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TCC SERVICO SOCIAL

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INTRODUÇÃO
A escola é o local de educação, ensino e aprendizagem. A educação é desenvolvida pela convivência humana, o ensino são os processos didáticos e metodológicos que possibilitam a aprendizagem dos educandos e o acúmulo de várias experiências durante a vida do sujeito, ou seja, é uma relação de trocas de conhecimentos.
Para que a escola possa desempenhar o seu papel político, ela deve desenvolver o senso crítico do aluno, precisando estar em sintonia não só com a realidade do aluno, como também com a realidade da comunidade na qual ela se encontra inserida. Deve, assim, respeitar a realidade social, cultural e econômica dos seus alunos e, partindo dela, a iniciativa de propiciar a participação da família no processo sócio pedagógico da escola.
Nesta perspectiva, a ação do Serviço Social, dentro destas propostas, se destaca na atuação direta com a comunidade via instituição escolar e outras entidades comunitárias. O incentivo e a implantação de assembleias escolares e órgãos colegiados, a promoção de seminários e encontros que atendem às necessidades da comunidade, bem como o acompanhamento social de famílias dos alunos da rede pública de ensino, são objetos de trabalho do Assistente Social na Educação.
A falta do profissional Assistente social, leva a configuração de diferentes expressões da questão social, que impõem desafios aos sujeitos que participam de seu planejamento, da sua execução e apresenta demandas ao serviço social. O Assistente Social dentro do ambiente escolar, utiliza-se de seu conhecimento prático/teórico e metodológico, para que possa atuar de forma efetiva sobre a problemática escolar.
Explorar meios e conceitos que levem a resolução, da carência do Profissional Assistente Social no ambiente escolar, uma vez que sancionada a Lei Nº 3.466, de 2012. Art. 1º - Todas as Escolas Públicas, Entidades Filantrópicas, OSCIPs e Fundações, cuja atividade principal seja o provimento da educação, ficam obrigadas a manterem o serviço social escolar.
A problemática da pesquisa está voltada para as seguintes questões: qual a importância do serviço social no âmbito escolar? Quais são as contribuições que os assistentes sociais conquistam para com o direito à educação e na construção da cidadania? E qual o papel da família na ação social?
Para respondermos as perguntas propostas foram definidos os objetivos do trabalho. O objetivo geral tem como foco identificar a importância da atuação do assistente social na política educacional. Para alcançarmos os objetivos gerais iremos abordar os seguintes objetivos específicos: a contribuição do Serviço Social no âmbito escolar, o desempenho dos assistentes sociais dentro da escola e suas funções quanto a um melhor desenvolvimento na vida social dos alunos e o apoio da família para com o ato social.
A educação pode ser compreendida como um processo social e tem como objetivo, formar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. O ambiente escolar deve ser propicio para que os alunos se desenvolvam de forma física, cognitiva e afetiva. Dessa forma a escola deve ser vista como um espaço onde o individuo tenha esse amparo socioeducativo. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96), diz que a educação é dever da família e do estado, porém a realidade do Brasil tem se apresentado em deficiência no sentido escolar por conta de baixa remuneração dos professores, a escola como um dos principais equipamentos sociais, junto com os profissionais e a família deve compreender a importância do Assistente Social na interação para que seja analisado os direitos básicos e ações que promovam as iniciativas que vão de encontro as necessidades do aluno, podendo também conhecer a realidade social dos seus alunos, podendo encurtar a distância que separa do universo familiar, envolvendo os processos socioinstitucionais e as relações sociais, familiares e comunitárias que fundam uma educação cidadã, articuladora de diferentes dimensões da vida social como constitutivas e novas formas de humana, nas quais o acesso aos direitos sociais são cruciais. 
Neste sentido, esta pesquisa tem como objetivos conhecer as políticas públicas em educação, apresentar a importância do assistente social na educação e além do mais, descrever possíveis orientações do assistente social no contexto escolar. Portanto, refletir sobre a contribuição do Serviço Social na área da educação, especificamente na escola.
O método de pesquisa utilizada foi a Pesquisa Bibliográfica, cujo desenvolvimento foi por meio de estudos de pesquisas já realizados de vários autores, com suas referencias preservadas.
O presente trabalho de pesquisa está estruturado em três capítulos, os quais estão intitulados em: Política Educacional; Serviço Social e Educação: a contribuição do serviço social para garantir a educação – o assistente social: o assistente social no âmbito escolar; A família como mediadora da ação social.
1 POLÍTICA EDUCACIONAL
Nesse capítulo abordaremos a respeito das leis educacionais, para tanto é necessário definirmos de um modo geral a política educacional.
Segundo Infoescola (2011) “a política educacional pertence ao grupo das políticas públicas sociais”. 
Costa (2006) apud Piana (2009a, p. 53-54) define políticas sociais como “mecanismos eficientes para a democratização do acesso a bens e serviços para a população e também atuam como condições necessárias ao desenvolvimento econômico e social”.
As políticas sociais no Brasil estão interligadas diretamente com as relações econômicas, políticas e sociais do país. São reconhecidas como ferramentas de manutenção de força de trabalho, conquistas de trabalho, concessão das elites dominantes e mecanismos de garantia da proliferação de bens ou dos direitos cidadãos (FALEIROS, 1991 apud PIANA, 2009a, p. 21).
Para Pastorini (2006) apud Piana (2009a) as políticas sociais desenvolvem papéis fundamentais no capitalismo, como nas funções atribuídas a função social, econômica e política.
Na esfera da função social, as políticas sociais atendem os recursos sociais através de serviços sociais e assistenciais, para um benefício salarial às partes carentes da sociedade. Embora, este objetivo não contemplam as reais funções de minimizar as desigualdades sociais a fim de originar mais serviços sociais a população menos favorecida (PASTORINI, 1997 apud PIANA, 2009a, p. 35).
Quanto à função econômica, podemos ressaltar a atuação do Estado por meio de ações direta e indiretas (pagamento a população via impostos), de bens, de recursos, ofertas e prestação de serviços sociais a população mais carente como saúde, educação e assistência social (PASTORINI, 2002 apud PIANA, 2009a, p. 36).
E por fim, no que diz respeito à função política das políticas sociais, Pastorini (2006) apud Piana (2009a, p. 37), estão às disputas entre classes sociais opostas, como uma expressão de forças e lutas na sociedade com o propósito de almejar a legitimidade e a ordem social.
Para a autora, devemos lutar para a construção e transformação das medidas sociais, cabendo aos profissionais, assistentes sociais, o compromisso de interagir com o Estado, trabalhadores e capital a fim de cumprir as políticas sociais.
As políticas sociais devem disponibilizar serviços para a população, como educação pública para todos os cidadãos independente de sua classe social (PIANA, 2009a).
Desse modo, para entendermos melhor essas políticas sociais precisamos compreender o conceito de políticas públicas.
“As políticas públicas são decisivas para a concretização de direitos humanos, pois elas atuam na estrutura básica do sistema capitalista contribuindo para a construção do bem comum, visando à redução das desigualdades sociais”... (FRANÇA e FERREIRA, 2012, p. 186). 
Ainda, as mesmas autoras relatam que:
Quando se trata da efetivação de direitos legitimados em uma ordem jurídico-legal de um Estado democrático de direitos como o Brasil, as políticas públicas assumem papel importante na redução da pobreza e das desigualdades sociais, elementos importantespara o bem estar social com equidade, dignidade e autonomia (FRANÇA e FERREIRA, 2012, p. 187).
Atualmente, Quintão (2013) disserta que o país vive um momento positivo a cerca das políticas púbicas, com a criação de sistemas institucionais, crescentes em integração, os quais correspondem a União, os Estados e os Municípios. 
O mesmo autor ressalta que essas esferas do governo proporcionam uma “democratização com fortalecimento do controle social, através de conferências, dos conselhos e da participação popular direta”. Esses arranjos permitem a universalização dos direitos básicos como à saúde, à educação, à seguridade social (QUINTÂO, 2013, p. 1).
Segundo França e Ferreira (2012, p. 189) os princípios básicos para a operacionalização das políticas públicas enquanto elementos fundamentais para o cumprimento dos direitos impõem que determinadas medidas sejam tomadas como “a redução da desigualdade social, violência, preconceito e discriminação que se apresentam nas relações sociais de forma camuflada, e, muitas vezes, sutil”. 
Desse modo, as políticas públicas no domínio de sua função têm por dever garantir os direitos de cada cidadão. Para tanto, essa dinâmica necessita que o Estado e a sociedade civil tenham uma “relação de complementaridade” (FRANÇA e FERREIRA, 2012).
Conforme Oliveira et al. (2010) políticas públicas é definida como ações realizadas pelo governo. E as chamadas políticas públicas educacionais são atuadas pelo governo na educação.
