Buscar

Aula 2 Introdução e estrutura da unidade de terapia intensiva - UTI.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
FISIOTERAPIA EM UTI 
Aula 2: Introdução e estrutura da unidade 
de terapia intensiva - UTI 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
1. TEMA: Conceito de UTI 
a) Infecções no ambiente de UTI; 
b) Controle de Infecções – Papel do CCIH; 
c) SEPSE e SDOM. 
 
2. OBJETIVOS: 
a) Classificar as infecções; 
b) Identificar as principais infecções hospitalares dentro do ambiente de UTI; 
c) Identificar os mecanismos facilitadores das infecções na UTI; 
d) Explicar o papel do CCIH dentro do hospital; 
e) Identificar cuidados na prescrição dos antibióticos frente as Infecções 
Hospitalares. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
• A infecção hospitalar é uma das grandes preocupações encontradas dentro das unidades hospitalares, 
em especial nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). São as mais frequentes e importantes 
complicações ocorridas em pacientes hospitalizados (ROCHA E LEME, 2010). 
 
• Segundo Oliveira e Maruyama (2008), há muito tempo tem sido motivo de preocupação entre os 
órgãos governamentais e, embora a sua regulamentação tenha ocorrido na década de 1980, a 
problemática no país continua ainda sendo negligenciada. 
 
• A preocupação em manter o controle das infecções hospitalares no Brasil surgiu na década de 1960, 
surgindo também as primeiras publicações e relatos relacionados ao tema. Em 1963, no Hospital 
Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, RS, começou a implantação da primeira Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH) brasileira, e outras comissões multidisciplinares começaram a surgir a partir 
da década de 1970 (ROCHA & LEME 2010). 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
FONTE: 
OLIVEIRA; Rosangela, MARUYAMA; Sônia Ayako Tao. Controle de Infecção Hospitalar: Histórico e Papel do Estado. Rev. Eletr. Enf. [Internet].2008;10(3):775-83. Available from: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/v10n3a23.htm. 
ROCHA; Lorena Ferreira, LEME Natália Alves; BRASILEIRO; Marislei Espíndula: A Atuação da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde na Unidade 15 de Terapia Intensiva: O que fazer?. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de 
Estudos de Enfermagem e Nutrição. [Serial online] 2010 Jan-Jul 1 (1) 1-16.Available from:http://www.ceen.com.br/revistaeletrônica. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
• A incidência de infecções hospitalares varia de acordo com as características de cada UTI (infraestrutura, 
especialidade, educação continuada e recursos humanos). 
 
• O controle de infecções em UTI é um assunto complexo e de extrema importância para o bom 
funcionamento da unidade, evidenciando-se, portanto, a necessidade da proteção, tanto individual 
quanto dos pacientes, bem como a realização de técnicas e procedimentos adequados a fim de evitar 
qualquer prejuízo para o paciente (PINHEIRO et al, 2008). 
 
• Um fator de extrema relevância é a infecção relacionada à assistência hospitalar, que afeta um número 
expressivo de pacientes, aumentando o tempo de internação, o risco de mortalidade e os custos 
socioeconômicos; cerca de 30% dos casos de infecções relacionados à assistência são considerados 
preveníveis. Medidas simples, como a lavagem correta das mãos pelos profissionais de saúde é a mais 
efetiva delas. São as mãos que transportam o maior número de microorganismos aos pacientes, por 
meio contato direto ou através de objetos (MARTINEZ, CAMPOS e NOGUEIRA, 2008). 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
FONTE: 
MARTINEZ; Mariana Reclusa, CAMPOS; Luiz Alexandre A. F., NOGUEIRA; Paulo Cesar K. Adesão à Técnica de Lavagem de Mãos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Paul Pediatr. 2009;27(2):179-85. 
PINHEIRO; Monica de Souza, NICOLETTI; Christiane; BOSZCZOWSK; Icaro PUCCINI; Dilma Mineko, RAMOS; Sonia Regina. Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento. Rev Paul Pediatr. 
2008;27(1):6-14. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Lavagem das mãos como fator 
primordial de prevenção de 
infecções hospitalares. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DAS INFECÇÕES HOSPITALARES 
• Infecção comunitária (IC): 
É aquela constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente, desde que não relacionada com 
internação anterior no mesmo hospital. 
• São também comunitárias: 
• Infecção que está associada com complicação ou extensão da infecção já presente na 
admissão, a menos que haja troca de microrganismos com sinais ou sintomas fortemente 
sugestivos da aquisição de nova infecção; 
• Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi 
comprovada e que tornou-se evidente logo após o nascimento (exemplo: herpes simples, 
toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS). 
 
