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A INFLUÊNCIA DA FÉ NA VIDA DAS PESSOAS

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A INFLUÊNCIA DA FÉ NA VIDA DAS PESSOAS
(Seu nome completo)[1: Mini curriculum: ex: Graduanda do primeiro ano do curso de Letras Português/Inglês na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Marechal Cândido Rondon. E-mail:gabrielatzimmermann@bol.com.br.]
RESUMO
O presente trabalho de conclusão de curso aborda sobre a influência que a fé possui na vida das pessoas, mais especificamente nos casos em que possa se considerar como milagres. Para a realização da pesquisa foi adotado o método de abordagem dedutivo de natureza qualitativa, o procedimento é monográfico e as técnicas de pesquisa utilizadas foram às bibliográficas e documentais, baseada em doutrinas, artigos, e inclusive na Bíblia sagrada. A problemática a ser respondida é qual o poder que a fé, as crenças pessoas possuem e como este poder se realiza? Inicialmente, é necessário apresentar a diferença entre espiritualidade e religiosidade, assim como seu histórico, assim como o poder da fé no ponto de vista religioso. Contudo, buscando esclarecer a importância da fé na realização dos milagres divinos e seus esclarecimentos, primeiramente conceitua-se o sentido de milagre, e com isto, aponta-se as relações que existem entre a religião e a ciência, ou seja, mais especificamente sobre a física quântica e a espiritualidade, e buscando exemplificar o objeto de pesquisa, foi apresentado alguns testemunhos de algumas pessoas sobre os milagres que viveram, todos realizados através da fé e da crença. Conclui-se, portanto, que a força da fé, proporciona no ser uma credibilidade imensa sobre seus pensamentos, e visto que esta força é reconhecida como energia, segundo a física quântica, ela realiza os saltos quânticos, fazendo com que os elétrons se distancie do núcleo, e como estes saltos quânticos é possível a materialização dos pensamentos. 
Palavras-chave: Fé. Milagres. Religião. Ciência. Física Quântica.
1 INTRODUÇÃO
A existência de fatos que possam ser considerados milagres, ou seja, que a racionalidade não consegue explicar, não é incomum. Estes fatos, no entanto, sempre foram objetos de indagações na humanidade, e principalmente no campo da ciência. 
Porém, somente após as últimas décadas é que a religião abriu espaço e vem se vinculando a ciência em busca de explicações para estes fatos milagrosos. Mais precisamente, esta mudança de paradigma surge com a descoberta da física quântica, a qual busca explicar a existência do divino dentro de cada ser, fazendo com que as ondas energéticas presentes na força do pensamento, chamadas de fé, materializem os pensamentos, e assim gerando os milagres. 
A consciência é uma energia pouco valorizada pela maioria das pessoas. Geralmente não enfocamos nossa consciência mais profunda nem usamos sua verdadeira energia, mesmo nos mais difíceis momentos de crise. Talvez seja esta a razão pela qual as “curas milagrosas” são recebidas com um misto de espanto, descrença e reverência. Mas todos possuem esse nível mais profundo de consciência. Talvez, até alguns desses milagres sejam extensões de capacidades normais.
Foi através de livros escritos, principalmente a Bíblia Sagrada que foi despertada a ideia de entender o porquê a religião exerce uma grande influência na vida das pessoas que exercitam a fé. Bem como, entender os efeitos da religião na vida das pessoas, e os elementos que promovem esta influência.
No entanto, pretende-se responder através dos fundamentos desenvolvidos sobre qual o poder que a fé, as crenças pessoas possuem e como este poder se realiza? 
O método de abordagem adotado para a realização deste trabalho é o dedutivo de natureza qualitativa, que é um processo lógico de argumentação que parte de uma premissa universal para uma premissa particular, e o método de procedimento utilizado é o monográfico. Ademais, a técnica de pesquisa utilizada é a bibliográfica e documental, baseada em doutrinas, artigos e pesquisas eletrônicas. 
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FÉ NA SOCIEDADE
2.1 DIFERENÇA ENTRE ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE
Os termos espiritualidade e religiosidade normalmente se confundem, isto devido a sua aproximação conceitual e empírica. No entanto, espiritualidade é um termo mais amplo, associado a qualquer pessoa que tenha fé, ou seja, a espiritualidade existe em qualquer religião ou dogma, ou até mesmo entre pessoas que não estão associadas a nenhuma doutrina e que simplesmente possuem fé.
Segundo Gilson Luis Roberto (2004, p. 162)
O termo Espiritualidade sempre foi associado a religião. Só recentemente é que esse termo vem sendo estudado de forma mais independente e livre. No livro Scientific research on spirituality and health – fruto de painéis realizados por cerca de 70 profissionais da saúde, sendo a maioria deles médicos e psicólogos –, publicado pelo National Institute for Health Research em outubro de 1997, encontra-se que o uso contemporâneo do termo espiritualidade, separado da religião, tem uma história curta, surgindo na década de 90, como fruto de conhecimento humano e eventos histórico culturais. Espiritualidade e Religiosidade são estados emocionais ou condições psicológicas e consciências que independem da religião e da filosofia. Com isso, não estamos desconsiderando a importância das Religiões, que podem favorecer e estimular esse estado, ou ainda, em alguns casos, devido aos seus padrões rígidos e formalmente estruturado, inibi-los, mas ressaltar que esse termo se reserva ao lado mais elevado e sublime da vida, sendo um potencial humano cultivado pelas pessoas, independentemente de pertencerem ou não a uma dada religião.
