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Inclusão de alunos especiais

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2 Desenvolvimento
2.1 Uma escola inclusiva de qualidade
A escola inclusiva com equidade é um desafio que implica e rever alguns aspectos, que envolvem desde o setor administrativo até o pedagógico. As Unidades Escolares de Ensino Regular devem oferecer vagas e matricular todos os alunos, organizando-se para o atendimento com equidade aos educandos com necessidades educacionais especiais e assegurar-lhes condições necessárias para a permanência e aprendizagem.
Em relação à educação especial, o artigo 3º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 especifica que:
Por educação especial, modalidade da educação escolar entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais e especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentem necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1)
A política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades.
A diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcionários, corpo docente e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades extraclasses nunca deixam de atender os alunos com necessidades especiais.
O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educação Básica. De acordo com o artigo 4º da Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001, a educação especial considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pauta em princípios éticos, políticos e estéticos de modo a assegurar:
 I - a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e de inserção na vida social; II - a busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e competências;  III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o usufruto de seus direitos (BRASIL- MEC/SEESP, 2001, p. 1)
Assim, o trabalho com a educação inclusiva nas Unidades Escolares tem que ser direcionado a partir do seu contexto real, analisando as condições em que a escola recebe os alunos com necessidades especiais e como assegura aprendizagem, possibilitando a integração entre educação regular e especial.
Nas escolas inclusivas as pessoas se apóiam mutuamente e suas necessidades específicas são atendidas por seus pares, sejam colegas de classe, de escola ou profissionais de áreas. A pretensão dessas escolas é a superação de todos os obstáculos que as Impedem de avançar no sentido de garantir um ensino de qualidade (MADER,1997)
Conforme Mader (1997), é necessário construir uma política de igualdade com seriedade e responsabilidade, possibilitando ações significativas e de qualidade na prática de educação inclusiva.
Há um emergente consenso de que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência e desvantagens severas (SALAMANCA, 1994, p.6) 
Mantoan (2003), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, ou seja, consideram-se que o ato de educar supõe intenções, representações que temos do papel da escola, do professor, do aluno, conforme os paradigmas que os sustentam. A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. Possa também ser entendida, segundo uma concepção moderna, como um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios que são partilhados em um grupo em um dado momento histórico e que norteiam o nosso comportamento, até estarem em crise, porque não nos satisfazem mais, não nos dão mais conta dos problemas que temos para solucionar.
Ainda nos dias atuais a inclusão é vista como um desafio, causando angústias e expectativas em grande parte dos profissionais da educação. Porém, mais amenas que em tempos passados, pelo fato de que, ao ser devidamente aceita pela escola, desencadeia um compromisso com as práticas pedagógicas que favorecem todos os alunos, ou seja, uma verdadeira mudança na concepção de ensino, visando uma aprendizagem significativa, inclusiva e de qualidade.
Não há mais sentido em preservar modelos de ensino tradicional, desrespeitar as diferenças, mantendo uma escola excludente. O artigo 208 Constituição Federal, § 1º reza que “O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo”. Ainda no artigo 208 descreve que o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, deve ser preferencialmente na rede regular de ensino.
E já no século XXI, a escola que se tem, que se precisa é aquele que tem compromisso com a formação integral do cidadão, de um cidadão crítico, participativo e criativo, que atenda as demandas e a competitividade do mundo atual, com as rápidas e complexas mudanças da sociedade moderna. Assim, a educação escolar no exercício da cidadania implica na efetiva participação da pessoa na vida social, cabendo-lhe o respeito e a solidariedade, poupada a sua dignidade, a igualdade de direitos e repelido quaisquer forma de discriminação.
Mantoan (2003), acreditando no desenvolvimento dos alunos com necessidades educacionais especiais, aponta algumas estratégias que ajudam no trabalho do corpo docente, como na aprendizagem dos alunos;
- Colocando como eixo das escolas que toda criança é capaz de aprender;
- Garantido tempo e condições para que todos possam aprender de acordo com as possibilidades de cada um;
- Abrindo espaço para que a cooperação, o dialogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico sejam exercitados por alunos, professores, gestores e funcionários da escola;
- Estimulando, formando continuamente e valorizando o professor, que é o responsável pela aprendizagem dos alunos.
- Substituindo o caráter classificatório de avaliação escolar, através de notas e provas, por um processo que deverá ser contínuo e formativo de todo o processo de ensino e aprendizagem.
A inclusão, portanto, implica em práticas pedagógicas inovadoras visando o sucesso de aprendizagem de todos os alunos.
2.2 Importância dos valores, princípios e atitudes
Segundo Sassaki (1997), a igualdade entre as pessoas é o valor fundamental quando tratamos de escolas para todos. Podemos encará-los de vários ângulos, mas em todo o sentido da igualdade não se esgota no indivíduo, expandindo as considerações para aspectos da natureza política, social, econômica.
Para Delours (1998), a igualdade não está em desacordo com o respeito às diferenças entre as pessoas, mas sim na valorizaçãona capacidade de cada ser humano em suas realizações. Assim quando se trata de proporcionar oportunidades iguais e justas para todos, tem-se muito ainda por fazer nas escolas para corresponder ao princípio segundo o qual os seres humanos têm direito à dignidade, sejam quais forem as suas capacidades ou realizações. A observância deste princípio é limitada por predisposições que nos levam a responder situações ou a outras pessoas de modo desfavorável, tendo em vista um dado valor. No caso da igualdade entre pessoas, as barreiras se materializam na recusa em reconhecer e defender este valor, por meio de comportamentos, reações, emoções e palavras.
Para Delours (1998), a existência dessas barreiras comprova a cultura de desigualdade marcante nas escolas, influenciando todos os procedimentos e discursos de seus membros, chegando mesmo ao atingir os alunos e os pais. Em uma palavra, a igualdade entre as pessoas é um valor esquecido nos padrões e concepções da escola tradicional.
Segundo Machado (2001) ainda existem  diretores, professores e pais que apresentam uma certa “ignorância” em aceitar que o perfil dos alunos mudou que as crianças e adolescentes de hoje não são mais os mesmos que tiveram acesso à escola do passado. O preconceito é destacado quando se trata do aluno com dificuldades para aprender por ser ou por estar deficiente, do ponto de vista intelectual, social, afetivo, emocional, físico, cultural e outros. Existem também preconceitos de alunos de raça negra, de famílias de religiões populares, filhos de famílias desestruturadas, de mães solteiras e pais omissos, drogados e marginalizados.
