Buscar

Epistemologia da psicanálise a metapsicologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

V Seminá
ISSN 2177-0417 
EPISTEMOLOGIA
 
 
Atualmente há várias
princípios clínicos. Entretan
possibilidade de uma inter-re
metapsicologia. A primeira, 
sexto capítulos da obra “A in
o capítulo sete do referido 
metapsicológicos, como forç
entre estes conceitos e a teo
intuitiva dos fenômenos met
concepção topográfica de 
esquemáticos, os quais, a pri
pela ciência. Um questionam
ser considerada como um “
ligação entre duas ciências c
clínica5. 
Há teóricos que não 
como uma teoria considerad
teoria, pois eles acreditam qu
filosofia da ciência. Além di
princípio do prazer, catex
imprecisas e, muitas veze
completamente diferentes. E
desnecessária à psicanálise, q
o que dificulta sua compreen
Neste contexto, pod
metapsicologistas é dividida
 
5
 Apesar de diversos autores e c
parece possível falar em psicanál
“A psicanálise é um modo de trat
de investigação dos processos in
sequer, a pesquisa da “terapia”. N
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 16 - PP
IA DA PSICANÁLISE: A METAPSIC
Doutorado – Universid
São C
belbarbelli
ias interpretações a respeito da relação entre a me
tanto, a maioria delas está centrada na discu
relação entre teoria e modelo, ou seja, entre psic
ra, no contexto da obra freudiana, corresponderia
 interpretação dos sonhos”, enquanto que a segun
do texto, o qual comporta o fisicalismo de div
rça, estrutura e energia (HOLT, 1989). A analog
eoria da eletricidade, por exemplo, possibilitou
etapsicológicos. No entanto, diversos autores t
de Freud, que figura o aparelho psíquico 
incípio, parecem satisfazer as definições de mo
amento freqüente a cerca desta concepção é se 
 “modelo especial de ciência” e, ainda, servir
s com assuntos distintos, a saber, a metapsicologi
ão entendem a metapsicologia enquanto uma m
rada por meio da análise, investigação e desc
 que ela contraria tudo o que representa este conc
 disso, alegam que os conceitos metapsicológico
texia) possuem várias deficiências, com defi
zes, são empregados na literatura psicanalít
. Este fato, segundo Holt (1989), tem causado u
e, que ocorre em função do excesso de níveis e ca
ensão. 
pode-se dizer que a psicanálise sob a perspe
da em duas partes: uma empírica, ou seja, a psic
 
e críticos entenderem a psicanálise como uma teoria d
nálise clínica sem a metapsicologia. Pois, como disse A
tratamento das desordens neuróticas, fundado, justament
 inconscientes. O que faz com que Freud jamais separe,
. Não há diferença entre pesquisar um ser neurótico e “tr
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
ICOLOGIA 
Izabel Barbelli 
rsidade Federal de 
 Carlos (UFSCar) 
lli@yahoo.com.br 
metapsicologia e os 
scussão acerca da 
sicanálise clínica e 
eria do primeiro ao 
gunda representaria 
diversos conceitos 
logia que Freud fez 
tou a compreensão 
 têm contestado a 
co em diagramas 
odelo empregadas 
se de fato ela pode 
vir como ponte de 
ogia e a psicanálise 
 metateoria, isto é, 
scrição da própria 
onceito derivado da 
cos (libido, pulsão, 
efinições vagas e 
alítica, de formas 
 uma complicação 
 camadas da teoria, 
spectiva dos anti-
sicologia dos fatos 
 dicotômica, não nos 
 Assoun (1996, p.24): 
ente, no procedimento 
re, por um momento, 
 “tratá-lo”. 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
clínicos (psicologia do signif
causal de mente). A metaps
para a clínica. No entanto, os
como uma “pseudo-explicaç
clínica é considerada como a
teoria metapsicológica. 
 O ponto central dest
princípios clínicos pertencem
explicação que situa a psican
da mente) e a segunda uma in
e as origens do comportamen
 A tabela abaixo retra
e os princípios clínicos, segu
 