• Infecção hospitalar (IH): 
É aquela adquirida após a admissão do paciente e que se manifeste durante a internação ou após a alta, 
quando puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
O diagnóstico das infecções hospitalares deverá valorizar informações oriundas de: 
• Evidência clínica, derivada da observação direta do paciente ou da análise de seu 
prontuário; 
• Resultados de exames de laboratório, ressaltando-se os exames microbiológicos, a pesquisa 
de antígenos, anticorpos e métodos de visualização realizados; 
• Evidências de estudos com métodos de imagem; 
• Endoscopia; 
• Biópsia e outros. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Critérios gerais para diagnóstico: 
• Quando, na mesma topografia em que foi diagnosticada infecção comunitária, foi isolado um germe 
diferente, seguido do agravamento das condições clínicas do paciente, o caso deverá ser 
considerado como infecção hospitalar. 
• Quando se desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica 
e/ou dado laboratorial de infecção no momento da internação, convenciona-se infecção hospitalar 
toda manifestação clínica de infecção que se apresentar a partir de 72 horas após a admissão. 
• São também convencionadas infecções hospitalares aquelas manifestadas antes de 72 horas da 
internação, quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados durante 
este período. 
• As infecções dos recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas de forma 
transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota superior a 24h. 
• Os pacientes provenientes de outro hospital que se internam com infecção são considerados 
portadores de infecção hospitalar do hospital de origem. Nesses casos, o hospital de origem deverá 
ser informado para computar o episódio como infecção hospitalar naquele hospital. 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Elaboração da CCIH 
• Programa de Controle de Infecção Hospitalares (PCIH) é um conjunto de ações desenvolvidas 
deliberada e sistematicamente, com vistas à redução máxima possível da incidência e da 
gravidade das infecções hospitalares. 
• Para a adequada execução do PCIH, os hospitais deverãoconstituir Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH), órgão de assessoria à autoridade máxima da instituição e de 
execução das ações de controle de infecção hospitalar. 
• A CCIH deverá ser composta por profissionais da área de saúde, de nível superior, 
formalmente designados. 
• Os membros da CCIH serão de dois tipos: consultores e executores. 
• O presidente ou coordenador da CCIH será qualquer um dos membros da mesma, 
indicado pela direção do hospital. 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Entre outras atribuições secundárias, a CCIH do hospital deverá: 
• Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às 
características e necessidades da instituição; 
• Avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância 
Epidemiológica das infecções hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas; 
• Realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas 
imediatas de controle; 
• Elaborar e divulgar, regularmente, relatórios, e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de 
instituição e às chefias de todos os setores do hospital, a situação do controle das infecções 
hospitalares, promovendo seu amplo debate na comunidade hospitalar; 
• Elaborar, implantar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando 
limitar a disseminação de agentes presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de 
medidas de precaução e de isolamento. 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
• As principais causas das infecções são as condições clínicas do paciente, doenças de base, números 
elevados de procedimentos invasivos e falhas nas medidas e controle e prevenções das infecções 
urinárias, pneumonias, feridas cirúrgicas, e os métodos invasivos, como os cateteres, a ventilação 
mecânica e cateteres intravasculares são responsáveis por grande número das infecções. 
 
• Infecção urinária: Consideram-se infecções urinárias as infecções nosocomiais, ou seja, adquiridas no 
ambiente hospitalar; é uma das afecções mais frequentes na UTI, acometem 2% dos pacientes 
internados, sendo responsáveis por 35% a 45% das infecções hospitalares. 
 
• Aproximadamente 80% dos pacientes que contraem infecção urinária fazem uso de cateteres 
urinários, mesmo com emprego de técnica adequada de inserção do cateter vesical e uso de 
sistema de drenagem fechado, a colonização da urina na bexiga irá ocorrer em torno de 50% dos 
pacientes após 10 a 14 dias de cateterização (ANVISA, 2000). 
FONTE: 
MARTINEZ; Mariana Reclusa, CAMPOS; Luiz Alexandre A. F., NOGUEIRA; Paulo Cesar K. Adesão à Técnica de Lavagem de Mãos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Rev. Paul Pediatr. 2009;27(2):179-85. 
PINHEIRO; Monica de Souza, NICOLETTI; Christiane; BOSZCZOWSK; Icaro PUCCINI; Dilma Mineko, RAMOS; Sonia Regina. Infecção hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: há influência do local de nascimento. Rev Paul Pediatr. 
2008;27(1):6-14. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
• Pneumonia: É a infecção hospitalar que mais comumente acomete pacientes internados em UTI, 
podendo ser de origem comunitária ou nosocomial, associada à ventilação mecânica; é definida como 
infecção do trato respiratório inferior, com envolvimento do parênquima pulmonar, adquirida em 
ambiente hospitalar (CARRILHO et al, 2004). 
 