A educação é formada por um conjunto de ações, fatores e influências que agem sobre o homem com vistas a prepara-lo para a vida no meio social. Ela visa a formar um homem integral, por isso, envolve o desenvolvimento da personalidade nos aspectos físico, intelectual, afetivo e moral, a fim de prover nos indivíduos as qualidade e capacidades humanas necessárias para a vida em sociedade, ou seja, a sua relação com o mundo. É por meio da educação que o homem adquire conhecimento, como também transmite o que sabe para outras pessoas, ocorrendo, assim, tanto o processo de aprendizagem quanto o de ensino. Isso significa que ela tem o lado individual, por causa do desenvolvimento da personalidade de cada individuo, como também o lado social, pois seu processo sociocultural quase sempre está vinculado a um projeto nacional.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será provida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e a sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988 apud MALASSISE, 2013, p. 19).
A Revolução de 1930 levou muito dos reformadores educacionais para cargos no novo Estado. Em 1932, o Manifesto dos Pioneiros, em relação à Educação Nova já trazia concepções tais como: a educação enquanto instrumento de democracia, devendo ela ser pública, obrigatória, gratuita, leiga e sem segregações; níveis articulados de ensino, adaptando-se às especificidades regionais sem se afastar dos princípios estabelecidos pelo governo central; educação funcional e ativa, centrada no estudante; e exigência de curso superior para todos os professores, mesmo do ensino fundamental. Na Constituição de 1934, que foi a primeira a ter um capítulo exclusivo da educação, muitas dessas contribuições foram incluídas.
A ditadura do Estado Novo (1937 – 1945) retirou a obrigatoriedade do Estado quanto à educação, criando um sistema dual, em que escolas diferenciadas eram destinadas às elites e as classes trabalhadoras – essas últimas tinham como opção o ensino profissionalizante. O ensino profissionalizante dava acesso apenas restrito ao ensino superior, o que garantia essa como possibilidade apenas para os que cursassem o ensino médio regular.
Outros retrocessos do campo da política educacional foram os fins da dotação orçamentária específica para a educação na Constituição, em que também desaparecia a exigência de concurso público para a contratação de professores para o ensino oficial.
No Brasil, a dificuldade de escolarização e do sucesso acadêmico é permeada por inúmeras variáveis, que incluem desde a formação do professor até as condições econômicas do país. A maioria das crianças brasileiras não tem se beneficiado do sistema escolar, de modo que os motivos deste não aproveitamento podem ser visto através da evasão escolar nas camadas menos favorecidas de nossa sociedade. OAKLAND (1992) relata que no Brasil o impacto da educação sobre a formação do indivíduo deve incluir a atitude sobre o valor da educação atribuído pela própria sociedade. (DOROTEU, 2003, p. 01).
Os princípios que regem a educação nacional estão detalhados na LDB 9394/96, em que seu conteúdo abrange desde a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, até a vinculação com o trabalho e as práticas sociais, passando por outros aspectos importantes, como se pode ver nos seus Artigos 2º e 3º. 
As famílias, o sistema educacional, as escolas, os professores e os próprios alunos não têm nada a fazer diante de uma realidade sociocultural desvantajosa. O abandono precoce da escola deve ser visto a partir de uma perspectiva multidimensional e interativa, em que as condições sociais, a atitude da família, a organização do sistema educacional, o funcionamento das escolas, a prática docente na sala de aula e a disposição do aluno para a aprendizagem ocupam um papel relevante. Cada um deles não é um fator isolado, mas está em estreita relação com os demais. 
É clara a ligação do direito à educação na Lei maior e na LDB, na Constituição vem em primeiro como dever do Estado, na LDB a ordem de dever inverteu-se, sendo primeiro de responsabilidade da família. O Art. 3º trata dos princípios da educação nacional:
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extra-escolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) (BRASIL, 1996).
A LDB – Lei de Diretrizes e Base (lei 9394/96) em seu artigo 43 estabelece algumas das finalidades para a educação:
Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo;
Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse mundo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
Sendo assim, políticas educacionais efetivamente implicam o envolvimento e o comprometimento de diferentes atores, incluindo gestores e professores vinculados aos diferentes sistemas de ensino. Dessa forma, a gestão educacional tem natureza e características próprias, ou seja, tem escopo mais amplo do que a mera aplicação dos métodos, técnicas e princípios da administração empresarial, devido à sua especificidade e aos fins a serem alcançados.
As políticas públicas distributivas implicam nas ações cotidianas que todo e qualquer governoprecisa fazer. Elas dizem respeito à oferta de equipamentos e serviços públicos, mas sempre feita de forma pontual ou setorial, de acordo com a demanda social ou a pressão dos grupos de interesse. São exemplos de políticas públicas distributivas as podas de árvores, os reparos em uma creche, a implementação de um projeto de educação ambiental ou a limpeza de um córrego, dentre outros.[...]As reivindicações dos movimentos sociais no campo educacional em torno da democratização do acesso e das condições de garantia da qualidade da educação pública se confrontavam com versões tecnicistas forjadas em escala global e sintonizadas ao novo vocabulário da hegemonia neoliberal. (GONÇALVES; SILVA, 2011, p.1).
 O Plano Decenal de “Educação para Todos”, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização dos Profissionais do Magistério (FUNDEF) e a proposta governamental de Plano Nacional de Educação (PNE) expressam uma trajetória de acirradas disputas societárias, mas revelam, também, legislações que acabaram sendo elaboradas em consonância com as diretrizes dos organismos multilaterais e com as recomendações e deliberações oriundas de conferências promovidas pelos órgãos de cooperação técnica sobre temas centrais para a condução das políticas públicas. Dentre elas, destacamos: a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, também conhecida como a Conferência de Jomtien, em função do local onde foi realizada.
O processo de descentralização foi construído, assim, pela via dos níveis de educação e dos programas educacionais, ambos impulsionados pela lógica do financiamento, determinando, consequentemente, a criação dos chamados Conselhos de Acompanhamento e Controle Social (CACS). 
A partir de 2001 a legislação brasileira passou a exigir a criação desses conselhos, o que ocorreu em relação aos programas da área de educação como o PNAE, o PNATE e o Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para a Educação de Jovens e Adultos (PEJA), sendo que esses dois últimos foram acumulados pelos CACS do FUNDEF e, depois, do FUNDEB. Criou-se, deste modo, uma diversidade de conselhos na esfera local sem contar com o próprio Conselho Municipal de Educação.
É de extrema importância que o profissional do Serviço Social, inserido na escola, saiba trabalhar com programas visando à prevenção e não dispender o seu tempo meramente com a efervescência dos problemas sociais. Na escola, o assistente social deve ser o profissional que precisa se preocupar em promover o encontro da educação com a realidade social do aluno, da família e da comunidade, a qual ele esteja inserido. 
Acredita-se que uma das maiores contribuições que o Serviço Social pode fazer na área educacional é a aproximação da família no contexto escolar. É intervindo na família, através de ações ou de trabalhos de grupo com os pais, que se mostra à importância da relação escola-aluno-família. O assistente social poderá diagnosticar os fatores sociais, culturais e econômicos que determinam a problemática social no campo educacional e, consequentemente, trabalhar com um método preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente.
A inserção na Política de Educação representa para o Serviço Social uma possibilidade de contribuir para a efetivação do direito à educação por meio de ações que promovam o acesso e a permanência da população na escola, assim como a qualidade dos serviços no sistema educacional.
Portanto, a inserção do assistente social na educação justifica-se a partir de uma compreensão ampla do processo de ensinar e aprender, contemplando as dimensões cognitiva, afetiva e social. Esta última é o alvo primordial do Serviço Social.
A escola é um dos espaços sociais em que se revelam as contradições do sistema capitalista, as quais se manifestam de drogas, falta de acesso a serviços de saúde e de assistência social, falta de proteção à infância e à juventude. A partir dessa constatação, é possível afirmar que o social pode interferir, de forma expressiva, na qualidade da aprendizagem, especialmente se a realidade do aluno não for compreendida pela escola. 
É preciso reconhecer que o país avançou significativamente na assistência aos necessitados, todavia é preciso mais investimento no que é base da desigualdade social. A distribuição de cestas básicas é paliativa para matar a fome e isto é o que muitos governos tem feito, porém é necessário investir na sociedade para que tenha sua fonte de renda gerando meios de subsistência do indivíduo no grupo. Isto é um sistema complexo mais perfeitamente viável dependendo de inciativas públicas onde a educação é mola mestra.
Todos os segmentos da sociedade precisam estar envolvidos na transformação cultural de um povo. As políticas públicas precisam assistir a grupos e entidades que luta contra esta segregação social que se perpetua por todas as nações.