Nesse sentido, ressalta-se que apesar da escola não ser capaz de sozinha efetuar transformações sociais, é ela quem pode estabelecer os primeiros princípios de uma inclusão escolar. Portanto, a escola como espaço inclusivo, deve considerar como seu principal desafio, o sucesso de todos os alunos, sem nenhuma exceção.
2.3 A importância da família no processo educacional
O envolvimento da família no processo educacional da criança é uma necessidade e de muita importância. A família deve ser orientada e motivada a colaborar e participar do programa educacional, promovendo desta forma uma interação maior com a criança. Também é fundamental que a família incentive a pratica de tudo que a criança assimila.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não se restringe aos esforços da escola, inclui também a construção de redes de colaboração com a família e a sociedade fortalecendo o combate à intolerância e às barreiras atitudinais, bem como a compreensão da diversidade no desenvolvimento infantil (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16)
A criança, como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura. Assim, a qualidade da estimulação no lar e a interação dos pais com a criança se associam ao desenvolvimento e a aprendizagem de crianças com necessidades educacionais especiais
Os pais e familiares de crianças com necessidades educacionais especiais necessitam de informações sobre a natureza e extensão da excepcionalidade; quanto aos recursos e serviços existentes para a assistência, tratamento e educação, e quanto ao futuro que se reserva ao portador de necessidades especiais.
O objetivo principal é ajudar pessoas a lidar mais adequadamente com os problemas decorrentes das deficiências, e no aconselhamento alguns pontos são importantes: ouvir as dúvidas e questionamentos, utilizar termos mais fáceis e que facilitem a compreensão, promover maior aceitação do problema, aconselhar a família inteira, trabalhar os sentimentos e atitudes, e facilitar a interação social do portador de necessidades especiais. A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. (BRASIL, 1998, p. 24)
A superproteção dos pais em relação à criança pode influenciar de forma negativa no processo de desenvolvimento da criança, e normalmente, estes concentram suas atenções nas deficiências da criança de modo que os fracassos recebem mais atenção que os sucessos e a criança fica limitada nas possibilidades que promovem a sua independência e a interação social.
As habilidades de autonomia pessoal e social proporcionam melhor qualidade de vida, pois favorecem a relação, a independência, interação, satisfação pessoal e atitudes positivas. Alunos com necessidades educacionais especiais devem ter a oportunidade de participar de forma significativa e integral nas atividades escolares regulares (ARRUDA; ALMEIDA, 2004, p. 16)
2.4 Estudo de caso com alunos com necessidades especiais no ensino regular
2.1.1 Metodologia
Para a elaboração da pesquisa, segundo os objetivos, o delineamento metodológico teve como suporte a utilização de uma bibliografia diversificada sobre o assunto, e por uma parte prática, que foi realizada em uma Unidade Escolar Pública de Ensino Regular, com crianças com necessidades especiais matriculas e frequentando o 6º ano do Ensino Fundamental – Ciclo II.
Definir a metodologia significa realizar uma escolha de como se pretende investigar a realidade, baseando-se num problema ou numa oportunidade real de uma situação.
Segundo Pádua (1996, p. 33) a pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, textos legais, mapas, fotos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, servirão à fundamentação teórica do estudo.
Após a pesquisa bibliográfica partiu-se para a parte prática através do estudo de caso, que foi realizado em uma Unidade Escolar Pública de Ensino Regular, sendo que a população analisada foram três alunos de inclusão do 6º ano do Ensino Fundamental – Ciclo II, com necessidades especiais e características semelhantes, atendidos na referida instituição. Esses alunos foram recebidos de uma escola municipal da cidade que encaminhou as fichas individuais para a atual escola, o que facilitou as observações, análises e acompanhamento pedagógico pela equipe escolar da atual Unidade.
O estudo de caso é o estudo de um caso, seja ele simples e específico, ou complexo  e  abstrato. O estudo de caso, quando qualitativo, se desenvolve numa situação natural, é rico em dados descritivos, tem um plano aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada (LUDKE; ANDRÉ, 1986, p.18).
Para o desenvolvimento deste trabalho, na parte referente ao estudo de caso, primeiramente ocorreu uma visita à Instituição de Ensino para uma conversa com a Diretora e Professores da Escola, para conhecer a clientela e as queixas sobre os problemas de aprendizagem dos alunos.
2.4.2  Estudo de Caso
Inicialmente a escola apresentou as fichas individuais dos alunos de inclusão, alvo dessa pesquisa que apresentam dificuldades de socialização ou adaptação em relação à sala de aula regular, e isso vem acarretando dificuldades na aprendizagem e comportamento inadequado por parte dos três alunos de inclusão que frequentam a o 6º ano do Ensino Fundamental, Ciclo II.
Partindo da queixa apresentada pela escola, começamos a ter contato com a sala de aula e diálogo com a professora sobre as dificuldades que enfrentava na sala de aula. Observando a sala de aula do 6º anos do Ensino Fundamental, Ciclo II e os alunos dessa sala, analisamos que os alunos apresentam dificuldades de atenção e concentração, dificuldades de leitura e escrita, problemas de comportamento e até de agressividade.
A partir daí, o estudo de caso procedeu-se envolvendo a observação de fatos referente à queixa apresentada pela escola em relação às dificuldades de socialização e interação dos alunos em estudo com os demais colegas da sala, negação em participar das aulas e agressividade em relação aos colegas da sala.
Considerando a queixa da professora da sala e as informaçõessobre as dificuldades de socialização e participação nas atividades, iniciou-se a coleta de dados referentes ao comportamento dos alunos, dificuldades de aprendizagem e atitudes que geram agressividade por parte desses  alunos.
Através da observação dos três alunos na sala de aula, foi possível analisar que os mesmos são inquietos, dispersos e não demonstram interesse pelas atividades. Isso vem acarretando problemas que geram indisciplina, afetando o bom andamento das atividades e consequentemente o desenvolvimento e aprendizagem dos alunos.
De modo geral, a maioria das crianças dessa sala apresenta algum problema sócio-afetivo. Pode-se constatar também um desconhecimento e negação pelas necessidades especiais desses alunos por parte de alguns colegas da sala, que acabam se afastando e rotulando esses alunos em estudo.
Diante da situação os alunos de inclusão ficam a maior parte do tempo sem participar das atividades. Apenas observando, como se não fizessem parte do ambiente, tornando-se irritados, agressivos e se negando em permanecer na sala de aula. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece o direito à educação para todos, e a Constituição Federal em seu art. 206 destaca os princípios eminentemente democráticos, cujo sentido é nortear a educação, com igualdade de condições não só para o acesso, mas também, para a permanência na escola e a liberdade de aprender e ensinar. De acordo com a legislação todos têm direitos de educação de qualidade, porém os alunos de inclusão, ao invés de se sentirem iguais, estão se isolando pela falta de integração educacional, afetiva e social com os  demais alunos.