• É considerada precoce quando ocorre até o quarto dia e, tardia, quando tem início a partir do quinto 
dia; essa classificação tem grande importância para a diferenciação do agente etiológico e para a 
decisão quanto à terapêutica a ser instituída (CARRILHO et al, 2004). 
 
• A pneumonia associada à ventilação mecânica é consequência da falta de equilíbrio entre os 
mecanismos de defesa do indivíduo e o agente microbiano, devido ao tamanho do inoculo ou 
virulência do microorganismo. 
FONTE: 
CARRILHO; Cláudia M. D. de Maio, GRION; Cintia M. C., MEDEIROS; Eduardo A. S. de, SARIDAKIS; Halha O., BELEI; Renata, BONAMETI; Ana Maria, MATSUO; Tiemi: Pneumonia em UTI: Incidência, Etiologia e 
Mortalidade em Hospital Universitário. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva. Volume 16 - Número 4 - Outubro/Dezembro 2004. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
Há quatro vias relacionadas à patogênese da pneumonia associada à ventilação mecânica: 
• Aspiração do conteúdo orofaríngeo; 
• Contaminação do equipamento respiratório; 
• Transmissão de uma pessoa para outra; 
• Disseminação hematogênica. 
FONTE: 
CARRILHO; Cláudia M. D. de Maio, GRION; Cintia M. C., MEDEIROS; Eduardo A. S. de, SARIDAKIS; Halha O., BELEI; Renata, BONAMETI; Ana Maria, MATSUO; Tiemi: Pneumonia em UTI: 
Incidência, Etiologia e Mortalidade em Hospital Universitário. RBTI - Revista Brasileira Terapia Intensiva. Volume 16 - Número 4 - Outubro/Dezembro 2004. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
A infecção da ferida operatória é um risco inerente ao ato cirúrgico, sendo também sua complicação mais 
comum. Quase toda infecção de ferida cirúrgica é adquirida durante o ato cirúrgico, e a manifestação da 
infecção da ferida operatória se dá, em média, quatro a seis dias após o procedimento, observando-se 
edema, eritema e dor no sítio da incisão com drenagem de secreção de aspecto purulento (MAIA, 2009). 
• Ferida cirúrgica: pode ser classificada em superficial, profunda e de órgão ou cavidade, conforme 
definição; 
• Superficial: é aquela que ocorre nos primeiros trinta dias do pós-operatório e envolve unicamente 
pele e/ou tecido celular subcutâneo; 
• Profunda: apresenta-se dentro dos primeiros trinta dias e, em caso de colocação de prótese, pode 
manifestar-se até um ano após o procedimento, podendo envolver tecidos moles e mais profundos, 
fáscia e músculos; 
• Cavidade ou órgão: inclui qualquer sítio anatômico relacionado com o procedimento, exceto a área da 
incisão cirúrgica. 
FONTE: 
MAIA; Regina Cláudia Furtado: Infecção Hospitalar em Pacientes no Pós Operatório de Cirurgia Cardíaca em Unidade de terapia Intensiva Pediátrica: Características e Análise de Custos. Universidade Estadual do 
Ceará Curso de Mestrado Acadêmico em Saúde Pública Data da Defesa: 31/ 01 /2009. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
Métodos invasivos (Cateteres): São indispensáveis na prática da intervenção intensivista moderna, 
particularmente em UTI, sendo, no entanto, importante fonte de infecção da corrente sanguínea 
primária, causa mais frequente de morbimortalidade (LICHY E MARQUES, 2002). 
• A troca dos cateteres periféricos a cada 48-72h se faz necessária, pois reduz o risco de colonização 
e flebite. 
 
