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David Ausubel - Teoria da Aprendizagem Significativa

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Nome: Victoria Andriani Simplicio
Curso: Pedagogia - 18h10
	R.A.: 17101112
Turma: 279PDCZA
Biografia de David Ausubel
David Paul Ausubel (25 de outubro 1918, New York - 9 de julho de 2008), foi um grande psicólogo da educação estadunidense, exatamente, em 1918, numa época em que a população judaica sofria uma série de preconceitos e conflitos religiosos.
Filho de família judia e pobre, imigrantes da Europa Central, cresceu insatisfeito com a educação que recebera. Revoltado contra os castigos e humilhações pelos quais passara na escola, afirma que a educação é violenta e reacionária. Para ele, “A escola é um cárcere para meninos. O crime de todos é a pouca idade e por isso os carcereiros lhes dão castigos”.
Após sua formação acadêmica, em território canadense resolve dedicar-se à educação no intuito de buscar as melhorias necessárias ao verdadeiro aprendizado. Totalmente contra a aprendizagem puramente mecânica, torna-se um representante do cognitivismo, e propõe uma aprendizagem que tenha uma "estrutura cognitivista", de modo a intensificar a aprendizagem como um processo de armazenamento de informações que, ao agrupar-se no âmbito mental do indivíduo, seja manipulada e utilizada adequadamente no futuro, através da organização e integração dos conteúdos apreendidos significativamente.
Segundo Ausubel, a aprendizagem significativa no processo de ensino necessita fazer algum sentido para o aluno e, nesse processo, a informação deverá interagir e ancorar-se nos conceitos relevantes já existentes na estrutura do aluno. O autor entende que a aprendizagem significativa se verifica quando o banco de informações no plano mental do aluno se revela, através da aprendizagem por descoberta e por recepção. O processo utilizado para as crianças menores é o de formação de conceito, envolvendo generalizações de interesses específicos para que, na idade escolar já tenham desenvolvido um conjunto de conceitos, de modo a favorecer o desenvolvimento da aprendizagem significativa. Esses conceitos deverão ser adquiridos através de assimilação, diferenciação progressiva e reconciliação integrativos de conceitos. Para tanto, Ausubel sugere para esse processo, a utilização de organizadores prévios para, de fato, ancorar a nova aprendizagem, levando o aluno ao desenvolvimento de conceitos subsunçores, de modo a facilitar a aprendizagem subsequente.
A Teoria da aprendizagem de Ausubel tem como objetivo facilitar a aprendizagem do aluno, através da psicologia da aprendizagem significativa. Diz ele, que “Se eu tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um único princípio, diria isto: o fato isolado mais importante que informação na aprendizagem é aquilo que o aprendiz já conhece. Descubra o que ele sabe e baseie isso nos seus ensinamentos”. A aprendizagem significativa é elemento essencial ao processo de aquisição do conhecimento do aluno, fundamental para o novo papel do professor e a função social da escola.
Teoria da Aprendizagem Significativa
A teoria da assimilação de David Paul Ausubel, ou teoria da aprendizagem significativa, é uma teoria cognitivista e procura explicar os mecanismos internos que ocorrem na mente humana com relação ao aprendizado e à estruturação do conhecimento. Como Piaget, Ausubel acredita no valor da aprendizagem por descoberta, mas volta a valorizar a aula do tipo expositiva, que será o grande foco da sua pesquisa.
Neste sentido, o maior legado deixado por Ausubel é justamente o de técnicas e reflexões acerca da aula do tipo “tradicional”, e do tipo de enfoque, cuidado e trabalho ideais que um professor deveria ter neste contexto, no sentido de proporcionar o melhor aprendizado possível para seus alunos.
 
Conceitos Básicos
Segundo a teoria de Ausubel, os principais conceitos relativos à aprendizagem se articulam esquematicamente da seguinte forma:
Estrutura cognitiva - Segundo Ausubel, a estrutura cognitiva é o conteúdo total e organizado de ideias de um dado indivíduo; ou, no contexto da aprendizagem de certos assuntos, refere-se ao conteúdo e organização de suas ideias naquela área particular de conhecimento. Ou seja, a ênfase que se dá é na aquisição, armazenamento e organização das ideias no cérebro do indivíduo.
Para Ausubel a estrutura cognitiva de cada indivíduo é extremamente organizada e hierarquizada, no sentido que as várias ideias se encadeiam de acordo com a relação que se estabelece entre elas. Além disso, é nesta estrutura que se ancoram e se reordenam novos conceitos e ideias que o indivíduo vai progressivamente internalizando, aprendendo.
Aprendizagem - Para Ausubel, a aprendizagem consiste na “ampliação” da estrutura cognitiva, através da incorporação de novas ideias a ela. Dependendo do tipo de relacionamento que se tem entre as ideias já existentes nesta estrutura e as novas que se estão internalizando, pode ocorrer um aprendizado que varia do mecânico ao significativo.
Aprendizagem significativa - A aprendizagem significativa tem lugar quando as novas ideias vão se relacionando de forma não-arbitrária e substantiva com as ideias já existentes. Além de não-arbitrária, para ser significativa, a aprendizagem precisa ser também substantiva, ou seja, uma vez aprendido determinado conteúdo desta forma, o indivíduo conseguirá explicá-lo com as suas próprias palavras. Como exemplo, se o aluno aprende significativamente que o cão é um mamífero, ele deverá ser capaz de expressar isso de diversas formas, como: “o filhote de cachorro mama de sua mãe” ou “o cachorro é um animal que, como nós, mama quando é filhote”. A “substantividade” do aprendizado significa que o aprendiz entendeu o significado daquilo que se ensinou, de modo que pode expressar este significado com as mais diversas palavras. Para Ausubel, o objetivo maior do ensino acadêmico é que todas as ideias sejam aprendidas de forma significativa. Isso porque é somente deste jeito que estas novas ideias serão “armazenadas” por bastante tempo e de maneira estável.
O extremo oposto da aprendizagem significativa é a mecânica. Neste caso, as novas ideias não se relacionam de forma lógica e clara com nenhuma ideia já existente na estrutura cognitiva do sujeito, mas são “decoradas”. Desta maneira, elas são armazenadas de forma arbitrária, o que não garante flexibilidade no seu uso, nem longevidade.
É importante ressaltar que, apesar de Ausubel ter enfatizado sobremaneira a aprendizagem significativa, ele compreendia que no processo de ensino-aprendizagem existem circunstâncias em que a mecânica era inevitável.
Aprendizagem por descoberta e por recepção - Segundo a teoria ausubeliana a aprendizagem pode se processar tanto por descoberta quanto por recepção:
Descoberta: o aluno deve aprender “sozinho”, deve descobrir algum princípio, relação, lei, ... , como pode acontecer na solução de um problema.
Recepção: recebe-se a informação pronta (como em uma aula expositiva) e o trabalho do aluno consiste em atuar ativamente sobre esse material, a fim de relacioná-lo a ideias relevantes disponíveis em sua estrutura cognitiva.
 
