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Prática Simulada IV PROFESSOR: Gustavo Bastos ALUNA: RITA DE CÁSSIA M. NILO MATRÍCULA: 20010123310-1 SEMANA 2 – Ação de Divórcio com pedido de tutela cautelar. Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do esforço comum do casal. Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas conjuntas do casal. Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, elabore a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece todos os bens a que tem direito. EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA ___. ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº..., inscrita no CPF nº …, domiciliada e residente a …, vem por seu advogado, devidamente constituído, com endereço profissional na …, bairro...,cidade..., estado..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V e 106, I ambos do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA DE NARUREZA CAUTELAR COM ARROLAMENTO DE BENS Pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da identidade nº..., inscrito no CPF nº …, domiciliado a rua …, pela lide e fundamentos que passa a expor: DOS FATOS A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. Constituíram vasto patrimônio juntos, fruto do esforço mútuo do casal. Ocorre que a Autora, descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu divorciar-se deste. O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, a senhora Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal. Autora, após ouvir a conversa do ora réu com sua irmã Isabel, comprovou junto ao banco ao qual existe a conta conjunta que possuem diversos saques por parte do réu. Motivo pelo qual vem em juízo solicitar medida cabível para proteção do patrimônio e, por não conhecer a total extensão do mesmo pleiteia o arrolamento de bens havidos durante a constância do casamento. DOS FUNDAMENTOS Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, nestes termos: Prática Simulada IV PROFESSOR: Gustavo Bastos ALUNA: RITA DE CÁSSIA M. NILO MATRÍCULA: 20010123310-1 “-Art 2º - A Sociedade Conjugal termina: IV - pelo divórcio. Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio.” É evidente no caso em tela excelência que se faz presente o requisito do fúmus bôni iúris nessa situação, e há o periculum in mora uma vez que o réu já se movimenta no sentido de dilapidação do patrimônio comum do casal transferindo dois automóveis marca Toyota modelos SW4 e Corolla para sua irmã Isabel Soares com Clara intenção de fraudar a posterior partilha de bens. Outro ponto de extrema urgência é o fato de que o réu também está executando diversos saques na conta conjunta. Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todo s os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 05 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Código de Processo Civil, in verbis: “Art. 301 – A tutela d e urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qual quer outra medida idônea para asseguração do direito.” “Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.” MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO DO PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da medida cautelar de sequestro de bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o cumprimento da sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o sequestro dos bens até que se efetive o registro da partilha procedida nos autos da ação divórcio. Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer do poder judiciário. DOS PEDIDOS Pelo exposto requer a vossa Excelência: 1- A concessão do pedido de tutela de urgência de natureza cautelar no sentido de determinar o arrolamento dos bens de todo o patrimônio adquirido pelas partes; 2- A citação do Réu para comparecimento a audiência de mediação; 3- A procedência do pedido de divórcio e a consequente partilha de bens; 4- Condenação do Réu ao ônus da sucumbência. DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do réu. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$... Nestes termos, Pede-se deferimento. Local, Data. Advogado... OAB/UF nº... Prática Simulada IV PROFESSOR: Gustavo Bastos ALUNA: RITA DE CÁSSIA M. NILO MATRÍCULA: 20010123310-1 Processo: AI 20150280288 Criciúma 2015.028028-8 Orgão Julgador: Primeira Câmara de Direito Civil Julgamento: 10 de Março de 2016 Relator: Domingos Paludo Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CAUTELAR DE ARROLAMENTO DE BENS (PERTENCENTES A PESSOA JURÍDICA DE QUE SÃO SÓCIOS APENAS OS SEPARANDOS) PARA ASSEGURAR PARTILHA IGUALITÁRIA, ANTE O TEMOR DE DISSIPAÇÃO, ATÉ O JULGAMENTO DE DIVÓRCIO JÁ AFORADO. COMPETÊNCIA DA VARA DA FAMÍLIA. PROVIMENTO. PRETENSÃO À ANÁLISE DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA AINDA NÃO APRECIADA. INVIABILIDADE. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. É competente o juízo da vara da família para processar a ação cautelar incidental de arrolamento de livros e papéis contábeis e bancários de empresa pertencente aos separandos, para evitar dissipações e a garantir partilha igualitária em divórcio já em curso, a que vai apensa. Inviável inaugurar temas em sede de agravo. Ementa:
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