Meta
B
O mode
Freu
Teoria 
“Ex
Modelo de
Me
Explic
“C
 
De fato, a partir desta
quais os críticos se apóiam p
os princípios clínicos. Eles 
encontrar seus princípios fun
de conceitos da fisiologia e d
que pretendem mostrar que
sistema explicativo autêntico
para os anti-metapsicologist
metapsicológicas que empreg
estrutura - e as proposições
intenção e de significado. A
neurológica reescrita em u
 
6
 Projeto de uma psicologia científ
compunha-se originalmente na form
apresentar um modelo de mente em
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 17 - PP
nificado) e uma parte especulativa, a metapsicolo
psicologia é a teoria geral e considerada como
, os anti-metapsicologistas (Klein, Holt, Gill, entr
cação”, como diz Mackay (1983). Para estes 
o a psicanálise verdadeira, não restando espaço,
esta discussão é o argumento que diz que a met
cem a “universos diferentes do discurso”, sendo
análise no contexto das ciências naturais (como u
a investigação que busca compreender os signific
ento. 
trata os principais contrastes apresentados entre a
gundo Mackay (1989, p.186): 
etapsicologia Princípios clínicos 
Biologia Psicologia 
delo do Projeto O Projeto é rejeitado 
reud médico Freud psicólogo 
ia especulativa Dados 
Explicação” Descrição 
 de ciência natural Modelo de ciência humana 
ecanismo Propósito 
licação causal Intencional 
“Como” Por quê? 
sta tabela podemos notar que há vários pontos de
 para dizer que a metapsicologia é logicamente in
es a identificam com o modelo do Projeto6, no
fundamentais e, por isso, dizem que ela é uma ver
 e da biologia evolucionária. É através desse argu
ue “a metapsicologia é uma neurologia disfar
tico para dados psicológicos” (MACKAY, 1989
istas não há possibilidade de correlação entre
regam conceitos que derivam da ciência natural 
ões psicológicas, que são construídas a partir d
. Além disso, consideram que a metapsicolog
 uma linguagem psicológica, e esta transcriç
 
tífica, Editora Imago, tradução de Osmyr Faria Gabbi Jr, 19
orma de um manuscrito redigido por Freud em 1895 e no q
 em termos de quantidades de neurônios. 
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
ologia (um modelo 
o uma explicação 
ntre outros) a vêem 
s críticos a teoria 
ço, portanto, para a 
etapsicologia e os 
do a primeira uma 
o uma teoria causal 
ficados, os sentidos 
re a metapsicologia 
 de divergência nos 
e inconsistente com 
no qual é possível 
versão ultrapassada 
rgumento biológico 
farçada e não um 
89, p.188). Isto é, 
tre as proposições 
ral - força, energia, 
r dos conceitos de 
logia é uma teoria 
rição que envolve 
, 1995. Este texto 
 qual se tentava 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
conceitos provenientes das c
clínicas é vista como um tip
resultantes deste processo s
explicações clínicas, as qua
naturais. 
Assim, podemos dize
contradições que os anti-me
de certa forma, relacionad
metapsicologia é uma “biolo
utilizou está ultrapassado. 
neurológica, porque o intuito
os mecanismos que propo
interessado. 
 
(...) 
sobr
têm 
proc
Freu
de u
estã
 
 
O argumento utiliza
qualidade da biologia ou da 
mente, não justifica um at
argumento não é capaz de 
destas últimas serem possíve
(1983). 
Para este autor, muito
e Freud sintetizou estes princ
O p
natu
enta
clíni
retra
freu
racio
na a
Este
cont
Ela 
inco
Assi
hipó
ênfa
 