Conforme mencionam Nilvete Soares Gomes, Marianne Farina e Cristiano Dal Forno (2014, p. 109), “a espiritualidade é a dimensão peculiar de todo ser humano e o impulsiona na busca do sagrado, da experiência transcendente na tentativa de dar sentido e resposta aos aspectos fundamentais da vida”.
O conceito de espiritualidade é mais amplo do que o de religião. A espiritualidade é vista como um processo dinâmico, pessoal e experiencial, que procura a atribuição e significado no sentido da existência, podendo coexistir ou não dentro da prática de um credo religioso.
Nesta perspectiva, a espiritualidade pode ser entendida como um domínio fora de sistemas religiosos particulares e, embora mostrem variações entre elas, partilham a ideia de importância da espiritualidade num contexto em que as pessoas podem encontrar um sentido para a vida, ter esperança e estar em paz no meio dos acontecimentos mais graves. Este conceito é, de acordo com um estudo recente, uma definição científica de espiritualidade não podendo depender de contextos religiosos particulares; deve ser acessível e observável independentemente de crenças pessoais e pode ser utilizado para caracterizar uma pessoa. (ALVES, 2013, p. 01)
Apresar da proximidade conceitual existente entre espiritualidade e religiosidade, ambos possuem conceitos diferentes. Sendo assim, para Nilvete Soares Gomes, Marianne Farina e Cristiano Dal Forno (2014, p. 110) “a religiosidade é expressão ou prática do crente que pode estar relacionada com uma instituição religiosa. A religiosidade é expressão da própria espiritualidade”.
Mesmo tendo uma parte de espiritualidade na qual a intenção é trabalhar o espírito, não se pode confundir com religiosidade. Essa diferença está baseada em duas grandes características: o primeiro ponto da religiosidade é que geralmente não está aberta a novas opções. O caminho, doutrina, palavras, livros, técnicas e práticas de uma religião em concreto é o certo desde o ponto de vista dessa religião e o resto está errado, além de exigir delas um estilo de vida, cheio de limites, obrigações, normas, etc. A outra grande diferença da religiosidade frente a espiritualidade é a experiência. A maior parte das religiões estão baseadas na fé cega, e só o fato de duvidar do que lhe é ensinado é visto como um pecado por essa falta de fé. Isso é perigoso por vários motivos. Mas esquecendo desse perigo, a pessoa que escolhe esse caminho, escolhe se fechar e nãover nada mais, se limitando só a isso. (MARIN, 2016, p. 01)
Corroborando com este entendimento, Neusa Sica da Rocha, Marcelo Pio de Almeida Fleck (2004, p. 184) dissertam
Religiosidade é a extensão na qual um indivíduo acredita, segue e pratica uma religião. Embora haja uma considerável sobreposição entre a noção de espiritualidade e de religiosidade, a religiosidade difere na medida em que há uma clara sugestão de um sistema de adoração e doutrina específica que é partilhada com um grupo.
Portanto, basicamente a religiosidade estaria associada a inserção do indivíduo em um sistema de crenças, na sua frequência a instituições religiosas, rituais, símbolos, entre outros. Por outro lado, a espiritualidade envolveria questões relacionadas à transcendência, ao significado da vida e à própria razão de viver, ou seja, aspectos que muitas vezes estão naturalmente inseridos na vivência religiosa das pessoas. Apresentando, assim, uma inevitável aproximação dos conceitos onde o termo espiritualidade se apresenta como algo mais amplo.
2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS RELIGIÕES
Definir precisamente o surgimento das primeiras religiões é algo inviável, porém, sabe-se que ela está presente na sociedade desde os seus primórdios.
Desde sua origem o homem percebeu que existia um ser supremo, uma inteligência superior que comandava e regia as leis do universo. Pode-se concluir esta afirmação observando que em as civilizações que se tem algum relato, Deus, hoje assim chamado, sempre existiu, sempre se fez presente de alguma forma, seja através da natureza ou através das ações humanas. (GIMENES, 2009, p. 01)
Apesar da dificuldade de se conseguir relatos das primeiras religiões, como já se mencionou ela acompanha as civilizações há muito tempo, o que se crê é que as religiões bem antigas, possuíam uma concepção mais abrangente de deuses, atribuindo os fenômenos da natureza às entidades divinas. Todos estes acontecimentos estavam aquém do pensamento da época, então era bem mais admissível acreditar que eram seres divinos que controlavam tudo.
No entanto, conforme a humanidade foi evoluindo, e consequentemente sua compreensão sobre os fenômenos naturais também foram se esclarecendo, as inúmeras formas de se relacionar e entender Deus também foram se ajustando.
Conforme disserta Bruno J. Gimenes (2009, p. 01)
À medida que escrituras e Avatares começaram a surgir, verdadeiros procedimentos para conceber a relação com Deus foram se apresentando, afinal a humanidade precisava de respostas, precisava de algo para se guiar, (o que era uma consequência do nível de consciência baixo da época), porque cada indivíduo precisava de instruções exteriores ou modelos de conduta moral e religiosa.