As Políticas Públicas de Educação e o movimento contemporâneo de inclusão escolar no Brasil pressupõem que a educação é um direito de todos os indivíduos, com ou sem deficiência, contribuindo para a possibilidade de escolas democráticas e uma sociedade justa e humana. Para tal, se faz necessário um projeto nacional de desenvolvimento educacional que se volte, sobretudo, para a organização das escolas e para o atendimento à demanda de seus profissionais por formação inicial e continuada para o atendimento da diversidade humana e de aprendizagem dos alunos, considerando suas características individuais, ritmos singulares de aprendizagem e de desenvolvimento social, cognitivo, sensorial e físico. 
Percebe-se então que existe uma distinção entre política e política pública. Mas como definir a primeira expressão que todas as pessoas fazem política, todos os dias, e até consigo mesmas! Isso seria possível na medida em que, diante de conflitos, as pessoas precisam decidir, sejam esses conflitos de caráter social ou pessoal, subjetivo. Socialmente, a política, ou seja, a decisão mediante o choque de interesses desenha as formas de organização dos grupos, sejam eles econômicos, étnicos, de gênero, culturais, religiosos, etc. A organização social é fundamental para que decisões coletivas sejam favoráveis aos interesses do grupo.
Por fim, é importante dizer que os grupos de interesse, organizados socialmente, traçam estratégias políticas para pressionaram o governo a fim de que políticas públicas sejam tomadas em seu favor.
Devendo, para isso, as escolas contemplarem, em seus projetos pedagógicos, o atendimento a essa diversidade, atentando para, dentre outros aspectos, a superação das barreiras arquitetônicas, atitudinais, pedagógicas e à aprendizagem, presentes no cotidiano escolar e da dicotomia ainda existente entre escolas comuns e especiais.
A referida Lei prevê ainda a ressignificação do espaço escolar no tocante a currículos, métodos, técnicas, ou seja, estabelece que se realizem as necessárias adaptações curriculares para assegurar o direito ao atendimento das necessidades educativas especiais dos alunos com deficiência. Está prevista também nessa Lei, a formação dos professores da rede regular de ensino, em prol do acolhimento desses alunos em classes regulares, possibilitando o acesso ao currículo e ao conhecimento necessário para a inclusão de todos.
Admitir a educação inclusiva na atualidade brasileira requer refletir sobre a escola que temos e na escola que queremos. Sobre a escola que temos, faz-se necessário algumas constatações históricas: é segregadora, pois não atende à diversidade humana; educa para a homogeneização; a adaptação; e a reprodução social; desconsidera as diferenças humanas e de aprendizagem; reproduz a lógica da produção capitalista dominante; hierarquiza os alunos pela avaliação e reprovação, dentre outras.
A necessidade de pensar outra escola nunca se fez tão urgente como atualmente, bem como as condições culturais para tal nunca foram tão favoráveis como as que encontramos atualmente, pois percebemos de maneira crescente uma mobilizaçãopor parte da sociedade brasileira reivindicando mudanças na educação de modo a atender à diversidade humana e não mais reproduzir a lógica marginal e excludente ainda presente na maioria de suas escolas públicas.
Ao assistente social, pela sua própria formação, cabe, por exemplo, estabelecer contatos com as famílias e o Conselho Tutelar Regional, bem como promover cursos de capacitação aos pais e professores acerca do Estatuto da Criança e do Adolescente, além de acompanhar e encaminhar problemas mais evidentes de casos sociais.
A atuação interdisciplinar, incluindo nas equipes das escolas o profissional do Serviço Social, pode ser decisiva para as superações de problemas sócio educacionais contemporâneos porque o assistente social, por meio de sua prática, amplia, contribui e está comprometido com a democracia e o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.
A prática profissional do assistente social não está firmada sobre uma única necessidade; sua especificidade está no fato de atuar sobre várias necessidades. Para que esta prática contribua no processo educacional, é preciso que seja crítica e participativa e esteja relacionada com as dimensões estruturais e conjunturais da realidade, ou seja, deve estar no conhecimento da realidade em sua totalidade.
Nesta perspectiva, a educação é uma das atividades básicas de todas as sociedades humanas, pois elas dependem, para sobreviver, da transmissão de sua herança cultural aos mais jovens. Toda sociedade, portanto, utiliza os meios que julga necessários para perpetuar sua herança cultural e treinar os mais jovens nas maneiras de ser e pensar do grupo.
Portanto, a educação visa transmitir ao individuo o patrimônio cultural para integrá-lo na sociedade e nos grupos em que vive. Ela tem por objetivo, portanto, ajustar os indivíduos à sociedade, ao mesmo tempo em que desenvolve suas potencialidades e a própria sociedade. A criança, por exemplo, se torna socializada desde pequena, porque aprende as regras de comportamento do grupo em que nasceu.
A educação é formada por um conjunto de ações, fatores e influências que agem sobre o homem com vistas a prepara-lo para a vida no meio social. Ela visa a formar um homem integral, por isso, envolve o desenvolvimento da personalidade nos aspectos físico, intelectual, afetivo e moral, a fim de prover nos indivíduos as qualidades e capacidades humanas necessárias para a vida em sociedade, ou seja, a sua relação com o mundo (ROSÁRIO; DIEGUEZ, 2009 apud MALASSISE et al., 2013, p. 19).
No sentido mais amplo, educação é um processo de atuação de uma comunidade sobre o desenvolvimento do indivíduo a fim de que ele possa atuar em uma sociedade pronta para a busca da aceitação dos objetivos coletivos. Para tal educação, devemos considerar o homem no Plano físico e intelectual consciente das possibilidades e limitações, capaz de compreender e refletir sobre a realidade do mundo que o cerca, devendo considerar seu papel de transformação social como uma sociedade que supere nos dias atuais a economia e a política, buscando solidariedade entre as pessoas, respeitando as diferenças individuais de cada um.
É por meio da educação que o homem adquire conhecimento, como também transmite o que sabe para outras pessoas, ocorrendo, assim, tanto o processo de aprendizagem quanto o de ensino. Isso significa que ela tem o lado individual, por causa do desenvolvimento da personalidade de cada indivíduo, como também o lado social, pois seu processo sociocultural quase sempre está vinculado a um projeto nacional. A educação pode ser assistemática e sistemática.
A educação, organizada sob a forma de política pública, se constituiu em uma das práticas sociais mais amplamente disseminadas de internalização dos valores hegemônicos na sociedade capitalista. A partir das lutas sociais, em especial da classe trabalhadora pelo reconhecimento de seus direitos sociais, tornou-se também condição importante nos processos de produção de uma consciência própria, autônoma, por parte desta própria classe e de suas frações. Um território disputado pelas classes sociais fundamentais, cujas lutas se expressam em diferentes contornos e processos que a política educacional assumiu ao longo da história. 
Deste modo, compreender a trajetória da política educacional é um esforço que requer mais do que o resgate de uma história marcada por legislações e mudanças institucionais intestinas, mas de suas relações com a dinâmica e as crises da sociedade do capital, a partir de sua singular inscrição nos processos de estabelecimento de consensos e de reprodução da força de trabalho na realidade brasileira.
A educação assistemática, difusa ou informal é a que acontece, no correr da vida diária, pelo aprendizado das tarefas normais de cada grupo social, pela observação do comportamento dos mais velhos, pela convivência entre os membros de uma sociedade. É realizada sem qualquer plano, sem local ou hora determinada. Todas as pessoas, todos os grupos, toda a sociedade participam dessa forma de educação. 
A educação não tem uma fórmula pronta a seguir, a fórmula é criada, desvendada a cada passo em que estimulamos os nossos educandos, estes por sua vez têm seus conhecimentos prévios que devemos levar em consideração para acrescentar nessa “fórmula” do educar, inserir a história da comunidade no currículo da escola para que estas se incluam na educação trazendo assim motivação necessária ao processo de ensino-aprendizagem.
Educação é um processo contínuo que orienta e conduz o indivíduo a novas descobertas a fim de tomar suas próprias decisões, dentro de suas capacidades. Ou seja, educação é o desenvolvimento integral do indivíduo: Corpo, mente, espírito, saúde, emoções, pensamentos, conhecimento, expressão, etc. Tudo em benefício da própria pessoa, e a serviço de seu protagonismo e autonomia. Mas a educação engloba os processos de ensinar e aprender, de ajuste e adaptação. É um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. Enquanto processo de sociabilização, a educação é exercida nos diversos espaços de convívio social, seja para a adequação do indivíduo à sociedade, do indivíduo ao grupo ou dos grupos à sociedade. Nesse sentido, educação coincide com os conceitos de socialização e enculturação, mas não se resume a estes. 
