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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Processamento Radiográfico Disciplina de Radiologia I Turma: 209 Alunos(as): Altamir Cardoso, Joseane Schiavo, Marcelo Henrique Pante 1. INTRODUÇÃO Este trabalho é resultado de uma visita ao laboratório de radiologia com finalidade específica de entendimento do processo de revelação radiológica, a interação entre os químicos, suas funções no processo e a forma de manuseio e cuidados necessários com a máquina, manutenção e químicos. 2. OBJETIVO Simularmos um processamento radiográfico automático. 3. MATERIAL UTILIZADO Simulamos essa experiência no Laboratório de Radiologia do Curso Técnico em Radiologia da Escola de Formação Profissional Nossa Senhora de Fátima, dotado de uma máquina fixa de exames diagnósticos, com buck mural e demais acessórios funcionais, uma câmara escura, uma reveladora automática de filmes radiológicos e todos acessórios requeridos para o bom funcionamento de um laboratório radiológico. Nesse procedimento utilizaremos um filme fotográfico; uma reveladora automática. (a) (b) Figura 1: a- Imagem radiográfica b- Processadora radiográfica 4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Depois que o feixe de raios x atravessa o paciente e carrega consigo a informação, ele chega a tela intensificadora no chassi e ali transforma-se em fótons de luz, que carregam a informação do exame contida no feixe original até o filme radiográfico, reagindo com os haletos de prata, de onde arrancam elétrons, transformando-os em prata metálica. Levado para uma câmara escura e inserido em uma processadora automática, as reações químicas dos produtos ali contidos, agem com maior intensidade onde acorreu interação entre os fótons e os haletos de prata, agora transformados em prata metálica, que serão oxidadas, assumindo tons de cinza ou enegrecendo-se, conforme interação dos fótons com os aletos. É no processamento radiográfico que a imagem latente deixa de ser latente e passa a ser imagem radiológica. O processamento radiográfico é composto de quatro etapas: 1°- Revelação: imagem latente deixa de ser latente e passa a ser uma imagem visível, radiográfica, porque acontece o enegrecimento da prata metálica. 2° - Fixação: retirada dos aletos de prata que não foram sensibilizados pelos fótons de luz e não viraram prata metálica. 3° - Lavagem: onde são retirados os vestígios químicos das etapas anteriores. 4° - Secagem: possibilita a manipulação imediata do filme radiográfico. (a) (b) Imagem 2: a- Químicos utilizados na revelação b- Processadora com seu interior exposto O tempo do processo altera o contraste da imagem. Pode-se diminuir a potência na máquina (kV) e aumentar o tempo de processamento. Isso poupa a máquina, mas aumenta os gastos com químicos. Maior tempo no processamento só aumenta o contraste, o enegrecimento do filme radiográfico e nunca o contrário, o clareamento, por passagem mais rápida e aumento de kV. 5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Após realizarmos o exame radiográfico, levamos o chassi com o filme para a câmara escura e retirarmos o filme radiográfico do chassi, introduzindo-o na reveladora. Na processadora o filme passou automaticamente pelos quatro tanques de revelação, contendo os químicos do processo, permanecendo cerca de 30 segundos em cada um deles, perfazendo um total de 2 minutos e 10 segundos no total do processo. Nesse período, passou pela revelação para oxidação da prata metálica, pela fixação para retirada dos haletos de prata não sensibilizados pelos fótons de luz, pela lavagem em água para a retirada de vestígios dos químicos dos processos anteriores e pela secagem, parte do processo que possibilita o manuseio imediato do filme radiográfico. 6. CUIDADOS ESPECIAIS Durante o procedimento, tomamos conhecimento de alguns procedimentos e cuidados a serem observados com a processadora, o processo revelador e ao local de trabalho como um todo. São eles: a limpeza deverá ser feita no mínimo uma vez por mês, podendo ter intervalo menor, conforme utilização da processadora; a limpeza deve sempre começar pela sequência revelador, fixador, água, secador; nunca o produto de uma etapa posterior pode misturar-se com o produto de uma etapa anterior, mesmo por respingo, pois altera seu Ph, que deve ser neutro; o procedimento de limpeza ocorre na câmara escura e deve-se usar EPI para manuseio das partes com contato com produtos químicos; o revelador não pode ser descartado antes de ter seu Ph ajustado para a neutralidade; o fixador contém prata metálica e pode ser vendido; a água da lavagem tem descarte no esgoto fluvial; os produtos químicos que compõem as misturas vem separados e são em 3 para cada solução das etapas de revelação e fixação; a mistura dessas soluções se dá fora da processadora, em recipientes adequados, conforme processo do local de trabalho e pode ser feito com luz ligada pois só o filme é sensível a luz; deve-se medir a temperatura dos químicos diariamente, obedecendo a sequência revelador, fixador, água e nunca o contrário, para que não altere o Ph dos químicos; deve-se ligar a processadora todo dia antes do início dos serviços, para aquecimento dos químicos. 7. CONCLUSÃO Concluímos que a processadora automática é fundamental em local de pequeno, médio e grande movimento de exames radiológicos, pois possibilita uma rapidez necessária ao funcionamento do setor de imagens, ficando a revelação manual apenas para locais em que se usa muito pouco de diagnósticos por imagem radiológica. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁGICA MARTINS, C. – Apostila Radiologia I, 2014, Cap. 2,3,4 do Curso Técnico em Radiologia, Escola de Formação Profissional Nossa Senhora de Fátima https://www.google.com.br/search?q=Qu%C3%ADmicos+utilizados+em+revela%C3%A7%C3%A3o+radiol %C3%B3gica&newwindow=1&espv=2&biw=1366&bih=643&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ei=Oi1SVI2_LoK bgwTuz4G4Cw&ved=0CAYQ_AUoAQ#newwindow=1&tbm=isch&q=tipos+de+qu%C3%ADmicos+da+revela %C3%A7%C3%A3o+radiogr%C3%A1f ica&imgdii=_
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