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 18 - PP
s ciências naturais (biologia, física, química) par
tipo de reducionismo. Outro ponto é que, as exp
 são completamente diferentes da metodologia
quais não se aproximam do modelo mecanici
izer, de acordo com Mackay, que a maior parte
metapsicologistas apontam na teoria psicanalític
nada à sua gênese neurológica. Eles alegam
logia perversa” e que até mesmo o modelofisiol
o. No entanto, tal modelo dependia de uma
ito de Freud era tentar estabelecer em termos neu
porcionaram as funções psicológicas, nas q
..) não é o meu propósito defender a neurologia de Freu
obre o funcionamento das partes do cérebro. Outros têm f
m usado o modelo de Freud para comparar com os mo
rocessamento de informação. Eu concordo que a linguag
reud usou estão ultrapassadas. Entretanto, o modelo que ele
e uma especificidade neurológica. Freud estava interessad
stão hoje os neuropsicólogos. (MACKAY, 1989, p.190) 
izado pelos anti-metapsicologistas que questio
a neurologia que Freud empregou na construção
ataque ou uma defesa em relação à metapsic
e excluir as proposições neurológicas da psican
íveis explicações para fenômenos psicológicos, co
uitos dos princípios psicanalíticos existiam pré-ps
incípios dentro do modelo de mente: 
 
 princípio mais geral é o que diz que o homem (incluind
atureza. Ele está sujeito às leis naturais. Assim, a men
ntanto essa noção, geral como ela é, não tem conseqüência
línica de Freud. Ela é errônea não simplesmente em t
tratando o homem como uma criatura de razão. Na ve
eudiana sobre o inconsciente não está de acordo com a
cionalista de mente, pois esta última implica uma certa lóg
a ação que é precisamente o contrário da descrição do inc
ste racionalismo faz das razões inconscientes uma anoma
ontrário, para Freud, a mente é compreendida em termos n
la é causalmente explicável. Para esta perspectiva o indivíd
consciente, e se há algum enigma, é esse: Qual é a funç
ssim o fisicalismo geral de Freud não se volta direta e esp
ipóteses clínicas, ele estabelece o cenário para a abordag
nfase sobre a motivação inconsciente. (MACKAY, 1989, p.
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
ara as proposições 
xplicações teóricas 
gia empregada nas 
icista das ciências 
rte dos erros e das 
tica freudiana está, 
am ainda, que a 
iológico que Freud 
ma especificidade 
neurológicos gerais 
 quais ele estava 
eud ou seus conceitos 
 feito isso, ou, então, 
odernos conceitos de 
agem e as idéias que 
 ele construiu dependia 
sado no Projeto como 
tiona o tipo ou a 
ão de sua teoria da 
sicologia, pois tal 
canálise, em razão 
, como diz Mackay 
psicanaliticamente 
indo mente) é parte da 
ente é explicada. No 
cias para a abordagem 
 termos racionalistas, 
verdade, a descoberta 
 a versão puramente 
lógica e auto-coerência 
inconsciente freudiano. 
malia, um enigma. Ao 
s naturais e biológicos. 
ivíduo é primariamente 
unção da consciência? 
specificamente para as 
agem clínica e para a 
, p.198) 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
 Ainda que Freud ten
um evento biológico, o prim
metapsicologia. Suas hipót
explicações metapsicológica
p.95), “esta é a maior falha d
à metapsicologia “biológica”
filosóficas não justificadas”.
 
Freu
meta
meta
atua
biol
dire
críti
cons
 
O fato de Freud tenta
natural tornou-se o ponto 
psicanalítica, assim como pa
entre a metapsicologia e os p
A explicação causal q
não cabe às explicações clí
tentativa de Freud para apro
uma conseqüência de sua 
fenômeno psicológico ocorre
 
