 2018. 16 pg. Projeto de Ensino (Graduação em Educação Física) – Centro de Ciências Exatas e Tecnologia. Universidade Norte do Paraná, Remanso Bahia, 2018.
RESUMO
Este trabalho versa sobre a inclusão dos deficientes físicos nas aulas de Educação Física. Pretendeu-se evidenciar para os alunos com deficiência que eles fazem parte da sociedade e têm os mesmos direitos que as demais pessoas possuem. Sabe-se que uma grande dificuldade para se implantar a inclusão na Educação Física Escolar é a falta de especialização do docente na área de educação especial, o que deixa muitos profissionais com receio em trabalhar com alunos que tenham alguma necessidade especial. Também se aborda um breve histórico da educação física inclusiva e sua evolução no decorrer dos anos. Desse modo, este estudo teve como objetivo geral: Verificar os caminhos e possibilidades para a inclusão dos estudantes com deficiência nas aulas de Educação Física. Como método de trabalho, este estudo teve como embasamento o levantamento bibliográfico e qualitativo, no qual selecionou-se, previamente, as obras consideradas essenciais para a compreensão do tema. Diante do evidenciado, destaca-se que o trabalho de inclusão nas aulas de educação física é um fator muito relevante dentro do contexto escolar e acredita-se que é indispensável entender melhor tal paranorama
Palavras-chave: Inclusão. Necessidade especial. Educação Física Escolar Inclusiva. Sociedade
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
1.1	TEMA DO PROJETO	5
1.2	JUSTIFICATIVA	6
1.3	SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA	7
1.4	PROBLEMATIZAÇÃO	7
1.5	OBJETIVOS	8
2	REVISÃO DE LITERATURA	10
3	DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	11
4	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO - CRONOGRAMA	12
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
6	REFERÊNCIAS	14
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho faz, através de revisão bibliográfica, uma abordagem sobre a questão da inclusão de estudantes com de deficiências físicas nas aulas de Educação Física, realizando uma discussão acerca dos vários aspectos que compreendem essa temática. 
A princípio foram abordadas discussões pertinentes ao histórico da deficiência física, pesquisando inicialmente as definições sobre seus conceitos, sempre observando o grau de rotulação da deficiência na sociedade ao longo dos tempos. Abordando também tipos de deficiências físicas que existem e leis que amparam.
Em seguida, a ênfase incidiu sobre autores que defendem a inclusão, principalmente a inclusão escolar e os benefícios consequentes das atividades físicas para os deficientes físicos através da inclusão. Para isso, foram estudados autores que apontam a importância da Educação Física como transformadora social. Além disso, focamos a análise na Educação Física Adaptada e as possibilidades de interação social que está é capaz de propiciar ao deficiente físico, principalmente à criança.
Como método de trabalho, este estudo teve como embasamento pesquisa bibliográfica, na qual elegemos, previamente, as obras consideradas essenciais para a compreensão do tema e para confrontar e refutar se necessário for os postulados porventura existentes.
Esse levantamento foi seletivo e minucioso tendo em vista a relevância do estudo proposto, buscando escolher um material representativo – não apenas de diferentes pontos de vista teóricos, como também dos diferentes níveis de exposição. Em sequência, recorremos à leitura da bibliografia coletada, buscando elementos para compreender e aprofundar o tema. Por fim, apresentaremos uma formulação que atenda às exigências de adequação empírica e explanatória do trabalho em questão.
A técnica proposta para este estudo é a dedutiva, ou seja, baseada na consideração de que avaliando racionalmente os subsídios aos quais se tem acesso acerca do tema, é possível elaborar explicações e, finalmente, concluir com uma formulação consequente.
	O objetivo geral deste artigo foi: Verificar os caminhos e possibilidades para a inclusão dos estudantes com deficiência nas aulas de Educação Física. Os objetivos específicos desenvolvidos foram: Identificar as formas de inclusão dos estudantes com deficiência nas aulas de Educação Física; Verificar como o preconceito em relação aos estudantes com deficiência está presente nas aulas de Educação Física; Identificar a relação professor e aluno com deficiência nas aulas de Educação Física.
