Introdução à Fisioterapia em UTI

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INTRODUÇÃO À 
FISIOTERAPIA EM UTI
FISIOTERAPIA EM UTI
Profª. Elisiane Tonon Marques
• Local onde se realiza monitorização contínua do 
paciente crítico. 
• Caracteriza-se por: 
"Unidades complexas dotadas de sistema de monitorização 
contínua que admitem pacientes potencialmente graves ou com 
descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o 
suporte e tratamento intensivos tenham possibilidade de se 
recuperar" (Resolução 81 - 5/01/95 – CREMESP).
FISIOTERAPIA EM UTI
UTI Unidade de Terapia Intensiva
•Unidade de Terapia Intensiva (UTI): 
Setor destinado à internação de pacientes graves, que 
requerem atenção profissional especializada contínua, 
materiais específicos e tecnologias necessárias ao 
diagnóstico, monitorização e tratamento. Ou seja, a UTI 
destina-se aos pacientes graves e com instabilidade 
clínica, como infarto agudo do miocárdio (IAM), 
insuficiência respiratória aguda (IRpA), acidente vascular 
encefálico (AVE), choques (hipovolêmico ou hemorrágico, 
séptico, anafilático), traumas, pós-operatórios, 
hemorragias). 
FISIOTERAPIA EM UTI
•UTI
• Surgiu em 1952 na Dinamarca em meio à epidemia de poliomielite. 
Inicialmente, a equipe era formada por médicos e enfermeiros. Entretanto, 
hoje a UTI conta com uma equipe multiprofissional que atua em benefício do 
paciente e permite uma abordagem mais completa. 
• Nesta equipe, por lei, deve estar incluído:
- Um fisioterapeuta intensivista para cada 10 leitos (MS PORTARIA Nº3432 
12 DE AGOSTO DE 1998);
- PROJETO DE LEI N° 1985, DE 2019 - Dispõe sobre a permanência do 
profissional fisioterapeuta nos Centros de Terapia Intensiva (CTIs) adulto, 
pediátrico e neonatal por 24 horas (4 de junho de 2020) – Projeto da 
Deputada Federal MARGARETE COELHO (PP/PI)
FISIOTERAPIA EM UTI
• Centro de Terapia Intensiva (CTI): agrupamento, numa mesma área 
física, de mais de uma UTI. 
•Unidade de Tratamento Semi-Intensivo (Unidade Semi-Intensiva): 
conjunto de elementos funcionalmente agrupados, destinado ao atendimento 
de pacientes, preferencialmente oriundos da UTI, que requeiram cuidados de 
observação contínua, sob supervisão e acompanhamento médico. Este último 
não necessariamente contínuo, porém linear.
•Serviço de Tratamento Intensivo Móvel: conjunto de elementos 
funcionalmente agrupados e uma frota de veículos devidamente projetados e 
equipados, destinados a garantir suporte avançado de vida durante o 
transporte de pacientes graves ou de risco, no atendimento de emergência 
pré-hospitalar e no transporte inter-hospitalar. Este serviço pode ser parte 
integrante do serviço do hospital ou constituir-se em um prestador autônomo 
de Serviço de Tratamento Intensivo Móvel.
FISIOTERAPIA EM UTI
FISIOTERAPIA 
EM UTI
• CARACTERIZAÇÃO DO PACIENTE 
CRÍTICO: 
Paciente grave é aquele que 
apresenta instabilidade de algum de 
seus sistemas orgânicos, devido a 
alterações agudas ou agudizadas. 
Paciente de risco é aquele que tem 
alguma condição potencialmente 
determinante de instabilidade. 
(Resolução CREMESP nº 71) 
•Classificação das UTIs
*Neonatal - presta atendimento ao paciente com idade de 0 a 28 
dias.
*Pediátrico - presta atendimento ao paciente com idade de 29 
dias a 14/18 anos incompletos. 
*Adulto - destinado ao atendimento de pacientes com idade acima 
de 14/18 anos.
• Pode haver especialização da UTI a fim de tornar o atendimento mais 
eficiente: cardiológica, coronariana, neurológica, respiratória, 
trauma, queimados. 
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• EQUIPE DE INTENSIVISTAS: 
 Multiprofissional constituída por diversas profissões como: 
- médico
- enfermeiro
- técnicos de enfermagem
- psicólogo
- assistente social
- nutricionista
- FISIOTERAPEUTA
FISIOTERAPIA EM UTI
•Médico intensivista: possui conhecimento clínico e cirúrgico 
amplo, capaz de diagnosticar, medicar e realizar procedimentos 
complexos emergenciais. Cabe a este profissional evoluir e medicar 
diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, 
cardiológicos, pulmonares, neurológicos entre outros. Responde 
integralmente na condução e responsabilidade da Unidade como um 
todo. 