O fi
vário
dire
logi
prin
meta
p.19
Como vimos, um 
psicanálise freudiana concen
princípio, pode-se dizer que 
corpo único. 
De acordo com Mack
motivação inconsciente estav
os aspectos da personalidade
é o mais conhecido, o mais c
da complexa metapsicologia,
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 19 - PP
tenha feito algum tipo de analogia entre um even
imeiro não se reduz ao segundo como argumenta
óteses nesse sentido eram de caráter especu
icas se reduzem a biologia. Como bem observa
a dos anti-metapsicologistas ao justificar suas obje
a” de Freud. Geralmente, eles apóiam suas visões
”. 
reud usou seu conhecimento dos processos neurais para
etapsicológica. Esta é a porta de entrada da biologia dentro
etapsicologia e seu modelo mental sustentam uma clara 
tuais idéias sobre processos neurais. Isto, entretanto, não 
iológicas. Posteriormente a demanda da teoria econômica
iretamente sobre um sistema hidráulico e isto não a tornou u
icos da metapsicologia não fazem a distinção necess
onstruída e sobre como ela foi construída. (MACKAY, 198
ntar explicar sua teoria causal da mente pelo vié
to de partida para as construções críticas a
 para a postulação do argumento de que há um ab
s princípios clínicos. 
al que Freud atribui à metapsicologia é um tipo d
clínicas, de acordo com os críticos. Para eles e
proximar a metapsicologia das ciências naturais,
a inclinação positivista, a qual procura expl
rre” e não a “causa” do fenômeno. 
 fisicalismo de Freud, sua teoria das forças, sua perspecti
ários outros princípios que antecedem seu trabalho clín
iretamente para as suas hipóteses clínicas. Nem são tai
gicamente necessários para estas hipóteses. Contudo
rincípios clínicos particulares que Freud usou e seus 
etapsicológicos são afetados por seu trabalho clínico. 
.199) 
 dos pontos fundamentais sobre as críticas 
centra-se na relação entre a metapsicologia e a 
ue não há um consenso de que estas últimas po
ackay (1989, p.190), Freud percebeu que a sexual
tavam intrinsecamente ligadas, então ele passou
de normal e anormal, nesses termos. Este aspecto
is controverso e o mais atacado. Trata-se, portanto
ia, sobre a qual a psicanálise freudiana se constitu
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
vento psicológico e 
ntam os críticos da 
eculativo. Nem as 
rva Mackay (1989, 
bjeções em relação 
ões sobre doutrinas 
ra modelar sua teoria 
tro da psicanálise. Sua 
ra semelhança com as 
o torna suas hipóteses 
ica pode ser modelada 
u uma teoria física. Os 
essária entre a teoria 
989, p.195) 
iés de uma ciência 
 acerca da teoria 
 abismo ontológico 
 de explicação que 
s esta é mais uma 
is, ou seja, é mais 
xplicar “como um 
ctiva darwiniana, e os 
clínico não conduzem 
tais princípios gerais, 
do, eles revelam os 
s próprios princípios 
o. (MACKAY, 1989, 
as direcionadas à 
 a teoria clínica. A 
possam formar um 
ualidade infantil e a 
ou a analisar todos 
cto de seu trabalho 
nto, mais uma vez, 
titui. 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
Para teóricos como H
precisa passar por grandes m
distinta a clínica da metaps
proposta é reformular a teori
sua linguagem teórica e obse
Segundo Holt (1989)
no fato dela apresentar algum
algumas de um modelo e não
conceitos metapsicológicos n
conceitos são tratadas com
metapsicologia: 
 
Freu
de r
pont
aten
solu
 
Em vista disso, pode
psicanalítica, diz respeito, es
apontar os problemas funda
estado atual da psicanálise c
acordo com Holt (1989, p.32
1) A maior parte da meta
da anatomia e da antiga
disso. 
2) Energia psíquica, for
separado da realidade ma
3) A metapsicologia é u
explicativo. 
4) Falta à metapsicologi
por exemplo - o problem
ou a natureza da realidad
 