Em âmbito mundial, na antiguidade greco-romana não se conhecia a liberdade individual e muito menos religiosa. A religião era predominantemente politeísta, sendo esta imposta e inadmissível a escolha de outro deus para adoração que não fosse o seguido pela Cidade-Estado, as pessoas deveriam obrigatoriamente adorar os Deuses definidos pelo seu povo. Na Grécia Antiga tudo o que se conhecia era condicionado pela vontade divina, fato este que refletia desde as explicações para a existência até a classificação dentro da hierarquia social. (GUASTALE; GODOY, 2016, p. 02)
Ainda, conforme preleciona Ana Laura Grilo Guastale e Sandro Marcos Godoy (2016, p. 02), em Roma, assim como na Grécia, a falta de leis escritas e pela falta de igualdade entre os cidadãos, a lei acabava sendo indulgente para com uns e demasiadamente rigorosa com outros. Com as normas conhecidas de forma oral e a imposição dessas, baseada nos costumes, os prejudicados eram sempre os plebeus, que compunham a base da pirâmide social sujeitando-se constantemente à injustiça.
Raphael Bastos (2009, p. 01) salienta que
Entre os romanos, historiadores apontaram a relação entre crença religiosa e alienação, sobretudo política. Políbio (séc II a.C.) afirmava que, sendo as massas populares instáveis, cheias de paixões e ira irracional, devem ser contidas pelo medo do invisível, pelo temor aos deuses que os líderes políticos conseguem engendrar. Tito Lívio (59-19 a.C.), ao comentar sobre o organizador da religião romana (Numa), afirma que este sabia que “a melhor maneira de controlar um povo ignorante e simples é enchê-lo de medo dos deuses”.
Contudo, no Império Romano, em 324 d.C., o Cristianismo começou a se estabelecer de fato. Após décadas de infindáveis perseguições aos adoradores de Cristo, o imperador Constantino se converteu ao Cristianismo e aderiu-o ao Império Romano. A maior parte da população seguiu seus passos tornando-se cristã. E com o passar do tempo, o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano. (GUASTALE; GODOY, 2016, p. 03)
Apesar de muitas civilizações estarem vinculadas as crenças politeístas na antiguidade, com o passar dos anos o Cristianismo foi ganhando espaço. O que não foi diferente no Brasil, visto que quando o Brasil foi colonizado, os índios Tupi, civilização que habitavam as terras brasileiras na época, “chamaram a atenção dos missionários e colonizadores por parecerem “gente sem lei, sem Deus e sem rei”, não possuidores aparentemente de crença ou conhecimento de um deus, sem nada além de vagos nomes dados a fenômenos da natureza”. (GUASTALE; GODOY, 2016, p. 04)
No entanto, por aparentemente não possuírem qualquer tipo de crença, muito do que se conhece das “falsas crenças” de nossos nativos foi drasticamente “extinguida” pela imposição da religião católica pelos padres jesuítas, destinados à missão de leccionar, instruir e catolizar, no tocante ao desenvolvimento da colônia. E com isto, o catolicismo alastrou-se por todo território brasileiro.
Nesse passo, da mesma forma que se instituiu o catolicismo no Brasil, diversas outras instituições religiosas se instalaram no território brasileiro, mesmo que ainda sendo a minoria, como é o caso do candomblé que originou do tráfico negreiro provindos da África, o protestantismo trazido por imigrantes alemães, britânicos, inclusive o islamismo esteve presente desde a colonização.
2.3 O PODER DA ORAÇÃO E DA FÉ
Foi Jesus Cristo quem deu uma das mais perfeitas definições do poder da mente, quando afirmou: “Tudo o que pedirdes ao Pai, em oração, crendo que haveis de alcançar, alcançareis”. (Matheus 21:22)
Numa outra ocasião, o Mestre disse: “Quando orares, entra no teu aposento, fecha a porta e ora a teu Pai às ocultas; e teu Pai, que vê o que é oculto, te há de recompensar. Nem faleis muito quando orais, como fazem os gentios, que cuidam de ser atendidos por causa do muito palavreado” (Matheus. 6:6).
O poder da oração não vem das pessoas, visto que o poder está em Jesus. É Jesus que responde à oração e realiza o impossível. Assim diz João (14: 13 – 14): “e eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei”.
Estas são apenas algumas passagens da Bíblia que trata sobre o poder da oração e da fé em Deus. No entanto a fé independe de religião, ou seja, não precisa ser alguém muito espiritual para orar e receber a resposta, a fé naquilo em que o sujeito ora é tão poderoso que independe de qualquer vínculo com instituição religiosa, pois Deus reconhece todos como iguais.
A fé é algo universal, independente da crença e da cultura, o homem busca respostas em algo que está além da sociedade, além das regras impostas pelo cotidiano e muitas vezes, além da medicina e da ciência.