Ventilação mecânica: Os pacientes submetidos a este procedimento estão de 6 a 21 vezes mais 
propensos a desenvolverem algum tipo de enfermidade respiratória. A ocorrência de infecção 
pulmonar faz aumentar o índice de morbimortalidade independente da afecção do paciente. 
• Para pacientes sob ventilação invasiva, o risco de desenvolver infecção cresce em 1% acada dia 
de internação. 
FONTE: 
LICHY; Raquel de Fátima, MARQUES; Isaac Rosa: Fatores de Risco para Infecção Hospitalar em Unidades de Terapia Intensiva: Atualização e Implicações para a Enfermagem. Rev Enferm UNISA 2002; 3: 43-9 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Causas de infecções 
Baixa imunidade: A terapia nutricional é peça fundamental nos cuidados dispensados ao paciente 
crítico, devido às evidências científicas que comprovam que o estado nutricional interfere 
diretamente na sua evolução clínica. 
 
• A desnutrição progressiva de muitos pacientes sob cuidados intensivos, secundária à suspensão 
da dieta sólida e ao aumento das demandas metabólicas decorrentes de fatores como lesões 
teciduais, déficits de perfusão, febre e taquicardia resultam em diminuição da massa muscular e é 
predisponente para a aquisição de infecções hospitalares (SANTOS et al, 2010). 
FONTE: 
 SANTOS; Liara Ferreira dos, VIEIRA JUNOR; Valdir Marcelino, SANTOS; Aline Ferreira dos, ALVAREZ; Cláudia Cecília de Souza, PEREIRA; Cíntia Alves de Souza, LOPES; Fernando Aguilar, CARVALHO; Nádia 
Cristina Pereira, OLIVIERA; Olcinei Alves de: Fontes Potenciais de Agentes Causadores de Infecção Hospitalar: Esparadrapos, Fitas Adesivas e Luvas de Procedimento. Ver: Panam Infectol 2010;12(3):8-12. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
FONTE: 
Filho, A. B. et al. 2001. Monitorização da resposta orgânica ao trauma e à sepse. Revista Medicina Ribeirão Preto.34: 5-17. 
Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) 
• A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS) é caracterizada por sequências de eventos 
fisiológicos envolvendo todas as células do corpo, desencadeada frente a uma agressão física, química ou 
biológica, levando ao processo inflamatório com liberação dos mediadores químicos (FILHO et al, 2001). 
• A SRIS pode ser desencadeada por inúmeras patologias como trauma, hipovolemia, peritonite, 
pneumonia, torção vólvulo gástrica, neoplasia, pancreatite e procedimentos anestésicos e cirúrgicos, 
justificando a importância do diagnóstico precoce. 
• Com as injúrias endoteliais nos alvéolos pulmonares, edemas, hemorragia microvascular, trombose e 
a perda da substância surfactante, podem ocorrer, resultando em hipoxemia profunda, denominada 
Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). 
• O paciente na fase aguda da SRIS caracteriza-se por sinais clínicos de metabolismo hiperdinâmico 
como hipertermia, taquicardia, mucosas congestas, aumento no tempo de preenchimento capilar, 
extremidades quentes, taquipneia, letargia, anorexia, vômito ou diarreia, dor generalizada ou 
localizada. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
Caracterização dos serviços de tratamento intensivo 
Sepse 
• O termo sepse significa decomposição da matéria orgânica por um agente agressor (bactérias, fungos, 
parasitas, vírus). Os termos infecção e sepse são geralmente utilizados de forma independente. O termo 
infecção está relacionado à presença de agente agressor em uma localização (tecido, cavidade ou fluido 
corporal) normalmente estéril, e o termo sepse está relacionado à consequente manifestação do hospedeiro; 
isto é, a reação inflamatória desencadeada frente à uma infecção grave. 
• Sepse, choque séptico e disfunção de múltiplos órgãos são as maiores causas de morte nas Unidades de 
Terapia Intensiva, apesar dos recentes avanços tecnológicos. 
• A causa mais comum de morte em pacientes com sepse é a disfunção de múltiplos órgãos (DMO), 
caracterizada pela deterioração aguda da função de dois ou mais órgãos. 
• Os órgãos habitualmente envolvidos são pulmões, rins, coração (incluindo o sistema vascular) e fígado. 
• Outro órgão comumente envolvido é o sistema nervoso central, designado como encefalopatia 
séptica. No entanto, sua real prevalência é desconhecida, uma vez que pacientes sépticos se 
encontram, muitas vezes, sedados. 
AULA 2: INTRODUÇÃO E ESTRUTURA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - UTI 
Fisioterapia em UTI 
AVANCE PARA FINALIZAR 
A APRESENTAÇÃO. 
VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 
 
Anamnese; 
Exame Físico; 
Inspeção; 
Palpação; 
Percussão; 
Ausculta pulmonar.

Continue navegando