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Tuberculose e HIV

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Tuberculose e HIV 2018| Ana Fabyolla 
 
TUBERCULOSE E HIV 
 
A tuberculose é uma infecção altamente prevalente entre as pessoas que vivem com HIV e por conta 
disso, deve ser investigada em todas as oportunidades de atendimento às pessoas vivendo com HIV. 
Também é necessário realizar teste para HIV em todas as pessoas com diagnóstico de tuberculose. 
A tuberculose é a doença infecciosa de maior mortalidade entre as PVHIV e em todas as consultas 
das PVHIV que estão tendo acompanhamento clínico, deve-se investigar a doença questionando-se a 
presença de um dos quatro sintomas: febre, tosse, sudorese noturna e emagrecimento. Na presença de 
qualquer um desses sintomas, a TB ativa deve ser investigada! 
 É importante também iniciar rapidamente o uso de ARV nas PVHIV para a prevenção da TB, já que 
isso diminui a incidência de TB nessa população. 
Em pacientes com imunossupressão grave, as formas extrapulmonares e disseminadas devem ser 
investigadas 
Diagnóstico 
✓ Teste rápido molecular para TB : método em que é possível detectar o Mycobacterium tuberculosis e 
sua resistência á rifampicina. Serve tanto para as formas pulmonares ( escarro) quanto para as 
extrapulmonares → materiais que podem ser usados: escarro, lavado gástrico e broncoalveolar, 
aspirados de gânglio e líquor. É um método validade para o diagnóstico; 
✓ Baciloscopia: Método para controle. Consegue identificar bacilos viáveis e inviáveis. 
Materiais→escarro, tecido, liquido pleural, líquido pericárdico, lavado broncoalveolar, urina; 
✓ Cultura: escarro, tecido, líquido pleural, líquido pericárdico, urina. 
Recomenda-se realizar cultura para o Mycobacterium tuberculosis com teste de sensibilidade! 
Para excluir ou identificar outros diagnósticos diferenciais, recomenda-se solicitar na(s) amostra(s) 
coletada(s) : 
> Exame direto e cultura para fungos; 
> Cultura para outras micobactérias; 
> Exame histopatológico de amostras de tecidos 
 
TRATAMENTO DA INFECÇÃO LATENTE TUBERCULOSA: reduz o risco para a progressão da doença 
Quando fazer? 
✓ Prova tuberculínica positiva ( maior ou igual a 5mm); 
✓ Caso não seja possível a realização da PT, considerar o tratamento se: houver risco epidemiológico 
acrescido ( presídios, albergues); CD4< 350 células/mm3; paciente sem TARV ou em TARV mas com 
falha virológica (pode-se também, em caso de ausência dessas situações, considerar o tratamento 
mesmo sem a PT pensando nos benefícios da estratégia); 
✓ O tratamento pode ser feito com Isoniazida ou Rifampicina. 
 
TRATAMENTO DOS PACIENTES COINFECTADOS 
A TARV é recomendada para todos os pacientes coinfectdos, independente da forma da tuberculose! 
 
Quando iniciar a TARV? 
✓ Pacientes com LT-CD4+ < 50 céls/mm3 ou com sinais de imunodeficiência avançada: iniciar TARV 
dentro de 2 semanas após o início do tratamento para TB; 
✓ Demais pacientes: iniciar TARV na 8ª semana do tratamento para TB; 
✓ TB meníngea: o início precoce da TARV não muda o prognóstico da doença, além de estar envolvido 
com efeitos adversos que põem a vida do paciente em risco, por tanto, independente da contagem 
do CD4, deve-se iniciar a TARV após a fase intensiva do tratamento da TB, ou seja, após 2 meses. 
✓ Paciente em uso de TARV e diagnosticado com TB: iniciar o tratamento para TB e, se necessário, 
adequar os ARV para o paciente em específico. 
Tuberculose e HIV 2018| Ana Fabyolla 
 
 
Como é feito o tratamento? 
 
 
RHZE : Rifampicina (R) , Isoniazida( H), Pirazinamida ( P) e Etambutol (E), nos primeiros 2 meses, que 
é a fase intensiva, em doses fixas combinadas ( 4 em 1) 
4 meses de Rifampicina e Isoniazida, que é a fase de manutenção, totalizando 6 meses de tratamento 
 
 
➢ No caso do tratamento para TB meníngea e osteoarticular, a fase de manutenção dura 10 meses; 
➢ Em caso de contraindicação ao uso da Rifampicina, a Rifabutina pode ser uma segunda escolha, mas 
seu uso não permite o esquema de doses fixas combinadas. Esta substituição é indicada quando é 
necessário associar ou manter o Inibidor de protease com reforço de Ritonavir ( IP/r) no esquema 
ARV. 
 
SINDROME INFLAMATÓRIA DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE ( SIR) 
Pode ocorrer em pacientes coinfectados que iniciam a TARV e é relativamente comum. A SIR pode levar a 
uma resposta inflamatória exacerbada a qual estimula a formação de granulomas resultando no 
agravamento de lesões pré existentes ou aparecimentos de novos sinas e sintomas ou achados radiológicos 
de novas lesões. Tratamento da SIR: corticoterapia ( prednisona) e não há indicação para interromper a 
TARV ou o tratamento para TB para obter melhora da SIR. 
É necessário ressaltar que não se deve iniciar o tratamento da TB e a TARV concomitantemente, 
objetivando assim evitar o risco de toxicidade. 
 
 
 
Referências 
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e diretrizes terapêuticas para o manejo da infecção pelo HIV 
em adultos. Brasília, 2017.

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