Pereira (2003, p.5) compreende a fé no âmbito da psicologia e o psicológico como elemento presente no ato de crer, para ele
a fé é um fenômeno pessoal e exclusivo do sujeito que crê, vinda de áreas profundas de seu inconsciente, e é impulsionada pelo numinoso, independentemente da vontade. Logo, ela não é senão um fenômeno psicológico, embora seja transcendente e tenha sua origem primordial no divino.
Ainda, segundo Pereira (2003, p. 26) a fé pode ser entendida como
a resposta à dúvida, em que o ser humano é levado pela necessidadepremente buscando a solução do que lhe perturba o ser. Pressionado pelas possíveis consequências de seu mal e a reposta, também desconhecida, mas esperada, do objeto de sua fé, ele cegamente salta na aventura da incerteza, esperançoso da resposta certa do divino no qual crê. Isto é fé, é confiar em meio à desconfiança.
Ter fé é encarar o mundo de maneira positiva e esperançosa. O ser humano precisa ser motivado para viver em harmonia, é saudável depositar energia em algo para aliviar a grande carga emocional que todos nós possuímos. É necessário ao ser humano ter confiança para seguir em frente, pois a fé é que dá sentido aos valores da nossa vida, de maneira a dar significado de nossa existência.
De acordo com Francisco Ferreira (2014, p.01)
Muito se tem falado a respeito do fantástico poder da fé desde tempos imemoriais. Essa força sem limites é a origem e o alimento quem mantém vivas as crenças e religiões do mundo. É autêntico. Caso contrário já teria sido desmistificado e descartado pela raça humana. Não obstante, todos os dias, milhões de pessoas em todo o mundo, recolhem-se em seus templos exteriores e interiores, em busca de alento ou de solução para os seus problemas. E, nem todos voltam dessa experiência mística de mãos vazias. Pelo contrário: são muitos os que obtém os resultados almejados. Isso acontece com os fiéis católicos, com os evangélicos, com os budistas, com os magos das mais variadas tendências, com os alquimistas e com os nativos que vivem no meio da floresta cultuando as forças da natureza.
Uma análise mais profunda, nos mostra que o poder da fé independe diretamente de fatores exteriores ao ser humano. Isso não significa que devemos negar as influências externas determinando o nosso destino. Não estamos afirmando isso. Queremos demonstrar simplesmente que a cura atribuída a um santo por um católico, também pode ser alcançada através de outros métodos por um místico que busca o poder de cura dentro de seu próprio ser através da meditação, da mentalização ou da imaginação disciplinada.
Nesse passo Joseph Murphy (2012, p. 26) disserta que
o livro escrito por dentro e por fora é você. Todos os pensamentos, crenças, opiniões, teorias ou dogmas que você escrever, gravar ou imprimir em seu consciente, você os experimentará como a manifestação objetiva das circunstâncias, condições e fatos. O que escrevemos no interior, experimentamos no exterior. Temos dois aspectos de nossa vida, o objetivo e o subjetivo, o visível e o invisível, o pensamento e sua manifestação. 
Devemos sempre profetizar sentindo e sabendo que a Bondade Infinita de Deus está sempre a envolver-nos e que somos canais para o Divino. O nosso estado de espírito, sentimento, animação interior determinam o nosso futuro. Devemos tornar-nos o verdadeiro profeta e profetizar ou expor apenas aquilo que é verdadeiro de Deus em nossas vidas. Segundo a nossa fé em Deus, assim nos será feito.
3 A CURA ATRAVÉS DA FÉ E SEUS MILAGRES NAS VIDAS DAS PESSOAS
A cura através da fé é uma das grandes indagações que a ciência busca esclarecer. A cura espontânea é uma das principais situações em que se busca explicações, visto que para alguns são milagres divinos e para outros apenas uma cura fisiológica.
Portanto, o fato é que as curas espontâneas ocorrem, mas o fator que desencadeia este fenômeno ainda é motivo de discussão e de especulação cientifica e religiosa, com diversas teorias e tentativas de explicar algo que ainda intriga a comunidade médica.
3.1 A RELIGIÃO E A CIÊNCIA
Os conflitos existentes entre ciência e a religião surgem no começo o século XIX, conhecido como período do iluminismo, no qual a razão foi consagrada como protagonista do conhecimento. Durante este período houve um movimento contrário à religião, chamado de positivismo, o qual se defendia que a dimensão metafísica da vida era contrária ao senso comum. Hoje, essa mentalidade reducionista ressurgiu como uma nova forma de cientificismo, no qual valores e a noção do ser são descartados como um mero produto das emoções e da imaginação. 
Entretanto, o conflito entre Fé, religião e ciência ainda existe hoje apesar do fato dessas matérias não se oporem, pelo contrário, complementarem-se harmoniosamente. Até Galileu explicitamente declarou que a Fé e a ciência, como duas fontes de verdade, não se podem opor uma à outra. O que é necessário para uma harmonia apropriada entre os dois é que cada uma permaneça no seu respectivo campo. O conflito começa quando uma ou outra, arbitrariamente, estende o seu campo de ação, projetando-se no campo específico ou na matéria do outro. (Bandet, 2011, p. 01)
Nesse passo, John Polkinghorne (2015, p. 01) disserta que
Tanto a ciência como a teologia reivindicam explorar a natureza da realidade, mas claramente o fazem em níveis diferentes. O objeto de estudo das ciências naturais é o mundo físico e os seres vivos que nele habitam. As ciências tratam seus assuntos objetivamente, por meio de um modo impessoal de encontro, que emprega a ferramenta investigativa da interrogação experimental. A Natureza é submetida a testes, baseados em experimentos passíveis de repetição, tantas vezes quantas o pesquisador quiser. Mesmo as ciências históricas como a cosmologia física ou a biologia evolucionária apoiam muito de seu poder explanatório nas descobertas das ciências diretamente experimentais, como a física e a genética. O propósito da ciência é obter uma compreensão precisa de como as coisas acontecem. Sua preocupação é com os processos que ocorrem no mundo.