No Brasil, a educação é regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério.
A prática educativa formal - observada em instituições específicas - se dá de forma intencional e com objetivos determinados, como no caso das escolas. No caso específico da educação formal exercida na escola, pode ser definida como Educação Escolar. No caso específico da educação exercida para a utilização dos recursos técnicos e tecnológicos e dos instrumentos e ferramentas de uma determinada comunidade, dá-se o nome de Educação Tecnológica. Em sua integração harmônica e construtiva com toda a sociedade.
As crianças vivem o seu meio a partir de quatro espaços/lugares, os quais são: a família, a escola, os espaços de lazer e os espaços criados por elas próprias. Estes espaços/lugares só fazem sentido para as crianças porque estão associados às relações sociais, pautadas pelas amizades, lutas por poder, negociações, trocas e aprendizagens inter e intra-geracionais.
Cabe destacar que a família aparece como demanda para o Serviço Social quando ocorre algum problema ou conflito na função social, ou seja, quando a família, por um certo motivo, não conseguir cumprir o seu papel.
Deve-se apreender a família do ponto de vista teórico, com um pensamento crítico, desvelado à realidade, analisando as relações de totalidade e, principalmente, considerandoas determinações históricas, para não culpabilizá-la e nem fazer uma psicologização das questões que são sociais. Para se ter uma visão crítica de família, é preciso analisá-la como uma construção histórica. A ação do assistente social deve ser transformadora, buscando a emancipação e o autodesenvolvimento da família. O profissional deve atuar nas demandas, sendo que as mesmas deverão providenciar respostas.
A educação como direito humano é um tema novo do ponto de vista do seu conceito. A literatura trata muito mais do tema da educação para o direito humano e muito pouco sobre o tema da educação como direito humano.
A Declaração de 1948 trouxe ainda inovação, decorrente da afirmação do caráter universal dos direitos humanos: deslocou a prerrogativa de sua formulação e proteção da esfera estatal nacional para o âmbito internacional. Tal perspectiva sem dúvida ampliou as possibilidades de proteção e exigibilidade dos direitos humanos e colocou também para a sociedade civil o desafio de ampliar sua atuação de defesa e proteção dos direitos para além das fronteiras nacionais.
A Constituição Federal, a educação é garantida por lei no Artigo 208 da Constituição Federal de 1988:
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
§ 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
Outro aspecto importante e que fundamenta a educação escolar como um direito humano diz respeito ao fato de que o acesso à educação é em si base para a realização dos outros direitos. Isso quer dizer que o sujeito que passa por processos educativos, particularmente pelo sistema escolar, é normalmente um cidadão que tem melhores condições de realizar e defender os outros direitos humanos (saúde, habitação, meio ambiente, participação política etc). a educação é base constitutiva na formação do ser humano, bem como na defesa e composição dos outros direitos econômicos, sociais e culturais.
No caso do Brasil, o direito à educação escolar há muitos anos está estabelecido em lei, diferentemente de muitos países do terceiro mundo. O que ocorre é que a promulgação do direito à escolarização tradicionalmente se adianta à sua implantação, à sua efetivação.
Pensar a educação como direito humano é reconhecer que a educação escolar implica o envolvimento da escola em toda a ambiência cultural e comunitária em que está inserida. A educação escolar muitas vezes restringe-se aos temas do professor, do currículo, da avaliação, da sala de aula. Essa é uma postura limitante, que nos leva a pensar que a qualidade da educação está restrita apenas aos aspectos relativos à melhoria da capacitação do professor, da produção de materiais, da organização curricular. Outros aspectos devem ser levados em consideração, como o envolvimento da comunidade e as pressões sociais e de natureza cultural que estão presentes na escola.
Por outro lado, as reivindicações dos movimentos sociais no campo educacional em torno da democratização do acesso e das condições de garantia da qualidade da educação pública se confrontavam com versões tecnicistas forjadas em escala global e sintonizadas ao novo vocabulário da hegemonia neoliberal. O Plano Decenal de “Educação para Todos”, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização dos Profissionais do Magistério (FUNDEF) e a proposta governamental de Plano Nacional de Educação (PNE) expressam uma trajetória de acirradas disputas societárias, mas revelam, também, legislações que acabaram sendo elaboradas em consonância com as diretrizes dos organismos multilaterais e com as recomendações e deliberações oriundas de conferências promovidas pelos órgãos de cooperação técnica sobre temas centrais para a condução das políticas públicas. Dentre elas, destacamos: a Conferência Mundial sobre Educação para Todos, também conhecida como a Conferência de Jomtien, em função do local onde foi realizada.
Cresceu a importância reconhecida da lei entre os educadores, porque, como cidadãos, eles se deram conta de que, apesar de tudo, ela é um instrumento viável de luta porque com ela podem-se criar condições mais propícias não só para a democratização da educação, mas também para a socialização de gerações mais iguais e menos injustas.
Não existe atualmente nenhuma carta de direitos que não reconheça o direito à instrução — crescente, de resto, de sociedade para sociedade — primeiro, elementar, depois secundária, e pouco a pouco, até mesmo, universitária. Não me consta que, nas mais conhecidas descrições do estado de natureza, esse direito fosse mencionado. A verdade é que esse direito não fora posto no estado de natureza porque não emergira na sociedade da época em que nasceram as doutrinas jus naturalistas, quando as exigências fundamentais que partiam daquelas sociedades para chegarem aos poderosos da Terra eram principalmente exigências de liberdade em face das Igrejas e dos Estados, e não ainda de outros bens, como o da instrução, que somente uma sociedade mais evoluída econômica e socialmente poderia expressar. (BOBBIO,1992 apud CURY, 2002, p.01).
Em todo o caso, a ligação entre o direito à educação escolar e a democracia terá a legislação como um de seus suportes e invocará o Estado como provedor desse bem, seja para garantir a igualdade de oportunidades, seja para, uma vez mantido esse objetivo, intervir no domínio das desigualdades, que nascem do conflito da distribuição capitalista da riqueza, e progressivamente reduzir as desigualdades. A intervenção tornar-se-á mais concreta quando da associação entre gratuidade e obrigatoriedade, já que a obrigatoriedade é um modo de sobrepor uma função social relevante e imprescindível de uma democracia a um direito civil.
Neste sentido, razões políticas, seja por razões ligadas ao indivíduo, a educação era vista como um canal de acesso aos bens sociais e à luta política e, como tal, um caminho também de emancipação do indivíduo diante da ignorância. Dado este leque de campos atingidos pela educação, ela foi considerada, segundo o ponto de vista dos diferentes grupos sociais ora como síntese dos três direitos assinalados os civis, os políticos e os sociais ora como fazendo parte de cada qual dos três.
O direito à educação parte do reconhecimento de que o saber sistemático é mais do que uma importante herança cultural. Como parte da herança cultural, o cidadão torna-se capaz de se apossar de padrões cognitivos e formativos pelos quais tem maiores possibilidades de participar dos destinos de sua sociedade e colaborar na sua transformação. Ter o domíniode conhecimentos sistemáticos é também um patamar a fim de poder alargar o campo e o horizonte desses e de novos conhecimentos.
O acesso à educação é também um meio de abertura que dá ao indivíduo uma chave de autoconstrução e de se reconhecer como capaz de opções. O direito à educação, nesta medida, é uma oportunidade de crescimento cidadão, um caminho de opções diferenciadas e uma chave de crescente estima de si.
Sendo assim, a vinculação de um ensino de qualidade às práticas de reprovação e exclusão escolares continua penalizando os historicamente excluídos e cria uma falsa ideia sobre a qualidade do ensino. Isso porque se aceita que uma escola de qualidade é aquela que promove apenas os alunos que conseguem galgar níveis de conhecimentos socialmente aceitos, a despeito da atuação da escola e de sua condição de vida. Em relação aos demais, admite-se que, pelos mais diferentes motivos, não são capazes de se apropriar dos conhecimentos e da cultura que são selecionados para serem trabalhados na escola, ficando, portanto, impossibilitados de usufruir o direito à educação.
A educação, como é uma política pública que procura desenvolver o senso crítico do aluno, deve conhecer e respeitar a realidade social, cultural e econômica dos alunos, tendo um conhecimento geral da comunidade na qual o educando encontra-se inserido. Assim, o Serviço Social é inserido na escola com o intuito de contribuir com as ações de inclusão social, de formação da cidadania e emancipação dos sujeitos, para que, juntos, possam trabalhar com a educação, com a consciência, com a oportunidade de que as pessoas tornem-se sujeitos de sua própria história. 
