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RELATO DE EXPERIENCIA DIDATICA FINAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DO PARÁ
INSTITUTO CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE CIÊNCIAS EXATAS
LICENCIATURA EM INFORMÁTICA EDUCACIONAL
RELATO DE EXPERIÊNCIA- O CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL
Santarém, PA.
Fevereiro de 2018
Cândida Camila de Sousa
Jerry Campos Silva
Marcos José da Silva Batista
Maria Catarina Rodrigues dos Santos
Zaira Karine Almeida Batalha Rodrigues
RELATO DE EXPERIÊNCIA- O CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL
Trabalho apresentado no Curso de Licenciatura em Informática Educacional da Universidade Federal do Oeste do Pará, como requisito obrigatório para obtenção da aprovação na disciplina de Didática e Formação Docente.
Professor Dr. Solange Ximenes
Santarém, PA.
Fevereiro de 2018
O CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE INFORMÁTICA EDUCACIONAL: DIDÁTICA E FORMAÇÃO DOCENTE 
Resumo: Os avanços tecnológicos estão cada vez presentes no nosso cotidiano, transformando nossos hábitos, vivências e costumes. E isso é visível principalmente na educação e no cotidiano do aluno. Nesse âmbito, se faz necessário refletir sobre o papel do professor diante dessa realidade vivenciada, das metodologias e das indagações que surgem sobre este profissional. Com isso este trabalho busca identificar qual o campo de atuação do profissional de Informática, visando entender a importância do mesmo no contexto escolar, assim como mostrar quais os caminhos a serem seguidos para se alcançar as metas e objetivos educacionais, e detectar os obstáculos que podem surgir, de acordo com a experiência das visitas feitas na escola, durante a pesquisa.
Palavras-chave: Informática Educacional, Formação docente, Educação
INTRODUÇÃO
A educação atualmente propicia um leque de oportunidades, e é através dela que uma sociedade pode idealizar metas e rumos, tendo em vista as suas perspectivas. A tecnologia hoje está transformando tudo ao nosso redor, principalmente o contexto educacional. Os alunos são vistos de forma diferenciada, pois, eles aprendem diferente; interagem de novas formas, estando altamente entrelaçados com o avanço da Tecnologia.
Levando em consideração essa questão, é de suma importância que haja um professor que saiba mediar e acompanhar este processo. Sabemos que o computador, e as novas tecnologias proporcionam aos alunos, múltiplas formas de aprendizagem, porém se faz necessário certo cuidado na utilização desses meios.
Esta pesquisa tem como objetivo identificar qual é o campo de atuação do Profissional Licenciado em Informática Educacional, visando a importância do mesmo no contexto escolar, quais os caminhos a serem seguidos para se alcançar as metas e objetivos deste profissional, e detectar os obstáculos que podem surgir, de acordo com a experiência das visitas feitas nas escolas.
METODOLOGIA
O cenário de pesquisa foi a Escola Estadual Almirante Soares Dutra, que está localizada no Bairro do Caranazal, município de Santarém, no estado do Pará. A pesquisa foi realizada no dia 16 de fevereiro de 2018, no período da tarde, especificamente no Laboratório de Informática da escola. Durante a pesquisa foi aplicado um questionário, e feita uma entrevista com a professora coordenadora do laboratório. Para o desenvolvimento desse artigo fez-se necessário também o embasamento de pesquisa bibliográfica com a observação de informações de autores com temas afins.
ANÁLISE E DISCUSSÃO
No dia 16 de fevereiro de 2018 realizamos a entrevista na escola Almirante Soares Dutra, no turno da tarde. A equipe foi bem recebida pela diretora da escola e pela professora do laboratório. No primeiro contato com a coordenadora do laboratório, nos deparamos com a presença da professora e pôde-se perceber o desespero da mesma em relação a situação do laboratório. As perguntas dos questionários nem tinham sido feitas à professora e ela já começou a dialogar sobre várias questões do laboratório. A seguir relataremos sobre alguns pontos, acerca da estrutura do laboratório, sobre a professora do laboratório, suas motivações e outras questões que foram surgindo durante a entrevista com a professora. 