A preocupação da teologia é com a questão da verdade sobre a natureza de Deus, d’Aquele ao qual é próprio se aproximar com reverência e obediência, o qual não está disponível para ser posto sob teste experimental. Como ocorre em todas as formas de relacionamento, o encontro com a realidade transpessoal do divino tem que ser baseado na confiança, e seu caráter é intrinsecamente individual e único. Experiências religiosas não podem simplesmente ser provocadas pela manipulação humana. Ao invés disso, a teologia se baseia nos atos revelatórios de auto-desvelamento divino. Em particular, todas as tradições religiosas olham para o passado, para os eventos primordiais nos quais elas tiveram a sua origem, e que desempenham um papel único na constituição de sua compreensão da divindade. Em relação à história cósmica, o objetivo central da teologia é lidar com a questão de porque os eventos ocorreram. Sua preocupação é com temas de significado e propósito. A crença em Deus como Criador traz a implicação de que uma mente e vontade divinas existem por trás do que acontece no universo.
Nos últimos tempos, um grande número de novas religiões e denominações de correntes têm surgido em todo o mundo. Este fato pode ser atribuído à busca de sentidos para a vida das pessoas em seu cotidiano tão dinâmico e instável. “Enquanto a ciência avança com as novas descobertas tecnológicas e teorias revolucionárias, parte da população se volta para o divino, o mágico, à procura das soluções e de respostas para o significado de estar no mundo” (CERQUEIRA-SANTOS; KOLLER; PEREIRA, 2004, p. 03).
Segundo Rieth (2003, p.17), as curas espirituais são práticas de muitas igrejas e movimentos religiosos latino-americanos. Percebe-se isso em doutrinas e rituais do cristianismo carismático e pentecostal e da religiosidade popular.
No entanto, é importante conhecer também os pontos principais de divergência entre o que é considerado fé para protestantes, católicos e espíritas, bem como identificar até que ponto tais considerações vão de encontro ao que a ciência comprova. A “razão” e a “fé” são iguais e de modo complementar são necessárias para o homem que busca a Verdade/Deus. (STACCONE, 1991, p.43)
John Polkinghorne (2015, p. 01) salienta, ainda, que um dos elementos importantes no debate contemporâneo entre ciência e religião é o reconhecimento da importância de “questões de limite”, referentes a assuntos que emergem da prática científica, mas que vão além dos limites postos pela própria ciênciaa seu potencial explanatório. Essas questões de limite têm sido a base para um novo tipo de teologia natural, largamente desenvolvida pelos próprios cientistas, alguns dos quais não aderem a nenhuma tradição religiosa. 
Peter Harrison (2007, p. 22-23) complementa ao dizer que
Dogmas religiosos não constituem a totalidade da vida religiosa; nem as teorias científicas incorporam tudo o que existe para o empreendimento científico. Também deveria estar claro que uma vez que a natureza construída das categorias seja levada em consideração, as supostas relações entre ciência e religião podem vir a se tornar artefatos das próprias categorias. Se ciência e a religião estão em conflito, se são entidades independentes, se estão em diálogo ou se são empreendimentos essencialmente integrados, isto será determinado da mesma forma que a adotada por alguém que define as fronteiras dentro dos largos limites dados pelos construtos.
Contudo, é a história que oferece a compreensão das dimensões de poder das atividades humanas, digam respeito elas à fé religiosa ou ao estudo do mundo natural, e é por meio dos estudos históricos que o elemento humano que é fundamental tanto para as atividades científicas quanto para as religiosas, pode se tornar mais visível. Além do mais, é a história que mostra os cenários nos quais os atores humanos atuam e que pode prover perspectivas inéditas sobre as maneiras nas quais os vários aspectos de suas vidas, incluindo o “científico” e “religioso”, estão relacionados.
3.1.1 Física quântica e espiritualidade
Com a aproximação da ciência e a religião muitos dos casos antes tidos como inexplicáveis passam a fazer sentido, principalmente através dos estudos realizados sobre a física quântica. Assim, diversas doutrinas religiosas têm se favorecido e adotado as práticas quânticas em seus estudos e rituais.
No entanto, Osny Ramos (2017, p. 01) disserta que 
Em Física Quântica, um dos seus principais enunciados é o do Princípio da Complementaridade, desenvolvido pelo físico dinamarquês Niels Bohr, através do qual os físicos acreditam que a realidade é constituída por duas dimensões: uma dimensão física e visível chamada de realidade corpuscular, e uma dimensão não física e invisível chamada de realidade ondulatória.