Entretanto, em relaçã
sobre o problema mente-corp
 
 
“Co
conc
puls
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 20 - PP
o Holt (1989, p.342), por exemplo, a teoria clín
s mudanças e o primeiro passo, para isso, é con
apsicologia, libertando-as de seus erros lógicos
oria clínica para que ela se torne testável, tornand
servacional, clara e sem formulações ambíguas. 
9) grande parte da confusão sobre o que é a met
gumas propriedades de uma linguagem, algumas
ão ser encaixar totalmente em nenhuma destas. P
s não são definidos de uma forma precisa e as a
mo se fossem estruturas, o que gera muitas 
reud ao desenvolver suas proposições cometeu muitos erro
e raciocínio, pois usou extensivamente metáforas e figur
ontos de dificuldade teórica, uma prática que tende em o
tenção do fato de queos problemas fundamentais da
olucionados. (HOLT, 1989, p.325) 
ode-se dizer que a maior parte das críticas direc
 especialmente, à metapsicologia. Tais críticas vi
damentais da teoria, além de serem utilizadas 
e como um tipo de pseudociência. Vejamos algu
.325): 
etapsicologia é uma versão de termos ultrapassad
iga biologia evolucionária, o projeto, por exem
força e estruturas são apontadas como um es
material, como instrumento de medida. 
é um sistema fechado, ela não tem nenhum val
gia uma parada consistente sobre conceitos filos
ema mente-corpo, ou o problema da liberdade e d
ade. 
ação a este último item, Simanke (2006, p.103-10
orpo e o problema mente-mente da metapsicologi
Com o desenvolvimento do corpus metapsicológico, Freud
onceito de pulsão a função de articular o somático ao psíq
ulsão foi definida em estreita relação com a conce
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
línica psicanalítica 
onsolidar de forma 
os e falácias. Sua 
ndo a relação entre 
 
etapsicologia, está 
as de uma teoria e 
. Por essa razão, os 
s abstrações de tais 
as contradições na 
erros lógicos e falácias 
ura de linguagem em 
 ocultar ou desviar a 
da teoria não foram 
recionadas à teoria 
 visam identificar e 
s para justificar o 
lguns exemplos, de 
sados da fisiologia, 
emplo, é resultante 
estado metafísico, 
valor heurístico ou 
ilosóficos básicos - 
e do determinismo, 
104) em seu artigo 
gia, diz que: 
ud passou a atribuir ao 
síquico, mas a própria 
cepção freudiana da 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
repr
claro
repr
natu
abor
conc
conc
 
 
Apesar disso, para m
fase terminal e sem nenhu
psicanálise é bastante confus
nova teoria, ao invés de ad
tanto, ele pretende reexamin
estabelecer novos parâmetros
 Holt (1989) propõe 
psicológicos (como desejos, 
e que possibilite fazer predi
que tal modelo poderá co
organismo humano (notadam
Tal modelo seria fundament
sistema psicobiológico, uma
sistema: 
 