O que vem acontecendo com esses alunos é totalmente contrário ao que diz Sassaki (1997), pois para o autor uma educação comprometida com a cidadania e com a formação de uma sociedade democrática e não-excludente deve promover o convívio com a diversidade, pois ela é uma característica da vida social brasileira; e para isso a escola deve ser inclusiva, tendo como meta uma educação comprometida com todos os cidadãos, almejando o fortalecimento de uma sociedade democrática, justa e solidária.
Baseado em teorias e legislações referentes aos assuntos relacionados à inclusão, começamos a observar a prática docente e o acolhimento por parte da escola. Notamos que a professora preocupa-se muito com o conteúdo programado, conteúdo esse que não atende todas as diversidades e necessidades dos alunos, desconsiderando a interação entre os alunos, principalmente para os alunos de inclusão. O ambiente escolar que deve ser acolhedor, que deve ser um espaço inclusivo, acaba se tornando um espaço de diferenças.
Continuando as observações e análises sobre o estudo de caso realizado no 6º ano do Ensino Fundamental, com os três alunos de inclusão, verificou-se que prevalece a dificuldade de socialização na sala de aula, e que os alunos necessitam de uma interação grupal, detectada durante as aulas, pois os alunos, muitas vezes se comportam como adversários, havendo pouca cooperação e companheirismo.
Outro fator observado durante a pesquisa é a falta de atenção e a baixa auto-estima dos alunos, que influenciam no desenvolvimento da aprendizagem dos mesmos.
No campo afetivo, é necessário ajudar as crianças a criar sentimentos positivos, em relação a si mesma, fazendo com que ela se sintam valiosas e seguras. Dessa forma o êxito escolar estará garantido.
No campo cognitivo, recomenda-se enriquecer e ampliar o vocabulário da criança. A ênfase no aprendizado de novas palavras tem como objetivo possibilitar a obtenção de melhores resultados na escola e também ajudar a criança a ordenar o pensamento em função do mundo em que vive e fazê-la sentir-se capaz, aceita e valiosa.
Além da expressão oral e da ordenação do pensamento infantil há o desenvolvimento do raciocínio lógico - matemático, da psicomotricidade, e do aspecto sócio-emocional contribuindo adequadamente para que esse "sujeito" (a criança), seja ajudado na sua totalidade, onde todas as partes do desenvolvimento são atendidas adequadamente.
Acreditando nesta interelação, não podemos tratar isoladamente cada parte deste processo do crescimento infantil, pois o cognitivo depende do afetivo, que influi no psicológico, que está relacionado ao psicomotor, ao físico, ao emocional. Portanto é fundamental que haja preocupação com todos os aspectos do desenvolvimento infantil, pois todos são igualmente importantes, e se processam simultaneamente.
Tendo em vista que o professor, o coordenador pedagógico também tem a função de ajudar a criança a reintegrar-se à vida escolar normal, torna-se necessário uma investigação cuidadosa, com o objetivo de levantar hipóteses aos desvios de comportamento e dificuldades na aprendizagem.
Há necessidade de maior interação entre o grupo, poucos se  dispõem a ajudar os colegas. Nessa relação prevalece a comunicação oral, facial e gestual, sendo que na relação aluno x aluno, fica mais evidente a falta de entrosamento e solidariedade, o que não é  satisfatório para que aconteça a verdadeira inclusão dos alunos.
De acordo com os dados coletados percebemos que na área pedagógica é preciso repensar a prática docente, com estratégias diferenciadas para a realização das atividades.
Na área cultural, constatou-se na sala de aula uma barreira entre os alunos de inclusão com os demais alunos da sala, não socialização, e um distanciamento entre os mesmos, que são agrupados de acordo com suas qualificações e dificuldades.
Na área afetivo-social percebemos características semelhantes como a pouca comunicação, baixa auto-estima, sentimento de desqualificação, isolamento e até a necessidade de mais envolvimento da família.
Para analisar as dificuldades de aprendizagem em relação à leitura, escrita e cálculos foram aplicadas atividades escritas e através de jogos, em que pudemos observar que os jogos e materiais concretos estimulam mais os alunos, despertando o interesse e a participação.
Os alunos quando motivados a aprender em ritmos de cooperação retribuem este ato com os amigos e todos se envolvem em um processo de aprendizagem. Durante essas atividades, observamos que há mais aproximação entre os alunos de forma cooperativa, porém esse trabalho só terá resultados plenamente satisfatórios de médio a longo prazo, até que os alunos sintam-se realmente integrados uns com os outros.
3 Considerações finais
Através da realização do trabalho que se pautou em pesquisa bibliográfica e estudo de caso, foi possível alcançar os objetivos propostos de analisar a política de inclusão e os seus reflexos nos processos de socialização e de aprendizagem de alunos com necessidades especiais, observando sistematicamente o interesse e o comportamento dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem, decorrentes das suas necessidades educacionais especiais. Através das observações também realizamos uma análise sobre o cotidiano da escola, verificando até que ponto a escola está realmente sendo um espaço inclusivo.
A legislação e os textos pesquisados para a elaboração desse trabalho sobre educação inclusiva deixam bem claro que renovação pedagógica exige, em primeiro lugar, que a sociedade e a escola adaptem-se ao aluno com necessidades especiais, e não o contrário. Em segundo, que o professor, que é considerado o agente determinante da transformação da escola, deve ser preparado adequadamente para gerenciar o acesso às informações e conhecimentos por parte dos alunos.
Percebemos que nem todos os professores estão preparados para a educação inclusiva, e isso pode ocasiona resistências de alguns às inovações educacionais, como a inclusão, ao considerarem que a proposta de uma educação para todos é válida, porém impossível de ser concretizada, levando em conta o número de alunos e as circunstâncias em que se trabalha nas escolas da rede pública de ensino. Demonstra-se, mais do que nunca, que os professores devem capacitar-se, acreditar e, principalmente, aceitar a inclusão, tornando, assim, a sua sala de aula um ambiente propício à construçãodo conhecimento, tanto do aluno com necessidades especiais, quanto dos demais.
Portanto, a escola como espaço inclusivo deve considerar como seu principal desafio, o sucesso de todos os alunos, sem nenhuma exceção.