A realidade ondulatória – também chamada de realidade quântica – é aceita a contragosto pelos físicos, pois ela refere-se a um domínio metafenomênico e metafísico da realidade, que não pode ser captado nem pelos sentidos humanos nem pelos instrumentos da Física. Um domínio onde não existe nem tempo nem espaço, e onde as coisas podem surgir e desaparecer instantaneamente, onde as coisas existem holística e sistemicamente, através de uma cerrada trama de interconexões e inter-relações, sem necessitar do Princípio da Causalidade, segundo Aristóteles.
Esta nova realidade da Física foi de difícil aceitação pelos físicos clássicos, tendo em vista que a física clássica sustenta que um objeto não pode existir em dois lugares ao mesmo tempo e não pode passar de um lugar para o outro sem atravessar a lacuna. No entanto, um salto quântico é exatamente isso: o salto instantâneo realizado pelas partículas subatômicas entre dois locais. (JUDD, 2017, p. 01)
Portanto, importante se faz uma breve explicação sobre o Salto Quântico: Salto quântico, em física e química, acontece quando um átomo ganha energia. Os movimentos dos elétrons se aceleram se afastando do núcleo. Este afastamento dos núcleos acontecem aos saltos, saltando do nível 1 para 2 no primeiro salto, de 2 para 4 no segundo salto, e assim sucessivamente. O retorno dos elétrons às suas posições (desde que não tenham se desprendido) libera a energia recebida para realizarem o salto. Essa energia é liberada na forma de um fóton, emitindo luz. Os elétrons das últimas camadas necessitam de pouca energia para saltarem e seu retorno cria ondas mais longas, vibrando na cor vermelha, os elétrons mais próximos do núcleo necessitam maiores energias e seus fótons saem criando ondas mais curtas, aproximando a luz do violeta, ultravioleta (imperceptível aos olhos humanos), raios X, raios gama, etc. (MACHADO, 2014, p. 01)
Sendo assim, de acordo com Machado (2014, p. 01) a Mecânica Quântica nos fornece os recursos teóricos para descrever o comportamento fundamental das moléculas, átomos e partículas subatômicas, assim como da luz e outras formas de radiação. O nome está relacionado às dimensões envolvidas na teoria, as quais são muitíssimo pequenas. Sem a mecânica quântica não se poderia conhecer inúmeros objetos com os quais a sociedade atual lida no dia a dia. Só para se ter uma ideia, pode-se mencionar o controle remoto de TV, os aparelhos de ressonância magnética em hospitais ou até mesmo o micro-computador.
A mudança da ciência, de uma visão materialista para uma visão espiritualista, foi quase totalmente devida ao advento da Física Quântica. Ao mesmo tempo, houve algumas mudanças em Psicologia transpessoal, em Biologia evolucionista, e em medicina.
Nesse passo, Machado (2014, p. 01) complementa ao dizer que
Os físicos sempre acreditaram que a causalidade subia a partir da base: partículas elementares, átomos, para moléculas, para células, para cérebro. E o cérebro é tudo. O cérebro nos dá consciência, inteligência, todas essas coisas. Mas se descobriu, na Física Quântica que a consciência é necessária, o observador é necessário. É o observador que converte as ondas de possibilidades, os objetos quânticos, em eventos e objetos reais. [...] A consciência quântica é a percepção de tudo está interconectado. Que as coisas se relacionam entre si o tempo inteiro e que todos fazem parte desse mesmo "todo" e interagem o tempo todo. Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. [...] Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o Deus que há em nós, como afirmou o Jesus há 2000 anos.
As grandes doutrinas religiosas da Terra sedimentaram conhecimentos que aguardam da ciência explicações convincentes. Julgados inúteis devaneios do fideísmo humano e abandonados como traste do pensamento pelo materialismo científico, começam agora a ser admitidos como retratos genuínos de uma realidade que transcende a matéria. O imponderável, constatado como objeto real das modernas pesquisas no infinitamente pequeno, mostra-se a cada dia mais próximo da dimensão abstrata do espírito, corroborando os enunciados teológicos de todos os tempos. Acredita-se, desse modo, que não tardará o dia em que a mecânica quântica irá acolher em suas avançadas teorias os corolários religiosos, compreendendo-os como parte da mesma realidade subjacente que sustenta o domínio físico. (FREIRE, 2008, p. 01)
3.2 OS MILAGRES DA FÉ OU AÇÃO DA MENTE?
O milagre, embora pressuponha uma intervenção extraordinária de Deus, não se contrapõe à ciência, nem à razão, antes as reconhece e confirma. A fé não é uma crença irracional, mas um conhecimento razoável, mesmo que o seu fundamento último não seja a evidência, mas a autoridade de Deus que se revela. (ALMADA, 2017, p. 01)
A etimologia da palavra “milagre” vem do latim milaculum, que significa “objeto de admiração”, “maravilha”, “prodígio”. O conceito Bíblico de “milagre” não é muito diferente. (Benedicto, 2006, p. 06)
De acordo com a Bíblia, especialmente nos Evangelhos, os milagres são sinais Divinos que não podem acontecer separados ou isolados da Revelação de Deus à qual pertencem e que expressam. E, portanto, de acordo com a Bíblia, o milagre é um prodígio religioso, uma obra de poder, um sinal dirigido por Deus. (MOREIRA, 2013, p. 26)
Ainda, segundo Gonçalo Portocarrero de Almada (2017, p. 01)
o reconhecimento do carácter milagroso de um determinado fenómeno não éda competência teológica, mas científica. Ou seja, é à ciência que incumbe afirmar que aquele facto não tem, nem pode ter, uma explicação natural. Não apenas que não se sabe, agora, como se operou uma certa cura, mas que em caso algum a mesma poderá ser atribuída a uma causa natural, pelo que apenas resta, por exclusão de partes, a hipótese de uma intervenção sobrenatural.