Foram avaliadas quais as maiores adversidades encontradas nesse caminho de inclusão da pessoa deficiente, adversidades essas enfrentadas principalmente por eles, mas também de certa forma por professores.
    Conforme as considerações acima descritas, buscou-se através deste, responder aos seguintes problemas de pesquisa: como a Educação Física foi inserida na Educação Especial e como foi sua evolução? Qual a importância da educação física como agente de inclusão do deficiente físico? 
A hipótese elaborada para este trabalho foi: Ainda há dificuldade na inserção efetiva da inclusão de pessoas com deficiência nas aulas de educação física e a formação adequada do profissional de educação física, para trabalhar de forma inclusiva e dar o suporte necessário para os alunos deficientes, é de extrema relevância para mudar essa realidade.
Esse trabalho justifica-se por ser um tema de extrema importância, mas apesar disso ainda pouco abordado, principalmente nas pequenas cidades longe dos grandes centros, onde esse árduo, mas gratificante caminho da inclusão se torna mais complexo.
TEMA DO PROJETO 
INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
JUSTIFICATIVA
Para observar sob uma nova ótica a questão do deficiente, destacando suas adversidades, estigmas, seus caminhos e direitos de cidadãos, como também o seu lugar na educação brasileira, exige fundamentalmente a compreensão do conceito de “deficiência” ou de “pessoa deficiente”. Nessa perspectiva, grande parte dos conceitos já existentes relaciona deficiência exclusivamente ao prejuízo ou falta de normalidade, caracterizando a deficiência como algum tipo de comportamento diferenciado.
Sob esse ponto de vista, Mazzotta (1982) esclarece que, pessoa deficiente é aquela que apresenta algum dano corporal, comportamental ou funcional, enquadrando-se fora dos padrões normais aceitos pela sociedade. Sem sombra de dúvida, este conceito é muito superficial, levando-se em consideração a existência de inúmeros fatores que implicam as pessoas a lerem algum tipo de deficiência, indo desde uma lesão cerebral, ocasionada no desenvolvimento do sistema nervoso, antes, durante ou depois do nascimento, até problemas físicos, originários de situações ambientais.
Para Mazzotta (1982),
[...] consideram-se deficiências os ‘impedimentos visuais, auditivos, mentais e motores’. Desta forma, há uma variedade de tipos de deficiências e também de intensidade em cada uma delas. Por esta razão, o termo ‘deficiente’ quando aplicado a pessoas abrange uma gama delas, ou seja, desde a que não é suficientemente inteligente para encontrar soluções adequadas diante das dificuldades da vida diária, a  que  tem uma  leve perda  de audição, até a pessoa física e mentalmente tão prejudicada que necessita de assistência em todos osaspectos de sua vida (MAZZOTTA, 1982, p. 14).
Dessa maneira, pelo do fato de haverem várias deficiências, como destaca ainda o autor, as pessoas com deficiência estabelecem um grupo bastante heterogêneo. Podem ser consideradas deficientes as pessoas que apresentam algum tipo de deficiência mental, física, auditiva, visual; as superdotadas ou com disfunção de aprendizagem; as com distúrbios severos de comportamento; e as com Síndrome de Down ou autismo. Em mais detalhes, há um enquadramento das deficiências humanas em dois grupos: deficiências primárias e deficiências secundárias.
Segundo Amaral (1992), a deficiência primária engloba o impedimento (dano ou anormalidade de estrutura ou função como, por exemplo, o olho lesado, o braço paralisado, a perna inexistente) é a deficiência propriamente dita (restrição/perda de atividade, sequela como, por exemplo, o não ver, o não manipular, o não andar). Portanto, esse tipo de deficiência implica em fatores intrínsecos das limitações em si, da díade pessoa/corpo.
Em relação à deficiência secundária, a aludida autora acrescenta que, está ligada ao conceito de desvantagem, ou seja, a condição de deficiência caracterizando uma situação de desvantagem o que só é possível se concretizar num esquema comparativo: aquela pessoa em relação ao(s) seu(s) grupo(s). Desse modo, a ideia de desvantagem só é pertinente se levar em consideração um determinado indivíduo em relação aos seus pares e inserido num grupo específico. Além disso, diferentemente da deficiência primária, sobre a deficiência secundária incidem fatores essenciais, ligados à leitura social que é feita dessa diferença. Incluem-se aqui as significações afetivas, emocionais, intelectuais e sociais que o grupo atribui a determinada diferença.