•Enfermeiro intensivista: voltado para o atendimento de 
pacientes de alta complexidade com grande dependência no leito. 
Supervisiona a ação do grupo de técnicos e auxiliares de 
enfermagem, como a higienização, controle de medicações e 
prescrições, tendo papel assistencial fundamental.
FISIOTERAPIA EM UTI
•Psicólogo intensivista: todos aspectos emocionais, seja do paciente, 
da família ou da equipe, são constantemente avaliados e observados. Com 
presença fundamental nos períodos das visitas familiares, objetiva 
estabelecer além da humanização a aproximação e apoio terapêutico 
necessário. 
•Assistente social: atua no apoio a família e paciente em situações 
externas e internas. 
•Nutricionista: efetua diagnósticos e evoluções dietéticas especificas, 
coordenando, organizando e acompanhando as prescrições nutricionais. 
FISIOTERAPIA EM UTI
• FISIOTERAPEUTA INTENSIVISTA: 
É fundamental para a manutenção e prevenção da 
síndrome do imobilismo, na qual há diminuição do 
trofismo muscular, emagrecimento, retração de tendões 
e vícios posturais que podem provocar contraturas e o 
surgimento de escaras (úlceras de pressão). 
Supervisiona também a assistência ventilatória, efetua a 
higienização brônquica diária através de técnicas 
especificas e controle do ventilador mecânico 
juntamente com o médico. 
FISIOTERAPIA EM UTI
•INDICAÇÕES PARA ADMISSÃO E ALTA
As indicações para admissão e alta da Unidade de Tratamento 
Intensivo e Unidade de Tratamento Semi-Intensivo são atribuições 
exclusivas do Médico Intensivista.
Terá indicação para admissão em Unidade de Tratamento Intensivo:
- Paciente grave ou de risco, com probabilidade de sobrevida e 
recuperação;
- Paciente em morte cerebral, por tratar-se de potencial doador de 
órgãos.
•Deve ter alta da UTI todo paciente, tão logo cessadas as causas que 
justificaram sua internação, podendo, à critério do Intensivista, ser 
encaminhado para a Unidade de Tratamento Semi-Intensivo.
•Serão admitidos na Unidade de Tratamento Semi-Intensivo 
pacientes oriundos da UTI e/ou de outras unidades do hospital, a 
critério do Médico Intensivista 
FISIOTERAPIA EM UTI
•MISSÃO DO INTENSIVISTA
- ter compromisso em exercer a profissão baseada nos preceitos do 
código de ética;
- buscar a cura e atenuar a dor;
- ser profissional qualificado para atender pacientes graves em 
qualquer circunstância e idade;
- desenvolver, com amparo da tecnologia, a melhor terapêutica;
- ter a presença, a dedicação e a vontade de superar a morte;
- ter em mente o amor ao próximo, o respeito a pessoa e suas 
vontades, preceitos que norteiam a dignidade humana;
- acolher o paciente e sua família;
- buscar a esperança; 
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• HISTÓRIA DA FISIOTERAPIA EM TERAPIA INTENSIVA
- Terapia Intensiva: este conceito surgiu na Dinamarca (1952), devido ao surto 
de poliomielite que gerou a necessidade de ventilação mecânica;
- Profissão Fisioterapia: regulamentada em 13/10/1969 pelo decreto Lei nº 
938;
- Fisioterapia em UTI: início dos atendimentos no hospital Sírio-Libanês (1983);
- Um fisioterapeuta intensivista para cada 10 leitos (MS PORTARIA Nº 3432 12 
DE AGOSTO DE 1998);
FISIOTERAPIA EM UTI
O COFFITO, em parceria com a Associação Brasileira de Fisioterapia 
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), publicou 
sete acórdãos relacionados ao trabalho do fisioterapeuta, com orientações 
relacionadas ao exercício do profissional em procedimentos referentes à área 
respiratória e que geram dúvidas nos ambientes hospitalares (20 de maio de 
2016):
1- 
ACÓRDÃO Nº 472: Dispõe sobre o trabalho do Fisioterapeuta no período de 2
4 horas em 
CTIs
2- 
ACÓRDÃO Nº 473: Dispõe sobre o papel do Fisioterapeuta em relação ao proc
edimento de montagem e/ou troca dos circuitos dos ventiladores mecânicos.