A importância de uma educação de qualidade, que oferece meios para o exercício pleno da cidadania, deveria ser foco de qualquer governo e de qualquer País e não somente interesse de uma classe da sociedade, Segundo Reali (1999), os países de primeiro mundo vêm investindo grandemente para superar os desafios da educação, os governos da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tem buscado oferecer uma aprendizagem mais avançada para toda população, independente do status social.
Estudos pretendem ainda converter a aprendizagem numa atividade que ocorra ao longo da vida, de modo diverso a um modelo que privilegia a sua concentração nos anos da educação básica. Percebe-se que, quando o país se preocupa com a qualidade da educação, não privilegiando somente algumas classes sociais, automaticamente o rendimento acadêmico dos alunos aumentam, consequentemente com o passar dos anos, o nível socioeconômico deste país tende a melhorar.
O contexto familiar, a educação dos pais é de suma importância para o impacto acadêmico dos estudantes, como comentamos anteriormente, entendemos que estes estudos ainda deixaram dúvidas e questões em aberto, que podem e devem continuar a investigação. Porém, através deste estudo concluímos que o caminho para melhorar as condições socioeconômicas de um país é através da Educação e que só se melhora a educação, dando oportunidades de igualdade educacional para todas as classes da sociedade.
No entanto, uma das mais relevantes contribuições que os tempos modernos trouxeram para as políticas educacionais foi à concepção de que a escola deveria ser um direito – ou mesmo obrigação – de todos, fossem ou não membros das elites. Foi COMÊNIO (1592 – 1670), bispo tcheco, o primeiro a desenvolver um pensamento educacional que podemos tratar como verdadeiramente moderno. Propôs um sistema articulado de ensino, reconhecendo o igual direito de todos os homens ao conhecimento, desenvolvido através de uma educação permanente, durante toda a vida humana.
Não obstante, ao mesmo tempo em que tais transformações significaram um grande avanço da humanidade no controle e na previsão da natureza, elas também serviram para unificar o mundo na dinâmica produtiva do capitalismo. 
A ampliação das desigualdades sociais resultantes desse processo (visível na divisão do planeta entre hemisfério norte e hemisfério sul, na divisão dos países entre o urbano e o rural, na divisão do espaço urbano entre o centro e a periferia) e a degradação da natureza em função dos modelos de produção predatórios marcaram o final do século XX e produziram a face do fenômeno designado como globalização.
Entende-se por globalização o fenômeno da unificação dos países do mundo numa mesma agenda econômica, de certo modo imposta a estes pelo controle que um grupo limitado de países (o G-8) exerce sobre o mercado internacional. O que torna os países do G-8 fortes e os permite influenciar as decisões políticas dos demais países é o fato de que todos são muito ricos, concentram sítios produtivos de altíssima tecnologia (portanto, com produção de alto valor agregado), dominam as maiores potências bélicas do planeta e têm como instrumento para propagação de suas decisões a ONU.
A globalização, portanto, ao mudar o desenho político e econômico do mundo, exigiu também a incorporação de novas preocupações e tecnologias na educação. Uma dessas preocupações diz respeito à questão ambiental, fortemente impactada pela degradação e esgotamento dos recursos naturais, pela alteração de paisagens e a destruição de faunas e floras e pelo aviltamento das condições subnormais de vida de milhares de pessoas, em particular nas áreas urbanas. Isso fez surgir, especialmente no último quartel do século XX (pós-1975), uma forte demanda pela educação ambiental.
A integração do mundo inteiro a uma mesma agenda econômica foi possível pela política neoliberal. Neoliberalismo é uma expressão derivada de liberalismo, doutrina de política econômica fundada nos séculos XVIII e XIX que teve como orientação básica a não intervenção do Estado nas relações econômicas, garantindo total liberdade para que os grupos econômicos (proprietários dos meios de produção; burguesia, usando uma definição marxista) pudessem investir a seu modo os seus bens.
2 SERVIÇO SOCIAL E EDUCAÇÃO
A história do Serviço Social na educação está exposta nesse capítulo abordando o surgimento desses profissionais em cumprimento com as políticas educacionais, suas contribuições na área educacional, bem como abordar o papel do assistente social dentro da escola. 
Segundo Campos e David (2010) o Serviço Social surgiu no Brasil na década de 1930 e desde então vem ganhando espaço na sua atuação em diversas áreas e em parcerias com as políticas públicas. 
Há relatos históricos que o Serviço Social surgiu no Brasil, nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Sul em 1946, os quais foram os primeiros a abordarem o Serviço Social Escolar (AMARO, 1997 apud PIANA, 2009b).
De acordo com Piana (2009b) até meados de 1970 o Serviço Social era vinculado como ideologia por subordinação ou como alternativa ao projeto político do Estado em poder vigente.
Contudo, em 1980 os mesmos autores ressaltam que o Movimento de Reconceituação que assegurava a identidade profissional e no término do Serviço Social conservador e tradicional foi que o ambiente educacional tornou-se foco de atuação.
Rossa (2011) destaca que somente a partir de 1990 que houve a implantação das políticas sociais, o qual foi responsável pela conquista do Serviço Social na educação e o aumento da demanda de requisição desses profissionais.
No início do século XX, o serviço social tinha a função prática-interventiva que por meio de várias instituições delimitavam o acesso às necessidades sociais somente as sociedades de baixa renda (PIANA, 2009b).
De acordo com Rossa (2011) em 2001 foi criado o 1° grupo de estudos sobre o Serviço Social na educação no 30° Encontro Nacional do Conselho Federal e Regional de Serviço Social (CFESS/CRESS).
Esses Conselhos CFESS e CRESS são responsáveis pela regulamentação e aplicações das ações sociais na sociedade como um todo.
“O Serviço Social, recentemente, tem sido reconhecido como profissão fundamental na perspectiva curricular da educação e ocupado espaços importantes no processo de execução política educacional” (PIANA,2009b, p. 185-186).
De acordo com Jesus et al. (2004) há três áreas que concentram os serviços sociais: Assistência a família, Educação e Pesquisa. Dentre essas áreas pode-se perceber que as ações educativas são mais priorizadas pelos assistentes por intermédio de orientação, socialização e prevenção.
O trabalho desenvolvido pelo Serviço Social no cenário educacional e em parceria com os profissionais da educação proporcionam transformações sociais na comunidade a qual estão inseridos. 
Mioto (2002) apud Jesus et al. (2004, p. 62) tece que “as ações sócio educativas estão relacionadas às ações que, através de informação, da reflexão ou mesmo da relação, visam provocar mudanças (valores, modos de vida)”.
“Neste contexto, a educação aparece nos serviços com a finalidade da capacitação dos usuários e de seu desenvolvimento como cidadãos e sujeitos dos direitos” (JESUS et al., 2004, p. 62). 
Enfatiza-se que o emprego do Serviço Social é fundamental para a educação, uma vez que necessitamos de escolas adequadas, com espaço físico propício, assistentes sociais e profissionais da educação qualificados (SEVERINO, 1986 apud GERARDI, 2000).
De acordo com Areque e Souza (2009) é importante destacarmos que o Serviço Social na educação tem um papel de extrema relevância, uma vez que intervém em ações práticas relacionadas com diagnósticos sociais, oferecendo alternativas aos problemas vivenciados pelo educando e sua família, o que colabora para o sucesso educacional e social.
Todavia, até recentemente o Serviço Social não alcançava o campo educacional, visto que eram considerados como “congressos internacionais e nacionais que estudavam a profissão em sua aplicação na sociedade para resolver os problemas apresentados dentro de um determinado campo” (VIEIRA, 1977 apud PIANA, 2009b, p. 184).
Segundo Portes et al. (2001) o Serviço Social Contemporâneo apresenta os valores ético-político na finalidade de romper o mito da neutralidade.
O crescimento do Serviço Social na área da educação, frente à nova realidade do projeto ético-político profissional, possibilitou o aumento da demanda dos assistentes sociais e sua inclusão no espaço educacional (ROSSA, 2011). 
Desse modo, essa inserção do Serviço Social na educação coopera de um modo geral, em aspectos positivos para formação dos cidadãos. 
2.1 Contribuição do serviço social para garantir a educação
Para retratarmos das contribuições advindas da prática profissional do assistente social devemos levar em consideração o termo educação e seus conceitos perante o contexto do Serviço Social.
“A educação é imprescindível para que todos os indivíduos tenham acesso à cultura e possam fazer parte do mundo, compreendendo a realidade que se inserem e transformando sua própria historia de vida” (SANTOS, 2012, p. 124).
Segundo a autora, assim como a política pública, a educação estimula o senso-crítico do aluno conhecendo a realidade social vivenciada.
