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V Seminá ISSN 2177-0417 EPISTEMOLOGIA Atualmente há várias princípios clínicos. Entretan possibilidade de uma inter-re metapsicologia. A primeira, sexto capítulos da obra “A in o capítulo sete do referido metapsicológicos, como forç entre estes conceitos e a teo intuitiva dos fenômenos met concepção topográfica de esquemáticos, os quais, a pri pela ciência. Um questionam ser considerada como um “ ligação entre duas ciências c clínica5. Há teóricos que não como uma teoria considerad teoria, pois eles acreditam qu filosofia da ciência. Além di princípio do prazer, catex imprecisas e, muitas veze completamente diferentes. E desnecessária à psicanálise, q o que dificulta sua compreen Neste contexto, pod metapsicologistas é dividida 5 Apesar de diversos autores e c parece possível falar em psicanál “A psicanálise é um modo de trat de investigação dos processos in sequer, a pesquisa da “terapia”. N inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 16 - PP IA DA PSICANÁLISE: A METAPSIC Doutorado – Universid São C belbarbelli ias interpretações a respeito da relação entre a me tanto, a maioria delas está centrada na discu relação entre teoria e modelo, ou seja, entre psic ra, no contexto da obra freudiana, corresponderia interpretação dos sonhos”, enquanto que a segun do texto, o qual comporta o fisicalismo de div rça, estrutura e energia (HOLT, 1989). A analog eoria da eletricidade, por exemplo, possibilitou etapsicológicos. No entanto, diversos autores t de Freud, que figura o aparelho psíquico incípio, parecem satisfazer as definições de mo amento freqüente a cerca desta concepção é se “modelo especial de ciência” e, ainda, servir s com assuntos distintos, a saber, a metapsicologi ão entendem a metapsicologia enquanto uma m rada por meio da análise, investigação e desc que ela contraria tudo o que representa este conc disso, alegam que os conceitos metapsicológico texia) possuem várias deficiências, com defi zes, são empregados na literatura psicanalít . Este fato, segundo Holt (1989), tem causado u e, que ocorre em função do excesso de níveis e ca ensão. pode-se dizer que a psicanálise sob a perspe da em duas partes: uma empírica, ou seja, a psic e críticos entenderem a psicanálise como uma teoria d nálise clínica sem a metapsicologia. Pois, como disse A tratamento das desordens neuróticas, fundado, justament inconscientes. O que faz com que Freud jamais separe, . Não há diferença entre pesquisar um ser neurótico e “tr Car PPG-Fil - UFSCar ICOLOGIA Izabel Barbelli rsidade Federal de Carlos (UFSCar) lli@yahoo.com.br metapsicologia e os scussão acerca da sicanálise clínica e eria do primeiro ao gunda representaria diversos conceitos logia que Freud fez tou a compreensão têm contestado a co em diagramas odelo empregadas se de fato ela pode vir como ponte de ogia e a psicanálise metateoria, isto é, scrição da própria onceito derivado da cos (libido, pulsão, efinições vagas e alítica, de formas uma complicação camadas da teoria, spectiva dos anti- sicologia dos fatos dicotômica, não nos Assoun (1996, p.24): ente, no procedimento re, por um momento, “tratá-lo”. V Seminá ISSN 2177-0417 clínicos (psicologia do signif causal de mente). A metaps para a clínica. No entanto, os como uma “pseudo-explicaç clínica é considerada como a teoria metapsicológica. O ponto central dest princípios clínicos pertencem explicação que situa a psican da mente) e a segunda uma in e as origens do comportamen A tabela abaixo retra e os princípios clínicos, segu Meta B O mode Freu Teoria “Ex Modelo de Me Explic “C De fato, a partir desta quais os críticos se apóiam p os princípios clínicos. Eles encontrar seus princípios fun de conceitos da fisiologia e d que pretendem mostrar que sistema explicativo autêntico para os anti-metapsicologist metapsicológicas que