Nesse contexto, a Educação Física pode significar melhorias para a sua qualidade de vida, por proporcionar prazer e ser entendida como uma prática que não desconsidera sua deficiência e seus limites, mas sim, evidencia a sua eficiência e possibilidades.
Com o desenvolvimento de uma Educação Física inclusiva às pessoas com deficiência, poder-se-ia demonstrar à sociedade que todo cidadão, com ou sem deficiência, é capaz de viver com seus limites, praticando alguma atividade física, sem que as pessoas os olhem com compaixão e evitem qualquer forma de exclusão. Dessa maneira, pode-se considerar que esse seria um procedimento acertado e capaz de ampliar suas possibilidades nos campos físico, social, político e cultural.
Valores como determinação, cooperação, autossuperação, autoconfiança, autoestima, socialização, bem como habilidades motoras e cognitivas, podem ser referenciados pela prática da atividade física. Ao trabalhar com a pessoa com deficiência, é indispensável que ocorra uma intervenção visando o oferecimento de uma Educação Física que os conscientize de suas dificuldades ocasionadas pelas deficiências, mas que os faça desvelar as possibilidades e motivá-los na busca de melhorias para a adoção de procedimento que lhes proporcione uma melhor qualidade de vida, facilitando suas atividades cotidianas.
SÉRIE/ANO PARA O QUAL O PROJETO SE DESTINA
Ensino Fundamental 4° Ano 
 PROBLEMATIZAÇÃo
Atualmente, a Educação Especial tem sido presidida por princípios teóricos e filosóficos emanados da evolução conceitual e da definição de políticas próprias, enquanto área de conhecimento e campo de atuação profissional, buscando contribuir, de maneira intencional e planejada, para a superação de uma Educação Especial equivocada: o que responsabiliza o deficiente ou o seu meio próximo pelas dificuldades de aprendizagem e de adaptação; exerce uma função segregadora e excludente, e atua contra os ideais de inclusão e integração social de pessoas com deficiência e a garantia de sua plena cidadania. (OLIVEIRA, 2006). 
A literatura especializada aponta grandes avanços recentes, mas, ao mesmo tempo, revela imensas lacunas no conhecimento relativo a problemas que envolvem os indivíduos especiais, suas famílias, a escola e a comunidade; problemas cuja solução depende de investigação científica e de intervenção que seja cientificamente embasada e avaliada. (MENDES, 2006).
Perguntas em aberto na área abrangem questões relativas a características e potenciais de pessoas com deficiência, a procedimentos e estratégias de ensino efetivas e exequíveis, à construção de currículos significativos (incluindo a profissionalização e estratégias para sobrevivência autônoma), a tipos e modalidades de serviços apropriados e como torná-los acessíveis, a formas de envolvimento da comunidade, à organização escolar, às políticas públicas e à distribuição de recursos, entre outras.
OBJETIVOS
Buscar concretizar os planos e ideais requer conhecimento e prática. É preciso perguntar qual a prática necessária - e então perguntar: qual o conhecimento necessário para fundamentar a prática?
Em relação à inclusão, debater a educação inclusiva é hoje um fenômeno que requer posicionamento ideológico, em especial por, se tratar de uma ideologia importada de países desenvolvidos, que representa um alinhamento ao modismo, pois não se tem lastro histórico na realidade brasileira que a sustente; não se pode negar que na perspectiva filosófica a inclusão é uma questão de valor, ou seja, é um imperativo moral, e nem questioná-la dentro da ética vigente nas sociedades ditas democráticas, onde não se pode descartar que a adoção de diretrizes baseadas na educação inclusiva pode ser a única estratégia política com potencial para garantir o avanço necessário na Educação Especial brasileira (OLIVEIRA, 2006).