Para Piana (2009b) a educação é uma área nova de atuação do Serviço Social, porém podemos perceber que esses profissionais estão interessados em ingressar na equipe de profissionais da educação nas escolas a fim de por em prática seus conhecimentos teórico-metodológicos. 
A educação é uma das áreas que o Serviço Social atua, segundo Campos e David (2010), e o seu compromisso fundamenta-se no direito que todo cidadão têm de acordo com a Constituição Federal, como também em ações cotidianas de reconhecimento sócio educativo.
De acordo com Piana (2009b) o Serviço Social em sua missão de concretizar os direitos sociais viabiliza a todos o acesso ao ensino e supera as desigualdades sociais.
“O Serviço Social é inserido na escola com o intuito de contribuir com as ações de inclusão social, de formação da cidadania e emancipação dos sujeitos” (SANTOS, 2012, p. 127).
Segundo Gerardi (2000) o Serviço Social está intimamente relacionado com a educação, uma vez que este trabalho em conjunto com a escola proporciona o processo de aprendizagem quando utilizada as ferramentas ideias para viabilizar a qualidade de vida das crianças e das famílias.
De acordo com Lopes et al. (2007) apesar da escola ser uma das principais ferramentas sociais precisamos contar com o apoio dos assistentes sociais, que ainda se apresentam em pequena escala e timidez perante o campo educacional.
O espaço do Serviço Social no cenário escolar vem crescendo gradativamente, mesmo com poucos avanços “torna-se evidente cada vez mais que é importante e fundamental a intervenção desses profissionais na política educacional e na proposta pedagógica que se insere a escola...” (ALESSANDRINI, 2001 apud PIANA, 2009b, p. 200).
“Verifica-se que o assistente social é requisitado para atuar na política educacional devido à dinâmica social posta pelo capitalismo (mudanças trabalhistas e culturais) e não unicamente pelo desejo da categoria profissional em conquistar novos espaços de trabalho” (ROSSA, 2001, p. 15).
Para Rossa (2011) o assistente social que atua na política educacional tem como dever assegurar o acesso dos direitos das crianças e família em suas expressões de “questão social”.
Dessa forma, Piana (2009b) destaca que o Serviço Social contribui para a efetivação do direito a educação:
Mediante essa realidade é que o Serviço Social é uma profissão que vem construindo há 7 décadas de existência no Brasil e no mundo; com seu caráter sociopolítico, crítico e interventivo, tem ampliado a ação em todos os espaços que ocorrem as diversas refrações de questão social... (PIANA, 2009b, p.186).
Segundo Santos (2012) os objetos de trabalho desses profissionais se baseiam nas necessidades sociais de modo a intervir nas expressões da “questão social”.
A complexidade das manifestações dessa “questão social” está fragmentada nas estratégias de resolução dos problemas das classes políticas sociais (ALMEIDA, 2003 apud ROSSA, 2011). 
De acordo com Rossa (2011) as políticas sociais estão divididas em saúde, educação e assistência social, as quais apresentam dificuldades para a realização dos direitos sociais e construção de uma nova realidade social.
Segundo Portes et al. (2001) a prática profissional tem como pretensão a ética requisito transformador dos problemas sociais, inserida no contexto histórico, da realidade social vivenciada.
Campos e David (2010) alegam que o Serviço Social é um método pelo qual os assistentes sociais com base no Código de Ética e princípios de defesa aos direitos humanos promove um fortalecimento dos laços entre a escola, à família e a comunidade, através da sua atuação profissional.
“O profissional do Serviço Social possui competências dispostas em seu Código de ética – (CFESS Resolução 273/93) para planejar, propor, elaborar e executar projetos sociais em defesa do respeito e diversidade, fortalecimento da cidadania e democracia” (ROSSA, 2011, p. 15).
Segundo Gerardi (2000, p. 51) “cabe ao Serviço Social na área da educação propiciar o acesso, a frequência e viabilizar melhoria de condições de vida imprescindíveis ao bom desempenho escolar”.
O Serviço Social no âmbito educacional possibilita realizar análises sociais indicando soluções para a problemática social vivenciada por crianças e adolescentes, o que resultará em um bom desempenho na sua vida escolar (CAMILO e CORDEIRO, 2005 apud CAMPOS e DAVID, 2010).
O Serviço Social tende a contribuir com grandes avanços na área da educação, porém Gerardi (2000) afirma que:
[...] é utópico pensarmos que o Serviço Social poderia solucionar todos os problemas de âmbito educacional, mas é prudente afirmar que o Serviço Social tem condições para colaborar com a melhoria do sistema educacional, por meio da atuação direta na escola e também via planejamento social de programas de auxílio familiar visando o combate à exclusão social... (GERARDI, 2000, p. 54).
Para Lopes et al. (2007) o assistente social na educação colabora na identificação dos fatores sociais, culturais e econômicos que influenciam o ambiente escolar resultando em evasão escolar, baixo rendimento, agressividade, entre outros.[...] a contribuição do Serviço Social consiste em identificar os fatores sociais, culturais e econômicos que mais afligem o campo educacional no atual contexto, tais como: evasão escolar, o baixo rendimento escolar, atitudes e comportamentos agressivos de risco, etc (CFESS, 2001 apud CAMPOS e DAVID, 2010, p. 278).
Desse modo, Areque e Souza (2009) garantem que o Serviço Social contribui de uma maneira especial na prática profissional dos assistentes sociais que atuam no ambiente escolar unificando conhecimentos em parcerias com os demais profissionais da educação contra a evasão escolar, bem como outras questões que atinge as escolas como um todo.
A contribuição da ação social para a educação, segundo Santos (2012) é no sentido de ajudar e solucionar os problemas sociais que atrapalham o desenvolvimento escolar do aluno, como a violência, faltas frequentes, drogas, brigas familiares, etc.
O Serviço Social é uma profissão requisitada socialmente a partir do desenvolvimento da divisão social e técnica do trabalho, no capitalismo em sua fase monopolista. São trabalhadores chamados a atuar sobre as sequelas criadas pela apropriação desigual dos bens gerados pela humanidade e sobre as consequências da exploração da força de trabalho, fatos que permitem que grandes faixas populacionais fiquem à margem dos processos civilizatórios.
As políticas públicas são o campo principal de intervenção profissional: "O assistente social é o agente de implementação da política pública”. Cujo fazer profissional se faz, portanto, sobre as consequências de um modelo de acumulação explorador e degradante das relações sociais, da força de trabalho e da natureza, que se concretiza na desigualdade em suas diferentes faces: pobreza, adoecimento, violência, abandono, desinformação, alienação, sofrimento mental, entre tantas outras.
Desde 2008, o Conselho Federal de Serviço Social - CFESS acompanha a tramitação dos Projetos de Lei (PLs) na Câmara dos Deputados e no Senado que envolve o Serviço Social e o/a assistente social. Além disso, tem se reunido com os parlamentares relatores/autores dos Projetos e mobilizado os CRESS e os/as assistentes sociais para reforçar os posicionamentos da categoria.
Outra estratégia indispensável a compor o processo de trabalho do assistente social na Educação consiste na articulação com a rede social. 
O conhecimento acerca dos recursos existentes e da realidade da região em que se situa a escola se constitui numa ação basilar do trabalho profissional nesse espaço, com vistas ao levantamento de alternativas para atendimento às necessidades sociais de alunos e suas famílias, bem como para inserção nas construções coletivas de fomento às políticas públicas e sociais da região. Desse modo, o assistente social acaba, também por favorecer a aproximação da escola com a comunidade, tornando-a mais presente e participativa no meio social em que atua.
Os Educadores e Assistentes Sociais compartilham desafios semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social.
A contribuição do fazer profissional do Serviço Social aos profissionais da Educação é no sentido de auxiliar e facilitar o enfrentamento de questões sociais, as quais dificultam na aprendizagem do aluno, tais como violência, infrequência na escola, drogadição, desavenças familiares, entre outras questões.
O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social. 
O Assistente Social, por meio de sua dimensão educativa, tem um eminente envolvimento com os processos sociais em curso, com vistas a uma nova preeminência da política educacional e sua institucionalização. São lutas voltadas ao combate ao analfabetismo, a educação gratuita e de qualidade enquanto uma política pública universal. A dimensão educativa do profissional de Serviço Social já é manifestada em outras áreas, como a Assistência Social, que culmina para a participação, por isso que essa dimensão e sua inserção no espaço da escola não é algo absolutamente desconhecido.
Em seu agir profissional, o assistente social depara-se com problemas que envolvem atitudes, valores e comportamentos daqueles com os quais trabalha em seu cotidiano, exigindo-lhe que tome decisões que levem em conta a situação social, cultural e econômica em que está inserido o estudante, assim como os seus próprios valores, hábitos e atitudes.