empreg estrutura - e as proposições intenção e de significado. A neurológica reescrita em u 6 Projeto de uma psicologia científ compunha-se originalmente na form apresentar um modelo de mente em inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 17 - PP nificado) e uma parte especulativa, a metapsicolo psicologia é a teoria geral e considerada como , os anti-metapsicologistas (Klein, Holt, Gill, entr cação”, como diz Mackay (1983). Para estes o a psicanálise verdadeira, não restando espaço, esta discussão é o argumento que diz que a met cem a “universos diferentes do discurso”, sendo análise no contexto das ciências naturais (como u a investigação que busca compreender os signific ento. trata os principais contrastes apresentados entre a gundo Mackay (1989, p.186): etapsicologia Princípios clínicos Biologia Psicologia delo do Projeto O Projeto é rejeitado reud médico Freud psicólogo ia especulativa Dados Explicação” Descrição de ciência natural Modelo de ciência humana ecanismo Propósito licação causal Intencional “Como” Por quê? sta tabela podemos notar que há vários pontos de para dizer que a metapsicologia é logicamente in es a identificam com o modelo do Projeto6, no fundamentais e, por isso, dizem que ela é uma ver e da biologia evolucionária. É através desse argu ue “a metapsicologia é uma neurologia disfar tico para dados psicológicos” (MACKAY, 1989 istas não há possibilidade de correlação entre regam conceitos que derivam da ciência natural ões psicológicas, que são construídas a partir d . Além disso, consideram que a metapsicolog uma linguagem psicológica, e esta transcriç tífica, Editora Imago, tradução de Osmyr Faria Gabbi Jr, 19 orma de um manuscrito redigido por Freud em 1895 e no q em termos de quantidades de neurônios. Car PPG-Fil - UFSCar ologia (um modelo o uma explicação ntre outros) a vêem s críticos a teoria ço, portanto, para a etapsicologia e os do a primeira uma o uma teoria causal ficados, os sentidos re a metapsicologia de divergência nos e inconsistente com no qual é possível versão ultrapassada rgumento biológico farçada e não um 89, p.188). Isto é, tre as proposições ral - força, energia, r dos conceitos de logia é uma teoria rição que envolve , 1995. Este texto qual se tentava V Seminá ISSN 2177-0417 conceitos provenientes das c clínicas é vista como um tip resultantes deste processo s explicações clínicas, as qua naturais. Assim, podemos dize contradições que os anti-me de certa forma, relacionad metapsicologia é uma “biolo utilizou está ultrapassado. neurológica, porque o intuito os mecanismos que propo interessado. (...) sobr têm proc Freu de u estã O argumento utiliza qualidade da biologia ou da mente, não justifica um at argumento não é capaz de destas últimas serem possíve (1983). Para este autor, muito e Freud sintetizou estes princ O p natu enta clíni retra freu racio na a Este cont Ela inco Assi hipó ênfa inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 18 - PP s ciências naturais (biologia, física, química) par tipo de reducionismo. Outro ponto é que, as exp são completamente diferentes da metodologia quais não se aproximam do modelo mecanici izer, de acordo com Mackay, que a maior parte metapsicologistas apontam na teoria psicanalític nada à sua gênese neurológica. Eles alegam logia perversa” e que até mesmo o modelofisiol o. No entanto, tal modelo dependia de uma ito de Freud era tentar estabelecer em termos neu porcionaram as funções psicológicas, nas q ..) não é o meu propósito defender a neurologia de Freu obre o funcionamento das partes do cérebro. Outros têm f m usado o modelo de Freud para comparar com os mo rocessamento de informação. Eu concordo que a linguag reud usou estão ultrapassadas. Entretanto, o modelo que ele e uma especificidade neurológica. Freud estava interessad stão hoje os neuropsicólogos. (MACKAY, 1989, p.190) izado