	A coordenadora do Laboratório de Informática da escola é a Professora Eliane Pereira Lima de 52 anos. Na entrevista a professora relatou que é formada em História, e tem especialização em políticas públicas. A mesma foi lotada no Laboratório de Informática no mês de maio do ano de 2017, e com isso, ficaria um professor substituto no lugar dela, até conseguirem alguém para ser lotado no Laboratório. 
O Laboratório de Informática da escola, está localizado na parte dos fundos, próximo à Biblioteca, e da quadra, essa situação nos faz pensar sobre a “isolação” que muitos laboratórios de informática possuem – isolação, não só na questão da situação dentro da sala, mais da localização do mesmo – pois os mesmos costumam sempre localizar-se em partes mais distantes das salas de aula, da diretoria, criando um certo “olhar” de esquecimento, isso é notório na maioria das escolas que possuem Laboratórios de Informática, ainda não se sabe o porquê disto, mas segundo Cysneiros 2006, tanto o professor quanto a escola, devem estar abertos ao acolhimento de todas as novas formas de tecnologias que um Laboratório de Informática podem propiciar.
“Ao colocar seus alunos em frente a computadores, automaticamente professor deixa de ser o centro de atenção, na sala de aula. Os aprendizes passam a gerir a própria aprendizagem, mesmo que particularmente. No início a sensação de desconforto pode ser considerável para o professor, pois suas competências de manejo de classe já não são adequadas no novo ambiente” (p.20).
	Para a coordenadora do Laboratório de Informática da Escola Almirante Soares Dutra:
“Não dá para você viver fora, em outro mundo, é um analfabetismo você não entender o que está passando nas redes de comunicação, que são várias, a tecnologia nos ronda e precisamos entender que necessitamos dela” (Eliane Pereira Lima).
Segundo a professora, o laboratório ao todo possui 36 computadores sendo que 2 são para pessoas com necessidades especiais, no entanto, a professora falou que nunca mexeu neles, e dos outros, apenas 4 estavam funcionando. No dia, percebemos que o laboratório estava muito “bagunçado”, era cadeira quebrada (em anexo), os fios e cabos dos computadores estavam foram do lugar e etc. A sala de aula, é dividida em duas alas na vertical direcionando para o quadro, sendo que cada ala possui duas fileiras, nas quais ficam disponíveis os computadores. 
	A primeira ala parecia estar com muitos computadores, mas a segunda ala, tinha uma fileira que estava quase vazia, existentes apenas no fim da fileira, vários monitores que, segundo a professora foram deixados na última visita feito pelo NTE, pois estavam com defeitos. Em outra fileira estava os computadores para pessoas com necessidades especiais, e tinham alguns monitores, gabinetes, e estabilizadores afastados. (Para ver a disposição dos computadores e o estado em que se encontrava o laboratório, ver anexos). 
É notável o descaso encontrado na maioria dos Laboratórios e Informática das escolas públicas de Santarém, que na maioria das vezes encontram-se em desuso e sucateados sem acesso permitidos aos alunos e professores da instituição, deixando assim, de usufruir dos benefícios que um laboratório e sua estrutura trariam à escola.
“É preciso, contudo, perceber a inserção dos recursos das tecnologias da informação e da comunicação na escola para além da inclusão digital, mediante a apropriação destes recursos enquanto instrumentos que estendem a capacidade humana de armazenar, resgatar e divulgar informação. Neste contexto, a escola é desafiada a observar, reconhecer, apropriar-se e contribuir para com a consolidação de uma nova cultura de aprendizagem” (BORTOLINE, 2012, p. 142).
A professora reportou que há seis anos atrás ela fez um projeto para o laboratório, estava tudo funcionando, mas não colocaram ninguém, e duranteesse tempo o laboratório ficou fechado, chegaram até a colocar materiais de construção no local, e no mês em que ela assumiu o laboratório. Assim, agora depois de seis anos, o local se encontra totalmente diferente, tinham sido levados vários pertences, havia a presença de excrementos de rato e morcego, ou seja, era uma situação desagradável.
