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CASO CONCRETO 10

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PRÁTICA SIMULADA I - CCJ0146
Título
SEMANA 10
Descrição
Caso Concreto
Juliana Flores, brasileira, solteira, empresária, residente e domiciliado na Rua Tulipa, 
333, Campinas /SPJ, procura você, advogado, portando mandado de citação recebido no 
dia de ontem, expedido pelo Juízo da 1ª Vara Cível Comarca de Campinas , relativo ao 
processo n° 1234, ação de Anulação de Negócio Jurídico proposta em 20 de janeiro de 
2017, por Suzana Marques .
Na petição inicial consta que Suzana doou no dia 18 de março de 2012 , o sitio situado 
na Rua Melão,121, Ribeirão Preto/SP, que tem o valor de mercado de R$50.000,00 
(cinquenta mil reais), para o Orfanato Semente do Amanhã . Alega a autora que tal 
doação ocorreu em virtude da coação sofrida pelo mesmo já que era funcionária da 
empresa XYZ Ltda. Onde Juliana é sócia majoritária e presidente. Sendo certo também, 
que Juliana desempenhava a função de diretora do orfanato beneficiário da doação. A 
autora informa em sua inicial que diariamente a ré lhe dizia que deveria doar algum bem 
para a caridade a fim de que “reservasse seu espaço no céu”, crença da religião a qual 
pertencia. Receosa de ser demitida, já que trabalhava como gerente de recursos humanos 
da empresa , percebendo um excelente salário mensal, decidiu por doar um de seus três 
imóveis, o de menor valor à instituição supramencionada.
Conclui informando que não deseja a designação de conciliação, requerendo a citação do 
réu bem como a procedência do pedido para anular o negócio jurídico, atribuindo à causa 
o valor de R$50.000,00.
Juliana lhe informa o que se segue:
Que efetivamente é sócia majoritária e presidenteda empresa onde a autora trabalhava , 
que a autora percebia mensalmente o salário de R$15.000,00 (quinze mil reais) sendo 
certo, no entanto, que jamais coagiu o mesmo a realizar qualquer doação, sendo a 
liberalidade realizada por livre vontade já que a autora pertencia à mesma religião da ré . 
Esclarece que no mês seguinte à doação, ou seja, em abril de 2012, a autora pediu 
demissão por ter aceitado a proposta de emprego feita pela concorrente em fevereiro de 
2012, em razão do melhor salário. Realmente a ré sugereque seus funcionários pratiquem 
atos de caridade. No entanto, jamais ameaçou quem quer que fosse como pode ser 
constatado por seus funcionários que adotam religião diversa e que jamais realizaram 
qualquer doação ao orfanato que era dirigido pelo ré. Por último esclarece que desde 
2013 não é mais diretor do orfanato em questão.
Por derradeiro esclarece que esta é a segunda ação intentada pela autora em face da ré 
com os mesmos argumentos e finalidade, sendo certo que a primeira, proposta em 10 de 
abril de 2015, tramitou perante a 2ª Vara Cível da Comarca de Campinassendo julgado 
improcedente o pedido não sendo cabível mais qualquer recurso e que também 
nãodesegja participar da audiência de conciliação.
Elabore a medida judicial cabível para defesa dos interesses do réu abordando as questões 
de direito processual e material.
Desenvolvimento

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