pelos anti-metapsicologistas que questio a neurologia que Freud empregou na construção ataque ou uma defesa em relação à metapsic e excluir as proposições neurológicas da psican íveis explicações para fenômenos psicológicos, co uitos dos princípios psicanalíticos existiam pré-ps incípios dentro do modelo de mente: princípio mais geral é o que diz que o homem (incluind atureza. Ele está sujeito às leis naturais. Assim, a men ntanto essa noção, geral como ela é, não tem conseqüência línica de Freud. Ela é errônea não simplesmente em t tratando o homem como uma criatura de razão. Na ve eudiana sobre o inconsciente não está de acordo com a cionalista de mente, pois esta última implica uma certa lóg a ação que é precisamente o contrário da descrição do inc ste racionalismo faz das razões inconscientes uma anoma ontrário, para Freud, a mente é compreendida em termos n la é causalmente explicável. Para esta perspectiva o indivíd consciente, e se há algum enigma, é esse: Qual é a funç ssim o fisicalismo geral de Freud não se volta direta e esp ipóteses clínicas, ele estabelece o cenário para a abordag nfase sobre a motivação inconsciente. (MACKAY, 1989, p. Car PPG-Fil - UFSCar ara as proposições xplicações teóricas gia empregada nas icista das ciências rte dos erros e das tica freudiana está, am ainda, que a iológico que Freud ma especificidade neurológicos gerais quais ele estava eud ou seus conceitos feito isso, ou, então, odernos conceitos de agem e as idéias que ele construiu dependia sado no Projeto como tiona o tipo ou a ão de sua teoria da sicologia, pois tal canálise, em razão , como diz Mackay psicanaliticamente indo mente) é parte da ente é explicada. No cias para a abordagem termos racionalistas, verdade, a descoberta a versão puramente lógica e auto-coerência inconsciente freudiano. malia, um enigma. Ao s naturais e biológicos. ivíduo é primariamente unção da consciência? specificamente para as agem clínica e para a , p.198) V Seminá ISSN 2177-0417 Ainda que Freud ten um evento biológico, o prim metapsicologia. Suas hipót explicações metapsicológica p.95), “esta é a maior falha d à metapsicologia “biológica” filosóficas não justificadas”. Freu meta meta atua biol dire críti cons O fato de Freud tenta natural tornou-se o ponto psicanalítica, assim como pa entre a metapsicologia e os p A explicação causal q não cabe às explicações clí tentativa de Freud para apro uma conseqüência de sua fenômeno psicológico ocorre O fi vário dire logi prin meta p.19 Como vimos, um psicanálise freudiana concen princípio, pode-se dizer que corpo único. De acordo com Mack motivação inconsciente estav os aspectos da personalidade é o mais conhecido, o mais c da complexa metapsicologia, inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 19 - PP tenha feito algum tipo de analogia entre um even imeiro não se reduz ao segundo como argumenta óteses nesse sentido eram de caráter especu icas se reduzem a biologia. Como bem observa a dos anti-metapsicologistas ao justificar suas obje a” de Freud. Geralmente, eles apóiam suas visões ”. reud usou seu conhecimento dos processos neurais para etapsicológica. Esta é a porta de entrada da biologia dentro etapsicologia e seu modelo mental sustentam uma clara tuais idéias sobre processos neurais. Isto, entretanto, não iológicas. Posteriormente a demanda da teoria econômica iretamente sobre um sistema hidráulico e isto não a tornou u icos da metapsicologia não fazem a distinção necess onstruída e sobre como ela foi construída. (MACKAY, 198 ntar explicar sua teoria causal da mente pelo vié to de partida para as construções críticas a para a postulação do argumento de que há um ab s princípios clínicos. al que Freud atribui à metapsicologia é um tipo d clínicas, de acordo com os críticos. Para eles e proximar a metapsicologia das ciências naturais, a inclinação