Como pode-se observar nos tópicos anteriores, a fé e a ciência estão andando de mãos dadas nos últimos tempos. Principalmente, com o avanço dos estudos da física quântica está sendo possível explicar os fatos milagrosos através da energia da consciência, a qual representa a força energética que a fé possui.
As pesquisas de curas espontâneas de câncer realizadas tanto nos Estados Unidos como no Japão demonstraram que, pouco antes do restabelecimento, quase todos os pacientes passam por uma alteração de consciência. A pessoa sabe que vai sarar e sente que a energia responsável pela cura está em si mesma, mas que não se limita apenas a ela. Estende-se além de seus limites pessoais, por toda a natureza. Sente, subitamente: “Não me limito a meu corpo, tudo o que existe a minha volta faz parte de mim”. (CHOPRA, 2013, p. 23)
Conforme disserta Edmundo Isidro (2015, p. 01) a ciência já provou, através da física quântica, que estamos todos conectados através de nossa vibração. Experiências científicas demonstraram que o nosso DNA muda com as frequências produzidas pelos nossos sentimentos e emoções, ou seja, vibrações. Esta é uma tecnologia muito simples, conhecida universalmente com o nome de “Oração“, a qual, quando aplicada corretamente, é possível obter coisas extraordinárias, além da imaginação humana.
Edmundo Isidro (2015, p. 01) cita em seu artigo o que Gregg Braden diz a respeito dos efeitos da oração
Gregg Braden diz que estamos sendo levados a aceitar a possibilidade de que existe um NOVO campo de energia acessível e que o nosso DNA se comunica com os fótons por meio deste campo.
A chave para obter um resultado, entre os muitos possíveis já existentes, reside em nossa habilidade para sentir que nossa escolha já foi criada e está já acontecendo.
Vendo a oração deste modo, como «sentimento», nos leva a encontrar a qualidade do pensamento e da emoção que produz tal sentimento:
Viver como s+e O Fruto de nossa Prece já estivesse A Caminho.
A partir desta perspectiva, nossa oração, baseada nos sentimentos, deixa de ser “algo por obter” e se converte em “Ter” o resultado desejado, que já está criado.
Obviamente, a energia necessária para se produzir a matéria, por menor que seja é enorme, portanto, para se materializar qualquer objeto, por menor que este objeto seja, deve ter a capacidade de gerar grandes ondas psíquicas, e quanto maior o objeto, maior a capacidade psíquica exigida, bom, quem poderia ter poder suficiente para gerar nosso universo?
Fran de Aquino (2007, p. 87) em sua obra menciona uma passagem em que entre os ensinamentos de Jesus de Nazaré, destaca-se o importantíssimo Fenômeno da Fé. “"A fé - segundo Jesus - é crer na realização de suas próprias palavras". (Mc 11, 2026). Mas o que é a palavra senão a expressão sonora do pensamento? Conseqüentemente, Fé é crer na realização dos próprios pensamentos”.
Neste sentido, pode-se destacar uma passagem da Bíblia em que Jesus deixou bem claro que o uso do fenômeno da Fé não era tão somente privilégio seu, mas que qualquer pessoa poderia também fazer uso dela.
Eu garanto a vocês: se alguém disser a esta montanha: Ergue-te e lança-te ao mar, e não duvidar no seu coração, mas crer que isso vai acontecer, assim acontecerá. Por isso digo a vocês: Tudo o que pedirem na oração, crendo que haverão de conseguir, conseguirão. (MARCOS, 11: 23-24)
Assim, ocorre com os milagres que acontecem na vida das pessoas, sejam através da cura de doenças tidas como incuráveis, sejam por acontecimentos que se tinha como insolucionáveis e que por um “milagre” se solucionou. Enfim, através da Fé, que consequentemente é a crença na realização dos seus pensamentos, qualquer coisa ou situação que se acredita profundamente, se materializará. 
Para que se compreenda melhor essa situação, é necessário lembrar que, de acordo com os conceitos da Mecânica Quântica, estendidos para as partículas psíquicas, analisados anteriormente, durante um relacionamento psíquico as funções de onda psíquicas presentes permanecem espalhadas por uma ampla região do espaço, sobrepondo-se, portanto. Consequentemente, nesse tipo de relacionamento as consciências se influenciam mutuamente podendo ou não entrelaçarem suas funções de onda. Quando isto ocorre, estabelece-se o que em termos quânticos-mecânicos se denomina relacionamento de fase.