“Primeiro eu expliquei as condições do laboratório, para variar, eu quero muito trabalhar aqui[...], eu peguei limpei isso aqui, eu fiz relatório, peguei os alunos, coloquei as máquinas para lá, mandei limpar, coloquei... Chamei o cara do NTE para ver quais as máquinas que prestavam e não prestavam” (Eliane Pereira Lima). 
Observamos na fala da professora, que ela tinha muita força de vontade para trabalhar no laboratório, de querer fazer algo para que o mesmo funcionasse, porém não tinha apoio, e não tinha condições na situação que se encontrava o laboratório. 
A primeira pergunta feita no questionário a respeito de quem são os profissionais que atuam nos laboratórios hoje, a professora respondeu que:
“[...] Para você assumir um Laboratório de Informática hoje nas escolas você tem que ter, não sei se tem que ter aperfeiçoamento, mas tem que ter as aulas que são administradas aqui na Ure no NTE, no núcleo e tecnologia da educação, aqui em Santarém no caso, ai eles tem todos os cursos, você tem que fazer com determinado tipo de número, de carga horaria que você já tem, tem que ter esse estudo, esse mínimo de estudo está entendendo? Lá dentro do Laboratório, é isso que eu tenho”. (Eliane Pereira Lima).
	
	Percebe-se que atualmente, que não há a existência de um profissional formado na área para trabalhar nesses espaços, por isso geralmente são professores que atuam em alguma disciplina que ficam a cargo, não que um professor de português por exemplo não possa trabalhar em um laboratório, mas se faz necessário a presença de um profissional que saiba fazer a mediação entre recursos tecnológicos e a didática utilizada em sala, juntamente com o professor de qualquer disciplina da base comum curricular.
	Além disso, também é visível a despreocupação do Estado, do Governo em criar políticas públicas para a formação e contratação desses profissionais. Isso é visível, quando a professora Eliane, contou que assim que começaram a serem inseridos os Laboratórios de Informática no Pará, foram oferecidos cursos de especialização, para aqueles professores que quisessem trabalhar nos laboratórios, então ela disse que se inscreveu e realizou as atividades do curso, porém este, não teve continuidade, pois não tinham professores suficientes para orientá-los no TCC. 
	Nós perguntamos à professora se só esses cursos eram suficientes. Ela relata que:
“Não, porque os cursos que a gente faz lá é para se trabalhar com projetos, com alunos, todos os cursos que eu faço, e eu me “inteiro” mais, procuro ler mais e é isso que tenho interesse [...] e as ferramentas que eu uso dentro dos computadores, eu tenho que ter uma noção, é isso que eles dão lá pra ti, é uma noção, é uma base que você tem desses programas, mas que necessariamente você não precisa trabalha com ele, você precisa orientar o aluno para trabalhar com ele, porque é muita coisa e o que a gente precisa aqui, é de professores tanto na questão de manter as máquinas funcionando, que são os professores da área [...] ...e nós temos que ter professores que saibam trabalhar com projetos e alunos bem, que fizeram cursos, então professores da área de vocês eu não sei, que precisam é estar acompanhando esses alunos para eles chegarem até o professor da sala de aula, tem que ser uma rede” (Eliane Pereira Lima).
	A professora Eliane relata em sua fala a importância de a escola atual acompanhar os avanços tecnológicos e estar situada nas redes comunicações, segundo Silva & Correa, 2014:
“A evolução tecnológica tende a alterar comportamentos, estabelecer processos comunicativos diversificados provocando uma interação que vai desde o contato entre pessoas diferentes como à relação entre conhecimentos e aprendizagens distintas” (p. 9).	