Em outros países, por exemplo, o movimento se assenta em contextos onde já existia um razoável acesso à educação, uma rede diversificada e melhor qualificada de serviços, nos quais a perspectiva de educação inclusiva representou apenas um passo natural em direção à mudança (MENDES, 2006).
No Brasil a educação inclusiva é ainda uma história a ser construída, e as universidades podem contribuir para esse processo. Portanto, a ciência torna-se essencial para que a sociedade brasileira busque contribuir, de maneira intencional e planejada, para a superação de uma Educação Especial equivocada que atua contra os ideais de inclusão social e plena cidadania.
Por outro lado, é necessário também que o processo de tomada de decisão política privilegie mais as bases empíricas fornecidas pela pesquisa científica sobre inclusão escolar (MENDES, 2006).
No Brasil há procedimentos que geram dados que permitem subsidiar o acompanhamento de políticas públicas educacionais, que adotam a perspectiva da inclusão, sobre formação de professores (do ensino regular e especial) e estratégias pedagógicas inclusivas que podem ser adaptadas para a realidade brasileira. (ZANELLA, 2006).
Mas, a mudança requer ainda um potencial instalado, em termos de recursos humanos, em condições de trabalho para que ela possa ser posta em prática, pois é na existência de pessoal cientificamente preparado, para identificar as armadilhas de concepções e procedimentos inadequados, que reside à possibilidade de alterar a realidade da Educação Especial no país. (ZANELLA, 2006).
A universidade enquanto agência de formação, além de produzir conhecimento tem ainda a responsabilidade de qualificar os recursos humanos envolvidos, tanto em cursos de formação inicial quanto continuada, o que é um desafio considerável para o sistema brasileiro de ensino superior (MENDES, 2006).
Assim sendo, o futuro da educação inclusiva em nosso país dependerá de um esforço coletivo, que obrigará a uma revisão na postura de pesquisadores, políticos, prestadores de serviços, familiares e indivíduos com deficiência, para trabalhar numa meta comum que seria a de para garantir uma educação de melhor qualidade para todos. (MENDES, 2006).
A partir do ano de 1981, foi declarado o Ano Internacional da Pessoa Deficiente, hoje considerado o embrião da educação inclusiva e, em 1983-1992 foi instituída a década das pessoas com deficiência nas Nações Unidas.
A partirdaí passou a ser pauta de discussões internacionais, como por exemplo, em 1994 foi realizada em Salamanca, na Espanha, a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, cujas discussões surgiu o documento Declaração de Salamanca sobre princípios, política e prática em Educação Especial, firmando-se a urgência de ações para uma educação capaz de reconhecer as diferenças, promover a aprendizagem e atender às necessidades de cada criança individualmente. Reuniu delegados de 92 governos e 25 Organizações não Governamentais (ONGs). Seu objetivo principal foi propor a adoção de linhas de ação em Educação Especial, dentro de uma política de escola inclusiva.
Outro documento também importante é a Declaração Mundial de Educação para Todos, Conferência de Jomtien, Tailândia, 1990, Plano de Ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem, promovida pelas Nações Unidas para a educação, ciência e cultura (UNESCO), fundação das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD) e Banco Mundial. O objetivo era traçar ações concretas para mudar até 2000 a situação do analfabetismo, incluindo a situação das pessoas com necessidades educacionais especiais. (ROSSETO, 2006).
Em relação a essa trajetória histórica da Educação Especial, hoje vista na perspectiva de inclusão social e escolar dos alunos com deficiência, ainda destaca-se o documento: Política Nacional de Educação Especial (1994 - MEC). Este documento propunha-se estabelecer objetivos gerais e específicos referentes a interpretação dos interesses, necessidades e aspirações de pessoas com deficiência, condutas típicas e altas habilidades, modificando a terminologia de portador de deficiência para portador de necessidades especiais. Por meio deste documento, o Ministério da Educação estabelece como diretrizes da EducaçãoEspecial, apoiar o sistema regular de ensino para a inserção de pessoas com deficiência, e dar prioridade ao financiamento de projetos institucionais que envolvam ações de integração. (MEC/SEED, 1994).