O relacionamento de fase em termos psíquicos corresponde precisamente à afinidade mútua positiva, responsável pela atração psíquica, como já vimos. Quando não há afinidade mútua ou quando ela é negativa, as funções de onda apesar de sobrepostas não se entrelaçam devido brotarem de estados psíquicos diferentes. No caso dela ser negativa, além das funções de onda não se entrelaçarem, ocorre interferência destrutiva entre elas. (AQUINO, 2007, p. 92)
Contudo, conclui-se que, geneticamente, nosso DNA muda com as frequências que produzem nossos sentimentos, e que as frequências energéticas mais altas, que são as do Amor, têm um impacto no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só em nosso DNA mas em todo o ambiente.
3.3 ANÁLISE DE TESTEMUNHOS DE MILAGRES
Diante da pesquisa realizada sobre a influência da física quântica e da fé nos milagres, importante se faz uma análise sobre os testemunhos de milagres que algumas pessoas viveram.
Salienta-se portanto, que os testemunhos descritos neste trabalho de pesquisa não apresentam a identificação das pessoas que viveram tais milagres em respeito aos seus direitos de intimidade e anonimato, contudo, todos os fatos são verídicos.
Testemunho 1: Aos 03 anos de idade fui acometido de uma paralisia infantil, em 1.963, a medicina não tinha recursos para tratar uma paralisia; poderia estar tudo perdido, sem solução aos olhos das pessoas, mas, a fé que havia nos meus pais, e, com a ajuda de um Presbítero chamado Heitor Barres, que fez sete dias de orações e jejuns, até que as mãos de Deus agiram, restaurando-me daquela paralisia.
Testemunho 2: Aos 12 anos de idade fui acometido por uma tuberculose, e, naquele tempo o tratamento era a base de injeções e comprimidos durante seis meses; porém, devido a falta de ar, e a perda de sangue, seguido de muita tosse e febre, lembro que num domingo estava só, no colégio interno onde eu estava morando, e, num corredor clamei a Deus que me desse de volta a minha saúde, e, ao terminar o meu clamor, me, senti como se nada anormal havia em mim, no dia seguinte fui ao médico, num Posto de Saúde, e naquele local fiz uma radiografia dos pulmões, e foi constado que o pulmão estava perfeito.
Testemunho 3: Aos 15 anos, sofri um afundamento de crânio, devido a uma pedra que foi jogada de cima de um muro para baixo onde eu estava fardado para jogar futebol, fiquei alguns dias em recuperação, mesmo tendo ficado com sequelas por alguns anos, fui totalmente recuperado.
Testemunho 4: A uns 05 anos atrás, mais específico em 2011 foi descoberto através de exames que no meu fígado havia um hemangioma de quase 13 cm, e, que deveria ser operado com urgência, ao ser internado no Hospital Santa Rita em Porto Alegre RS, o médico na própria cirurgia descobri no interior do hemangioma, vários nódulos malignos que estavam presos no hemangioma, após seis horas de cirurgia tudo foi retirado perfeitamente; o fato que em tudo isto não senti dor antes e nem após o ato da operação.
Para estas pessoas, a fé foi o que lhes fortaleceu para buscar em Deus os milagres que precisaram. No entanto, independentemente de qualquer religião, doutrina, filosofia de vida, ou seja, não importa a crença que a pessoa tenha, tanto a religião quanto a ciência confirmam que a fé realiza qualquer coisa que os pensamentosacreditarem profundamente.
4 CONCLUSÃO
O presente trabalho teve o objetivo de verificar qual o poder que a fé, as crenças pessoas possuem e como este poder se realiza? Salientando que apesar do surgimento da física quântica, a qual aproximou a ciência e a religião, ainda há muitos que questionam sua veracidade, mantendo o antigo paradigma de que os milagres estão apenas vinculados a Deus, isto baseado no entendimento de que nós (seres humanos) não seriamos parte de Deus, Deus seria onipresente. 
No entanto, na própria Bíblia pode-se encontrar diversas passagens as quais afirmam, que todos somos partes de Deus, e se assim é, consequentemente somos capazes de realizar todos os seus atos, inclusive os milagres que a ele pertencem. 
Portanto, com a aproximação da religião e da ciência, casos antes tidos como inexplicáveis passam a fazer sentido, principalmente através dos estudos realizados sobre a física quântica.
Conforme preleciona Edmundo Isidro (2015, p. 01), esta poderosa energia, reconhecida pela física quântica, parece ser uma rede estreitamente tecida que conecta toda a matéria e, ao mesmo tempo, podemos influenciar essencialmente esta rede de criação por meio de nossas vibrações. E portanto, as experiências comprovaram, também, que as frequências energéticas mais altas, que são as do amor, impactam no ambiente, de uma forma material, produzindo transformações não só no nosso DNA, mas no ambiente que nos cerca.
A física quântica, apesar de aparentemente nova, já foi reconhecida inclusive por Jesus Cristo, o que se pode observar em diversas passagens em que Cristo afirma que tudo o que pensares com fé e com o coração se realizará. Portanto, esta é a importância da fé, proporcionar através da crença a energia do pensamento necessária para que se consiga alcançar a materialização dos nossos desejos. 
REFERÊNCIAS
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