Formas de aprendizagem significativa
Uma vez existente um conjunto de ideias na estrutura cognitiva do sujeito, com as quais novas ideias podem se articular de maneira não-arbitrária e substantiva, este relacionamento pode acontecer de três formas diferentes: por subordinação (ou subsunção), por superordenação e de forma combinatória.
Subordinação (subsunção) - Acontece quando a nova ideia é um exemplo, uma especificação de algo que já se sabe. Mas esta relação pode acontecer segundo duas formas:
Derivativa: o que se aprende é mais um exemplo daquilo que já se sabe, não trazendo qualquer alteração para a ideia mais geral à qual está relacionado.
Correlativa: a nova ideia que se aprende é um exemplo que alarga o significado de algo mais amplo que já se sabe.
Superordenação - Ocorre quando a nova ideia que se aprende é mais geral do que uma ou um conjunto de ideias que já se sabe.
Segundo Ausubel, é mais fácil para o ser humano aprender por subordinação do que por superordenação.Aprendizagem combinatória – Este tipo de aprendizagem acontece quando a nova ideia não está hierarquicamente acima nem abaixo da ideia já existente na estrutura cognitiva à qual ela se relacionou de forma não-arbitrária e lógica. Ou seja, esta nova ideia não é exemplo nem generalização daquilo que se usou como âncora para ela na estrutura cognitiva do indivíduo. Esta âncora, no entanto, é necessária para que se possa estabelecer uma aprendizagem de fato significativa.
Fatores internos para a aprendizagem significativa
Na explicação dos conceitos básicos da teoria de Ausubel, consideramos a condição em que já existem, na estrutura cognitiva do sujeito, ideias que possam servir como âncora para ideias novas. No entanto, não se teceram quaisquer considerações sobre a existência, a clareza e a firmeza destas ideias, nem sobre a disposição do indivíduo em aprender significativamente. Como estes fatores são relativos a cada indivíduo particularmente, convencionou-se chamá-los de fatores internos. Além disso, segundo propõe a teoria, eles podem ser divididos em duas classes: fatores cognitivos e fatores afetivo-sociais.
Fatores cognitivos - Para a teoria ausubeliana existem três fatores relativos à estrutura cognitiva do indivíduo e que devem ser considerados no processo ensino-aprendizagem:
A existência de ideia âncora à qual pode se conectar, por subordinação, superordenação ou de forma combinatória, uma nova ideia que se deseja ensinar.
A extensão em que a tarefa que se deseja assimilar é discriminável das ideias que lhe servirão de âncora. Assim sendo, não só a maneira de o professor apresentar a informação, como a forma com que o aluno estabelece internamente estas relações são importantes para o aprendizado consistente do novo conteúdo.
A clareza e a firmeza das ideias que servirão como âncoras determinam o nível e a estabilidade do aprendizado da nova ideia. Caso aquilo que se utilizou como âncora não seja suficientemente “sólido” para o aluno, pode acontecer que âncora e ancorado se percam ou não se discriminem de forma adequada.
Fatores afetivo-sociais - Segundo a teoria ausubeliana, a aprendizagem é significativa quando se estabelece uma ligação não-arbitrária e substantiva entre uma nova ideia e uma ideia âncora.
Esta relação pode ser potencializada quando da preparação do material instrucional ou quando da apresentação da aula. No entanto, internalizar estas relações exige do aluno vontade de fazê-lo, visto que este é um processo ativo. Assim, mesmo que o material ou a aula seja potencialmente significativo para o estudante, ele pode optar por simplesmente decorá-lo (aprendizado mecânico).
Fatores externos para aprendizagem significativa
Nesta classe se enquadram os fatores sobre os quais os professores têm acesso e podem manipular “livremente” de modo a proporcionar as melhores condições possíveis para que os alunos possam aprender significativamente. São denominados fatores externos, porque estão relacionados a condições exteriores ao aluno (aula, material instrucional,...) que caracterizam o ambiente escolar no qual ele está inserido.
Diz-se que a aula e o material instrucional de apoio (livros, transparências, figuras,...) são potencialmente significativos, quando, satisfeitas as condições internas (existência de ideias âncoras firmes e de vontade de aprender), este material possibilita a aprendizagem significativa do aluno. Para tal, condição indispensável a ser obedecida é que as novas ideias sejam propostas de maneira não-arbitrária, fazendo-se referência lógica e clara com ideias âncoras já presentes na estrutura cognitiva do estudante.

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