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO ENSINO REGULAR (uol.com.br) – Acesso em 10/03/21 Ás 07:47
3 A Educação Igualitária
A perspectiva da escola inclusiva é projetar um ambiente no qual o aluno que necessite de atenção especial possa interagir com o professor de acordo com as suas capacidades, a fim de se desenvolver as suas potencialidades e se fortalecer como cidadão. Sob esse ponto de vista, também apoiamos o entendimento de que "a idéia da inclusão se fundamenta numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa garantia de acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social." (ARANHA, 2.000 p.2).
O indivíduo ao nascer já adquire direitos como cidadão, estes direitos são garantidos pela Constituição Federal e consequentemente devem ser respeitados, pois a sociedade precisa aprender a conviver com as possíveis diferenças e se adequar a elas, nesse sentido é imprescindível ressaltar novamente o que nos escreve a autora acima. "O principal valor que permeia, portanto, a idéia da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamentos, para que não se transforme em desigualdade social." (ARANHA, 2000 p.2)
A proposta da educação inclusiva é amparar e dar condições para a pessoa com deficiência exercer seus direitos no que diz respeito ao cumprimento da inclusão escolar, isso se refere também a todos os indivíduos, sem distinção de cor, raça, etnia ou religião.
Nesse ponto de vista, verificamos que fazer valer o princípio de igualdade e justiça para toda a sociedade requer uma ação em conjunto do poder público a fim de cumprir as normas já estabelecidas e da própria sociedade, envolvendo pais, a escola e educadores, pois e ideal de inclusão social já foi semeado em nosso país, mas o fato é que as barreiras ainda são inúmeras, e não basta apenas existir as leis, decretos e resoluções, obrigatoriedade de matricula e rampas de acesso, há que se ter recursos nestas escolas que vão receber essa clientela, o trabalho pedagógico terá que ser reformulado para que haja a participação do aluno com deficiência, os educadores necessitam de melhor preparo, é preciso dar condições ao professor de criar alternativas pedagógicas que possam promover o ensino de forma igualitária, respeitando a diversidade.
As práticas pedagógicas em uma escola inclusiva precisam refletir uma abordagem mais diversificada, flexível e colaborativa do que em uma escola tradicional. A inclusão pressupõe que a escola se ajuste a todas as crianças que desejam matricular-se em sua localidade, em vez de esperar que uma determinada criança com necessidades especiais se ajuste à escola. (PACHECO, p. 15, 2007)
Importante ressaltar no presente estudo, o Decreto nº 6.949 de 25 de agosto de 2.009 que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007, ratificada pelo Brasil, onde se discutiu internacionalmente os direitos básicos da pessoa com deficiência.
Conforme o texto do referido Decreto: O propósito da presente Convenção é promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito pela sua dignidade inerente.  (BRASIL, 2.009)
A Convenção baseia-se no princípio de igualdade, em que todas as pessoas são iguais perante a lei e por isso merecem igual proteção da mesma, dessa forma, os países signatários deverão proibir toda e qualquer discriminação baseada na deficiência, seja ela motora, mental, auditiva ou visual e garantir às pessoas com deficiência a efetiva proteção legal contra esse tipo de discriminação.
Com força de Emenda Constitucional em nosso ordenamento jurídico, a Convenção de Nova York traz um conceito amplo de pessoas com deficiência, define que são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.
4 O Estatuto da Pessoa com Deficiência
Com base na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, foi publicada posteriormente o Estatuto da pessoa com deficiência, a Lei 13.146 de 06 de julho de 2.015, que passou a vigorar no início do ano de 2.016. O Estatuto veio consolidar e ampliar alguns direitos já propostos pela Convenção de Nova York e também trouxe algumas inovações abrangendo várias áreas, no âmbito da educação o rol dos direitos e garantias são extensos, cabendo ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar todos eles, de forma a possibilitar educação de qualidade à pessoa com deficiência.
A norma foi posta em prática para respaldar o direito de 45,6 milhões de pessoas com deficiência que existem em nosso país segundo o CENSO 2010,  quase 24% da população, dentre os que nasceram com deficiência e outras vítimas de acidentes ou doenças.
Entretanto, o que podemos notar é que no contexto atual entre legislação e a realidade escolar em nosso país, a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas de ensino regular ainda não se solidificou conforme o esperado na prática, pois ainda é necessário mais recursos educacionais, melhor formação docente e projetos pedagógicos mais elaborados, pois não basta somente a aceitação do aluno, mas também uma valorização das diferenças de forma a fortalecer a identidade individual de cada um e também da própria coletividade.
Entendemos que, para que a inclusão se desenvolva, não basta somente a garantia na legislação, mas se torna necessário grandes mudanças e aperfeiçoamento no sistema de ensino, considerando que essas mudanças deverão ser gradativas, contínuas e planejadas a fim de garantir uma educação de qualidade.
A Educação Inclusiva hoje é vista como um conjunto de recursos que a escola deve sistematizar a fim de atender a uma imensa diversidade de alunos. E ainda que, nos últimos anos tenham havido grandes evoluções nesse campo, inúmeros estabelecimentos de ensino necessitam de condições para possibilitar  a inclusão.
De outra parte, não poderia deixar de registrar no presente trabalho um questionamento sobre esse assunto: a inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular deve ocorrer porque a lei determina, ou porque acreditamos que esses alunos têm possibilidades reais de aprendizagem e desenvolvimento?
Vivemos em uma sociedade com grande disparidade social, temos ainda no país localidades onde persiste a escassez de recursos na saúde, na educação, etc., acreditamos que o verdadeiro sentido da palavra inclusão, ainda não foi totalmente difundido no Brasil devido a falta de informações claras e precisas às famílias das pessoas com deficiência, e até mesmo à sociedade em geral, pois não basta somente a família da criança com deficiência entender que ela tem direitos como cidadão de receber educação numa escola regular como todas as demais crianças. É justo que, toda a sociedade adquira essa consciência inclusiva, a fim de se promover o convívio harmônico entre os estudantes e famílias de ambos os lados. 
5 O Atendimento Educacional Especializado (AEE) e as Salas Multifuncionais
O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da Educação Especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (MEC, 2009), é realizado no período inverso do seu horário de aula,e foi criado para dar suporte ao aluno com deficiência a fim de que ele possa acompanhar o currículo da sala ao qual está inserido.