Deve a escola institucionalizar o processo de inclusão, explicitando quais os procedimentos, princípios e finalidades dessa proposta de educação para todos. Dentro deste pressuposto, parte-se de uma escola articulada com uma sociedade que entenda a educação como fato social, político e cultural em oposição a uma escola padronizada e representante do status quo. (ROSSETO, 2006).
A educação inclusiva, apesar de encontrar sérias resistências por parte de muitos, constitui uma proposta que objetiva resgatar valores sociais voltados com a igualdade de direitos e de oportunidades para todos. No entanto, para que esta inclusão se concretize, não é suficiente existirem leis que determinem a sua efetivação. (ROSSETO, 2006).
É necessário refletir sobre certos conceitos, como por exemplo, concepção de homem, educação, e sociedade como seus determinantes econômicos, sociais e políticos. (ROSSETO, 2006).
Tudo isto, pressupõe grandes avanços e mudanças na sociedade como um todo, acabando definitivamente com o preconceito, buscando analisar sobre quais seriam as condições necessárias à inclusão das pessoas com deficiência na atual escola pública, através de pesquisas, dados confiáveis e precisos, abandonando definitivamente discussões meramente opinativas, que não resultam na efetivação de uma Educação Especial séria e eficaz. (ROSSETO, 2006).
Portanto, a realidade da Educação Especial brasileira ainda não é a adequada, mas percebe-se grande mobilização por parte de todos em relação a melhoria da mesma, e é claro que a EF não fica de fora desse contexto. Conforme a LDB em seu artigo 26, no parágrafo 3º, a EF está integrada a proposta pedagógica da escola, é componente curricular da educação básica, ajustando -se às condições da população
DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
O estudo realizado consiste em uma pesquisa bibliográfica exploratório-descritiva da literatura, com abordagem qualitativa. A qual se justifica pela sua importância no processo de busca da literatura técnico-científica publicada, bem como da necessidade de atualização pessoal e profissional.   
  O estudo exploratório tem o objetivo de "familiarizar-se com o fenômeno e obter uma nova percepção a seu respeito, descobrindo assim novas ideias em relação ao objeto de estudo". (MATTOS, 2004, p. 15).
    A pesquisa bibliográfica, que, na perspectiva dos estudos de Silva e Schappo (2002), possibilita a composição de um diagnóstico da situação investigada, além de ampliar as informações referentes ao tema estudado, ou seja:
É o primeiro passo de todo o trabalho científico. Este tipo de pesquisa tem por finalidade, especialmente quando se trata de pesquisa bibliográfica, oferecer maiores informações sobre determinado assunto, facilitar a delimitação de uma temática de estudo, definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou, ainda, descobrir um novo enfoque para o estudo que se pretende realizar. (SILVA; SCHAPPO, 2002, p. 54).
Quanto aos critérios inclusão foram apenas artigos que contemplassem a temática; Na primeira seleção das produções científicas, foi desenvolvida a leitura dos títulos e dos resumos. Vale ressaltar que os dados coletados foram analisados comparativa e continuamente, permitindo ao pesquisador tentar compreender seus significados. Os artigos incluídos no estudo foram lidos na íntegra e analisados quanto aos aspectos qualitativos. Para organização dos dados, efetuou-se o mapeamento das produções científicas, em um quadro analítico sinóptico, compondo os itens: título, autores, ano de publicação, tipo de estudo, sujeitos, metodologia, metodologia de coleta, metodologia de analise, local e o cenário.
TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO – CRONOGRAMA
Uma semana de pesquisa e duas semanas pra digitação do projeto
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A integração global das crianças portadoras de deficiência na instituição escolar e na comunidade em geral é uma decorrência fundamenta do princípio da normalização. Portanto, a integração pode ser considerada como um processo essencial para se atingir a normalização. A integração escolar, por sua vez, é entendida como um processo gradual e dinâmico que pode tomar formas distintas, segundo as necessidades e habilidades dos alunos, e constitui o ponto chave de todo o processo de integração social do portador de deficiência.
