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Direito Ética NP2 UNIP SJC

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-Estudo da advocacia.
Princípio de legalidade da profissão do advogado:
- Art 5º inciso XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer
De acordo com a lei do Art 133 - O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Origem da advocacia 
O berço da advocacia foi a Grécia Antiga
O termo “advogado” surgiu no Império Romano do Ocidente.
OAB surgiu em 1930, antes era Ordem dos Advogados Brasileiros
Atividade Advocatícia
Com base no Art 1º da lei 8906/94, São atividades privativas de advocacia:
I - a postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais;        (Vide ADIN 1.127-8)
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.
§ 1º Não se inclui na atividade privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou tribunal.
§ 2º Os atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados.
§ 3º É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade.
Causas em que o advogado é dispensável;
-HC
-Em causas de até 20 salários mínimos no Juizado Especial Cível 
-Transação cível (troca a pena por dinheiro)
-Justiça Trabalhista em 1º Instância
-Microempresas não precisam ter advogado registrado.
O advogado deve sempre tentar buscar soluções pacíficas para os conflitos, evitando a interposição de Lides Temerárias.
Lides Temerárias: Incentivar a provocação desnecessária do judiciário, provocar o judiciário sem chances de ganhar a causa, apenas para pegar o cliente.
Consultoria: É o oferecimento de assistência técnica quanto ao conteúdo dogmático do fato
Assessoria: É o acompanhamento físico do cliente, junto a ritos.
PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO 
Art 8º do estatuto, para inscrição como advogado é necessário:
I -capacidade civil;
.Incapaz maior de 16 e menor de 18 anos.
.Não pode ter deficiência mental que atrapalhe o discernimento da pratica
.Precisa ter capacidade de exprimir sua vontade
.Ter desenvolvimento mental completo 
II -diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada;
. Diploma ou certificado de colação de grau, reconhecido pelo MEC
 III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro;
 
IV -aprovação em Exame de Ordem;
V - não exercer atividade incompatível com a advocacia;
Art 27 a 30 do capitulo VIII do estatuto 
Ex: Não pode ser policial civil em atividade, oficial de justiça, presidente.
VI - idoneidade moral;
Antecedentes criminais 
VII -prestar compromisso perante o conselho
Fazer o juramento 
 Art 133 da CF: O advogado é indispensável à administração da justiça sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Amplitude do exercício profissional 
Art 3º “O exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).”
- Conforme citado, é obrigatório nas placas de escritório, cartão pessoal ou peças a presença do nome do advogado, a palavra ADVOGADO e o número de inscrição na OAB.
Inscrição na OAB
“Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral. § 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado”
Fala sobre onde o advogado vai atuar, o domicílio profissional com o qual ele possui vínculo jurídico deve ser escolhido no ato da inscrição. Existem 27 entes federativos (26 estados + DF). Se for atuar em SP, se inscreve na OAB de SP, porém ele pode atuar em 5 casos em outros Estados brasileiros, se for mais de 5 casos ele deve solicitar uma inscrição suplementar.
Cancelamento da inscrição na OAB
Esse processo de cancelamento uma vez iniciado, deve ir até o final, não pode cancelar o cancelamento 
Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que:
 I - assim o requerer; O titular da inscrição deve requerer o cancelamento. Não se permite fazê-lo por intermédio de terceiros ou procuração.
 II - sofrer penalidade de exclusão; 
O Estatuto da OAB discorre sobre as causas de exclusão no artigo 38: 
✓ Três penas de suspensão (causas da suspensão: artigo 34, incisos 17 a 25);
 ✓ Artigo 34, incisos 26, 27 e 28: 
XXVI - fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição na OAB;
 XXVII - tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
XXVIII - praticar crime infamante; 
III - falecer; 
O cancelamento ocorrerá de ofício ou a partir da solicitação dos sucessores (herdeiros). 
IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; 
Exemplo: aprovação em concurso para magistratura (juiz). Após a aposentadoria, pode-se requerer nova inscrição. 
V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. Os requisitos estão presentes no artigo 8º. 
Exemplo: perda da capacidade civil.
Licenciamento da OAB
Não há desvinculação, quebras entre profissional e entidade que o representa. Diferentemente do cancelamento, deve ser motivado. Enseja pausa no pagamento da anuidade. Não há prazo legal para a licença, apenas administrativo: o tempo que durar o motivo do afastamento. O Estatuto da OAB discorre sobre o assunto em seu artigo 12. 
Art. 12. Licencia-se o profissional que: 
I - assim o requerer, por motivo justificado;
 II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; 
III - sofrer doença mental considerada curável.
Hierarquia na OAB
Art 45 
I – O conselho Federal
II – os Conselhos Seccionais
III – as Subseções; SJC possui a 36º subseção da OAB, q responde ao Conselho Seccional de SP
IV – as Caixas de Assistência dos Advogados.
Atividade postulatória e prova em juízo
Trata-se da procuração, obrigatória para a atuação do advogado em juízo. Há casos especiais que não exigem procuração imediata: casos emergenciais ou nomeação ad judicia (evitar preclusão – perda de prazos). 
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato.
 § 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de quinze dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam poderes especiais.
 § 3º O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os dez dias seguintes à notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do término desse prazo. 
Não há prazo de validade para o vínculo advogado e cliente. Para ocorrer a desvinculação, o advogado deve desistir do cliente ou substabelecer sua representação para outro advogado (passar o caso para outro advogado).
Revogação do instrumento postulatório 
1º A revogação se dará por parte de manifestação de interesse do cliente;
-Art 11, 12, 12
-Quebra do vínculo de confiança
2ºRenuncia: Ocorre por parte do advogado 
-Deve ser feita diretamente ao cliente
-Depois da renúncia o advogado deve dar um tempo de 10 dias para se afastar do cliente. 
Direitos do advogado
Art 7º são direitos do advogado:
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar;(Vide ADIN 1.127-8)
VI - ingressar livremente:
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;
XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - Retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.

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