Esse atendimento deve ocorrer em salas de recursos multifuncionais, que contam com materiais didáticos, pedagógicos e equipamentos a ser utilizados pelos alunos com o auxilio de profissionais que tenham formação para desempenhar esse atendimento, dessa forma, o aluno tem um atendimento individual que vai ajuda-lo desenvolver suas potencialidades. O AEE destina-se a alunos com deficiência física, mental, sensorial (surdez e deficiência visual), alunos com transtornos globais de desenvolvimento e aqueles com altas habilidades/superdotação. O atendimento visa complementar a formação do aluno, não podendo ser visto como reforço, pois não são trabalhadas as disciplinas do currículo escolar e sim habilidades necessárias para que ele se desenvolva na sala de aula juntamente com os demais.
Nesse sentido, pode-se dizer que as ações devem ser em cooperação entre o professor de AEE e o professor da classe comum, dessa forma, fazer um levantamento das necessidades educacionais especiais deste aluno, para o aperfeiçoamento de práticas pedagógicas capazes de alcançar resultados positivos, explorando suas potencialidades. A família, outro grupo preponderante nesta ação, pois ela também deve atuar em conjunto com a escola, prestando as informações necessárias e apoiando todos os avanços alcançados pelo aluno com deficiência.
6 Considerações Finais
É certo que todo indivíduo é cidadão de direitos e como tal faz jus a uma educação de qualidade. Sabemos que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer cidadão e dessa forma a inclusão vem para estabelecer um novo modelo onde a escola tem que se adaptar às necessidades educacionais de toda uma diversidade de alunos a fim de alcançar uma educação de qualidade para todos.
Contudo, também sabemos que simplesmente colocar o aluno na sala de aula e não garantir o atendimento que ele necessita, não será inclusão, pois não basta somente atender a legislação vigente, é preciso ter recursos apropriados para assegurar seu efetivo cumprimento.
A proposta de educação inclusiva exige um redimensionamento de recursos financeiros, pois as escolas regulares precisam estar preparadas e equipadas para receber esse alunado com necessidades educacionais especiais. É necessário formação adequada para os profissionais que vão receber e trabalhar com esses alunos. Além disso, ainda existe a questão cultural, conscientizar toda a sociedade, família e até mesmo alguns professores de que estamos diante de uma diversidade, que somos diferentes sim, mas que temos os mesmo direitos adquiridos ao longo do tempo.
Para a educação inclusiva acontecer, também é preciso a união dos pais, dos professores e gestores, todos com o mesmo objetivo, em conjunto a fim de construir um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, para que nesse processo estejam inseridos todos os cidadãos sujeito de direitos. 
A Inclusão do Aluno com Deficiência na Escola Regular - Só Pedagogia – acesso em 10/03/21, às 07:54
Introdução
A proposta da inclusão de alunos com deficiência no ensino regular não é uma ideia nova, ela é defendida por lei e já é difundida em muitas escolas, porém ainda carrega consigo diversos desafios, pois ela representa uma quebra de paradigmas, exige uma mudança do padrão tradicional das instituições de ensino e exige que se criem novos planos, novas formas de trabalho.
Hoje, muitas escolas já possuem alunos com deficiência regularmente matriculados e já atuam na educação inclusiva, cabe aqui, compreendermos como se dá esse processo. O Dicionário Informal, em seu sitio na internet traz o significado da palavra inclusão: "Do verbo incluir (do latim includere), no sentido etimológico, significa conter em, compreender, fazer parte de, ou participar de. Assim, falar em inclusão escolar é falar do educando que está contido na escola, ao participar daquilo que o sistema educacional oferece, contribuindo com seu potencial para os projetos e programações da instituição".
Sendo assim, ao tratarmos de inclusão, tentaremos abordar o impacto que esta possa causar na vida ou no ambiente escolar, no trabalho dos professores e no próprio processo de aprendizado do aluno deficiente. Sendo que esse é um assunto que ainda representa muitas dúvidas para os professores do ensino regular, é relevante que se compreenda a importância dessa nova realidade educacional.
Alves (2005), compreende que "Para que possamos incluir, devemos respeitar e querer desenvolver o indivíduo em todos os aspectos dentro do processo de aprendizagem (...) dando-lhes assim condições necessárias para a aprendizagem e o ajustamento social." O processo de inclusão deve trabalhar o indivíduo em todos os aspectos, dar a ele oportunidades, socializá-lo, como destacado ainda por Alves (2005), "Incluir quer dizer que podemos deixar pertencer, adaptando-os o que fazer, para que e com o que utilizar o seu corpo, fazendo-o aprender através de atividades não só especificas, mas transformadas e adaptadas".
Percebe-se portanto, que essa inclusão promove e exige mudanças e transformações, ou seja, uma quebra de paradigmas no modelo tradicional da escola. A escola se entupiu do formalismo da racionalidade e cindiram-se em modalidades de ensino, tipos de serviço, grades curriculares, burocracia. Uma ruptura de base em sua estrutura organizacional como propões a inclusão, é uma saída para que a escola possa fluir, novamente, espalhando sua ação formadora por todos os que dela participam.
A inclusão portanto, implica mudança desse atual paradigma educacional, para que se encaixe no mapa da educação escolar que estamos retraçando. É inegável que os velhos paradigmas da modernidade estão sendo contestados e que o conhecimento, matéria-prima da educação escolar, está passando por uma reinterpretação. As diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero, enfim, a diversidade humana está sendo cada vez mais desvelada e destacada e é condição imprescindível para se entender como aprendemos e como compreendemos o mundo e a nós mesmos. (MANTOAN, 2003 p.15-16)
Já não cabe à escola seguir os padrões tradicionais de ensino estabelecidos, diante de tantas diversidades, ela deve se adaptar a um novo contexto, e a inclusão se insere exatamente aí, nessa quebra de paradigmas, proposta por Mantoan, que ainda afirma: "o radicalismo da inclusão vem do fato de exigir uma mudança de paradigma(...) Na perspectiva inclusiva, suprime-se a subdivisão dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e de ensino regular." A nova realidade que encontramos hoje, é a da necessidade cada vez maior de uma educação inclusiva, de se trabalhar com o diferente.
Em publicação da Revista Escola, podemos compreender o novo cenário proposto pelo processo inclusivo. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades. (NOVA ESCOLA, 2012)
Nesse contexto, além de exigir algumas mudanças e adaptações no ambiente escolar, o processo de inclusão, requer uma preparação por parte dos professores e aí residem muitas preocupações. Essa preparação dos educadores é questionada e os próprios, muitas vezes encontram algumas dificuldades, medos e anseios ao se deparar com essas diferenças. Diante disso, esse estudo foi realizado buscando compreender os desafios encontrados nesse processo.