A articulação entre as famílias e a escola é uma das tarefas primordiais do assistente social, desenvolvendo contatos com os pais e responsáveis, a fim de estreitar os vínculos destes com a instituição educacional e reforçar o senso de responsabilidade destes pelo desenvolvimento e pela aprendizagem dos filhos. A partir do conhecimento de dinâmicas de grupo, o assistente social pode facilitar o fluxo de demandas, críticas, sugestões, provenientes das famílias, coletar dados e informações para subsidiar as reflexões dos professores e da coordenação pedagógica. Esse trabalho deveria ser concebido e executado de comum acordo entre o assistente social e a implementação de ações que se complementem.
Sendo o contexto escolar uma espécie de micro sociedade, contendo, em seu meio, as marcas dos conflitos de interesses, expressões de necessidades, além do corporativismo que (de)marca as relações sociais na escola, torna-se necessário, ao assistente social, compreender essas disputas e intervir no processo, não no sentido de buscar anular esses conflitos, mas, muito mais, no sentido de contribuir para (des)velar as suas raízes e explicitá-las nas reuniões pedagógicas como parte inerente daquele grupo.
No Brasil, a inserção do Serviço Social no espaço da escola se deu, mesmo que timidamente, ainda na década de 1930. Onde o Governo do Estado de Pernambuco promulgou um ato, nessa época, no qual determinava que as Assistentes Sociais eram “agentes de ligação entre o lar e a escola”. Era competência do Serviço Social atuar nas relações sociais no que se refere à sociabilidade das famílias com baixa renda e cuidados relacionados à moral, buscando adequá-los aos padrões comportamentais vinculados aos valores dominantes. O Serviço Social na Escola, implementado nos Estados Unidos em 1907, influenciou consideravelmente a prática do Serviço Social brasileiro, nesse espaço. O método adotado na época era o de Serviço Social de Caso, efetuado com pais e alunos.
Por fim, as matérias são: Projeto de Lei Da Câmara (PLC) 060/2007, que dispõe sobre a inserção de assistentes sociais e psicólogos nas escolas públicas de educação básica; PL 3077/2008, que dispõe sobre a organização da Assistência Social; PL 4022/2008, que dispõe sobre um piso salarial de assistentes sociais; PL 3145/2008, que trata de regras na contratação de assistentes sociais; PL 3150/2008, que dispõe sobre condições de trabalho de assistentes sociais; PLC 122/2006, que criminaliza a homofobia; e Projeto de Lei Complementar 92/2007, que institui as Fundações Públicas de Direito Privado na Saúde.
Portanto em 2012 o Congresso Nacional decreta:
Art. 1º - Todas as Escolas Publicas, Entidades Filantrópicas, OSCIPs e Fundações, cuja atividade principal seja o provimento da educação, ficam obrigadas a manterem o serviço social escolar.
Parágrafo Único - Compete ao Serviço Social escolar:
I – Efetuar levantamento de natureza socioeconômica e familiar para caracterização da população escolar;
II – Elaborar e executar programas de natureza sócio familiar, visando a prevenção da evasão escolar e a melhoria do desempenho do aluno;
III – Integrar o Serviço Social Escolar a um sistema de proteção social amplo, operando de forma articulada outrosbenefícios e serviços sócio assistenciais, voltados aos pais e alunos no âmbito da educação em especial, e no conjunto das demais políticas sociais, instituições privadas e organizações comunitárias locais, para atendimento de suas necessidades;
IV – Coordenar os programas assistenciais já existentes na instituição;
V – Realizar visitar domiciliares com o objetivo de ampliar o conhecimento acerca da realidade sócio familiar do aluno, possibilitando assisti-lo adequadamente;
VI - Participar em equipe multidisciplinar, da elaboração de programas que visem prevenir a violência, o uso de drogas e o alcoolismo, bem como o esclarecimento sobre doenças infectocontagiosas e demais questões de saúde pública;
VII – Elaborar e desenvolver programas específicos nas escolas onde existam alunos egressos das classes especiais;
VIII – Empreender outras atividades pertinentes às prerrogativas inerentes ao profissional assistente social, não especificadas neste artigo;
Art. 2° - O Serviço Social Escolar será exercido por profissionais habilitados nos termos da Lei Federal nº 8.662, de 07 de Junho de 1993, observado as seguintes condições:
§1º - Nas instituições de ensino público os profissionais de Serviço Social exercerão suas atividades em cargo público efetivo com provimento exclusivo através de concurso público;
§2º - Nas Entidades Filantrópicas, OSCIPs e Fundações, a contratação dos profissionais de Serviço Social deverá ser proporcional ao número de alunos assistidos.
Art. 3º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Neste sentido, a escola é a reprodução social das classes, ou seja, é uma instituição onde se deve elaborar o conhecimento e os valores sociais dos sujeitos. E, mais que isso, a escola deve ser capaz de preparar os indivíduos para a vida em sociedade. Dá-se, nessa perspectiva, a importância do trabalho com grupos de famílias no contexto escolar, a fim de fortalecer e encaminhar para a sociedade, não somente as crianças e adolescentes, como também seus pais.
Na contemporaneidade, inúmeros têm sido os desafios do nosso cotidiano profissional: atuar em políticas públicas precarizadas e subfinanciadas, muitas vezes com vínculos de trabalho precários e com baixa remuneração, atendendo a usuários que experimentam em seu cotidiano as consequências dramáticas das desigualdades sociais que marcam nosso país e que possuem impactos objetivos e subjetivos intensos em suas vidas.
A escola pública, enquanto um espaço sócio-ocupacional do Assistente Social, deve sim contar com os dispositivos legais a fim de garantir tal prática. Na escola, tanto pública quanto privada, as contradições da sociedade são expressas de forma mais intensa. Por exemplo, precarização das condições de trabalho dos docentes; gravidez na adolescência; existência de vítimas de violências (física, psicológica, sexual, negligência); expansão do voluntariado no campo educacional e a consequente desprofissionalização daqueles que atual nas escolas; dependência química; prática do narcotráfico no ambiente escolar; insubordinação dos alunos aos limites e regras da escola; perda do atrativo da educação como um meio de ascensão social e demais situações de vulnerabilidade social. (GONÇALVES; SILVA, 2011,p.2).
Cabe então dizer que se o objeto de atuação da profissão fosse mesmo a ação social da classe oprimida, como pensavam os formuladores dos resultados da nossa intervenção ficariam totalmente submetidos à ação social dessa classe. Assim, ao longo dos anos a profissão foi se redefinindo, e hoje as diretrizes curriculares do curso de Serviço Social apontam como objeto de atuação da profissão as expressões da "questão social", onde se intervém na perspectiva da viabilização de direitos sociais.
Nesta área, o assistente social tem estado mais recentemente atuando no âmbito da garantia do acesso, da permanência e da valorização da gestão democrática, bem como na execução de programas sociais incorporados ou associados às instituições educacionais (como o Programa Bolsa Família, 18 as cotas nas universidades, a assistência estudantil voltada para diversos segmentos de alunos, as ações formativas no contra turno escolar, a dinamização dos debates sobre temas transversais trabalhados na escola, por exemplo). 
O trabalho desenvolvido pelo Serviço Social Escolar (assim intitulado) integrava a equipe multidisciplinar juntamente com psicólogos e professores. O objetivo era atender os alunos com problemas de aprendizagem. A tendência do Serviço Social era atender as dificuldades de caráter individual e familiar, configurados como problemas sociais, apresentados no espaço escolar.
A ação do assistente social deve ocorrer em parceria com o Orientador Educacional, Pedagogo e professores, em um trabalho interdisciplinar, focando os estudantes e seus familiares, isto é, a tríade escola-família-comunidade. A prática profissional deve ter por finalidade a busca de alternativas para os diversos problemas que se manifestam cotidianamente nas instituições escolares, já citados acima: desmotivação, gravidez, agressividade, evasão, repetência, violência. (GONÇALVES; SILVA, 2011, p. 7294).
Com base em experiência profissional foi acrescentado que também seja, importante o papel na construção de análises mais totalizantes em torno das expressões da questão social nos espaços educacionais, de modo a problematizar a percepção dos atores que ali atuam e formam sobre a família contemporânea, sobre as condições de aprendizado dos estudantes, suas condições de vida e trabalho, sua percepção sobre a escola e suas condições de permanência (e identificação) neste ambiente.
As políticas educacionais, neste contexto, serão aliadas fundamentais no projeto de tornar os pobres mais produtivos e integráveis à lógica do capital. Tais ações terão forte conteúdo moral, sendo reveladoras de uma nova pedagogia instaurada para a manutenção da ordem hegemônica do capital (Neves, 2005), formada por uma ética baseada no mercado, no consumo, na competitividade, na individualidade e na produtividade.