	É importante reafirmar a presença das tecnologias em ambientes escolares para que todos os participantes da comunidade escolar saibam e entendam que de fato, a Educação necessita estar em parceria com o avanço das tecnologias e que ambas saibam dar às mãos e trabalhar em prol da melhoria no Ensino da Rede Pública das escolas, não só de Santarém, como do Brasil todo.
	Após a visita ao Laboratório de Informática da Escola Almirante Soares Dutra, percebe-se a clara motivação da professora em fazer com que o Laboratório funcione, para que assim ela possa auxiliar seus alunos e transformar às aulas em momentos de interação e contemplação das novas tecnologias em ambientes escolares, propiciando o interesse e fomentação do conhecimento por parte dos alunos da rede pública de ensino da cidade.
Considerações finais
	A partir das observações realizadas antes, durante e após a visita de reconhecimento do Laboratório de Informática da Escola Almirante Soares Dutra, pôde-se perceber que a realidade do laboratório da escola é semelhante àquela encontrada na maioria das escolas da Rede Pública de Ensino na cidade de Santarém. 
	No entanto, a motivação e sentimento de luta presente na professora de Laboratório da escola, sobressaiu-se em detrimento das dificuldades encontradas. Assim, o papel de guiar os alunos em compromisso com a aprendizagem usando as novas tecnologias e os recursos que são oferecidos pelas escolas, é de extrema importância, para que não se perca o desejo de melhoria para o ensino em nossas escolas. Resta ao professor de laboratório da escola da rede de ensino em Santarém saber lidar com as divergências do dia a dia, como mostrado no exemplo acima da professora Eliane Pereira, que não tem condições de trabalhar em laboratório e leva seus alunos para a aulas de campo, onde explora a natureza e os instiga a produzir vídeos sobre a realidade da região. Com isso, observa-se que tudo depende da atitude e motivação do professor para saber manusear o que se tem em mão e o que se constrói na mente.
	Assim, aprende-se com esta humilde experiência de vivência, sobre a realidade que será encontrada no campo de atuação do profissional de Informática Educacional, restando ao mesmo, apenas saber como reverter à situação e assemelhar-se ao exemplo da professora Eliane, que não se deixa abater pelas poucas estruturas nas escolas, e é possivelmente alta a probabilidade de que existem mais professores e professoras assim, que são apaixonados pelo que fazem, mesmo enfrentando desafios para realizar seu trabalho no dia a dia.
	Com isso, conclui-se que o papel do profissional do Licenciado em Informática Educacional é o de ser mediador entre os recursos humanos e tecnológicos, nos quais se faz presente como utilizador e utilizado, primando principalmente pela vivência harmoniosa entre as tecnologias e o ambiente escolar, podendo assim transmitir à Educação de ambas as formas, humana e tecnológica.
Referências bibliográfica
MENEZES, A. D. A. A importância dos Laboratórios de Informática em uma escola classe: diagnósticos e desafios. Universidade de Brasília, Distrito Federal, Julho, 2014.
SILVA, R. F, CORREA, E. S., Novas Tecnologias e Educação: a evolução do processo de ensino e aprendizagem na sociedade contemporânea. Educação & Linguagem, ano 1, nº 1, Junho, p. 23-35, 2014.
BORTOLINE, et al. Reflexões sobre o uso das tecnologias digitais da informação e da comunicação no processo educativo. Revista Destaques Acadêmicos, CCH/UNIVATES, v.4, n.2, 2012.
CYSNEIROS, P. G (2006). Novas Tecnologias, Informação e Educação e Sociedade. Campinas, São Paulo, UniCamp, CEDES, no prelo.
Anexos:
	
	
	
 
Vista geral do labin. 
Disposição dos computadores que não estão sendo utilizados pela escola.
Disposição dos computares específicos para alunos com necessidades especiais da escola.
Quadro de sugestões de atividades elaboradospela professora do Labin para serem feitas com os alunos.
Professora do Labin apresentando a página do facebook criada para o divulgar as atividades feitas no Labin.
Equipamentos em completo desuso esquecidos no Labin.
Partes de hardware em completo desuso empilhados no Labin.

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