Materiais e métodos
Abordando um contexto da posição e preparação dos educadores para a participação no processo de educação inclusiva, ao se realizar esse estudo, foi aplicado umquestionário à oito professores do Colégio Paulo Zimmermann, que faz parte da rede estadual de ensino, na cidade de Rio do Sul, Santa Catarina. O questionário tinha oito perguntas, nas quais, a proposta era que os professores expressassem com suas palavras, os seus sentimentos em relação ao referido processo educacional.
Todos os professores que participaram do estudo e responderam aos questionamentos fazem parte do ensino regular e convivem diariamente com a realidade da inclusão, já que a referida escola trabalha com a educação inclusiva e tem serviços especializados de atendimento aos alunos deficientes regularmente matriculados. Ao aplicar esse questionário, se buscou compreender como esses se sentem diante desse cenário escolar inclusivo, quais as suas maiores preocupações no trabalho em uma sala de aula diversificada, o que estes entendem por inclusão, se a consideram importante e qual a preparação que recebem (e se recebem devida preparação) para atuar na educação inclusiva. Também foram feitas perguntas a respeito da formação e da área de atuação do professor.
Discussão de resultados
Dos oito professores entrevistados, três possuem somente o ensino superior completo, três são pós graduados e dois deles ainda não concluíram o ensino superior, mas estão em fase de conclusão. Todos atuam em salas de aula da educação básica de ensino fundamental e/ou médio. Uma das perguntas do questionário se referia ao que estes entendem por inclusão. As respostas obtidas foram variadas, mas todas seguiam o mesmo contexto de entendimento, no qual a inclusão seria "possibilitar à todos o acesso à educação, sem preconceito ou discriminação", algumas palavras-chave também foram citadas pelos professores, como: "socializar; integração; acessibilidade", além disso, um professor citou as políticas públicas, que segundo ele, "devem garantir as mesmas oportunidades àqueles que enfrentam certas dificuldades, para que estes tenham o seu direito à educação reconhecido".
Entre os entrevistados, apenas um educador não trabalha em sala de aula que tenha aluno deficiente. Os demais, trabalham em salas de aula, nas quais estudam alunos com deficiência aditiva ou visual. Quando questionados sobre seu conhecimento a respeito da função do SAEDE (Serviço de Atendimento Educacional Especializado), todos disseram conhecer o seu funcionamento e cinco deles afirmaram já ter utilizado o serviço. O colégio Paulo Zimmermann conta com o serviço do SAEDE para apoiar os alunos deficientes no processo de aprendizagem.
Os professores o veem como um "apoio para fixação do conteúdo aprendido em sala de aula" ou como um serviço voltado a "auxiliar e preparar os alunos deficientes dando-lhes maiores condições de aprendizado; também ajudando-os na comunicação com os colegas". A questão chave do questionário relacionava-se as angústias desses profissionais no trabalho em educação inclusiva. Os professores afirmam não terem sidos preparados para trabalhar com o aluno deficiente, alguns citam que a única orientação que tiveram foi uma reunião/ palestra com os professores do SAEDE, que apresentaram algumas atitudes que deveriam ser tomadas em conjunto para que os alunos deficientes se sentissem realmente incluídos. Os profissionais afirmaram se sentir desafiados nesse processo inclusivo, e dizem sentir "medo de não poder auxiliar o deficiente como ele merece, por não ter sido preparado para tanto", foi citada a "falta de material adequado para esse trabalho".
Outra angústia levantada foi: "não saber reconhecer as necessidades ou dificuldades reais do aluno deficiente" ou "não saber como trabalhar com esse aluno e sem querer acabar excluindo-o da turma". A maior preocupação dos professores, reside realmente na falta de preparo para lidar com essa realidade inclusiva, no medo de não saber lidar com esse aluno deficiente, não saber como conduzir seu trabalho.
Conclusões
A realidade da inclusão é cada vez mais presente na vida escolar. Não cabe mais a uma instituição de ensino seguir os antigos padrões. O direito à educação de qualidade é garantido à todos, inclusive aos alunos deficientes, que podem frequentar o ensino regular. É notável que existe uma grande necessidade de adaptação por parte das escola, diante dessa nova realidade, nesse contexto, essas instituições devem também preparar seus professores e funcionários. E quando se fala em preparação, é que se percebem muitas angústias por parte dos professores, durante a realização desse estudo, muitos declararam que muitas vezes se sentem inseguros diante do trabalho da educação inclusiva.
Eles sentem medo de não corresponder às necessidades do aluno deficiente, de não saber como lidar com ele e assim, consequentemente acabar por promover, ainda que não intencionalmente, a exclusão desse estudante. E quanto a isso, Alves (2005) ressalta: " O importante não é só capacitar o professor, mas também toda a equipe de funcionários desta escola, já que o indivíduo não estará apenas dentro de sala de aula."
Ao ressaltar essa afirmação, Alves quer dizer que todo o ambiente escolar deve ser preparado para atender esse aluno e afirma ainda que " da mesma forma que o profissional que tem a função de transmitir o conhecimento para o portador de necessidade especial precisa ser sensível, qualquer outro funcionário pertencente (do quadro) desta escola deverá ter o mesmo comportamento". Ou seja, percebe-se, que para que o processo de inclusão se realize, é necessário que todo o ambiente escolar se prepare, que passe por modificações, que se torne acessível.
Conclui-se então, com uma afirmação de Mantoan (2003), que ressalta: " A inclusão implica em uma mudança de perspectiva educacional, pois não atinge apenas alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades de aprender, mas todos os demais, para que obtenham sucesso na corrente educativa geral".
Os desafios da inclusão do aluno deficiente no ensino regular - Portal Educação (portaleducacao.com.br) – Acesso em 10/03/2, às 07:58
Desafios na inclusão dos alunos com deficiência na escola pública
A equipe diretiva precisa estar alinhada nas ações para formar professores, tirar dúvidas e entrar em ação em casos de bullying
POR:
Soraia Yoshida
29 de Março de 2018
A escola inclusiva é aquela que abre espaço para todas as crianças, incluindo as que apresentam necessidades especiais. As crianças com deficiência têm direito à Educação em escola regular. No convívio com todos os alunos, a criança com deficiência deixa de ser “segregada” e sua acolhida pode contribuir muito para a construção de uma visão inclusiva. Garantir que o processo de inclusão possa fluir da melhor maneira é responsabilidade da equipe diretiva – formada pelo diretor, coordenador pedagógico, orientador e vice-diretor, quando houver – e para isso é importante que tenham conhecimento e condições para aplicá-lo no dia a dia da escola.
