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ARTIGO A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO

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A ESCOLA E OS TIPOS DE INCLUSÃO 
Resumo
	Inclusão escolar traz novos padrões para as escolas de ensino regulares, pois é preciso acolher estes indivíduos, oferecer-lhe condições de aprendizagem, contribuir positivamente no desenvolvimento de suas potencialidades e suas capacidades. O presente artigo tem por objetivo discutir sobre inclusão, mostrando que esse processo é algo que vem acontecendo, porem levará um tempo para que seja concretizado.
Palavras-chave: Inclusão, Deficiência, Escola.
 A diversidade cultural é encontrada em qualquer sociedade, ou seja, em empresas, igrejas etc. O mesmo acontece nas escolas, mas será que as escolas estão prontas para receber e aplicar as diferenças?
	Entendemos que no papel a lei do direito a educação está bem elaborada, mas na pratica falta o cumprimento, muitas vezes por falta de conhecimento, deixa-se de cumprir a lei, sabemos que a inclusão é um direito de todos, mas nem todos estão conscientes das possibilidades que levam a inclusão.
	Saber trabalhar a inclusão é saber da diferença, e vencer os preconceitos que existem nela, valorizando assim o que cada um pode ser, sendo assim a escola se torna papel importante na vida desta criança para seu desenvolvimento e crescimento. A educação especial tem como finalidade promover o acesso das pessoas com deficiência as escolas, oferecer a elas novas possibilidades de desenvolver suas habilidades e competências.
	A declaração de Salamanca dispõe em seu artigo que “ Toda criança tem direito fundamental a educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem”. Com base na constituição vemos que a inclusão é um processo assegurado por lei, a Legislação Brasileira (LDBEN 9394/96) busca garantir que a inclusão escolar permita que as crianças possam se socializar, desenvolver suas capacidades pessoais e aprimorar sua inteligência emocional.
	Para entender como conquistamos o processo de inclusão, passaremos por todos os processos.
	No período de segregação até os anos de 1960, as pessoas com deficiência eram impedidas de frequentarem as escolas, eram privados da socialização, prevalecia a ideia que os deficientes não conseguiam e não tinham capacidade para avançar no processo educacional.
	Já nos anos 1970 nos deparamos com a integração, onde as escolas passaram a receber as pessoas com deficiência, porém não proporcionavam aprimorar suas capacidades.
	Somente em 1980 foi implantada a definição de conceito de inclusão, onde a educação especial passou a ser vista com outro olhar, onde ouve o respeito das diferenças e a diversidade em que o estímulo das habilidades de todos é fundamental. Nessa nova fase o foco é uma educação baseada na igualdade de oportunidades, onde há a valorização do ser humano e respeito da diversidade.
	A educação social defende a inclusão, o convívio social e a conquista de novas aprendizagens, porém ainda á barreiras a serem superadas, as dificuldades das escolas vão desde as péssimas condições nos ambientes escolares, até a falta de formação dos professores.
	Dessa forma pretende-se por meio desse artigo, descrever um relato observado durante o acompanhamento feito na escola, das dificuldades da escola e professores em aplicar a lei no dia a dia, A escola observada pertence à rede regular de ensino público no município de Cerro Azul. A sala de aula observada foi uma sala de 3º ano e 4ºano do Ensino Fundamental, onde estão matriculados dois alunos com TEA mais conhecida como autismo. Esses alunos fazem acompanhamento médico, onde foi atestado com transtorno de espectro autista, a rotina desses alunos é bem diferente, pois eles se isolam das demais crianças na sala de aula, possuem dificuldades na fala e na pronuncia de algumas palavras, não são de fazer amigos, se irritam com facilidade, possuem dificuldades de aprendizagem, fazem menos contato visual, possuem dificuldades de brincar e não são de brincar com os colegas, eles se isolam e brincam sozinhos.
	Depois tive uma breve conversa com os pais do aluno. Questionado se eles estavam de acordo e o que eles achavam da escola, me disseram que no começo para encontrar uma educação inclusiva foi difícil, pois eles tinham medo e alguns colégios não mostravam de acordo com as normas e sem estrutura para atender crianças com necessidades especiais. Segundo eles, os profissionais da escola são comunicativos, o colégio tem estrutura, mas ainda percebe que as vezes o filho tem que lidar com diferenças entres os colegas.
	Minha proposta inclusiva é de que a metodologia de ensino para as crianças com deficiência tem que acontecer de maneira organizada e sistemática, seguindo um plano de ensino já estruturado. O ensino não pode ser apenas teórico, mas sim, ser um fator que provoque o interesse no educando. Sendo assim, o atendimento à criança com Autismo deve ocorrer de forma gradual, pois estas crianças não conseguem absorver grande número de informações. Ter a capacidade de se constituir em um fator de auto-estima do aluno com jogos e interações com os outros alunos. 
Conclusão 
	A inclusão, em nossa sociedade, é um desafio. Porque simplesmente, esta dita possui barreiras para separar as escolas regulares dos alunos com necessidades especiais. A primeira, e mais difícil, é o preconceito. A segunda é a estrutura física, que embora não seja tão difícil de ser superada, o poder público não tem disponibilizado verbas suficientes para que estas barreiras sejam superadas. Outra barreira é a falta de conhecimento a respeito dos direitos dos deficientes por parte dos seus familiares. Como lutar por direitos se não se sabe nem mesmo que eles existem. As escolas precisam estar preparadas para dar o suporte necessário para esses alunos, seja na infraestrutura da instituição, principalmente, na capacitação dos profissionais de ensino para este tipo de acompanhamento.
	Os professores precisam estar conscientes de sua importância e da função que desempenham, no caso de terem um aluno com Autismo, na sala. Como se vê, é na relação concreta entre o educando e o professor que se localizam os elementos que possibilitam decisões educacionais mais acertadas, e não somente no aluno ou na escola. 
Referências
O Ambiente Escolar e a Inclusão: necessidades, preconceito, relação e preparação do professor. Disponível em: http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2012/08/o-ambiente-escolar-e-a-inclusao-necessidades-preconceito-relacao-e-preparacao-do-professor-3848032.html. Acesso em 29 de maio de 2018
Educando para a cidadania: inclusão em sala de aula. Disponível em: http://educacao.faber-castell.com.br/professores/na-sala-de-aula/educando-para-a-cidadania-inclusao-em-sala-de-aula/. Acesso em 1 de junho de 2018
Declaração de Salamanca sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em 1 de junho de 2018.
AQUINO, Julio Groppa (Org.). Diferenças e preconceitos. – Na escola – Alternativas Teóricas e Práticas. 2ª Edição. Summus Editorial. 2003
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 
 3 de junho de 2018

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