positivista, a qual procura expl rre” e não a “causa” do fenômeno. fisicalismo de Freud, sua teoria das forças, sua perspecti ários outros princípios que antecedem seu trabalho clín iretamente para as suas hipóteses clínicas. Nem são tai gicamente necessários para estas hipóteses. Contudo rincípios clínicos particulares que Freud usou e seus etapsicológicos são afetados por seu trabalho clínico. .199) dos pontos fundamentais sobre as críticas centra-se na relação entre a metapsicologia e a ue não há um consenso de que estas últimas po ackay (1989, p.190), Freud percebeu que a sexual tavam intrinsecamente ligadas, então ele passou de normal e anormal, nesses termos. Este aspecto is controverso e o mais atacado. Trata-se, portanto ia, sobre a qual a psicanálise freudiana se constitu Car PPG-Fil - UFSCar vento psicológico e ntam os críticos da eculativo. Nem as rva Mackay (1989, bjeções em relação ões sobre doutrinas ra modelar sua teoria tro da psicanálise. Sua ra semelhança com as o torna suas hipóteses ica pode ser modelada u uma teoria física. Os essária entre a teoria 989, p.195) iés de uma ciência acerca da teoria abismo ontológico de explicação que s esta é mais uma is, ou seja, é mais xplicar “como um ctiva darwiniana, e os clínico não conduzem tais princípios gerais, do, eles revelam os s próprios princípios o. (MACKAY, 1989, as direcionadas à a teoria clínica. A possam formar um ualidade infantil e a ou a analisar todos cto de seu trabalho nto, mais uma vez, titui. V Seminá ISSN 2177-0417 Para teóricos como H precisa passar por grandes m distinta a clínica da metaps proposta é reformular a teori sua linguagem teórica e obse Segundo Holt (1989) no fato dela apresentar algum algumas de um modelo e não conceitos metapsicológicos n conceitos são tratadas com metapsicologia: Freu de r pont aten solu Em vista disso, pode psicanalítica, diz respeito, es apontar os problemas funda estado atual da psicanálise c acordo com Holt (1989, p.32 1) A maior parte da meta da anatomia e da antiga disso. 2) Energia psíquica, for separado da realidade ma 3) A metapsicologia é u explicativo. 4) Falta à metapsicologi por exemplo - o problem ou a natureza da realidad Entretanto, em relaçã sobre o problema mente-corp “Co conc puls inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 20 - PP o Holt (1989, p.342), por exemplo, a teoria clín s mudanças e o primeiro passo, para isso, é con apsicologia, libertando-as de seus erros lógicos oria clínica para que ela se torne testável, tornand servacional, clara e sem formulações ambíguas. 9) grande parte da confusão sobre o que é a met gumas propriedades de uma linguagem, algumas ão ser encaixar totalmente em nenhuma destas. P s não são definidos de uma forma precisa e as a mo se fossem estruturas, o que gera muitas reud ao desenvolver suas proposições cometeu muitos erro e raciocínio, pois usou extensivamente metáforas e figur ontos de dificuldade teórica, uma prática que tende em o tenção do fato de queos problemas fundamentais da olucionados. (HOLT, 1989, p.325) ode-se dizer que a maior parte das críticas direc especialmente, à metapsicologia. Tais críticas vi damentais da teoria, além de serem utilizadas e como um tipo de pseudociência. Vejamos algu .325): etapsicologia é uma versão de termos ultrapassad iga biologia evolucionária, o projeto, por exem força e estruturas são apontadas como um es material, como instrumento de medida. é um sistema fechado, ela não tem nenhum val gia uma parada consistente sobre conceitos filos ema mente-corpo, ou o problema da liberdade e d ade. ação a este último item, Simanke (2006, p.103-10 orpo e o problema mente-mente da metapsicologi Com o desenvolvimento do corpus metapsicológico, Freud onceito de pulsão a função de articular o somático ao psíq ulsão foi definida em estreita relação com a conce Car PPG-Fil - UFSCar