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Capítulo I

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Capítulo I - Fazendo a coisa certa. 
(Págs. 9 – 42), Sandel nos faz refletir acerca de nossa vida cívica e sobre o que é o certo a se fazer em uma situação caótica como a de uma catástrofe ou acidente, por exemplo. Ele relembra o caso ocorrido em 2004 após a passagem do furacão Charley na Flórida e nos questiona: seria justa a elevação dos preçosa partir da catástrofe ou isto seria uma forma de obter lucro à custa das dificuldades das vítimas? Nesse caso, onde a oferta era mínima e as necessidades eram grandes, o Estado deveria regular o mercado para impedir essa exploração? 
O caso remete à criação de uma lei que proíbe o abuso de preço em oposição ao princípio do mercado livre. O fundamento primordial de tal lei seria o do preço justo, ou seja, os consumidores deveriam ter a liberdade de pagar o preço por escolha própria e não por imposição. Percebe-se que, para Sandel, a virtude por detrás desta lei perdeu seu posto para um princípio moderno, o da liberdade mercantil em relação ao Estado, que proporcionou a geração de terríveis consequências quando em conjunto com o egoísmo e a ganância. 
Ele também apresenta a lógica moral da teoria aristotélica no que diz respeito ao mérito justo. O raciocínio moral é um meio de definir nossas convicções e, até mesmo, de persuadir os outros. Com a exemplificação do caso de um bonde desgovernado, somos levados a pensar se seria justo sacrificar uma vida em favor de cinco outras vidas. Michael Sandel revela a relatividade e divergência entre o que é justo e o que é injusto, o que é certo e o que é errado, existentes na vida em sociedade. 
Assim, podemos notar que o primeiro capítulo de “Justiça”, possui uma postura crítica da plena liberdade que ignoram virtudes como a solidariedade, pois a livre busca pelo dinheiro e pelo sucesso significa na maioria dos casos ignorar as virtudes éticas e morais essenciais à justiça, dificultando o consenso e o entendimento de duas partes em uma discussão ou em um julgamento na opinião de Sandel.
Com os argumentos e reflexões de Sandel, ensina que a justiça está intimamente associada à virtude, sugerindo que a política justa deverá sempre estar ligada aquestões morais as quais devem ser aplicadas em interesses sociais e econômicos.

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