Por que a integração na escola fundamental? Porque, a integração implica sempre um benefício imediato educacional e social para a criança deficiente. “A integração na comunidade passa pelo integração no sistema educacional. Separar fisicamente escolas normais de escolas especiais é uma aberração que se deve eliminar” (FONSECA. 1991. p. 80). Verificamos assim que é preciso integrar os deficientes na comunidade dos não-deficientes e a escola é o lugar onde todos estudam. Na escola, as crianças brincam, realizam atividades curriculares e realizam atividades escolares (música, trabalhos manuais, educação pelo movimento) juntas. A escola é o ambiente que apresenta como vantagens para o deficiente: a convivência com alunos de sua faixa etária; o desfrute de um convício social mais rico e abrangente, sem tantos rótulos e estigmas; e mais condições de desenvolver suas capacidades, por se tratar de um ambiente comum.
Por outro lado, a inclusão de crianças portadoras de deficiência no ensino fundamental beneficia também as crianças normais, porque, aprendem que as pessoas são diferentes e mesmo sendo diferentes, merecem respeito, amizade e afeto; aprendem que existe muitas formas de ajudá-las em suas necessidades; crescem com uma visão menos preconceituosa dos indivíduos portadores de deficiência, o que contribui para a superação de barreiras psicológicas que conduzem à sua estigmatização e segregação.
Além disso, a ocorrência de uma deficiência física, por si só, não implica numa aptidão para a educação física ou para o desporto. Pessoas com deficiência física, mental, auditiva, visual e múltipla, bem como as que possuem distúrbios organo-funcionais, comocardíacos e diabéticos, podem praticar esportes, sendo considerados aptos para a educação física, ao atingirem um quadro estabilizado ou compensado. Contudo, há situações de risco que implicam inaptidão temporária ou indicam a adoção de contraindicações específicas, além de recomendações e cuidados.
Sob um contexto geral, é possível afirmar, mediante tudo que foi exposto nesse trabalho que, a deficiência física é um fator que existe ao longo da história da humanidade, e que em tempo remotos eram vista como um estigma, muitas vezes relacionada a uma maldição. No processo de desenvolvimento da humanidade, essa visão foi sendo amenizada, mas ainda subsiste certo preconceito no meio social. Na atualidade, deparamo-nos com leis que tem por finalidade assegurar os direitos dos portadores de deficiências, dentre elas a de inclusão escolar.
No campo da inclusão escolar, o papel da Educação Física é de grande valia. Isso porque, além de auxiliar no desenvolvimento corporal da criança, faz com que essa se integre em grupos de amigos, melhorando sua autoestima, e consequentemente fazendo com que essa descubra que, mesmo tendo algumas limitações, é capaz de se desenvolver de várias outras formas.
REFERÊNCIAS
ACTON, Norman. Deficiência no Terceiro Mundo. In. Revista Integração. Ano 09, n. 03, mar, 1981.
AMARAL, Ligia Assumpção. Sociedade X Deficência. In. Revista Integração. Ano 04, n. 09, Abr/Mai/Jun, 1992.
CAPUTO, M. E.; FERREIRA, D. C. Contribuições das brincadeiras infantis na socialização e inclusão de crianças com Síndrome de Down. Temas sobre Desenvolvimento, v.9, n.52, p.25-30, set/out, 2000.
FERREIRA, Marcos Ribeiro; BOTOMÉ, Silvio Paulo. Deficiência Física e Inserção Social: a formação de recursos humanos. Caxias do Sul: Ed. Fundação universidade de Caxias do Sul, 1984.
MATTOS, R. Análise Crítica de uma Metodologia de Solução de Problemas na Prestação de Serviços. Universidade Federal de Santa Catarina -UFSC, 2004.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 4 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
MENDES, E.G. A Educação Inclusiva e a Universidade Brasileira. In: Revista espaço 18, 2006. 
OLIVEIRA, F. F. Dialogando Sobre Educação, Educação Física e Inclusão Escolar. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd51/educa1.htm. 
SILVA, M. B. da; SCHAPPO, V. L. Introdução a Pesquisa em Educação. Florianópolis: UDESC, 2002. (Caderno Pedagógico; 1).
ZANELLA, M. N. Programa de Pós-Graduação em Educação Especial. Disponível em http://www.ufscar.br/~cech/ppgees/propobjet.htm.

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