3- 
ACÓRDÃO Nº 474: Dispõe sobre o papel Fisioterapeuta em relação ao procedimento de aspiração traqueal
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5069
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5071
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5071
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5075
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• 4- 
ACÓRDÃO Nº 475: Dispõe sobre papel do Fisioterapeuta na realiz
ação do procedimento de 
decanulação e/ou troca de cânula traqueal.
• 5- 
ACÓRDÃO Nº 476: Dispõe sobre a participação do Fisioterapeuta 
durante o procedimento de traqueostomia.
• 6- 
ACÓRDÃO Nº 477: Dispõe sobre o papel do Fisioterapeuta na coleta
 de secreção traqueal para cultura.
• 7- 
ACÓRDÃO Nº 478: Dispõe sobre o papel do fisioterapeuta em rela
ção ao procedimento de montagem, remoção, troca e/ou limpeza d
os componentes de circuitos e condensadores dos ventiladores m
ecânicos e dos copos coletores de secreção traqueal.
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5077
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5077
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5077
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5079
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5082
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http://coffito.gov.br/nsite/?p=5093
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5093
http://coffito.gov.br/nsite/?p=5093
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• Atuação do fisioterapeuta na UTI: inicialmente voltada para os 
casos de pulmões hipersecretivos, expansibilidade pulmonar 
comprometida e mobilização no leito; atualmente a fisioterapia atua 
de forma preventiva com o objetivo de evitar complicações tanto 
respiratórias como circulatórias, metabólicas e musculoesqueléticas, 
além da manipulação da ventilação mecânica.
• https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/14239
5#:~:text=Ementa%3A,intensiva%20adulto%2C%20pedi
%C3%A1trico%20e%20neonatal. 
• Atuação da Fisioterapia frente à COVID-19 em diferentes níveis de 
atenção e complexidade: relato de experiências (Dr. Paulo Mazullo)
https://youtu.be/wwuYyZRfs1s 
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https://youtu.be/wwuYyZRfs1s
•AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira 
(órgão oficial e representativo dos profissionais médicos 
intensivistas e de várias outras profissões). 
•ASSOBRAFIR – Associação Brasileira de Fisioterapia 
Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva
•RBTI – Revista Brasileira de Terapia Intensiva
•SOBRATI – Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva 
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• Atividade para a próxima aula
Pesquisar sobre alguns conceitos importantes em UTI:
- COLONIZAÇÃO: presença de micro organismo mas que não 
esta causando dando ao hospedeiro
- INFECÇÃO: presença de micro organismo que causa dano ao 
hospedeiro
- BACTEREMIA: quando uma bactéria cai na corrente sanguínea 
(a pessoa começa a ter tremores, tipo um calafrio porem 
constante, geralmente vem acompanhado a cianose)
- SÍNDROME DE RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA (SRIS): é 
uma resposta inespecifica que nossa organismo tem diante de um 
organismo infeccioso ou não infeccioso, ou sem nenhum 
organismo como um trauma ou queimadura, tempereatura maior 
que 38 ou menos de 36, fc a cima de 90, fr acima de 20, paco2 
-32mmg, leucócitos acima de 12000mml, ou leucotemia abaixo de 
4000.
- SEPSE: quando tem uma infecção e começa desregular outro 
sistema do organismo (bactéria/fungo/vírus/etc infeccinou o 
pulmão, ela evolui cai no sangue e desregula outro órgão), uma 
infecção generalizada, sepse é uma evolução da infecção, 
diferença da sris é que sris é a resposta da infecçao;.
- HIPOTENSÃO: menor que 90 pressão sistólica, e diastólica 
abaixo de 60 mmhg
- CHOQUE SÉPTICO: (relacionado a o sistema cardiovascular) 
quando tem uma instabilidade hemodinâmica devido algum fator, 
ele é devido a alguma infecção a sepse, que caiu um organismo no 
sangue e esta desinstabilizando vários organismo, (tem uma 
queda de pressão, refrataria a mudança volêmica ou seja não 
responde e não se instabiliza, assim necessita de drogas vaso 
ativas, que melhoram a contração do musculo e a contratilidade 
dos vasos)
- DISFUNÇÃO DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS E SISTEMAS (DMOS) ou 
(SDOM): caracterizasse pela disfunção de dois ou mais órgãos, os 
principais são pulmões rins corações vasos e fígados (dmos 
primaria é por exemplo quando temos uma pneumonia que causa 
insuficiência respiratória e a insuficiência causa a disfunção de 
outros órgão então a bactéria de base é a do pulmão, a dmos 
secundaria é quando o foco infeccioso é em outro local e começa a 
reação infecciosa em outro órgão por exemplo uma pancreatite 
que causa uma sara no pulmão
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