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Teoria crítica
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Teoria crítica é uma abordagem teórica que, contrapondo-se à teoria tradicional, de matriz cartesiana, busca unir teoria e prática, ou
seja, incorporar ao pensamento tradicional dos filósofos uma tensão com o presente. A teoria crítica tem um início definido a partir
de um ensaio-manifesto, publicado por Max Horkheimer em 1937, intitulado Teoria Tradicional e Teoria Crítica.
"Em meu ensaio "Teoria Tradicional e Teoria Crítica” apontei a diferença
entre dois métodos gnosiológicos. Um foi fundamentado no Discours de la
Méthode [Discurso sobre o Método], cujo jubileu de publicação se
comemorou neste ano, e o outro, na crítica da economia política. A teoria em
sentido tradicional, cartesiano, como a que se encontra em vigor em todas
as ciências especializadas, organiza a experiência à base da formulação de
questões que surgem em conexão com a reprodução da vida dentro da
sociedade atual. Os sistemas das disciplinas contém os conhecimentos de
tal forma que, sob circunstâncias dadas, são aplicáveis ao maior número
possível de ocasiões. A gênese social dos problemas, as situações reais nas
quais a ciência é empregada e os fins perseguidos em sua aplicação, são
por ela mesma consideradas exteriores. – A teoria crítica da sociedade, ao
contrário, tem como objeto os homens como produtores de todas as suas
formas históricas de vida. As situações efetivas, nas quais a ciência se
baseia, não são para ela uma coisa dada, cujo único problema estaria na
mera constatação e previsão segundo as leis da probabilidade. O que é
dado não depende apenas da natureza, mas também do poder do homem
sobre ele. Os objetos e a espécie de percepção, a formulação de questões e
o sentido da resposta dão provas da atividade humana e do grau de seu
poder." 
- Max Horkheimer, "Filosofia e Teoria Crítica", 1968.[1]
1 Caracterização
2 Propostas da teoria crítica
3 Expoentes
4 Derivações
5 Ver também
6 Ligações externas
A teoria crítica é comumente associada aos filósofos da chamada Escola de Frankfurt, quase todos vinculados, inicialmente, ao
Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt.
Índice
Caracterização
Um dos principais objetivos do Instituto era o de explicar, historicamente, como se dava a organização e a consciência dos
trabalhadores industriais. Entretanto, os pressupostos teóricos da Escola de Frankfurt se estenderam a diversas outras áreas de estudo
- Comunicação Social, Direito, Psicologia, Psicanálise, Filosofia, Antropologia, entre outras.
A teoria parte do princípio de uma crítica ao caráter cientificista das ciências humanas, ou seja, de uma crítica da crença irrestrita na
base de dados empíricos e na administração como explicação dos fenômenos sociais (por exemplo, como crítica ao funcionalismo). A
preocupação, pautada pela organização dos trabalhadores, está centrada, principalmente, em entender a cultura como elemento de
transformação da sociedade. Neste sentido, a teoria crítica utiliza-se de pressupostos do Marxismo para explicar o funcionamento da
sociedade e a formação de classes, e da Psicanálise para explicar a formação do indivíduo, enquanto elemento que compõe o corpo
social. Esta postura se fortalece, principalmente, com o Nazismo e o Fascismo na Europa. Um dos principais questionamentos se
dava no sentido de entender como os indivíduos se tornavam insensíveis à dor do autoritarismo, negando a sua própria condição de
indivíduo ativo no corpo social.
Como o Instituto era patrocinado com recursos judeus, além de sua explícita linha marxista de análise, os pesquisadores como Max
Horkheimer (diretor) e Theodor Adorno, entre outros, se veêm obrigados a deixar a Alemanha Nazista, fugidos da perseguição de
Hitler. Já nos Estados Unidos, estes pesquisadores acompanham o surgimento do que os funcionalistas chamam de "cultura de
massa" com o desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, principalmente o rádio. Os pensadores da Escola de Frankfurt
contestam o conceito de Cultura de Massa, no sentido de que ele seria uma maneira "camuflada" de indicar que ela parte das bases
sociais e que, portanto, seria produzida pela própria massa.
Ainda nos anos 1940, os pesquisadores de Frankfurt propõem o conceito de indústria cultural em substituição ao conceito de cultura
de massa. Pensadores como Adorno e Lazarsfeld chegaram a desenvolver pesquisas em conjunto, buscando aproximar os conceitos
do funcionalismo com o da teoria crítica. Entretanto, a proposição de indústria cultural e de cultura de massa estavam distantes
demais.
Ela propõe a teoria como lugar da autocrítica do esclarecimento e de visualização das ações de dominação social, visando não
permitir a reprodução constante desta dominação (na verdade, esta formação crítica a que se propõem os pensadores de Frankfurt
pode ser entendida como um alerta à necessidade do esclarecimento da sociedade quanto às ordens instituídas). Neste sentido, a
teoria crítica visa oferecer um comportamento crítico nos confrontos com a ciência e a cultura, apresentando uma proposta política de
reorganização da sociedade, de modo a superar o que eles chamavam de "crise da razão" (nova crítica ao Funcionalismo). Eles
entendiam que a razão era o elemento de conformidade e de manutenção do status quo, propondo, então, uma reflexão sobre esta
racionalidade.
Desta forma, há uma severa crítica à fragmentação da ciência em setores na tentativa de explicar a sociedade (ordens funcionais - a
sociedade entendida como sistemas e sub-sistemas). Assim, propõem a dialética como método para entender a sociedade, buscando
uma investigação analítica dos fenômenos estudados, relacionando estes fenômenos com as forças sociais que os provocam. Para
eles, as disciplinas setoriais desviam a compreensão da sociedade como um todo e, assim, todos ficam submetidos à razão
instrumental (o próprio status quo) e acabam por desempenhar uma função de manutenção das normas sociais. A dialética se dá no
sentido de entender os fenômenos estruturais da sociedade (como a formação do capitalismo e a industrialização, por exemplo),
fazendo uma crítica à economia política, buscando na divisão de classes os elementos para explicar a concepção do contexto social
(como o desemprego, o terrorismo, o militarismo, etc.). Em resumo, há uma tentativa de interpretar as relações sociais a fim de
contextualizar os fenômenos que acontecem na sociedade. Partindo deste pressuposto, as ciências sociais que "reduzem" seus estudos
à coleta e classificação de dados (como acontece com a pesquisa norte-americana) estariam vedando a si próprias a verdade, porque
estariam ignorando as intervenções que constantemente ocorrem no contexto social.
Max Horkheimer
Erich Fromm
Propostas da teoria crítica
Expoentes
Friedrich Pollock
Leo Löwenthal
Theodor Adorno
Walter Benjamin
Herbert Marcuse
Jürgen Habermas
Axel Honneth
Estudos críticos do direito
Realismo crítico
Geografia crítica
Geopolítica crítica
Criminologia crítica
Teoria crítica (relações internacionais)
Pedagogia crítica
Análise crítica do discurso
Marxismo ocidental
Zeitschrift für Sozialforschung
Vídeo: O marxismo da teoria crítica. Conferência do professor Marcos Nobre (Unicamp), gravada no dia 17 de
novembro de 2003. Instituto CPFL Cultura.
Textos Escolhidos: Walter Benjamin, Theodor W. Adorno, Jurgen Habermas, Max Horkheimer. Coleção Os
Pensadores, p. 163
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DerivaçõesVer também
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