Buscar

Caso Concreto 11

Prévia do material em texto

AO DOUTO JUIZO DE DIREITO PERTENCENTE À 6ª VARA DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG 
Processo nº: ________ 
 		 ISABEL PIMENTA, brasileira, solteira, (união estável), médica, portadora da cédula de identidade nº. _______, expedida pelo(a) ________, inscrita no CPF sob o nº. _________, (endereço eletrônico), residente e domiciliada na Rua _____, (bairro), Juiz de Fora, MG, (CEP), vem por seu advogado _______, (procuração em anexo), com endereço na rua ______, (bairro), (cidade), (UF), (CEP), onde recebe intimações, com fulcro no artigo 335 e seguintes do CPC, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO
I. BREVE SÍNTESE DOS FATOS 
 ISABEL PIMENTA, já devidamente qualificada, comprara do senhor André das Neves, imóvel situado na Rua Bucólica, nº 158, em Belo Horizonte, n a data de 10/10/2016, o que lhe custou o preço de R$ 95 .000,00 (noventa e cinco mil reais), co mo bem descrito na escritura de compra e venda lavrada e m cartório. Até aqui parece tudo estar na lídima normalidade. No entanto, Isabel f ora surpreendida ao receber uma carta de citação da 6ª Vara Cível d e Juiz de Fora, Minas Gerais para contestar a ação Declaratória de Nulidade do Negócio Jurídico, movida, somente em face dela, por Regina Silva, também residente na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. 
A aludida ação tem como objetivo anular o contrato de compra e venda do imóvel, sustentando o argumento de que houve simulação e, que na verdade, o negócio maculado de vício, serviu para encobrir um a doação feita pelo e x-companheiro da autora à Isabel, ora Ré, com quem mantinha relação extraconjugal, assim afirma a Autora. A senhora Isabel, nega qualquer tipo de relação com o vendedor. Na peça inicial há informação de que Regina, ora autora, e Andre d as Neves viveram em união estável por oito anos e que a mesma foi dissolvida por sentença judicial, datada de 23 de agosto de 2016, quando determinou a partilha de todos os bens adquiridos na constância da união estável, dentre os quais está arrolado este imóvel. Por conta de todo o ocorrido, e por ser a quarta tentativa consecutiva da Senhora Regina de anular o referido negócio, sendo que nas outras três vezes a mesma abandonara as ações propostas, assim encerrando -as sem análise de mérito, a Senhora Isabel, ora Ré, vem sofrendo constantes transtornos, dos quais alguns psicológicos, alegando está saturada de ser, de modo já recorrente, acionada judicialmente. Era o que se tinha a relata r de mais importante, agora passa-se a análise e exposição dos fundamentos de mérito e de eventuais circunstâncias prejudiciais que o caso reclama. 
	Não há como se sustentar a mantença de mais uma ação idêntica para depois de mais transtornos para a ré, ser sumariamente largada a ação ao léu. 
II. DO MÉRITO 
 II. I. DA LEGALIDADE DA COMPRA DO IMÓVEL
 Não é necessário muito tempo de análise, Excelência, p ara se constatar a liquidez e a legalidade em que se ocorreu a compra d o aludido imóvel, visto que este bem fora alienado já depois da separação judicial da parte Autora com o vendedor, e ainda, não se tem a certeza que a referida casa tenha sido adquirida ainda na constância da união estável. A bem da verdade, o que há é uma declaração unilateral e um tanto óbvia da Senhora Regina que tal bem pertence ao casal, embora não haja qualquer prova juntada aos autos que sustente esta afirmação. 
	 Nesse ínterim, não se pode simplesmente aceita r tamanho argumento sem qualquer verificação antecedente de que o imóvel sobreveio após o enlace conjugal dos dois, de modo que se mostre explicitamente a necessidade da outorga uxória, que aqui não deve ser presumida. Portanto, Excelência, requer, desde logo a Ré, a manutenção da legalidade da compra do imóvel em questão, a vista do exposto, e de que a venda ocorrera em 10 de outubro de 2016, meses após a separação judicial do casal que se deu no dia 23 de agosto de 2016. 
 III. DA RECONVENÇÃO 
	Como bem aduz o novo código de processo civil, no caput do artigo 343, é agora uma possibilidade de o réu trazer em sua peça contestatória, pretensão própria conexa com a causa principal. E com isso, nesta oportunidade, aqui se traz a pretensão da parte pertencente ao polo passivo da demanda, que agora passa-se a expor.
III. I. DOS DANOS MORAIS 
	Excelência, já fora relatado em várias partes desta peça contestatória a ocorrência dos transtornos em que senhora Isabel Pimenta vem enfrentando em sucessivas ações propostas sempre pela Senhora Regina, que m ais um a vez, e relembrando que já é a quarta consecutiva, traz mais agruras a Ré. Em to das as pretensões há sempre o mesmo argumento da simulação do negócio jurídico e do envolvimento extraconjugal com o vendedor do imóvel, com relação a esta última afirmação não há qualquer comprovação que a senhora Isabel conhecesse o senhor André neves, a mesma nega veementemente que nunca chegara a falar com tal pessoa antes da compra do imóvel e tão menos depois. Assim, vislumbra-se a nítida tentativa da Autora em atingir a honra da Ré, alegando sem qualquer comprovação fática e material acerca da existência de um possível relacionamento extraconjugal. Como se não bastasse já ta manha difamação, a senhora Isabel Pimenta vê-se a gora “obrigada” a te r gastos que jamais desejara, quais sejam com advogados, com custas processuais e sem falar em todo o constrangimento que impõe ao responder um processo judicial. Por todo o exposto, Excelência, de logo, a parte Ré requer a condenação civil como forma indenizatória aos danos morais causados pela parte Autora, que de modo irresponsável fere a honra, a dignidade e reiteradamente causa transtornos a Senhora Isabel, sem qualquer impedimento de eventuais pretensões penais. Com arrimo no s artigos 186 do código civil (lei nº 10.406/02) pá trio e 139 do código penal brasileiro (Decreto -lei nº 2.848 /40). 
Nesse sentido: Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. (CC) Difamação demais transtornos sofridos pela ré em decorrência de constantes ações judiciais, nos termos do artigo 186 do Código civil pátrio, sem qualquer prejuízo de eventual ação pena, nos termos do arrigo 139 do CPl; IV. Condenação da Autora ao pagamento dos Honorários advocatícios em 2 0% sobre o valor da causa (art. 85 do CPC), b em como nas custas processuais a serem fixadas. 
IV. DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. 
 Nestes termos, pede e espera deferimento. 
Fortaleza-Ce, segunda-feira, 29 de maio de 2017.
Advogado / Nome Completo/ OAB xxxxx UF
Marcos de Jesus Pereira

Continue navegando