O princípio de inclusão parte dos direitos de todos à Educação, independentemente das diferenças individuais – inspirada nos princípios da Declaração de Salamanca (Unesco, 1994). Está presente na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva, de 2008. Os gestores devem saber o que diz a Constituição, mas principalmente conhecer o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece a obrigatoriedade de pessoas com deficiência e com qualquer necessidade especial de frequentar ambientes educacionais inclusivos.
“Por ser inovador e diferente em sua concepção da Educação Especial, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) tem sido motivo de dúvidas e interpretações”, afirma Maria Teresa Eglés Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped), na Universidade Estadual de Campinas Unicamp). Segundo ela, com a compreensão correta do que é o AEEE e o entendimento dos demais documentos, o gestor tem à sua disposição toda informação necessária para fazer o devido acolhimento ao aluno com deficiência. “O que não se pode fazer é basear esse acolhimento nos conhecimentos anteriores sobre Educação Especial”,diz ela. “Porque aí é como tirar um óculos e colocar outro. É preciso ler com rigor e responsabilidade, ou seja, trocar de óculos”.
A educadora reforça que “ninguém pode tirar o direito à educação do aluno”. E lamenta que na leitura feita dos documentos de inclusão, muitas vezes a interpretação dada para o termo “adaptações razoáveis” seja entendida como adaptações curriculares. “O documento fala em adaptações no meio físico, na comunicação, na forma de realizar as provas, por exemplo. Se um aluno tem deficiência física ou auditiva, ele pode precisar de um recurso, como uma carteira adaptada ou uma avaliação em braile. Mas não deve ser confundida com adaptação curricular”, diz. Segundo ela, os docentes não precisam imaginar atividades completamente diferentes para o aluno com deficiência, nem tentar simplificar a realização para evitar problemas. “Nós não temos a capacidade de fazer ninguém aprender. Temos que dar liberdade para que o aluno possa aprender e considerar o que ele consegue e o que não tem interesse em aprender. O bom professor considera o ensino igual para todos, mas o aprendizado completamente díspar”. 
Outro ponto que consta da política educacional de inclusão é a criação de salas de recursos multifuncionais, que não pode ser confundida com uma sala qualquer de recursos. As salas multifuncionais são pensadas para complementar ou suplementar a aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Mas o que tem pesado, em algumas escolas, é a interpretação de que é preciso laudo médico para que a escola receba o Fundeb em dobro. “Está nas notas técnicas do MEC e Secadi que nenhuma criança precisa de laudo médico para isso. Não é o laudo que vai dizer que uma criança precisa de serviço de Educação Especial e sim o laudo educacional, que é o estudo de caso feito pelo professor AEE. Infelizmente, poucos fazem por desconhecer a política”, diz Maria Teresa.
O que diz a lei
A Lei nº 7.853 estipula a obrigatoriedade de todas as escolas em aceitar matrículas de alunos com deficiência – e transforma em crime a recusa a esse direito. Aprovada em 1989 e regulamentada em 1999, a lei é clara: todas as crianças têm o mesmo direito à educação. Os gestores estaduais e municipais devem organizar sistemas de ensino que sejam voltados à diversidade, firmando e fiscalizando parcerias com instituições especializadas e administram os recursos que vêm do governo federal. Mas é somente um dos documentos que o gestor precisa conhecer. Do ponto de vista educacional, o maior conteúdo está na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva.
Apoio e recuros do governo
O aluno com deficiência tem direito à educação regular na escola, com aulas dadas pelos professores, e atendimento especializado que não é responsabilidade do professor de sala de aula. O estado oferece assistência técnica e financeira. Conforme a deficiência, o estado deve oferecer um cuidador, que nada mais é do que uma pessoa para ajudar a cuidar do aluno. Esse cuidador deve participar das reuniões sobre acompanhamento de aprendizagem. Conforme a jurisdição da escola, o gestor deve procurar a Secretaria estadual ou municipal para suas reivindicações, além de buscar informações junto a organizações não governamentais, associações e universidades.
Adaptação e previsão de recursos em sala
Cabe ao gestor oferecer tempo e espaço para que professores, coordenador e especialistas possam conversar e tirar dúvidas sobre a integração do aluno com deficiência. O coordenador deve estar atento a possíveis alterações no plano político-pedagógico (PPP) e no currículo para contemplar o atendimento à diversidade e materiais pedagógicos necessários ao atendimento, além de prever o uso de projeções, áudio e outros recursos nas atividades.
Formação da equipe inclusiva
O ideal é garantir a formação na própria escola, já que o gestor conhece melhor sua equipe e a comunidade. O gestor pode formar um grupo para levantar as informações relevantes em relação à deficiência dos alunos (junto a organizações e sites oficiais) e compartilhar em reunião. É essencial abrir o diálogo para que professores e funcionários possam tirar dúvidas. Se ficar claro durante as conversas que é necessário orientar melhor algumas pessoas, o gestor pode recorrer a possíveis formações oferecidas pela Secretaria de Educação.
Conversa e resolução de conflitos em sala
Os professores podem conversar com suas turmas sobre a chegada de um aluno com deficiência para reforçar a visão inclusiva. Sendo um estudante com deficiência de locomoção, que talvez precise de uma carteira adaptada, pode-se orientar os alunos como proceder (evitar correrias, empurra-empurra etc). Se o aluno apresentar comportamento agressivo, é importante analisar a origem do problema junto a professores, especialistas e familiares. Caso ocorra um incidente, é importante convidar as famílias para uma conversa. E ao menor indicativo de bullying, a equipe diretiva e os professores podem conversar sobre ações que envolvam todos os alunos para reforçar a formação de valores.
Qualidade do ensino e da aprendizagem
Todas as crianças são capazes de aprender: esse processo é individual e o professor deve estar atento para as necessidades dos alunos. Crianças com deficiência visual e auditiva desenvolvem a linguagem e pensamento conceitual. Alunos com deficiência mental podem enfrentar mais dificuldade no processo de alfabetização, mas são capazes de desenvolver oralidade e reconhecer sinais gráficos. É importante valorizar a diversidade e estimular as crianças a apresentar seu melhor desempenho, sem fazer uso de um único nivelador. A avaliação deve ser feita em relação ao avanço do próprio aluno, sem usar critérios comparativos.