A co
racio
Com
apod
poss
 
O interesse de Holt 
pontos em comum com as 
poderá ser o ponto de partida
 
(...) 
serv
ling
fran
dialo
aban
vez 
 
Ao discutir a distinç
ralação pode haver entre a m
notar que ele já pressupõe 
clássica discussão de “domín
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 21 - PP
presentação, como o representante psíquico dos estímulos
laro que essa delegação do somático no interior do psíquico
presentação. Em outras palavras, a metapsicologia e a 
atureza do mental que dela emerge parecem oferecer uma v
bordagem do problema mente-corpo, tornando essa articu
oncebível em princípio, teoricamente abordável e aces
onceitual.” 
a muitos teóricos, como Holt, a metapsicologia
huma expectativa de recuperação e, portanto
fusa e desestruturadora. Por essa razão, sua inten
adotar a metapsicologia como uma teoria já es
inar os conceitos fundamentais da psicanálise 
ros epistemológicos para esta última. 
e a criação de um modelo que seja fiel a eve
s, sonhos, fantasias, sintomas), que pertença ao â
dições, as quais possam ser constantemente ver
correlacionar eventos psicológicos e eventos 
amente o cérebro), ou seja, um modelo de teoria 
entado na teoria dos sistemas, que considera o h
ma unidade natural, que se origina a partir de u
 contribuição final da teoria dos sistemas é que ela prop
cional e compreensiva para a cooperação e inter-relação d
om este conhecimento nós poderemos parar de nos preocup
podere eternamente da psiquiatria ou que o crescimento 
ossa ameaçar a psicologia ou a psicanálise. (HOLT, 1989, p
olt na teoria dos sistemas está no fato desta ú
as teorias psicanalítica e neurocientífica. Ele a
ida para construção do seu suposto modelo: 
..) o modelo não poderá ser outra neurofisiologia ou psi
ervir como uma função valiosa para ambas as disciplinas co
nguagem em comum e um conjunto de proposições em com
anca, através da qual elas poderão se empenhar mutuam
ialogo e a troca de idéias. Isto não significa, entretanto, q
bandonar sua própria teoria e começar a falar sobre circu
ez de Complexo de Édipo. (Holt, 1989, p.320-321) 
inção entre teoria e modelo, Holt (1989) questi
metapsicologia e o resto da psicanálise. Neste p
e uma separação entre a clínica e a metapsico
ínios separados” que se postula em relação à teo
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
los somáticos, ficando 
ico se dava pela via da 
 a concepção sobre a 
a via satisfatória para a 
ticulação, pelo menos, 
cessível à elaboração 
gia encontra-se em 
nto, a situação da 
tenção é criar uma 
 estabelecida. Para 
e e, a partir disso, 
eventos puramente 
o âmbito da clínica 
verificadas. Ele diz 
s mensuráveis do 
ia neurofisiológica. 
 homem como um 
e um outro grande 
oporciona uma análise 
o de todas as ciências. 
cupar que a química se 
to da neuropsicologia 
, p.321) 
 última apresentar 
 acredita que este 
psicanálise; ele poderá 
s concedendo-lhes uma 
omum (...) uma língua 
amente estimulando o 
, que a psicanálise irá 
cuitos de feedback em 
stiona que tipo de 
e ponto já podemos 
cologia, ou seja, a 
teoria psicanalítica. 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
Para tanto, ele se apóia na fil
que ter um domínio, uma li
modelos.” (HOLT, 1989, p.3
A proposta de Holt, 
fuga dos problemas epistem
psicanalítica. E essa fuga, a 
tal proposta, a qual poderá 
viabilidade de aplicação, tan
conta o seguinte argumento:
 
(...) 
base
pois
verd
“um
espe
1978
 
 
 Assim, Holt conclui
testada. Já que, somente o p
formular, intuir e observar r
sérias dificuldades para a 
tratamento, ou seja, o settin
hipóteses. 
 Contudo, é preciso e
possibilidade de substituírem
permanência no campo psic
uma importância fundament
portanto, não pretendem aban
 Em suma, o fato de 
uma ciência natural tornou-
teoria psicanalítica, assim co
ontológico” entre a metapsico
 De qualquer forma
correlação entre proposições
intenção e de significado, co
que derivam da ciência natur
como explicações para fenô
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 22 - PP
 filosofia da ciência, com os argumentos de que “
 linguagem e, por fim, uma teoria freqüenteme
p.316). 
lt, em relação à teoria dos sistemas, parece ser u
temológicos gerados a partir da metapsicologi
 a princípio, pode ser vista como uma condição d
rá enfrentar sérias dificuldades até que consiga, 
tanto na teoria quanto na pratica psicanalíticas, 
 