línica psicanalítica onsolidar de forma os e falácias. Sua ndo a relação entre etapsicologia, está as de uma teoria e . Por essa razão, os s abstrações de tais as contradições na erros lógicos e falácias ura de linguagem em ocultar ou desviar a da teoria não foram recionadas à teoria visam identificar e s para justificar o lguns exemplos, de sados da fisiologia, emplo, é resultante estado metafísico, valor heurístico ou ilosóficos básicos - e do determinismo, 104) em seu artigo gia, diz que: ud passou a atribuir ao síquico, mas a própria cepção freudiana da V Seminá ISSN 2177-0417 repr claro repr natu abor conc conc Apesar disso, para m fase terminal e sem nenhu psicanálise é bastante confus nova teoria, ao invés de ad tanto, ele pretende reexamin estabelecer novos parâmetros Holt (1989) propõe psicológicos (como desejos, e que possibilite fazer predi que tal modelo poderá co organismo humano (notadam Tal modelo seria fundament sistema psicobiológico, uma sistema: A co racio Com apod poss O interesse de Holt pontos em comum com as poderá ser o ponto de partida (...) serv ling fran dialo aban vez Ao discutir a distinç ralação pode haver entre a m notar que ele já pressupõe clássica discussão de “domín inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 21 - PP presentação, como o representante psíquico dos estímulos laro que essa delegação do somático no interior do psíquico presentação. Em outras palavras, a metapsicologia e a atureza do mental que dela emerge parecem oferecer uma v bordagem do problema mente-corpo, tornando essa articu oncebível em princípio, teoricamente abordável e aces onceitual.” a muitos teóricos, como Holt, a metapsicologia huma expectativa de recuperação e, portanto fusa e desestruturadora. Por essa razão, sua inten adotar a metapsicologia como uma teoria já es inar os conceitos fundamentais da psicanálise ros epistemológicos para esta última. e a criação de um modelo que seja fiel a eve s, sonhos, fantasias, sintomas), que pertença ao â dições, as quais possam ser constantemente ver correlacionar eventos psicológicos e eventos amente o cérebro), ou seja, um modelo de teoria entado na teoria dos sistemas, que considera o h ma unidade natural, que se origina a partir de u contribuição final da teoria dos sistemas é que ela prop cional e compreensiva para a cooperação e inter-relação d om este conhecimento nós poderemos parar de nos preocup podere eternamente da psiquiatria ou que o crescimento ossa ameaçar a psicologia ou a psicanálise. (HOLT, 1989, p olt na teoria dos sistemas está no fato desta ú as teorias psicanalítica e neurocientífica. Ele a ida para construção do seu suposto modelo: ..) o modelo não poderá ser outra neurofisiologia ou psi ervir como uma função valiosa para ambas as disciplinas co nguagem em comum e um conjunto de proposições em com anca, através da qual elas poderão se empenhar mutuam ialogo e a troca de idéias. Isto não significa, entretanto, q bandonar sua própria teoria e começar a falar sobre circu ez de Complexo de Édipo. (Holt, 1989, p.320-321) inção entre teoria e modelo, Holt (1989) questi metapsicologia e o resto da psicanálise. Neste p e uma separação entre a clínica e a metapsico ínios separados” que se postula em relação à teo Car PPG-Fil - UFSCar los somáticos, ficando ico se dava pela via da a concepção sobre a a via satisfatória para a ticulação, pelo menos, cessível à elaboração gia encontra-se em nto, a situação da tenção é criar uma estabelecida. Para e e, a partir disso, eventos puramente o âmbito da clínica verificadas. Ele diz s mensuráveis do ia neurofisiológica. homem como um e um outro grande oporciona uma análise o de todas as ciências. cupar que a química se to da neuropsicologia , p.321) última apresentar acredita que este psicanálise; ele poderá s concedendo-lhes uma omum (...) uma língua amente estimulando