Desafios na inclusão dos alunos com deficiência na escola pública (gestaoescolar.org.br) acesso em 10/03/21, às 08:03
Educação Especial: As Dificuldades Encontradas no Ambiente Escolar para a Inclusão (página 2)
As deficiências não impedem a participação e contribuição dessas crianças na sociedade, sabe-se que elas podem ser parte ativa da sociedade e agente participativo em seu próprio desenvolvimento.
As dificuldades encontradas nos ambientes escolares vão desde as péssimas condições das estruturas físicas das instituições, sabe-se que essas escolas foram construídas para uma sociedade cheia de barreiras de preconceitos o que dificulta fazer adaptações necessárias. A falta de formação dos professores também tem sido fator que dificulta a aprendizagem e adaptação das crianças com necessidades especiais nas escolas comuns, além do que são poucos os docentes que atuam nessa área da educação e muitos não querem trabalhar com crianças deficientes alguns por medo, receio, preconceito, falta de entusiasmo, baixos salários, além disso, os professores que estão na sala de aula não foram preparados para realizar esse tipo de atividade, o que os coloca em posição desconfortável e consequentemente prejudica o processo de inclusão escolar e de aprendizagem dos alunos, eles foram formados em um momento em que não havia esperança para essas pessoas, elas estavam as margens social.
3 A QUEBRA DE PARADIGMAS PARA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR
A inclusão por si só é uma forma de romper com os paradigmas educacionais que marcavam  a sociedade no passado, nos dias atuais sabe-se que as crianças com necessidades possuem e desenvolvem capacidade tanto quando as crianças sem necessidades, além do que ainda desenvolvem muitas outras habilidades para compensar as inexistentes e dessa forma podem contribuir para seu desenvolvimento pessoal e social.
A sociedade brasileira ainda tem marcas profundas de desigualdade e preconceitos, com as novas políticas de inserção de pessoas com necessidades especiais, agora essas pessoas podem conviver e ter acesso aos bens e serviços que é de direito de todos os cidadãos brasileiros.
Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo de ter uma sociedademais justa na qual os professores não tenham medo do novo, dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em sala de aula e possam passar um os conteúdos com qualidade. Melhorar o pensamento das crianças em relação ao colega que é diferente, ensinando-os a respeitá-los, pois muitas crianças chegam às escolas cheias de preconceitos, a própria sociedade precisa passar por reformas em sua forma de ver o próximo e esse é um longo caminho a ser percorrido para que as novas gerações tenham êxito na convivência com as diferenças, trabalhando o pensamento das crianças de hoje, elas serão os cidadãos de amanhã. A família precisa fazer parte desse processo, o amparo e compreensão familiar são imprescindíveis para a inclusão educacional e social, primeiramente é preciso que as famílias aceitem suas crianças, rompendo com o preconceito de que elas são dependentes para tudo, por outro lado, muitos pais superprotegem seus filhos não os levam para a escola na tentativa de não fazê-los sofrer.
4 AÇÕES QUE POSSIBILITAM A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO COTIDIANO ESCOLAR.  
Dentro do cotidiano escolar a criatividade e bom senso dos professores é uma das principais armas para o ensino-aprendizagem das crianças de crianças especiais e para isso algumas ações pedagógicas são necessárias nesse processo. Em casos de alunos superdotados é certo de que chegará um momento em que os professores não terão mais conteúdo para repassar para esses alunos, em nosso país como se sabe o nível intelectual é muito baixo e com isso esses alunos ficariam a deriva com a falta de conhecimento mais avançados. Conforme Silveira e Nascimento (2011, p.132) As crianças superdotadas precisam "[...] é da valorização e do incentivo de sua potencialidade para que se possa ter o desenvolvimento pleno de sua capacidade."
Segundo as diretrizes básicas traçadas pelo ministério de Educação- MEC, no Brasil, as alternativas utilizadas são: enriquecimento curricular e aceleração, ou as duas combinadas. Tanto uma quanto a outra devem estar de acordo com as características da escola e adequadas à realidade do aluno. (SILVEIRA; NASCIMENTO, 2011, p.133).
A escola deve se basear na LDB 9.394/96 e fazer as adaptações para não limitar os alunos com grandes capacidades, para que dessa forma eles possam continuar a desenvolver sua parte intelectual.
Com as crianças surdas, mudas, cegas não é diferente gostar de trabalhar com elas, ser criativo e buscar novas alternativas e sempre favoráveis. Fazer adaptações de materiais de estudo, brinquedos, acessórios, instrumentos para que elas possam absorver o conhecimento assim como as demais crianças e acompanhar o currículo escolar.
Ter uma equipe de professores, pedagogos, fonoaudiólogo, psicólogos entre outros especialistas para garantir o processo de ensino-aprendizagem e inclusão com qualidade.
Com as crianças surdas ou mudas adotam-se nos dias atuais a abordagem bilíngue, na qual o aluno adota a LIBRAS como primeira língua e o português como segunda língua. Na inclusão de aluno alunos surdo é preciso que a escola disponha de recursos como materiais visuais e concretos relacionados ao conteúdo escolar para que eles possam visualizar e tocar assim fazer a assimilação, pois esses alunos aprendem muito com o que podem ver. De acordo com Silveira e Nascimento (2011). A criança começa sua interação com o mundo, ainda na gestação através da audição.
Com os deficientes visuais de baixa visão deve-se colocá-las cedo em contato com objetos  que estimulam a visão.
"[...] na criança, a visão é o agente desencadeador da motivação para a realização de movimentos e ações. A criança com deficiência visual necessita de intervenção para que sejam nela despertados o desejo, a curiosidade e a motivação para agir sobre o ambiente". (GAGLIARDO; NOBRE,2009, P.18 apud SILVEIRA; NASCIMENTO,2011, P. 78).
Brincar com essas crianças é uma boa forma de ensinar e aprender, assim ela vai conhecendo objetos, texturas, forma, tamanho, cor e som usando as tato, além do mais  desenvolve-se a autoestima, sentimentos afetivos e acabam por se tornar pessoas ativas, curiosas, que buscam sempre aprender mais. Utilizar recursos pedagógicos como óculos, lupas, softwares para passar o conteúdo pode facilitar e garantir o ensino-aprendizagem de qualidade, e necessário está atento ao contraste das cores e a luz do ambiente. Para as crianças cegas utiliza-se o Braile, a Reglete de metal, máquinas datilográficas o sorobã e ainda as atividades da vida diária que os auxilia bastante e os ajuda a tornarem-se independentes, neste processo é muito importante a ajuda dos pais e professores de estimulação.
Educação Especial: As Dificuldades Encontradas no Ambiente Escolar para a Inclusão - Só Pedagogia – acesso em 10?03?21, às 08:12
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