A escola pública terá importante destaque neste processo, despontando como locus importante de abordagem dos pobres - prática bastante comum nos países centrais desde a década de 1960 (Connel, 1995) -, constituindo-se em uma das instituições principais no trato da questão. Para os mais pobres, as políticas educacionais serão organizadas de modo a tornar o aprendizado mais acessível, sem grandes exigências, palatável, produtivista, independentemente da qualidade e do aligeiramento da formação. (LESSA, 2003, p. 01).
É importante ressaltar que o profissional de Serviço Social, inserido na escola, não desenvolve ações que substituem aquelas desempenhadas por profissionais tradicionais da área de Educação. Sua contribuição se concretiza no sentido de subsidiar, auxiliar a escola, e seus demais profissionais, no enfrentamento de questões que integram a pauta da formação e do fazer profissional do Assistente Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como intervir. 
O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma atividade veiculadora de informações, trabalhando em consciências, com a linguagem que é a relação social, que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho de articulação e operacionalização, de interação de equipe, de busca de estratégias de proposição e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade e coletividade humana e o real sentido da apreensão e participação do saber, do conhecimento.
Nesse sentido, a contribuição que o Assistente Social tem a oferecer dá-se também na atuação em equipes interdisciplinares, no âmbito das quais, os distintos saberes, vinculados às distintas formações profissionais, possibilitam uma visão mais ampliada, e compreensões mais consistentes em torno dos mesmos processos sociais. Assim, o profissional do Serviço Socialpode articular propostas de ações efetivas, a partir do resgate da visão de integralidade humana e do real significado histórico-social do conhecimento. Para Amaro (1997), a interdisciplinaridade, no contexto escolar, representa estágios de superação do pensar fragmentado e disciplinar, resultando-se na ideia de complementaridade recíproca entre as áreas e seus respectivos saberes. (SANTOS, ca...2013, p.01).
2.2 O assistente social
Nesta seção iremos abordar as características da profissão social de acordo com suas diretrizes e regulamentações impostas para a prática profissional.
O assistente social é o profissional do Serviço Social que realiza “Programas de orientações e apoio sócios familiares” por meio de atendimentos individuais, trabalhos em grupos, visitas domiciliares e encaminhamentos para os recursos da comunidade (CAMPOS e DAVID, 2010, p. 277).
Segundo Piana (2009b) os assistentes sociais têm por objetivo atender alunos com dificuldades de aprendizagem de caráter individual ou familiar designados de ordens sociais observados na escola.
Para a mesma autora, a prática profissional do assistente social está fundamentada em novas Diretrizes Curriculares, pois buscam solucionar com flexibilidade as demandas de teoria social a fim de atingir a universalidade, particularidade e singularidade.
De acordo com o Conselho Regional de Serviço Social – CRESS (2013) a profissão do assistente social é regulamentada pela Lei n° 8662/93, contando com o apoio do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).
São diversas às áreas de atuação desse profissional, assim podemos citar:
De modo geral, as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social se ocupam de problemáticas relacionadas à: crianças moradoras de rua, em trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco social, com deficiências, sem família, drogadictas, internadas, doentes; adultos desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências; idosos asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados, doentes; minorias étnicas e demais expressões da questão social (CRESS, 2013).
O campo de atuação dos assistentes sociais englobam as políticas sociais, o que por sua vez torna-se foco teórico e político para a execução dessa profissão (ALMEIDA, 2003 apud ROSSA, 2011).
De acordo com Piana (2009b) os assistentes sociais devem atuar para avaliar e indicar alternativas para solucionarmos os problemas voltados aos fatores sociais, políticos, econômicos e sociais que intervém no processo educativo.
Desse modo, iremos abordar as atribuições dos assistentes sociais dentro do contexto educacional.
2.2.1 O assistente social no âmbito escolar
De acordo com as definições da profissão do assistente social citado acima iremos demonstrar a relação desse profissional para com a educação.
Segundo Nozawa et al. (2009) os assistentes sociais exercem um papel fundamental na educação e em ações sociais, visto que esses profissionais carregam uma bagagem teórica, metodológica, técnica e operativa capaz de perceber criticamente os problemas de cada criança buscando soluções para seu desenvolvimento social.
Piana (2009b) afirma que atualmente as escolas são os locais de atuação mais importantes para os assistentes sociais, uma vez que é um espaço de inclusão social que oferece universalidade para com a participação da comunidade no seu processo de organização e funcionamento. 
Santos (2012) destaca que a escola é definida como um “espaço social formadora do conhecimento humano”, o qual trabalha a realidade social do aluno.
A escola é um ambiente social e pedagógico que tem por finalidade ensinar a democracia e prevenir contra a violência. Esse espaço escolar proporciona um aprendizado a partir de troca de experiências, onde o aluno aprenderia a se colocar nas situações reais a fim de resolvê-las coletivamente (CAMPOS e DAVID, 2010).
Todavia, podemos perceber que os altos índices de evasão escolar vêm se tornando uma problemática educacional.
De acordo com Areque e Souza (2009) para solucionarmos esse desafio, de alunos que se distanciam da escola, os assistentes sociais com sua formação, capacitações técnicas, teóricas e metodológicas contribuem para enfrentar essa questão que aflige as escolas nos últimos tempos. 
[...] a evasão escolar que vem se tornando num grande desafio que acaba por extrapolar as ações dos professores, pedagogos e gestores, mostrando a necessidade de outros profissionais integrarem a equipe na luta pela prevenção e resgate dos alunos que se afastam da escola (AREQUE e SOUZA, 2009, p. 104).
Contudo, os assistentes sociais podem capacitar os profissionais e funcionários da escola, que em conjunto podem ajudar na obtenção da “relação educador, criança e aprendizagem” (NOZAWA et al., 2009, p. 6).
De acordo com Areque e Souza (2009) essa parceria entre os profissionais do Serviço Social, professores gestores e pedagogos através de um trabalho interdisciplinar proporcionam uma medida restauradora para colocarmos os alunos de volta a escola.
Assim, esse trabalho em equipe para Nozawa et al. (2009) proporciona resultados positivos como uma relação de respeito e um melhor rendimento no âmbito escolar.
Para Santos (2012) o assistente social realiza uma tarefa “veiculadora de informações” que em parceria com uma equipe interdisciplinar proporciona um trabalho de articulação e operacionalização na realidade social.
A atenção do assistente social não deve estar somente voltada para as dificuldades escolares, mas também as de ordens socioeconômicas, familiar, etc (AMARO et al., 1997 apud GERARDI, 2000).
Segundo Gerardi (2000) os assistentes sociais não devem somente se ater aos problemas de aprendizagem, mas também aos aspectos de socialização, de sexualidade, de familiarização, etc. Pois, muitas vezes a exclusão escolar não ocorre apenas pela dificuldade em aprendizagem, mas por outros aspectos problemáticos na vida dos alunos.
Os assistentes sociais podem auxiliar os alunos com base na identificação de problemas de comportamentos, sob as maneiras de evasão, reprova, dificuldade de relacionamento interno, desmotivação para tarefas escolares, cujas quais podem estar correlacionadas com a falta de apoio e/ou atenção da família, ao local de moradia e a ausência de educação dos próprios pais (CAMPOS e DAVID, 2010).
De acordo com Rossa (2011) o assistente social deve conhecer a dinâmica dos alunos, da escola e da família como um todo, de modo que compreenda a realidade social para atender e intervir de modo restaurador.
Se os assistentes sociais se dedicam a solucionar tais problemas indiretamente também resolve os problemas de escolarização, despertando o interesse da criança as atividades escolares, uma vez que foram resolvidos os problemas sociais e econômicos a sua volta (GERARDI, 2000).
Dessa forma, Nozawa et al. (2009) afirmam que os assistentes sociais contribuem significativamente no trabalho com as crianças tanto no contexto escolar como social. 
Areque e Souza (2009) apresentam as funções atribuídas dos assistentes sociais que competem em:
[...] realizar diagnóstico dos problemas sociais de forma a propor alternativas para saná-los e melhor conhecer a realidade sócio-econômica para uma ação interventiva de forma bem mais adequada, realizar trabalhos preventivos contra a evasão escolar, violência, drogas, direitos sociais, entre outras temáticas, envolver a família no processo educativo do aluno através de encontros de orientação sócio-familiar, possibilitar a inserção de famílias necessitadas economicamente em programas de assistência, informando o acesso desses serviços, assim como através de sua articulação proporcionar o devido encaminhamento (CFESS, 2001 apud AREQUE e SOUZA, 2009, p. 106).
Segundo Nozawa et al. (2009) o assistente social atua para a construção da cidadania através

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