o , que a psicanálise irá cuitos de feedback em stiona que tipo de e ponto já podemos cologia, ou seja, a teoria psicanalítica. V Seminá ISSN 2177-0417 Para tanto, ele se apóia na fil que ter um domínio, uma li modelos.” (HOLT, 1989, p.3 A proposta de Holt, fuga dos problemas epistem psicanalítica. E essa fuga, a tal proposta, a qual poderá viabilidade de aplicação, tan conta o seguinte argumento: (...) base pois verd “um espe 1978 Assim, Holt conclui testada. Já que, somente o p formular, intuir e observar r sérias dificuldades para a tratamento, ou seja, o settin hipóteses. Contudo, é preciso e possibilidade de substituírem permanência no campo psic uma importância fundament portanto, não pretendem aban Em suma, o fato de uma ciência natural tornou- teoria psicanalítica, assim co ontológico” entre a metapsico De qualquer forma correlação entre proposições intenção e de significado, co que derivam da ciência natur como explicações para fenô inário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSC 19 a 23 de outubro de 2009 - 22 - PP filosofia da ciência, com os argumentos de que “ linguagem e, por fim, uma teoria freqüenteme p.316). lt, em relação à teoria dos sistemas, parece ser u temológicos gerados a partir da metapsicologi a princípio, pode ser vista como uma condição d rá enfrentar sérias dificuldades até que consiga, tanto na teoria quanto na pratica psicanalíticas, ..) a psicanálise não poderá constituir um sistema, porqu ase, enquanto instrumentos heurísticos encontram-se em ois só servem para informar uma investigação dos fatos erdade que a natureza psicanalítica deve confrontar-se c uma superestrutura especulativa”, sem dever incorrer na a speculativo emanando de uma cientificidade mal comp 978, p.66) lui que a psicanálise apresenta inúmeras dificu psicanalista clínico é quem tem oportunidade i r regularidades para construir hipóteses. No ent a investigação da teoria, como por exemplo tting analítico como o único lugar possível para enfatizar que, se por um lado, há teóricos que t rem a metapsicologia, por outro, há outros que sicanalítico. Estes últimos acreditam que a me ntal para o trabalho clínico, isto é, para a práxi bandoná-la ou substituí-la. de Freud tentar explicar sua teoria causal da me -se o ponto de partida para as construções cr como para a postulação do argumento de que sicologia e os princípios clínicos. ma, para os anti-metapsicologistas não há p ões psicológicas, que são construídas a partir d , com as proposições metapsicológicas que emp tural. Portanto, para eles as proposições neurológ enômenos psicológicos, já que, a metodologia Car PPG-Fil - UFSCar e“toda ciência tem mente também tem er uma tentativa de ogia para a teoria o de fragilidade de a, de fato, alguma s, caso se leve em que seus conceitos de m constante evolução, tos. Mas não é menos e com a exigência de a acusação de sistema mpreendida. (Assoun, ficuldades para ser e incomparável, de entanto, ele aponta lo, a situação de ara testar e avaliar e trabalham com a ue defendem a sua etapsicologia tem xis psicanalítica e, mente pelo viés de críticas acerca da ue há um “abismo possibilidade de r dos conceitos de mpregam conceitos lógicas não servem gia empregada nas V Seminá ISSN 2177-0417 explicações clínicas difere c aproximam do modelo mecan REFERÊNCIAS ASSOUN, P.L. Meta ________Introduçã ________ Freud: a 1978. ________ A interpre Psicológicas Completas de e V. FULGÊNCIO, L. A Humana 5(1): p.129-173, ja GILL, M. "Metapsyc 71-105. GRÜNBAUM, A. T Berkeley: University of Cal HOLT, R.R. Freud r MACKAY, N. Moti science. Psychological Iss Universities Press, 1989. SIMANKE, R. T. metapsicologia: pontos de cognitivas. In: Natureza Hu 2006, v.8 (esp.1): p. 93-117 STRACHEY, J. No vissitudes. In: Edição Sta Sigmund Freud. Rio de Jane STRENGER, C. 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