..) a psicanálise não poderá constituir um sistema, porqu
ase, enquanto instrumentos heurísticos encontram-se em 
ois só servem para informar uma investigação dos fatos
erdade que a natureza psicanalítica deve confrontar-se c
uma superestrutura especulativa”, sem dever incorrer na a
speculativo emanando de uma cientificidade mal comp
978, p.66) 
lui que a psicanálise apresenta inúmeras dificu
 psicanalista clínico é quem tem oportunidade i
r regularidades para construir hipóteses. No ent
a investigação da teoria, como por exemplo
tting analítico como o único lugar possível para
 enfatizar que, se por um lado, há teóricos que t
rem a metapsicologia, por outro, há outros que 
sicanalítico. Estes últimos acreditam que a me
ntal para o trabalho clínico, isto é, para a práxi
bandoná-la ou substituí-la. 
de Freud tentar explicar sua teoria causal da me
-se o ponto de partida para as construções cr
 como para a postulação do argumento de que
sicologia e os princípios clínicos. 
ma, para os anti-metapsicologistas não há p
ões psicológicas, que são construídas a partir d
, com as proposições metapsicológicas que emp
tural. Portanto, para eles as proposições neurológ
enômenos psicológicos, já que, a metodologia
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
e“toda ciência tem 
mente também tem 
er uma tentativa de 
ogia para a teoria 
o de fragilidade de 
a, de fato, alguma 
s, caso se leve em 
que seus conceitos de 
m constante evolução, 
tos. Mas não é menos 
e com a exigência de 
a acusação de sistema 
mpreendida. (Assoun, 
ficuldades para ser 
e incomparável, de 
entanto, ele aponta 
lo, a situação de 
ara testar e avaliar 
e trabalham com a 
ue defendem a sua 
etapsicologia tem 
xis psicanalítica e, 
mente pelo viés de 
 críticas acerca da 
ue há um “abismo 
 possibilidade de 
r dos conceitos de 
mpregam conceitos 
lógicas não servem 
gia empregada nas 
V Seminá
ISSN 2177-0417 
explicações clínicas difere c
aproximam do modelo mecan
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOUN, P.L. Meta
 ________Introduçã
 ________ Freud: a
1978. 
________ A interpre
Psicológicas Completas de 
e V. 
FULGÊNCIO, L. A
Humana 5(1): p.129-173, ja
 GILL, M. "Metapsyc
71-105. 
GRÜNBAUM, A. T
Berkeley: University of Cal
HOLT, R.R. Freud r
MACKAY, N. Moti
science. Psychological Iss
Universities Press, 1989. 
SIMANKE, R. T. 
metapsicologia: pontos de 
cognitivas. In: Natureza Hu
2006, v.8 (esp.1): p. 93-117
STRACHEY, J. No
vissitudes. In: Edição Sta
Sigmund Freud. Rio de Jane
STRENGER, C. B
epistemology of psychoanal
1994. 
 
 
inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC
19 a 23 de outubro de 2009 
 
- 23 - PP
e completamente das explicações metapsicológi
canicista das ciências naturais. 
etapsicologia freudiana. Rio de Janeiro: Jorge Z
ção à Epistemologia Freudiana. Rio de Janeiro
: a filosofia e os filósofos. Rio de Janeiro: F
pretação dos sonhos. In: Edição Standard Bras
de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 199
As especulações metapsicológicas de Freud
, jan - jun., 2003. 
sychologiy Is Not Psychology". In: Gill e Holzm
The foundations of psychoanalysis: a philoso
alifornia. Press, 1984. 
d reappraised. New York: The Guilford Press, 
otivation and Explanation. An essay on Freud’
Issues. Monograph 56. Madison, Connecticu
. O problema mente-corpo e o problema m
de convergência entre a psicanálise freudian
Humana: Revista de Filosofia e Psicanálise. S
17. 
Notas introdutórias ao artigo de Freud Os i
Standard Brasileira das Obras Psicológicas 
aneiro: Imago, 1996 (1915) v.14. 
Between hermeneutics and a science. An
nalysis. Madson, Connecticut: Internacional Un
Car 
PPG-Fil - UFSCar 
 
ógicas, as quais se 
e Zahar, 1996. 
iro: Imago, 1983. 
: Francisco Alves, 
rasileira das Obras 
996q (1900) v. IV 
eud. In: Natureza 
lzman 1976, pp. 
osophical critique. 
ss, 1989. 
ud’s philosophy of 
icut: International 
 mente-mente da 
ana e as ciências 
. São Paulo: Educ, 
s instintos e suas 
as Completas de 
An essay on the 
Universities Press,

Continue navegando